O outro, o mesmo

O outro, o mesmo Jorge Luis Borges




Resenhas - O Outro, o Mesmo


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Marina Fülber 15/08/2021

Comecei o livro achando que era de contos, mas, como boa apreciadora de poesia, prossegui apesar de não ser o que eu esperava.
Achei um pouco difícil porque vários poemas tratam de questões históricas regionais das quais não tenho conhecimento, como personagens de guerras e tal, e acabei não pesquisando pra conseguir saber do que se tratava.
Outros trazem regionalismos compreensíveis pro meu conhecimento que achei muito bom ter a visão poética de Borges sobre. E além desses, outras temáticas, como vários sobre vikings e nórdicos (acho muito legal saber a partir da poesia quais são os temas que causam grandes impressões nos poetas), patriotismo, coisas mais cotidianas e até filosóficas trazendo com frequência a temática do tempo.
Gostei bastante da leitura. Como leio muita poesia e também escrevo, tenho algumas preferências estruturais que acabei não gostando em alguns de Borges, como a forma de estruturar as terças finais dos sonetos, mas isso é uma questão bem pessoal que eu trago mais a fim de registro da minha leitura do que como uma crítica ao autor.
Me trouxe bastante inspiração, refleti bastante sobre a minha própria escrita poética e essa é uma das coisas que mais aprecio na poesia, além da própria apreciação do escrito em si.
Também gostei muito de ter uma referência sul-americana. Fiquei com mais vontade ainda de conhecer a Argentina, ir a Buenos Aires, saber o que essa cultura, tão próxima, mas ao mesmo tempo tão distante, tem a me apresentar.
Indico a leitura a quem gosta de poesia
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Bell_016 08/01/2011

Creo en el alba oír un atareado
rumor de multitudes que se alejan;
son los que me han querido y olvidado;
espacio y tiempo y Borges ya me dejan.
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Janaína 29/08/2020

A obra traz um compilado de poemas, alguns curtos outros mais longos, que tratam do ser, da humanidade, por isso há uma certa densidade na escrita

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Brunov 13/02/2022

Através do labirinto-tempo-música como água-sonho-poesia
Borges só olha seus sentimentos e os reflete em histórias do passado, tanto biográfico, quanto histórico, sociológico e mítico juntando fenômenos e sujeitos antevendo o passado que já é o seu presente ao soltar suas palavras.

Nessa construção é movido pela fome a buscar o mágico no anterior e nesse mágico encontrado com a poesia independente do tempo enfrenta a fome mesma que outrora determinou identidades daqueles que buscavam glória sendo nada.

Alerta: pra quem gosta de politizar tudo, há algo de "reacionário", ou Tradicionalista, quase QTP repetidamente nesses textos.

Aí foi-se a resenha normal.
Agora sobre mim, que não costumo ler poesia, enquanto devorava as presentes; essa coisa de fundir camadas narrativas em uma série de palavras-chave, que tem que ser lidas sintetizando transtemporalmente, me fez sentir lendo vários textos ao mesmo tempo e ao fundi-los à minha cuca, cheguei a ler textos que não existiam, como se eu estivesse drogado ou tendo um surto alucinatório suave. Minha dopamina no córtex frontal deve ter disparado quando fiquei sonolento junto do eu-lírico.
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