No seu pescoço

No seu pescoço Chimamanda Ngozi Adichie




Resenhas - No Seu Pescoço


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Guynaciria 13/03/2018

Esse é mais um livro forte da autora nigeriana Chimamanda Adichie.

Eu sou apaixonada pela escrita dessa mulher, ela sempre me faz refletir a respeito do papel da mulher na sociedade. É nesse livro não é diferente, aqui temos personagens femininas fortes, decididas, que lutam para alterar a realidade em que vivem.

Ao todo são doze contos, que abordam temas que vão de imigração, adaptação a uma cultura estrangeira, relações familiares conflituosas, ciume entre irmãos, adultério, mais principalmente de desigualdade social.

A autora utiliza sua experiência pessoal como mulher negra, imigrante, para retratar de forma verossímil a decepção que essas pessoas costumam tem ao perceber que todas as informações que receberam durante sua vida, em relação a facilidade de oportunidades e ascensão social em países como os Estados Unidos, na realidade são incorreta. 

Em todos os contos, o choque cultural foi traumático, independente da condição financeira ou o nível de escolaridade. Os imigrantes sempre eram tratados de forma diferenciada, e não necessariamente para melhor.

Quando somos expostos a uma realidade tão diferente da nossa, é impossível não sair modificado. Acredito que essa seja a proposta do livro, nos fazer sair da bolha e ver o mundo através dos olhos de outras pessoas. 

A leitura foi edificante, eu recomendo a todos conhecer não somente esse livro, mas toda a obra da Chimamanda. 
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Mi 29/10/2018

Primeiro livro de autora africana que leio...
Leitura agradável. São vários contos que relatam questões familiares, políticas, religiosas, etc.
Muitos deles, inclusive, falam de pessoas que saem da Nigéria e vão tentar melhores condições de vida no EUA.
Os contos que mais me chamaram atenção: A cela um; Uma experiencia privada; Jumping Monkey Hill; A embaixada americana; Os casamenteiros; Amanhã é tarde demais; e A historiadora obstinada.
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Dani 22/03/2018

Imersão nos contos
Não sou tão fã de contos, exatamente porque acabam logo, haha. Tem contos bem interessantes nesse livro, que me deixaram imersa na história em poucas páginas, e que quando acabaram eu fiquei decepcionada porque poxa, eu queria mais dessa história.
Mas os contos são bem legais e dão uma visão do mundo visto de outro ponto de vista. :)
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zoni 31/03/2018

Eu sai da zona de conforto, e isso foi a melhor coisa que fiz!
Acredito que essa seja a melhor forma de adentrar no mundo da escrita de Chimamanda. Nas narrativas que compõe esse livro, encontrei uma sensibilidade envolta de crítica social e política.
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Meu conto favorito dos doze, é o que da nome ao livro, no seu pescoço é narrado em segunda pessoa, uma proposta maravilhosa da autora, que nos coloca diretamente no lugar da personagem, que é uma recém chegada aos Estados Unidos, e que tem que lidar com a realidade, logo após descobrir que a loteria americana que lhe contaram a vida toda era uma mentira.
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O livro é repleto de críticas, Adichie fala com leveza e qualidade sobre assuntos como injustiça social, desigualdade de gênero, racismo e o preconceito com imigrantes.
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Cada conto é independente e trazem histórias contemporâneas e muito fáceis de serem identificadas. Alguns contos parecem ser superficiais em um primeiro momento, mas no final do livro, a gente para pra pensar e percebe que cada um é importante a sua maneira.
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Ler Chimamanda foi uma experiência incrível, sai da minha zona de conforto e estou louco para ler outras histórias dela.

site: instagram.com/nomeiodatravessia
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Helô Ferrari 06/04/2018

Chimamanda é demais
Chimamanda neste livro, traz contos tocantes da realidade Nigeriana, mesmo sendo uma cultura tão diferente, sua maneira de escrever é etérea, e nos identificamos com as nuances sentimentais doa presonagens. Como sempre, ela relata a visão de um povo oprimido, sofrido, machista. Mas ao mesmo tempo, dá a intenção inflamada de não concordar com o sistema, trazendo a necessidade de mudança de realidade. Faz com que os leitor em acordem. Te dá uma aula de direitos humanos.
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Livro a Bordo 26/05/2018

No seu pescoço - Chimamanda Ngozi Adichie
"Não podia reclamar de não ter sapatos se a pessoa com quem estava falando não tinha pernas"
Um pequeno trecho do conto "Na segunda-feira da semana passada" um dos que mais gostei desse livro extraordinário.

