No seu pescoço

No seu pescoço Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - No Seu Pescoço


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zoni 31/03/2018

Eu sai da zona de conforto, e isso foi a melhor coisa que fiz!
Acredito que essa seja a melhor forma de adentrar no mundo da escrita de Chimamanda. Nas narrativas que compõe esse livro, encontrei uma sensibilidade envolta de crítica social e política.
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Meu conto favorito dos doze, é o que da nome ao livro, no seu pescoço é narrado em segunda pessoa, uma proposta maravilhosa da autora, que nos coloca diretamente no lugar da personagem, que é uma recém chegada aos Estados Unidos, e que tem que lidar com a realidade, logo após descobrir que a loteria americana que lhe contaram a vida toda era uma mentira.
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O livro é repleto de críticas, Adichie fala com leveza e qualidade sobre assuntos como injustiça social, desigualdade de gênero, racismo e o preconceito com imigrantes.
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Cada conto é independente e trazem histórias contemporâneas e muito fáceis de serem identificadas. Alguns contos parecem ser superficiais em um primeiro momento, mas no final do livro, a gente para pra pensar e percebe que cada um é importante a sua maneira.
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Ler Chimamanda foi uma experiência incrível, sai da minha zona de conforto e estou louco para ler outras histórias dela.

site: instagram.com/nomeiodatravessia
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Guynaciria 13/03/2018

Esse é mais um livro forte da autora nigeriana Chimamanda Adichie.

Eu sou apaixonada pela escrita dessa mulher, ela sempre me faz refletir a respeito do papel da mulher na sociedade. É nesse livro não é diferente, aqui temos personagens femininas fortes, decididas, que lutam para alterar a realidade em que vivem.

Ao todo são doze contos, que abordam temas que vão de imigração, adaptação a uma cultura estrangeira, relações familiares conflituosas, ciume entre irmãos, adultério, mais principalmente de desigualdade social.

A autora utiliza sua experiência pessoal como mulher negra, imigrante, para retratar de forma verossímil a decepção que essas pessoas costumam tem ao perceber que todas as informações que receberam durante sua vida, em relação a facilidade de oportunidades e ascensão social em países como os Estados Unidos, na realidade são incorreta. 

Em todos os contos, o choque cultural foi traumático, independente da condição financeira ou o nível de escolaridade. Os imigrantes sempre eram tratados de forma diferenciada, e não necessariamente para melhor.

Quando somos expostos a uma realidade tão diferente da nossa, é impossível não sair modificado. Acredito que essa seja a proposta do livro, nos fazer sair da bolha e ver o mundo através dos olhos de outras pessoas. 

A leitura foi edificante, eu recomendo a todos conhecer não somente esse livro, mas toda a obra da Chimamanda. 
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Helô Ferrari 06/04/2018

Chimamanda é demais
Chimamanda neste livro, traz contos tocantes da realidade Nigeriana, mesmo sendo uma cultura tão diferente, sua maneira de escrever é etérea, e nos identificamos com as nuances sentimentais doa presonagens. Como sempre, ela relata a visão de um povo oprimido, sofrido, machista. Mas ao mesmo tempo, dá a intenção inflamada de não concordar com o sistema, trazendo a necessidade de mudança de realidade. Faz com que os leitor em acordem. Te dá uma aula de direitos humanos.
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Livro a Bordo 26/05/2018

No seu pescoço - Chimamanda Ngozi Adichie
"Não podia reclamar de não ter sapatos se a pessoa com quem estava falando não tinha pernas"
Um pequeno trecho do conto "Na segunda-feira da semana passada" um dos que mais gostei desse livro extraordinário.

No seu pescoço da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie é um livro de contos publicado no Brasil em 2017 pela @companhiadasletras. O livro é composto por doze contos (um melhor do que o outro, acreditem!). Neles encontramos temáticas como desigualdade racial, machismo, relações familiares, entre outros.

