Com o mar por meio

Com o mar por meio José Saramago
Jorge Amado




Resenhas - Com o mar por meio


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Evy 19/06/2020

A leitura desse livro é um encanto depois do outro. Dois grandes autores, mestres das palavras, fazem de cada carta enviada além mar, histórias inteiras de aquecer o coração. Começando pelo charme de trocarem cartas e faxes, algo tão inusitado e infelizmente quase esquecido nos dias de hoje com tamanha tecnologia, até a forma tão carinhosa com que se tratavam nessas preciosidades organizadas e reunidas por Paloma Jorge Amado, filha de Jorge e Zélia.

Em todas as cartas, Jorge e José saudavam e despediam-se como casal.... Jorge e Zélia, José e Pilar. A amizade deles, de poucos encontros e muitas palavras, começou tardia, mas não deixou de ser intensa e verdadeira. Passando por momentos políticos, problemas de saúde a prêmios internacionais, como o Nobel recebido por Saramago, ambos demonstram muito carinho, preocupação e admiração um pelo outro, assim como suas famílias.

Como se o próprio conteúdo delicioso não fosse o suficiente, o projeto gráfico desse livro é extremamente especial; Ilustrado com fac-similes das missivas e belíssimas fotos do acervo pessoal de ambos os autores, ainda traz uma encadernação com costura copta. Senti-me mais próxima de ambos ao terminar a leitura e ainda mais apaixonada, se é que é possível.

Recomendo muito!
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Salu 06/03/2020

Poesia pura
Terminei agora esse livro e escrevo essa mini resenha emocionada. Me sinto agraciada de ter tido a oportunidade de ler tão lindas palavras, de amizade mútua. Nesse livro, acompanhamos cartas trocadas pelos dois escritores, José Saramago e Jorge Amado. Cheio de opiniões sobre premiações injustiçadas, viagens, cotidiano e trabalho. Que defendiam a todo custo, a valorização da literatura de língua portuguesa. Foi gostoso de ler o planejamento de livros conceituados, como o ensaio sobre a cegueira. Mas nada me emocionou mais, do que o texto que o José Saramago fez sobre a morte do Jorge. Super recomendo!
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Dani Favalli 09/06/2020

Leitura que abraça.
É uma leitura rápida que acalenta a alma sabe? Quero um dia ter uma amizade como a deles.
O último texto do Saramago é emocionante!!
Eduardo1994 09/06/2020minha estante
Obrigado pelos comentários estimulantes!




Angelica75 23/01/2024

Nota 4.
Nota 4 pela preciosidade da intenção, pelo voyeurismo de ter um vislumbre do que foi essa amizade e pela edição linda da Cia das Letras. Um dos (raros) livros que não conseguiria trocar aqui no Skoob. A amizade entre eles foi tardia e girava principalmente em torno das premiações que ambos participavam. Daria nota 5 se houvessem fatos mais pitorescos além da comunicação acerca dos livros pois sou de fato, curiosa. Mas daí não sei dizer se a intimidade deles alcançava essa minha pretensão.
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Irena Wieliczka 29/01/2023

Com o Mar por Meio
Confesso que não sabia muito o que esperar desse livro porque nunca (ainda!) li nada do Saramago e do Jorge Amado.

Gostei bastante da dinâmica do livro, já que é uma reunião das cartas trocadas entre esses grandes autores.

Na maior parte do tempo foi uma obra um pouco arrastada e cansativa. Parece que nada de interessante acontece e o que torna o livro interessante é justamente isso: o cotidiano desses dois escritores, a forma como demonstram carinho e amor um pelo outro (e por suas famílias) e o mundo no qual estavam inseridos.

O ponto forte do livro é fazer com que o leitor se identifique com os autores e veja um lado humano entre eles, a troca de cartas aproxima mais por nos fazer ver que são pessoas reais, com desejos e sonhos tão simples e grandiosos quanto os de qualquer outra pessoa e que, mesmo envoltos nessa aura de inalcançáveis, são pessoas com as quais qualquer um conviveria.

Para além de todos os medos e desejos, ambos mantinham uma relação muito bonita de amizade, respeito e admiração que é tão difícil percebermos e desenvolvermos atualmente.
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Rodrigo Brasil 13/04/2020

A amizade através do fax
É lindo de ver a amizade entre Jorge Amado e José Saramago.
As cartas e as mensagens por fax trazem uma sentimentalidade a todo o cenário da época.
Engraçado também os diálogos e suspeitas sobre as premiações literárias, muitas vezes desdenhando dos vencedores, e sempre acreditando que a língua portuguesa ainda ganharia um Nobel na literatura.
No fim, ganhou, Saramago fatura o Nobel em 1998, uma pena a condição física de Jorge, que não pôde acompanhá-lo em Estocolmo.
O livro termina de uma forma triste e melancólica, queria mais cartas, mais sonhos e mais confidências literárias .
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Bruna 13/12/2023

