Adeus, Columbus

Adeus, Columbus Philip Roth




Resenhas - Adeus, Columbus


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bardo 09/06/2023

Essa pequena coletânea de contos impressiona por sua qualidade e mais ainda por ser a primeira obra publicada pelo autor. Certo que nem todos os contos mantém a mesma força, todavia em todos mantem-se a qualidade e uma certa beleza no texto, beleza essa que deve ser ainda mais perceptível no texto original.
O conto que dá nome ao livro Adeus, Columbus ainda que inegavelmente muito bom, confesso não me pegou muito, seu protagonista inclusive me irritou um pouco, mas é indiscutível que retrata bem o espírito de seu tempo.
Já o A Conversão dos Judeus é um conto que arrebata o leitor de pronto, com talvez um dos protagonistas mais encantadores dentre os dessa coletânea. Por mais que haja um certa ambiguidade e o leitor acabe se perguntando onde exatamente o autor queria chegar com o conto.
O conto seguinte O defensor da Fé retrata bem a instrumentalização da fé e tem um dos desfechos mais satisfatórios; arranca um sorriso do leitor por sua solução um tanto inesperada, o autor está nos levando em uma direção e de repente… Seguem-se Epstein e Não se Julga Um Homem Pela Canção Que Ele Canta, dois contos operantes, Epstein destacando-se um pouco, mas em comparação com os demais empalidecem um pouco.
O livro encerra-se com o perturbador Eli, o Fanático, um conto com inúmeras camadas e que permite uma série de interpretações. Julgo que esse e o A Conversão dos Judeus sejam com folga os dois melhores contos do livro.
Temos aqui um dos raros casos em que iniciar um autor por sua obra de estréia é positivo, a forma como o Roth mesmo em seus contos mais operantes mantém o leitor interessado no mínimo desperta a curiosidade para conhecê-lo melhor. Vale dizer que já estão presentes aqui os temas que atravessarão a obra do autor: a fé, a condição judaica, o moralismo e a sexualidade.
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Frederico 15/09/2020

Livro que já mostra um Philip Roth poderoso. Contos surpreendentes. Sem ter tanto teor sexual, mas com fortes situações religiosas e políticas. Humor também refinado. Grande estreia.
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Jessica Becker 05/03/2022

Adeus, Columbus
Depois que li "Nêmesis", enviado pela TAG Curadoria em abril de 2021, fiquei com vontade de ler mais obras do autor. Decidi começar por seu livro de estreia, "Adeus, Columbus" , que é um compilado de ficções curtas. A obra traz histórias que satirizam, ironizam, criticam alguns aspectos da cultura judaica nos EUA.
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Wynícius 16/10/2020

De longe é o melhor livro do Roth, mas também não é o seu pior. Fico de boca aberta sempre que lembro que esse livro foi premiado, eu consigo imaginar as pessoas na época da publicação, lendo essa obra e pensando o quão incrível iriam ser os próximos trabalhos dele.
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Paulo Sousa 26/06/2018