A Chimamanda é uma importante representação em favor da igualdade de gênero e raça, e se consagrou com romances como "Hibisco Roxo" e "Meio sol amarelo" como uma das principais escritoras contemporâneas.

Da autora já tinha lido "Sejamos todos feministas" e "Para educar crianças feministas", dois livros igualmente incríveis.
A minha experiência com a autora tem sido surpreendente e super prazerosa. Agora que terminei No seu pescoço, ele se tornou um dos meus favoritos e já estou pensando em escolher outro livro dela pra iniciar.
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Gui 28/05/2018

CHIMAMANDA
A Sensibilidade de uma mulher que fala sensitivamente sobre os conflitos culturais, políticos e pessoais do e com o país e continente em que nasceu é uma aula de como enxergar o mundo em que se vive e não fazer vista grossa aos milhares de sinais de racismo, sexismo etc. que acompanhamos e passamos todos os dias dentro das nossas realidades, entender os próprios privilégios e olhar para as tantas lutas que não fazem parte do próprio contexto com atenção e respeito.
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Ana 07/11/2017

A minha reação ao terminar de ler o primeiro livro de contos de Ngozi Adichie foi apenas "CHIMAMANDA EU TE VENERO". Isso porque essa mulher não escreve absolutamente nada ruim. Desconheço autora com uma escrita mais forte e determinada do que a dela, uma narrativa que nos presenteia com uma realidade que, provavelmente, muitos desconhecem. E é justamente essa vida real que Adichie nos apresenta nos doze contos de No Seu Pescoço.

Todas as histórias aqui apresentadas possuem um único foco principal: as dificuldades de ser um estrangeiro nos Estados Unidos. É claro que todos os protagonistas de No Seu Pescoço são nigerianos, assim com a maioria dos personagens criados por Chimamanda. Então, o foco não é apenas ser imigrante, mas ser um imigrante africano tendo em vista a visão que a maioria dos norte-americanos têm da África — por exemplo, a maioria das pessoas não sabe que a língua oficial da Nigéria é a inglesa.

Não existe nenhum conto que seja menos que excelente nessa coletânea, mas o meu preferido foi, sem sombra de dúvidas, A Cela Um. Aqui, uma irmã mais velha narra como o irmão mais novo tem tudo o que quer, faz tudo de errado que existe e sai impune, até que ele vai preso por ser suspeito de um atentado terrorista e não há nada que os pais coniventes possam fazer. Já nesse primeiro conto do livro podemos perceber uma das maiores características da escrita de Adichie: falar sobre como é ser uma mulher em uma sociedade majoritariamente machista.

Além disso, outros temas recorrentes em No Seu Pescoço são injustiça, desigualdade de gênero e o racismo propriamente dito. A autora expõe uma nação que se julga superior pelos seus costumes, crenças, cor de pele. E obviamente todas as críticas são muito bem fundamentadas, pois Chimamanda emigrou ainda muito jovem para os Estados Unidos para estudar. Em uma de suas palestras do TED, O Perigo de Uma Única História, ela faz questão de contar algumas histórias pessoais que exprimem bastante a ideia do seu livro de contos.

No Seu Pescoço, assim como Americanah, Hibisco Roxo ou Meio Sol Amarelo, é literatura de excelente qualidade. O livro não decepciona em nenhum ponto e a escrita, como sempre, é impecável. São histórias que devem ser saboreadas e entendidas. A verdade é que qualquer mínima coisa nas mãos dessa mulher incrível se torna uma verdadeira obra prima.

site: http://www.roendolivros.com.br
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Aline221 20/04/2024

Primeiro contato com Chimamanda e estou apaixonada, já quero ler todas as suas obras!!!



Porém, triste em alguns momentos...
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Aninha 14/03/2018

A sua dor também é a minha
"Havia emoções que Kamara queria segurar na palma da mão, mas que simplesmente não existiam mais..." (página 95)

Ano passado me emocionei com Americanah, livro de Chimamanda, que me cativou logo de cara. Agora, com a leitura dos 12 contos dessa obra não foi diferente: cada um carrega um pedacinho da Ifemelu de Americanah, mas de uma forma diferente, ampliada.