No seu pescoço da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie é um livro de contos publicado no Brasil em 2017 pela @companhiadasletras. O livro é composto por doze contos (um melhor do que o outro, acreditem!). Neles encontramos temáticas como desigualdade racial, machismo, relações familiares, entre outros.

A Chimamanda é uma importante representação em favor da igualdade de gênero e raça, e se consagrou com romances como "Hibisco Roxo" e "Meio sol amarelo" como uma das principais escritoras contemporâneas.

Da autora já tinha lido "Sejamos todos feministas" e "Para educar crianças feministas", dois livros igualmente incríveis.
A minha experiência com a autora tem sido surpreendente e super prazerosa. Agora que terminei No seu pescoço, ele se tornou um dos meus favoritos e já estou pensando em escolher outro livro dela pra iniciar.
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Gui 28/05/2018

CHIMAMANDA
A Sensibilidade de uma mulher que fala sensitivamente sobre os conflitos culturais, políticos e pessoais do e com o país e continente em que nasceu é uma aula de como enxergar o mundo em que se vive e não fazer vista grossa aos milhares de sinais de racismo, sexismo etc. que acompanhamos e passamos todos os dias dentro das nossas realidades, entender os próprios privilégios e olhar para as tantas lutas que não fazem parte do próprio contexto com atenção e respeito.
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Lipe 30/05/2018

Chimamanda Adichie - O melhor da Literatura Africana
Desigualdade social, imigração, misógina, feminismo, intolerância religiosa e social são algumas das vertentes que perpassam as obras de Chimamanda Adichie, escritora nigeriana, em seu livro "No seu pescoço". Coletânea de contos com cenários entre a Nigéria e Estados Unidos.
Mostrando a verdadeira África ao mundo e mostrando que esse continente não tem uma realidade tão diferente da nossa - que inclue o Brasil - Chimamanda Adichie faz isso através de uma escrita sensível, realista e autoral. Posicionando-se com um texto refleto de críticas sociais e políticas. Dando vozes as mulheres - principalmente as negras e imigrantes - marginalizadas por sociedades machistas e opressores e aproximando os seus contos do público masculino por meio de uma inversão estilística (uso do pronome "você" dirigindo-se ao leitor e colocando-o como protagonista do enredo) Chimamanda Adichie revela todo o seu potencial como uma das maiores escritoras da contemporaneidade.
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Aryane 03/06/2018

Que maravilha!
Eu nunca canso de dizer que o mundo inteiro deveria ler as obras da Chimamanda. O que ela escreve tem o poder de nos encantar e, ao mesmo tempo, nos leva à reflexão. Não tem como ler uma obra dela e continuar sendo a mesma pessoa. E este livro não é diferente. Cada conto é arrebatador. Em vários deles, tive vontade de pegar alguns personagens no colo.

Recomendo a leitura, hoje e sempre.
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Roseane 08/07/2018

Maravilhosa
Chimamanda é uma escritora maravilhosa. Sempre saio muito contemplada com suas palavras. Mulher negra retinta, não tem medo de abordar o feminismo, colorismo, o que o cristianismo é capaz de fazer em um povo, uma cultura, o fanatismo cristão é muito agressivo na Nigéria.
Esse livro de contos é uma boa viagem à Nigéria, histórias fortes, personagens complexos. Indico a leitura ?.
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Blackthorne 20/07/2018

