A Grande Saída

A Grande Saída Angus Deaton




Resenhas - A GRANDE SAÍDA


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Leandro.Santana 19/03/2023

É mais um daqueles trabalhos importantes para compreender o mundo
Atualmente, o que não falta é gente falando bobagem sobre os mais diversos temas. Quando o assunto é riqueza e desigualdade, ao desconhecimento somam-se o preconceito e as mentiras.

Por isso, buscar boas referências sobre o assunto é fundamental. Nesse caso, Angus Deaton é um economista e professor da Princeton University que foi laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 2015 pelos seus estudos sobre a pobreza global e economia da saúde. E é justamente sobre isso que trata seu livro.

Uma parcela da população, aquela que vive em países desenvolvidos, conseguiu a sua “grande saída” da pobreza, da fome e das doenças (o livro foi escrito antes da atual pandemia). A expectativa de vida em países ricos nunca foi tão alta.

Porém, isso não é verdadeiro para os demais habitantes do nosso planeta, especialmente os que vivem na África e sul da Ásia, Índia e China concentram 48% dos miseráveis do mundo (renda de menos de 1,25 dólar por dia)

Ao longo do livro o autor levanta uma série de perguntas e hipóteses de resposta sobre a desigualdade entre países e dentro dos países, caso do Brasil que tem uma alta renda per capta muito mal distribuída.

É mais um daqueles trabalhos importantes para compreender o mundo e que vai muito além de clichês de direita e esquerda, baseando sua análise em fatos e dados.


site: https://www.instagram.com/livroseleituraecafe/
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Layziane 12/01/2023

Livro muito com e que todo mundo deveria ler, principalmente para entender sobre a desigualdade, assunto que muitas vezes é usado como pauta política, mas sem aprofundamento.
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Rafael.Liszt 26/10/2022

Bacana
Livro muito informativo. Recheado de referências. Deixa o leitor instigado a buscar, nas referências citadas, mais conhecimento sobre ?esta grande saída?.
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Leo Vieira 05/01/2022

Saída para o alto
É um livro que também te faz parar pra pensar em como a epopulação evoluiu tanto e ao mesmo tempo regrediu demais, neste caso emocionalmente e intelectualmente.
O conforto na população aumentou. É possível viver bem com pouco dinheiro, onde coisas boas também estão baratas. O acesso a informação também melhorou. É possível adquirir conhecimento, leitura, cultura, aprendizado de forma muito mais barata, mas ao mesmo tempo o excesso de coisas no mundo digital também deixou a população mais preguiçosa e ansiosa com o aumento de opções. Gerou crises de ansiedade, emoções, depressão, entre outros transtornos.
Agora cabe a população colocar um freio emocional para aprender a escolher e reeducar sua mente.
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Tiago Fachiano 22/12/2021

Muito além dos clichês
Uma ótima leitura para quem quer se aprofundar em estudos sobre a desigualdade mundial. O autor foge do clichê de quem fala sobre esse assunto, onde tudo está ruim e existe uma solução mágica: Taxar os bilionários. Com uma análise profunda e expondo diversos pontos, o livro traz questões fundamentais que fizeram eu mudar de opinião sobre muitas questões. Sempre utilizando números e indicadores, o livro foca em questões cruciais.
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Paulo Silas 03/04/2019

Em "A Grande Saída", o Nobel de Economia Angus Deaton conta a história de como a humanidade, num âmbito geral, conseguiu fugir da pobreza e da morte precoce, possibilitando que a sociedade avançasse numa melhoria de vida, focando não apenas no aspecto econômico, mas levando em conta também a noção (estabelecida ao longo da obra) de saúde. Ao comparar padrões de qualidade de vida entre a atualidade e algumas décadas ou poucos séculos atrás, o autor demonstra de que modo, apontando para os fatores responsáveis pelo fenômeno, a mortalidade infantil foi diminuída consideravelmente, possibilitando que as pessoas pudessem viver mais, ensejando em prosperidade para toda a humanidade - pelo menos num nível geral. Isso, porém, acarreta em uma série de consequências observáveis ao longo da obra - tanto prévias (no sentido de serem destacadas causas possíveis compreendidas somente após a análise da questão) como posteriores (os resultados do fenômeno em si). Enfim, como aponta autor em seu prefácio, "este livro trata da terna dança entre progresso e desigualdade, de como o progresso gera a desigualdade e como a desigualdade pode à vezes ser útil - ao mostrar caminhos ou proporcionar incentivos para que as pessoas os alcancem -, e às vezes danosa, quando aqueles que encontram a saída escondem o caminho das pedras erguendo barreiras por onde passam".