Adeus, Columbus, de Roth
Livro lido 4°/Jun//33°/2018
Título: Adeus, Columbus
Título original: Goodbye, Columbus - and five short stories
Autor: Philip Roth (EUA)
Tradução: Paulo Henriques Britto
Editora: @companhiadasletras
Ano de lançamento: 1959
Ano desta edição: 2006
Páginas: 288
Classificação: ??????
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"O que havia dentro de mim que transformara aquela perseguição e sofreguidão em amor, e depois o virara do avesso outra vez? O que havia transformado vitória em perda, e perda - quem sabe? - em vitória?" (Posição no Kindle 1978/46%).
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Adeus Columbus, de 1959, é o primeiro livro publicado de Philip Roth, o renomado escritor americano de boa parte da melhor literatura dos anos do século XX e XXI, morto há algumas semanas. Conta com a novela que dá título ao volume e mais cinco contos, (A conversão dos judeus, O defensor da fé, Epstein, Não se julga um homem pela canção que ele canta e Eli, o fanático) todos praticamente tendo como pano de fundo o judaísmo, as implicações de classe e raça e o tratamento crítico aos costumes judaicos.
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Roth tinha apenas 27 anos quando o livro foi publicado, mas, mesmo se tratando de uma obra de "revelação" certamente não é uma obra de um iniciante. Ali já é possível encontrar elementos que seriam cruciais e largamente desenvolvidos em livros posteriores como "O avesso da vida" e a própria Trilogia Americana, onde as alfinetadas de Roth à questão judica são mais contundentes e polêmicas. É um livro essencial, servindo de ponta-pé inicial para se adentrar na densa prosa rothiana, cujos matizes e nuances, as inúmeras quebras temporais, o próprio engajamento de questões que abalaram o círculo de intelectuais que viam Roth como mais um escritor soberbo e boçal, mas que encantou e encanta.
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Roth, por sua própria sofisticação, não é um autor fácil de ser lido, mas não lê-lo é um erro imperdoável. Toda a sua lavra literária causa frisson intelectual, suplantar cada romsnce seu é uma aventura prazerosa e a certeza de que se está diante de um romancista que sempre buscou desmistificar o american dream da melhor forma possível: mostrando-o de dentro para fora.
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Particularmente gostei bastante de Adeus, Columbus, de Epstein (espécie de sátira de costumes) e de O defensor da fé, onde Roth narra a história de Nathan Marx, um graduado do exército americano que trabalha com recrutas. O próprio título deste conto é um tanto contraditório porque Marx, judeu, ao perceber que recrutas de mesma religião se aproveitam dessa condição para obter privilégios, encontram no próprio Marx um defensor de ideais muito acima dos costumes judaicos. É um belo livro, definitivamente! Antes de ler essa pequena coletânea, eu sempre sugeria aos leitores que queriam iniciarem-se na obra do romancista a começar a ler Roth por seus livros tardios. Ledo engano meu. Certamente a melhor forma de entender o ideário literário de Roth é por seu livro de estréia, que nas palavras de Saul Bellow, "apesar de ser um livro de estréia não é um livro de iniciante".
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Henrique Fendrich 24/09/2019

“Adeus, Columbus”, o primeiro livro escrito por Philip Roth, foi, também, o primeiro livro que li dele. Acho que é uma estreia em grande nível. Gostei principalmente da novela que abre o livro, com uma história de amor em meio a conflitos de gerações no meio judaico. Também achei bem instigante o conto que vem na sequência, “A conversão dos judeus”, que me deixou a seguinte reflexão: apenas situações extremas são capazes de demover uma crença religiosa, pois a razão, por si só, não é suficiente. A cena em que o menino está no telhado da igreja “pregando” aos judeus é bastante marcante. Depois vem “O defensor da fé”, que também apreciei, sobre um soldado judeu que procurava certos privilégios ao se dar conta de que o seu sargento também era judeu (nesse, no entanto, o encontro gera grande conflito e angústia). Curiosamente, as histórias desse livro estão dispostas exatamente na minha ordem de preferência, de maneira que eu gostei mais das primeiras e menos das últimas. Mas em todas percebi méritos, sendo que as implicações do judaísmo na vida contemporânea (algo que se pode obsevar também no Isaac Bashevis-Singer, nobel de Literatura) está presente em todas e é um dos seus aspectos mais relevantes.
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pedrojansen 29/01/2009

Primeiros passos
Este é o primeiro livro de Roth, com uma pequena novela e alguns contos reunidos, mostrando um autor ainda em processo de amadurecimento, mas com um talento impossível de ser ignorado.
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Rudi 25/01/2021

Em maturação
Adeus, Columbus e os contos associados já mostram a personalidade que Roth nos apresentaria a partir de Complexo de Portnoy. A novela que dá nome ao livro é densa, com uma construção lenta dos personagens em situações de tensão. Alguns dos contos são bastante particulares da tensão do judaísmo dentro dos EUA - os tradicionais versus os seculares. Gostei
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Erica 01/09/2022

Não esperava muito, pois acho que contos nunca contam histórias com começo, meio e fim, mas gostei bastante.
O humor de algumas das histórias é muito bom!
O texto é bem fluido e fácil de ler.