Afeto em cartas
São várias trocas muito afetuosas entre os dois escritores, e mesmo entre suas respectivas: Zélia e Pilar. Um sempre enaltecendo muito o outro. Aliás, ainda no começo fica uma especulação enorme sobre o Nobel de 1994, que muito se falava que finalmente iria para a língua portuguesa, e que Saramago tinha muitas chances (e Amado muito poucas, segundo ele mesmo).
Saramago sempre muito blasé com isso de ganhar prêmios haha mesmo cerimônias, festas e eventos literários.
É um pouco engraçado porque eu fico com a sensação que eles nunca se encontram haha estão sempre falando “Dia x estaremos em Paris, dia x2 na Itália, x3 em Praga, nos liguem! Vamos marcar um jantar”(e que agenda cheia viu). Às vezes os planos dão errado e não rola, e às vezes não comentam se se encontraram ou não haha só mais pro final que sentimos esse gostinho de encontro!
E claro, escrevem sempre muito poeticamente, principalmente Saramago. Até as cartas dele são gostosas de ler, esse português tão peculiar!
Eu li bem devagarzinho, saboreando o afeto das cartas. Não são homens perfeitos, mesmo nas cartas, em alguns momentos eu ficava “ai ai hein Saramago/Amado”, mas foi mais uma apreciação desse ato humano de se conectar por meio da escrita.
O fim do livro tem um quê bem melancólico por como Amado passou seus últimos anos, a perda da visão, a depressão. Quando Saramago finalmente ganhou o Nobel em 98, isso rende algumas horas de felicidade e animação em Amado, que já não podia viajar pra prestigiar o amigo.

site: https://www.instagram.com/alendolivro/
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Rodrigo 01/03/2021

Emocionante
A amizade em sua melhor perspectiva! Impressionante como o mar nao conseguiu separar essas almas companheiras. Emocionante demais ter acesso às cartas trocadas por esses grandes mestres da Literatura.
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oliviaghetti 23/08/2022

Para se apaixonar ainda mais por José e Jorge
Esse livro é uma delícia! É um afago, um abraço caloroso, um sorriso acolhedor?
Daqueles livros bons para se ler em momentos difíceis, pois por umas 2 horas nos faz esquecer dos problemas, dar dores e dos medos.
Uma amizade madura, respeitosa e cheia de admiração entre esses dois gênios ?das línguas portuguesas?, como dizia Jorge Amado.
A gente termina essa leitura e já quer pegar os livros escritos por ambos para ler no embalo.
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Gabriel Alencar 23/06/2021

Com o mar ao meio, mundo adentro.
Devo principiar confessando algo que, talvez, possa ser considerado um crime literário, com agravante - se tratando da minha pessoa -, sendo eu brasileiro e profundamente nordestino: não sou conhecedor muito das obras de Jorge Amado, Mas tão logo tratarei de converter essa realidade.

Esse ano, venho tendo como prazer, conhecer mais a vida e obra do mestre Saramago, não somente lendo suas obras que, com firmeza escrevo: estarão por um tempo longínquo na história da humanidade no que se refere a grandes e geniais escritores. Me disponho também a assistir documentários e entrevistas e ler livros que compõem a estrutura do ser humano Saramago.

Eis que chego a esse livro e com o coração afetuoso, com humildade, respeito e admiração, peço com muita singeleza, licença aos luzidos escritores, que hoje se encontram na gloria, espaço para escrever.

Trata-se de uma tardia amizade entre monstros da literatura portuguesa relatadas em cartas e pouquíssimos encontros, conversada com muito esmero e carinho em cada linha escrita. Não só diz respeito unicamente a Saramago e Amado, estão também entrelaçadas nesse mar de benquerença, por assim dizer, suas respectivas esposas: Pillar Del Rio e Zélia Gattai.

As características que os vinculam são tantas: a forma de pensar e pesar a democracia. O apego e paixão com a língua portuguesa e seus filhos e escritores populares e ativos cidadaos. Bem como as diferenças: Amado um tanto religioso - convida Saramago pra conhecer as festas pra Iemanjá - e Saramago um profundo ateu e pé no chão. Amado um sonhador e viajante.