Ao estabelecer que "a desigualdade é consequência do progresso", uma vez que não seria possível que a riqueza alcançasse a todos ao mesmo tempo, Angus Deaton fornece uma narrativa, consistente em vários dados e fontes que sustentam os seus apontamentos, na qual demonstra que, num nível geral, as coisas melhoraram no mundo todo, relatando ainda as razões que ensejaram no progresso e como se dá a constante interação entre a desigualdade e o progresso da qual decorre. Nesse sentido, o autor busca responder a inquietantes questionamentos, como "de que modo o progresso surge?", "por que a desigualdade importa?", "de que modo pode se medir o progresso e a desigualdade?", "como se faz um cálculo sobre a satisfação ou a felicidade das pessoas com suas vidas?, entre tantos outros. E é a partir disso tudo que roteiriza o trilhar de sua obra, na qual responde a contento as questões que permeiam o tema enfrentado: na primeira parte da obra, "Vida e morte", faz um breve traçado histórico do desenvolvimento econômico da pré-história até 1945, demonstrando a redução da mortalidade infantil principalmente após a Segunda Guerra e estabelecendo um apanhado geral sobre a questão da saúde no mundo moderno; na segunda parte, "Dinheiro", enfrenta a questão daquilo que seria o "bem-estar material nos Estados Unidos", dialogando com a temática da globalização e seus diversos efeitos; finalmente, na terceira parte, "Ajuda", tem-se o enfrentamento daquela que poderia ser apontada como a grande questão: "como ajudar os que ficaram para trás"? Desse modo, o autor desenvolve sua narrativa com êxito, trabalhando com propriedade os temas que expõe.

Como aponta Angus Deaton no prefácio, "medir o bem-estar é o cerne deste livro". E aqui talvez um dos pontos altos e mais interessantes da proposta é que o enfoque não se dá somente no aspecto econômico de tudo aquilo que é analisado pelo autor, pois, como bem aponta, "o progresso na saúde tem sido tão impressionante quanto o progresso material". Daí que uma das premissas do livro é a de que "renda não é tudo: saúde também conta", de modo que não se analisa tão somente o desenvolvimento econômico da sociedade, mas também - e quiçá com mais ênfase - o progresso da saúde na humanidade, pois assim como o progresso material acarreta em desigualdade, "avanços na saúde geram disparidades de saúde".
A obra é séria e profunda dentro de tudo aquilo que trabalha - não é a toa que o autor foi premiado com o Nobel de economia. Os problemas da ajuda internacional, os fatores que desencadeiam a desigualdade (que é apontada como consequência certa e necessária para o progresso), o que pode ser entendido como uma vida saudável e a compreensão da ideia de felicidade estão entre os temas abordados ao longo da obra - que se estabelece a partir de uma perspectiva própria do autor. Enfim, um excelente livro que permite obter ou avançar (n)uma noção sobre os possíveis entraves a serem superados no que tange à desigualdade presente na sociedade como um todo.


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Mauricio.Alcides 24/11/2017

Quase um paradoxo Minskyano.
O desenvolvimento humano nos últimos 250 anos conseguiu reduzir de maneira nunca antes imaginada a desigualdade social entre os próprios seres humanos, desigualdade essa que foi brutalmente reduzida ao custo da elevação da própria desigualdade.


Em “A Grande Saída” o premiado professor Angus Deaton nos entrega uma agradável narrativa sobre como conseguimos elevar a renda e melhoramos o nosso conhecimento sobre saúde nos últimos 250 anos e como isso contribuiu para a redução da desigualdade social no mundo.

Deaton também nos apresenta como esse desenvolvimento criou alguns gargalos e como a busca por soluções dos mesmos nos colocou em situações aonde tentarmos fazer o que nos parece ser o correto é na verdade colaborarmos para que o sistema continue a aumentar esses gargalos.

Não é fácil aceitar que a dita ajuda internacional em muitas situações é mais prejudiciais do que útil para uma sociedade, não é fácil digerir que ao tentarmos melhorar a situação você está na verdade colaborando para que ela se perpetue.

Nada disso é fácil mas tudo me pareceu bastante plausível, para defini-lo como uma paradoxo Minskyano moderno poderíamos defini-lo como: 
 
“A busca por uma igualdade suprema é geradora das sementes causadoras da desigualdade”
Debi 11/03/2018minha estante
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