Um livro que te faz querer melhorar como ser humano sem ser de auto-ajuda!
Pesado e reflexivo são duas palavras que vêm bem a calhar se formos definir este livro. Foi meu primeiro contato com a escrita dessa mulher tão aclamada e tenho dito: ela merece todos os méritos que lhe são atribuídos. "No Seu Pescoço" reúne 12 contos que falam sobre fanatismo religioso, sobre como é ser imigrante nos Estados Unidos e como é duro você se ver abandonando suas "raízes" (acho que pode-se assim dizer) para adaptar-se ao modo de vida americano, fala também de questões sobre as mulheres, fala sobre guerra, sobre relações familiares, sobre amores, sobre laços criados e rompidos, questões e relações sociais entre homens e mulheres... entre outras coisas sem medo, sem rodeios, sem floreios. São textos repletos de críticas sociais e políticas, que chocam. Chocam pois são situações reais; embora sejam histórias vividas pelos Nigerianos no livro da Chimamanda, poderiam muito bem ser imaginados vividos por brasileiros. Cada texto é um soco no estômago e tinham horas que eu ria, horas que eu chorava, horas que eu me revoltava. Eu confesso que não sou mais a mesma depois desse livro. Transformação e mudança é o que esse livro causou em minha forma de pensar como sendo ser que vive em sociedade. Recomendo a leitura para todos pois precisamos de mais livros assim: diretos, reais, que nos façam querer melhorar como pessoa além de ter mais empatia com o ser que está ao nosso lado e também nos façam querer lutar pra ajudar a formar uma sociedade melhor e mais consciente.
E é isso.
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hanny.saraiva 05/08/2018

Ótima leitura para conhecer o estilo de Chimamanda
Acredito que essa obra é uma ótima iniciação à Chimamanda, com todos os seus traços e o estilo da autora encontrados nessa edição. É como se os contos fossem degustações de seu universo. Meu conto preferido é o último, "A historiadora obstinada".

Citações preferidas:
- Era o mês de agosto, espremido entre a temporada de chuvas e a temporada do harmatã.
- Com uma vida inteiro de silêncio entrando em colapso.
- Afinal você disse para ele, com uma voz alongada de ironi, que, na sua vida, presentes sempre eram coisas úteis.
- Ou talvez tenha sido simplesmente porque você sentiu aquele desejo ardente que às vezes ainda sente, aquela necessidade de alisar as dobras, de aplanar as coisas que acha acidentadas demais.
- Apesar de só ter dez anos, você soube que algumas pessoas podem ocupar espaço demais apenas sendo; que, apenas existindo, algumas pessoas podem sufocar as outras.
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Guta 12/09/2018

Nó na garganta
Mulheres fortes, resignadas, lutadoras, ativas, sensíveis, inteligentes, os contos deste livro são muito bem escritos e compartilham a relutância dos pensamentos das personagens. Narrativa forte, verossímil e surpreendente.
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Kelly @leitora_assidua_ 21/09/2018

Esse livro me tocou de uma maneira surpreendente!
Um livro sobre aceitação. Sobre se aceitar como realmente é, sua cultura, seu eu, sua alma!

“Ele sabia como eu amava estudar aqui, mas sempre me dizia que[…]era uma universidade chata, ultrapassada. Quando achava que estava feliz demais com algo que não tinha a ver com ele, sempre encontrava um jeito de falar mal. Como você pode amar alguém e ao mesmo tempo quer controlar o nível de felicidade que é permitido à pessoa?”

Composto por 12 contos, No Seu Pescoço, nos mostra um lado da Nigéria que quase não vemos, de conceitos religiosos até a imigração.

“O futuro dela dependia daquele rosto. O rosto de uma pessoa que não a compreendia, que não devia cozinhar com azeite de dendê, ou não devia saber que o azeite de dendê, quando estava fresco, tinha um tom muito, muito vermelho, e quando não estava, virava um creme laranja espesso.”

