Senhora dos Afogados

Senhora dos Afogados Nelson Rodrigues




Resenhas - Senhora dos Afogados


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Carol Pita 27/01/2021

VIROU FAVORITA!!!
Não tava esperando gostar tanto, já que já tinha assistido uma montagem e não me marcou. Mas MEU DEUS essa peça é perfeita. Impressionante a profundidade dos personagens, e também a delicadeza da poesia embutida na ambientação que o Nelson dá pra história. Fiquei completamente apaixonada, e Moema já virou dreamrole.
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Fabio Shiva 30/08/2010

Caraca!!!
Um chute bem forte em qualquer parte mole do corpo que deixe a pessoa sem ar!!!

O lobo mau não está tão velho assim, meus camaradas, e ainda pode assustar bastante!!!

Que bom que o livro encerrou com essa, mostrando Nelson em excelente forma, capaz de tecer uma trama de puro pesadelo e horror.

Stephen King é fichinha comparado!!!

A força “plástica” (como o próprio Nelson gosta de falar) de uma cena em particular foi tão impactante que sinto como se tivesse mesmo visto, e não imaginado ao ler: uma mulher toda de branco diante do espelho. No reflexo, ao invés dela mesma, aparece sua mãe de luto fechado e com cotocos ensanguentados no lugar das mãos.

Sinistríssimo!

(12.02.10)
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Hilton Neves 13/05/2020

Como atleticano foi desconfortável... Mas não havia contatado a Orestíada de Ésquilo antes, logo, foi bacana -- embora sob um tema também desconfortável -- notar o ambiente do teatro e as ligações de doideira da peça. Dona Marianinha, e é fácil perceber, tem o mesmo significado da pobre Dª Aninha que enrolava um pano n'A Mulher Sem Pecado! Ambas eram as mães dos donos da casa, mostrando-se loucas e, ao mesmo tempo, as personagens menos insanas.
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Dani 01/12/2023

Muito interessante
Não sei dizer o quanto gostei da peça, mas ela de fato entrega o que promete. Tem diversas reviravoltas e ideias interessantes, principalmente vinculadas às tragédias antigas gregas. Apresenta diversos símbolos e ideias que vão sendo construídas ao longo, apesar de não ter amado tanto, dá para ver o talento do dramaturgo e seus conceitos.
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Fabíola Costa 15/03/2021

Comentários sobre "Senhora dos Afogados"
"Senhora dos Afogados", de Nelson Rodrigues. Acho que é a oitava vez que a leio (sim, gosto bastante!) e Rodrigues é sim um dos meus autores favoritos da vida (acredito que seja O favorito...).
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Eu não quero dar detalhes do enredo para não estragar a experiência de ninguém; contudo, saibam que nesta peça vocês encontrarão praticamente todos os temas que Nelson explora em suas obras: adultério, vingança, incesto, culpa, inveja, ciúmes, sentimentos impronunciáveis etc, etc.
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Para mim, este texto é o melhor do autor. É o melhor acabado, o melhor já escrito, tem uma atmosfera bem criada e personagens incríveis! Perceberam que sou apaixonada por essa peça, né?!
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Se tiverem a oportunidade de a lerem, o façam! Mas, particularmente, é aconselhável para quem já conhece o trabalho do autor. Aqui a experiência do texto é bem peculiar e pode, inclusive, chocar algumas pessoas. Mas que valerá a pena, isso eu não dúvido!
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mª paula 03/01/2022

foi por esse homem que eu me apaixonei
que livro bom, nelson rodrigues? envolvente, pouco óbvio, vários plot twists referencias que eu peguei? coisa linda
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Aline Obnesorg 06/12/2022

Pesado!
Li por acaso, procurando uma peça para o trabalho da faculdade. E gostei! Haha
Uma história cheia de gente perturbada e questões complexas demais.
O tema incesto não me agrada muito, me dá repulsa... Mas a atmosfera do livro faz ser suportável.
Livro bem "buuum", gosto assim! Kkk
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Gustavogl 30/11/2023