A vida nos Estados Unidos, vista como um sonho de consumo e de progresso para muitos nigerianos, aparece em alguns contos. Temos a esposa que mora no exterior, enquanto o marido passa alguns meses na Nigéria (em "Réplica"). A mudança foi feita para dar um futuro aos filhos, mas ao tomar conhecimento de uma possível traição do marido, Nkem revê sua vida e precisa tomar uma decisão. Temos também Kamara (em "Na segunda-feira da semana passada"), uma jovem babá que cuida de um menino de 7 anos, enquanto o pai trabalha fora e a mãe fica trancada no porão se dedicando às suas pinturas. E temos também (em "No seu pescoço") uma jovem que vai morar na casa do tio nos EUA e lá sente na pele a dor de se sentir estrangeira e sozinha, numa terra que a sufoca e a olha de forma diferente.

Em "Jumping Monkey Hill" temos um workshop de escritores africanos na Cidade do Cabo, o qual reúne grandes talentos. Nesse encontro, todos são estimulados a criar textos, os quais são compartilhados com o grupo.
Ujunwa é a nigeriana de Lagos, que cria uma história sobre uma moça que procura emprego e tem dificuldade de conseguir algo sem sofrer algum tipo de assédio. O organizador do encontro, que a havia assediado ao pegá-la no aeroporto, ri e diz: "Nunca é exatamente na vida real, não é? As mulheres nunca são vítimas dessa maneira tão grosseira, e certamente não na Nigéria." Ah, como não? Ujunwa reage de uma forma surpreendente e nos deixa com um nó na garganta.

"A Cela Um" se passa na Nigéria e fala da prisão de um jovem que cometeu pequenas infrações desde a adolescência e sempre teve a família ao seu lado, fazendo vistas grossas e arranjando desculpas para camuflar o problema. Um dia, porém, ele é pego em flagrante e vai parar numa prisão em outra cidade, sacrificando a vida dos pais e da irmã nas visitas diárias. Apesar da situação toda, ele estava bem, pois comia a comida da mãe e porque não estava na temida cela um. Até que algo acontece e é impossível você não sofrer junto, como se fizesse parte daquela família.

Cada conto é assim: simples na aparência e rico na essência. A dor do personagem passa a ser a sua, numa simbiose de sentimentos. Dá vontade de dar colo para alguns, enxugar as lágrimas e dizer "tá tudo bem. Você merece e terá algo melhor."

Vale a pena a leitura de cada um!

site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2018/03/no-seu-pescoco.html
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PaixAo20 06/03/2018

A cela um-3.5 estrelas
Réplica- 4 estrelas
Uma experiência privada- 5 estrelas
Fantasmas- 3 estrelas
Na segunda-feira passada- 4.5 estrelas
Jumping Monkey Hill- 5 estrelas
No seu pescoço- 4.5 estrelas
A embaixada americana- 4.75 estrelas
O Tremor- 4.25 estrelas
Os casamenteiros- 4.75 estrelas
Amanhã é tarde demais- 4 estrelas
A historiadora obstinada- 4 estrelas
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Mariana 18/02/2018

Vidas
Chimamanda possui uma característica de nunca dar conclusão em suas histórias. E ela faz isso nos contos escritos nesse livro. Creio que sua intenção é fazer com que a pessoa que leia a conclua sozinha.
Ao lê-lo, alimentei um pouco de ódio e nojo de homens. Em outros, criei empatia por histórias familiares e muita curiosidade na cultura dos países africanos.
Adorei ler e pesquisar sobre algumas comidas, árvores e cidades da Nigéria.
Percebi que os contos são mais compreensíveis ao serem lidos aos poucos. Para que "penetre" em nossas cabeças em pequenas doses homeopáticas.
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hanny.saraiva 05/08/2018

Ótima leitura para conhecer o estilo de Chimamanda
Acredito que essa obra é uma ótima iniciação à Chimamanda, com todos os seus traços e o estilo da autora encontrados nessa edição. É como se os contos fossem degustações de seu universo. Meu conto preferido é o último, "A historiadora obstinada".

