Resenhas - O Homem da Areia

Michela Wakami 11/04/2024

Espetacular
Leitura gostosa e viciante, não consegui largar esse livro, até terminá-lo.
E de quebra, ainda fui surpreendida com esse desfecho sensacional.

Mariana113 23/02/2024

O que que tá acontecendo?
Eu li esse livro/conto/novela na correria e o que era para ser um livro curto dobrou de tamanho porque eu precisei voltar e reler várias vezes. Não é uma escrita difícil, mas a surrealidade dos acontecimentos fez com que eu não estivesse acreditando no que era narrado. O que em nenhum momento é um demérito. Eu adorei esse conto e a forma como Hoffmann conseguiu juntar na mesma história contos infantis, surrealismo, traumas, e uma pitada de desenvolvimento científico, tudo na medida certa para deixar tanto o nosso narrador Natanael quanto nós leitores de cabelo em pé.

Durante a reunião do clube do conto, uma coisa que nós mencionamos foi a semelhança do título original (Der Sandmann) com o personagem Sandman de Neil Gailman. Não só isso mas alguns aspectos lembram também Coraline, do mesmo autor. Eu queria muito que ele pudesse nos dizer se realmente leu essa história, eu acredito muito que sim.

Henrique Vaz Martins 10/02/2024

Quem nunca sentiu medo? O de Natanael tem um nome definido: o homem da areia.
Uma terrível criatura que chega na calada da noite - e rouba os olhos das crianças para alimentar os próprios netos. Quando pequeno, Natanael via esse homem na figura de Coppelius, o aterrorizante advogado da família.
E esse medo continuaria esquecido se, anos depois, um estranho vendedor de lunetas não viesse bater à sua porta. Seu nome:
Coppola. A cópia fiel do advogado faz o rapaz arrepiar até a raiz dos cabelos.
O homem da areia voltara?
O leitor que se prepare... é hora de admitir o fantástico.

Luisa 01/02/2024

Bom, mas nada demais
O conto tem algumas surpresas instigantes e uma escrita fluida, mas nada muito interessante. Ótimo para uma leitura rápida.

IsacSL 23/01/2024

Divertido,com pouco terror e com escrita arcaica
Não chega nem a ser um livro, tem apenas 30 páginas.
Leitura agradável, mas é escrito de forma arcaica, com palavras de pouco uso que tive que procurar para compreender o sentido.

Sobre a história: tem seus pontos altos e um final satisfatório (apesar de ter uma "barriga" no meio da história). De resto é bem consistente a estória. Tirando a Clara, que é por vezes irritante, as outras personagens são bem interessantes. Esperava mais terror, porém o suspense me cativou.

Recomendo!

luizdgv 18/01/2024

O homem da areia, de E.T.A. Hoffmann (Ubu, 2023)
Conto originalmente publicado em 1816 que ganhou essa edição caprichada da ubu em 2023. O livro vem com ilustrações magnificas de Eduardo Berliner e vale elogiar, também, as traduções de José Feres e Marcella Marino e o posfácio de Márcio Suzuki.

Nunca tinha lido nada do autor, pra ser sincero, mas a temática me instigou e resolvi me aventurar. É aventura! A narrativa traz uma história fantástica e bizarra sobre Nathanael, personagem que é assombrado desde infância por essa ?entidade? chamada ?o homem da areia?. Os personagens flertam muito com questões psicológicas, envolvendo família, traumas e relacionamentos. A narrativa é tão envolvente em diversos momentos que você acaba criando empatia com as neuroses dos envolvidos. Eu estava a todo momento questionando se o que eu lia era realidade ou fantasia.

A escrita de E.T.A. Hoffmann é tão deliciosa e os acontecimentos tão instigantes, que não tem como não devorar esse livro em poucas horas. Recomendo demais!

Lia Earnshaw 12/01/2024

O conto O Homem da Areia, do alemão E. T. A. Hoffmann, foi publicado em seu livro Peças Noturnas (Nachtstücke, 1817).