Mapa de personagens:
ADEUS, COLUMBUS
Neil Klugman, jovem que morava com os tios Gladys e Max
Brenda, filha dos Patimkin e irmã de Ron

A CONVERSÃO DOS JUDEUS
Ozzie, filho da sra. Freedman 3 colega de Itzie
rabino Marvin Binder
Yakov Blotnik, zelador da sinagoga

O DEFENSOR DA FÉ
capitão Paul Barrett, comandante do Camp Crowder
sargento Nathan Marx
Sheldon Grossbart, soldado folgado
Larry Fishbein e Mickey Halpern, seus amigos

EPSTEIN
Lou Epstein, marido de Goldie, pai de Sheila e tio de Michael
Ida Kaufman, vizinha e mãe de Linda

NÃO SE JULGA UM HOMEM PELA CANÇÃO QUE ELE CANTA
Alberto Pelagutti, Duke Scarpa, colegas do narrador
sr. Russo, professor de profissões

ELI, O FANÁTICO
Eli Peck, advogado, marido de Miriam
Leo Tzuref, diretor do colégio
Imigrante, faz-tudo de Leo
Linda, Shirley, Ted Heller, Harriet Knudson, Jimmy, Artie, Harry, vizinhos
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Ricardo Santos 04/10/2015

a estreia do mestre
Livro de estreia do mestre Philip Roth. Aqui ele já mostra a força de sua narrativa, mesmo numa intensidade menor. As críticas à sociedade americana e à sua própria condição como judeu ainda estava comportadas. Mas tem seus momentos de brilhante ironia e pura comédia, numa curiosa mistura de Kafka com os irmãos Marx.
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/05/2018

Jovem descobre o amor e os limites do amor. Menino judeu "converte" a mãe e os colegas ao cristianismo. Soldado manipula os superiores usando a religião que tem em comum. Marido infiel provoca tragicomédia em família de classe média. Adolescente tenta escapar da marginalidade. Judeu americano secularizado é arrastado de modo insólito para a identificação total com sobrevivente do Holocausto. Uma novela e cinco contos em que o jovem Philip Roth já se revela um mestre.

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Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8535909478
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Luiz Miranda 29/11/2022

Estreia Premiada
Livro de estreia do grande Philip Roth, provavelmente o maior escritor americano da segunda metade do século 20. A obra de 1959 é composta por uma novela (Adeus, Columbus) e cinco contos, tendo recebido o mais importante dos prêmios literários dos Estados Unidos, National Book Award.

Mesmo com essas invejáveis credenciais, não é o tipo de livro pra todos os paladares, trata-se de um trabalho bastante voltado para o público judeu. Observador sagaz do judeu americano, Roth aborda com conhecimento de causa o choque cultural, as idiossincrasias e o sentimento de não pertencimento característico do imigrante. Ainda não é o escritor de prosa musculosa que conheceriamos mais tarde, mas uma interessante promessa.

A novela título toma praticamente metade das 288 páginas e fala sobre o primeiro amor. Interessante, sóbria e autobiográfica (ao que tudo indica...). Os 5 contos seguintes mantém uma qualidade estável e apresentam momentos irônicos e dramáticos. Muitas vezes a mesma história mistura humor e angústia, como A Conversão dos Judeus e Eli, O Fanático, este último o momento mais tocante do trabalho...bem, eu fiquei com um nó na garganta, mas talvez Roth estivesse apenas rindo do personagem central, vai saber...

Recomendo apenas a fãs do escritor, pra leitores casuais que procuram um primeiro contato, Homem Comum e O Complexo de Portnoy são mais acessíveis. Já leitores calejados podem de cara apostar em trabalhos mais desafiadores, como os consagrados Pastoral Americana e O Teatro de Sabbath.

3,5 estrelas
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Paulo Sousa 28/11/2022minha estante
O conto do soldado que se vale da condição de judeu do seu superior, um sargento, é um dos pontos fortes da obra! Roth é o melhor!


Paulo Sousa 28/11/2022minha estante
Já acredito que Sabath e o Pastoral não sejam as melhores obras para se iniciar em Roth. Os três primeiros livros sobre Nathan Zuckerman talvez sejam mais tranquilos, ao lado de A indignação e Complô contra a América.


Luiz Miranda 28/11/2022minha estante
O conto do soldado, O Defensor da Fé, é meu segundo favorito do livro. Com relação a Pastoral e Sabbath, concordo, não são bons livros pra iniciantes na obra de Roth, acho que ficou confuso no meu texto porque inicialmente eu indico 2 mais fáceis e depois 2 mais ambiciosos, aí ficou parecendo que os 4 eram pra novatos.




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