Citações preferidas:
- Era o mês de agosto, espremido entre a temporada de chuvas e a temporada do harmatã.
- Com uma vida inteiro de silêncio entrando em colapso.
- Afinal você disse para ele, com uma voz alongada de ironi, que, na sua vida, presentes sempre eram coisas úteis.
- Ou talvez tenha sido simplesmente porque você sentiu aquele desejo ardente que às vezes ainda sente, aquela necessidade de alisar as dobras, de aplanar as coisas que acha acidentadas demais.
- Apesar de só ter dez anos, você soube que algumas pessoas podem ocupar espaço demais apenas sendo; que, apenas existindo, algumas pessoas podem sufocar as outras.
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Camila 02/09/2018

Uma escrita maravilhosamente fluida. Histórias fortes, enraizadas, que ocupam o coração, a mente, a pele. Para além de um trabalho necessário, espetacular. Histórias contadas com dignidade, com respeito amplo a passados, presentes e futuros. Não tenho palavras que façam jus a essa escritora. Da Chimamanda eu quero ler-ouvir mais e mais.
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Guta 12/09/2018

Nó na garganta
Mulheres fortes, resignadas, lutadoras, ativas, sensíveis, inteligentes, os contos deste livro são muito bem escritos e compartilham a relutância dos pensamentos das personagens. Narrativa forte, verossímil e surpreendente.
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Kelly @leitora_assidua_ 21/09/2018

Esse livro me tocou de uma maneira surpreendente!
Um livro sobre aceitação. Sobre se aceitar como realmente é, sua cultura, seu eu, sua alma!

“Ele sabia como eu amava estudar aqui, mas sempre me dizia que[…]era uma universidade chata, ultrapassada. Quando achava que estava feliz demais com algo que não tinha a ver com ele, sempre encontrava um jeito de falar mal. Como você pode amar alguém e ao mesmo tempo quer controlar o nível de felicidade que é permitido à pessoa?”

Composto por 12 contos, No Seu Pescoço, nos mostra um lado da Nigéria que quase não vemos, de conceitos religiosos até a imigração.

“O futuro dela dependia daquele rosto. O rosto de uma pessoa que não a compreendia, que não devia cozinhar com azeite de dendê, ou não devia saber que o azeite de dendê, quando estava fresco, tinha um tom muito, muito vermelho, e quando não estava, virava um creme laranja espesso.”

Muito mais que isso, esses 12 contos nos fazem pensar e repensar sobre a vida que levamos, sobre a sociedade que estamos inseridos, como muitas vezes, só olhamos para nós mesmo e lamentamos o que não temos e não enxergamos o que temos ao nosso lado.

“Nós nunca damos valor ao que é nosso…”

Esse livro me tocou de uma maneira! Sabe o que é você se sentir representada, quanto nas coisas boas como as coisa ruins, vê a sua realidade imersa ali, e enxergar com clareza o que às vezes não vê. Foi uma experiência única, dolorosa e ao mesmo tempo prazerosa…

“Você não sabia que as pessoas podiam simplesmente escolher não estudar, que as pessoas podiam mandar na vida. Você estava acostumada a aceitar o que a vida dava, a escrever o que a vida ditava.”

Esse é aquele livro que eu recomendo a todos, e junto com Outros Jeitos de Usar a Boca ganhou um lugar especial no meu coração.
E apesar de levar o nome de resenha, essa aqui está mais para uma indicação, cada conto tem um universo único e eu poderia vir aqui e destrinchar todos eles, mas não gostaria de estragar a experiência por trás deles.

“Aquilo que se enroscava ao redor do seu pescoço, que quase sufocava você antes de dormir, começou afrouxar, a se soltar.”
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