A história se dá através de cartas e relatos. Primeiramente, vemos a perspectiva de Natanael, que conta a seu amigo sua suspeita de estar sendo perseguido por tal monstro de sua infância.

Quando criança, ele ouvia histórias de sua governanta, que dizia sobre o Homem de Areia:

?É um homem mau, que vem procurar as crianças que não querem ir para a cama. Joga punhados de areia em seus olhos, que tombam ensanguentados, e os apanha, os enfia numa bolsa, e os carrega para a lua para alimentar seus netinhos.?

O resto do conto é através de relatos de pessoas a volta dele e das loucuras que ele acaba se metendo por conta dessa paranóia.

O conto é bem curto e envolvente, trazendo os temas de razão e loucura e também inovações científicas.

Conheci através do clube Lendo Terror.

Emilson5 09/01/2024

Fiz as pazes com Hoffmann
Hoffmann me surpreendeu aqui! O Homem de Areia é um conto cheio de nuances e reflexões. É sim um conto fantástico, mas também, de carater psicológico. Fiz algumas ligações com outras duas obras do autor e consegui aproveitar o melhor que o conto tem à oferecer. Fica a dica desse conto sensacional e que certamente vai virar episódio!

Studytori 07/01/2024

É um grande choque !
Ano passado uma colega de classe apresentou este livro na roda de leitura. Ela descreveu o livro de um jeito super diferente, fiquei um pouco interessada . Baixei o livro e li apenas hoje, a questão é que não esperava por nada disso ! O livro é incrível , retrata de um jeito bem legal o início da demência e no comportamento obsessivo de Natanael à Coppola . Só não dou um 5 pq acho que faltou mais detalhes em algumas partes, e que o autor colocou detalhes demais em outras partes um pouco desnecessárias .

Matheus Sousa 04/01/2024

OLHOS DE HORROR, O HORROR!
?Esteja certo de que esses vultos bizarros não podem nada contra você; é a crença em seus poderes hostis que pode te fazer algo ruim.?
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Em ?O Homem da Areia?, conto de E.T.A Hoffmann, acompanhamos o protagonista descobrindo e enfrentado, já adulto, a escalada de seus traumas infantis. A obra serviu de inspiração para Freud e outros psicanalistas desenvolverem suas primeiras reflexões sobre os efeitos do inconsciente nas diferentes fases da vida.
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O tom é tenebroso, há horror em cada página. Em todos os personagens, somos abalados de alguma forma por seus olhares vazios, pelos seus corpos deformados (grandes demais, pequenos demais, cadavéricos, cinzentos, rostos macilentos e sem cor ou forma), pelas mentes doentes e sentimentos moribundos (quase todos os personagens oscilam entre a frigidez e a alegria estúpida). Toda a trama conspira para um fim que não chega nem mesmo com a morte. Mais forte que a morte é a memória; e o esquecimento, a única cura capaz de tirar o protagonista de um loop autodestrutivo que ele se coloca desde um misterioso reencontro com um vendedor de barômetros, inexiste neste universo no qual persistem as marcas sangrentas e invisíveis da mente
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O conto aposta na construção da narrativa por meio de dualidades, mas não chega a um maniqueísmo bem/mal, não simplifica o complexo e nem abstrai desnecessariamente o simples (sim, há coisa simples, como um relacionamento amoro óbvio se sem sal que precisa ser isso mesmo, óbvio e sem sal).
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Os pontos negativos: a história passa rápido demais (mesmo para um conto) e a ?motivação? por trás de alguns atos do protagonista e dos demais personagens- sua noiva e seu melhor amigo - parece pouco crível. Mas talvez seja justamente essa colunata surrealista que Hoffmann pretende derrubar na cabeça do leitor para que, aturdido, possa perceber os sinais da loucura que se avizinha de todos àqueles que criam uma barragem de contenção para seus próprios pensamentos e que uma hora ou outra submergirão

SadRato 28/12/2023

Impressionante
As primeiras cartas já são tensas e a forma como a história evolui é muito estranha. Estranho. ESSA é a palavra.