Como se trata de Nelson Rodrigues entrega o que se espera: incesto, paixões proibidas, moralismo e hipocrisia da sociedade brasileira. E como sempre a entrega é ótima!
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Procyon 07/02/2023

Senhora dos afogados ? Resenha
Senhora dos Afogados é certamente a peça mais ?helênica? que eu li de Nelson Rodrigues ? provavelmente por conta da Electra Enlutada de Eugene O'Neill (1931), que por sua vez é baseada na Oréstia de Ésquilo. É possível, no entanto, ver ainda paralelos com a Electra (a de Sófocles e a de Eurípedes) e Medeia, de Eurípedes. Como retomada do mito clássico, Nelson, na falta de deuses, confere nomes bíblicos (isto é, sagrados) aos personagens masculinos e nomes profanos às personagens femininas. Isto porque Nelson quer justamente desconstruir o mito, desta vez não o clássico, mas o mito cristão, da mulher casta.

Encontra ecos também no teatro shakespeariano, na medida em que compõe personagens como a da avó ? que evoca as velhas bruxas de Macbeth, ao mesmo tempo loucas e proféticas. Como uma peça calcada no aspecto psicológico e centrado na interioridade das personagens, existe também a presença de duplos: como o de vida/morte, que espelha na duplicidade de Moema (que representa um aspecto de crueldade e egoísmo) e D. Eduarda (na dimensão do carinho e da paixão), rendendo até uma cena antológica de narcisismo).

A presença de personagens sem nomes, como o noivo e sua mãe, ou os vizinhos (que evocam o coro clássico) evidenciam um aspecto coletivo, no sentido de ressaltar que, o castigo de Moema é pior do que a morte: é a solidão. O mar é dado como um personagem principal, sempre onipresente nas ações de personagens e nos contextos das situações. Ele também representa esse duplo de vida e morte (resgate do mito do barqueiro Caronte, que leva as almas ao Hades), morada da morte profunda.

Em última instância, Nelson constrói uma peça repleta de símbolos, e consequentemente, minuciosa esteticamente, na medida em que resgata o ideário de coletividade (ainda que um tanto racionalista) da Grécia Antiga, para criticar (ou expor) os defeitos de uma sociedade (esta não mais calcada nos ideiais racionalistas clássicos, mas modernos, e pretensamente desenvolvidos), defeitos que tal sociedade teima em esconder. Enquanto na Electra euripidiana o enfrentamento era permitido somente aos homens (é Orestes, influenciado pela irmã, que mata mãe e amante), em Nelson são as mulheres (ou mulher) que toma a iniciativa. Contudo, Nelson capta o melhor de Sófocles (a força educativa, o foco na psiquê das personagens) e de Eurípedes (as contradições morais de uma sociedade iluminista, as variedades da existência humana) e readequa esses mitos à modernidade, fazendo uma análise profunda dos crimes e paixões que nascem do seio da maior instituição da sociedade iluminista moderna: a família.

Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e Nelson Rodrigues representaram o matricídio como forma de demonstrar as contradições de seu lugar e de seu tempo; Nelson, tão ou mais provocador, adiciona a isso o incesto, e, com isto, choca tanto ou mais que as tragédias milenares.
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Crixtina 25/09/2023

Senhora dos afogados
De tão trágico chega a ser engraçado.

O espetáculo conta a história da família Drummond, marcada por desejo e repressão. O pai é acusado de assassinato, a mãe sofre com falta de amor, a filha quer ser a única mulher da família
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Bruna Eloy 14/02/2024

Senhora dos Afogados
Foi um livro intrigante e bem interessante, é o terceiro que leio que é em peça teatral e agora que me acostumei com o jeito.
A leitura é rapida e o enredo é surpreendente!
Excelente
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Eloah 26/03/2024

Magistral
Já conhecia desde a faculdade a fama (ou má fama) de Nelson Rodrigues. Nunca havia lido suas peças, só algumas crônicas. Agora entendo porque o dizem grande gênio do teatro brasileiro. Eu lia e pensava em tantas outras histórias reais que tinham pitadas do que está sendo narrado. Nelson coloca uma grande lupa nas feridas da família brasileira. É feio. É desconcertante. É necessário. É real. É magistral.
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