Entre tantas conexões e diferenças, é tão comovente a relação entre os escritores, que é humanamente impossível não se apegar e sentir-se parte dos carinhos entre dois homens idosos, tão raro de se encontrar. Certamente, se existe toda essa trama que contam sobre alma gêmeas que se encontram, em relação a essa amizade, elevo aqui o nível: tratou-se de um encontro de divindades.
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Joao.Ricardo 23/04/2020

Amizade entre dois notórios
Enquanto lia a "A descoberta da América pelos turcos" (ótimo livro), de Jorge Amado, vi no exemplar uma foto do autor com José Saramago e Caetano Veloso. Pensei: "eitcha que turminha, hein?". Essa amizade ficou no meu radar e pude perceber muito da relação de José Saramago e Jorge Amado em livros do próprio autor português como "Infância" e "O caderno" (ótimos livros também!). Mas, era pouco, muito pouco para mim.
Quando "Com o mar por meio - Jorge Amado e José e Saramago" saiu me segurei para não comprar no primeiro impulso, por causa do valor. Mas, naquela mesma queima de estoque da Livraria da Vila em que os olhos tiveram que ficar atentos me dei a chance por um precinho bem bacana - aquele momento em que o amante de livros fica bem feliz.
"Com o mar por meio - Jorge Amado e José e Saramago" é nada mais que a troca de cartas entre Saramago e Amado. Dois monstros representativos da literatura de língua portuguesa e muito renomados nos respectivos países. Como seria a relação de amizade entre eles? Ora pois, nada mais que muita lealdade, compreensão e enaltecimento da literatura de língua portuguesa do viés político até cultural.
O livro tem fotos fabulosas dos dois autores e revela pela reprodução das cartas um momento da amizade que perpassa os anos de 1992 até 1998. Desde os problemas mais corriqueiros como a imperícia de ambos em lidar com o fax (sim, fax!), que até chegou a queimar e levar junto com o incêndio os cartuchos de vídeo-game do neto de Jorge Amado; até questões importantes como a indicação de nomes para representar a literatura de língua portuguesa em diversos fóruns.
O Prêmio Nobel não fica de fora dos temas que permeiam as cartas. Por toda a década de noventa pairava sobre o Nobel o fantasma da ausência de um autor de língua portuguesa. Saramago e Amado eram autores que alcançavam as expectativas do prêmio. E isso era assunto corriqueiro entre eles, que a cada ano comentavam sobre o prêmio desde o mérito de quem recebeu, desilusão em não receber, anedotas e devaneios sobre o que fariam com o valor recebido.
Infelizmente, o tão esperado prêmio veio para Saramago, em 1998, quando as cartas já eram escassas, Amado já não enxergava, escrevia pouco e estava bem debilitado pela idade.
Quando terminei o livro senti saudades dos dois como se fossem meus amigos, como se eu tivesse passado por tudo que eles passaram, como se no dia seguinte eles fossem me mandar um "alô". São figuras cativantes, simples em sua genialidade, manifestam seus defeitos sem medo, despretensiosamente.
São figuras notáveis e me sinto suprido na curiosidade de conhecer mais dessa amizade.
Boas leituras.
PS: tem muita referência de autor bom no livro!
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Ana Rohrer 30/08/2020

A amizade entre dois escritores de grande prestígio.
Embora a amizade tenha começado tardiamente, as cartas tem passagens muito interessantes.
Os amigos são o sal da vida!
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Auzandir 08/06/2021

Cartas do amigo ao amigo
A troca de cartas entre Jorge Amado e José Saramago foi algo que sempre chamou a atenção, pela curiosidade do conteúdo, mas também pela cumplicidade entre ambos em prol da língua portuguesa. Entre mais desencontros do que encontros, lemos sobre anseios, dúvidas, obras enviadas (Zélia lendo o ensaio sobre a cegueira de uma vez só) e um jorge e josé amigos.
Aos que ?(...)gostam das literaturas que em português se pensam, sentem e escrevem.? É um ótimo posfácio das obras de ambos os autores. Ou um epitáfio da amizade que dura ainda hoje e agora, no mundo dos vivos, como josé sempre acreditou.
Jorge vivo, José vivo.
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João 31/03/2021

Eu queria morar nesse livro, poder ler as trocas de correspondência entre Saramago e Amado por toda a eternidade.


Sem dúvidas uma das minhas leituras favoritas do ano e da vida. Fiquei sempre sorrindo e fazendo caras e bocas ao ler a forma como esses dois amigos se tratavam, sempre com muito carinho e admiração. E não só eles, pois também contamos com Zélia e Pilar, além de outros membros familiares.

Eu termino a leitura com a sensação de que quero cada vez mais conhecer esses autores, ler suas obras, conhecer suas vidas... Já os admirava antes, mas agora isso é ainda mais forte. Uma leitura que pretendo retomar várias vezes ao longo de minha vida.

Aliás, me acabei de chorar o não cumprimento da promessa que um fez ao outro de levar a Estocolmo caso algum deles viesse a ganhar o Nobel. Mas imagino que, mesmo em meio às adversidades da vida de Jorge Amado, este deve ter se debulhado de felicidade quando soube que seu grande amigo havia enfim ganhado o prêmio.

Fique aqui registrado meu amor e minha admiração por Jorge Amado e José Saramago.
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