Muito mais que isso, esses 12 contos nos fazem pensar e repensar sobre a vida que levamos, sobre a sociedade que estamos inseridos, como muitas vezes, só olhamos para nós mesmo e lamentamos o que não temos e não enxergamos o que temos ao nosso lado.

“Nós nunca damos valor ao que é nosso…”

Esse livro me tocou de uma maneira! Sabe o que é você se sentir representada, quanto nas coisas boas como as coisa ruins, vê a sua realidade imersa ali, e enxergar com clareza o que às vezes não vê. Foi uma experiência única, dolorosa e ao mesmo tempo prazerosa…

“Você não sabia que as pessoas podiam simplesmente escolher não estudar, que as pessoas podiam mandar na vida. Você estava acostumada a aceitar o que a vida dava, a escrever o que a vida ditava.”

Esse é aquele livro que eu recomendo a todos, e junto com Outros Jeitos de Usar a Boca ganhou um lugar especial no meu coração.
E apesar de levar o nome de resenha, essa aqui está mais para uma indicação, cada conto tem um universo único e eu poderia vir aqui e destrinchar todos eles, mas não gostaria de estragar a experiência por trás deles.

“Aquilo que se enroscava ao redor do seu pescoço, que quase sufocava você antes de dormir, começou afrouxar, a se soltar.”
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Poesia na Alma 21/09/2018

Alteridade no Contos de Chimamanda
Numa mescla de escrita experimental e convencional, Chimamanda Ngozi Adichie se utiliza do inconsciente coletivo para ecoar a noção de alteridade e a possibilidade do confronto nos doze contos que compõe No Seu Pescoço, tradução de Julia Romeu, 233 páginas, publicado pela Companhia das Letras.

Percebe-se que por meio dos personagens um cenário social é tecido e temas como racismo, conflitos religiosos, imigração e relações familiares são explorados dentro desse cenário construindo uma ponte de empatia com o outro. A exemplo disso, no conto Fantasmas, um idoso viúvo vê uma nação padecer pelas mazelas de uma guerra perdida, lutando por oportunidades e para manter a identidade

“Eu me pergunto o que teria acontecido se tivéssemos ganhado a guerra em 1967. Talvez não estivéssemos indo procurar essas oportunidades no exterior, e eu não teria que me preocupar com nosso neto que não fala igbo, que não entendeu por que esperavam que ele dissesse “Boa tarde” para estranhos, pois em seu mundo, é preciso justificar as pequenas cortesias. ”

Já no conto Uma Experiência Privada, Ngozi apresenta ao leitor como duas personagens distintas pela cultura e religião, lutam para sobreviver a um conflito religioso nas ruas de Kano quando muçulmanos hausas atacam cristãos igbos com machados. Trancadas numa loja abandonada, Chika, não muçulmana, e uma mulher hausa muçulmana se tornam cúmplices

“Mais tarde, Chika lerá no The Guardian que “os muçulmanos reacionários do norte, falantes da língua hausa, têm um histórico de violência contra não muçulmanos” e, em meio à sua dor, irá parar para lembrar que examinou os mamilos e viveu a experiência de conhecer a gentileza de uma mulher que é hausa e muçulmana. ”

O outro, aparentemente estranho a nós, traz uma conexão conosco e a alteridade se relaciona nesse contexto por um ato de fertilidade diante das casualidades cotidianas. A exemplo disso está Chika que vivência a angustia desencadeada pela violência e intolerância religiosa dos povos hausas muçulmanos, mesmo assim, a experiência fértil da gentileza ‘de uma mulher que é hausa e muçulmana’ traz novas dimensões de coexistências dos aspectos vivenciados.

Tanto o exemplo de Chika como tantos outros no decorrer dos doze contos, faz com que essa realidade perpasse fronteiras e chegue a nós brasileiros, latinos, ocidentais porque ela é coletiva e porque todos afetam e são afetados, somos uma teia capazes de produzir transformações. Nesse sentido, No Seu Pescoço consolida a autora pelo seu êxito em manter a qualidade literária em casamento harmonioso com a militância.
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