Henry 28/02/2024
Um herói... Do ponto de vista de quem?
Desde o primeiro livro, eu não via o Paul Atreides como um mocinho. Ele é escrito como tal, a ideia é dar a impressão que ele é o salvador, o arquétipo do escolhido e do protagonista que vai mudar tudo no Universo de Duna.
Mas a ideia do Autor, era alertar sobre a ascensão de figuras carismáticas no poder, e toda a religião política que existe por trás dessas figuras. E essa história é tão atual, que nós conseguimos ver exemplos recentes dessas figuras. Lembra dos Ataques ao Capitólio e da invasão de Brasília?
E isso foi uma das coisas que eu mais gostei no primeiro livro. E é legal que em Messias de Duna, isso tenha ficado mais escancarado.
Paul Atreides é sim um tirânico, mas é porque ele foi condicionado a ser assim, por gerações. Ele não é inocente, mas também é uma vítima.
E essas características, em tons cinzas, no universo dourado e terroso de Duna, é que me fascinam. E isso é o que eu tenho a elogiar sobre Messias de Duna.
Porém, acho que a história é meio entrucada, com personagens que estão perdidos (E inclusive desaparecem no meio da história e só voltam no final só com uma citação, isso se aparecem né).
Gostei sim, mas há problemas.