Nazrat 25/12/2023

Que surpresa!
Só ao final da leitura descobri quando de fato foi escrito o livro e fiquei ainda mais impressionado! É uma trama que envolve alquimia, autômatos, loucura, paranóia... Tudo bem amarrado e com variações narrativas ágeis para um conto!

Debsd. 17/11/2023

O que é real e o que é um pedaço da imaginação fértil de um homem? O livro se inicia com cartas entre dois melhores amigos e a noiva de um deles, que mostram como Nathaniel se sente desde a infância sobre um vilão, quase como uma criatura mística, que o atormenta e aterroriza até a idade adulta e ele se vê incapaz de superar o trauma. O resto da história é narrada em terceira pessoa, e o narrador é uma voz ativa e opiniosa no conto, onde a gente acompanha até o fim que a mente conturbada do Nathaniel faz em sua vida. Eu achei a história bem psicodélica, mas o exercício de imaginação que o Hoffmann propõe aqui é uma loucura, literalmente. Ao menos a pobre Clara teve um final feliz, mesmo que o tom da história tenha sido um pouco aterrorizante.

booksdalaus 09/11/2023

O homem da areia
Idealizada por Fernando Sabino, a coleção Novelas Imortais reúne narrativas breves de autores de grandes clássicos universais, como Miguel de Cervantes, Herman Melville, R. L. Stevenson, Gustave Flaubert, Henry James, E. T. A. Hoffmann, entre outros. São pequenas obras-primas selecionadas e apresentadas pelo escritor mineiro que voltam às prateleiras com o objetivo de difundir obras talvez menos conhecidas, mas não menos geniais, de escritores consagrados, agora ao alcance dos jovens brasileiros.

Aclamado como um dos mais expressivos novelistas alemães, Hoffmann influenciou uma série de grandes escritores com suas histórias de terror e mistério ? de Baudelaire, Maupassant, Poe e Dostoievski a Álvares de Azevedo e Fagundes Varella, para citar dois brasileiros ?, graças a um "poder de imaginação que o levava às fronteiras da clarividência", conforme destaca Fernando Sabino no texto de apresentação do livro. De fato, seu "senso do grotesco, do mórbido, do fantástico, do sobrenatural ? e sua extraordinária intuição ao penetrar nos domínios do subconsciente, como verdadeiro precursor das explorações da moderna psicologia", novamente nas palavras de Sabino, garantiram ao escritor lugar de destaque na literatura universal.

O homem da areia reúne as principais características da obra de E. T. A. Hoffmann. Nesta novela, publicada em 1817, o autor apresenta o jovem Natanael por meio de cartas escritas ao amigo Lothar, irmão de sua noiva Clara. Perturbado por uma visita inesperada que o remete a uma sinistra lembrança de infância e provoca nele os mais inquietantes pressentimentos, Natanael conta em suas cartas a história do Homem da Areia, segundo a família do menino um homem perverso que jogava areia nos olhos das crianças para depois arrancá-los e comê-los, quando elas não queriam dormir. Mergulhando o protagonista numa espiral de medo, tensão e loucura que o leva ao manicômio, Hoffmann conduz a trama para um desfecho assustador e surpreendente.

Manuela222 31/07/2023

Um conto pra te agarrar e te prender
Li esse livro em uma tarde fria, tinha acabado de entrar na livraria e como de costume fiquei encarando as estantes de livros. Esse livro me chamou a atenção por ser tão diferente, a capa era muito bela e como uma boa "leitora-que-julga-o-livro-pela-capa" eu peguei-o e sentei-me confortavelmente em uma poltrona.
Comecei a ler de forma descontraída, sem esperar muito, não era minha intenção ficar ali por muito tempo. E, caso o livro fosse interessante, talvez eu comprasse-o afinal.
Não pude evitar me maravilhar como as palavras me prenderam e os desenhos davam um toque tão especial para esse conto, devo dizer que me senti um pouco embaraçada. Sou uma leitora muito expressiva e só posso imaginar as caras e bocas que as pessoas da livraria me viram fazer lendo esse livro.
Por volta de duas horas depois, eu acabei o livro e fiquei alguns minutos encarando o chão. A história me cativou de tal forma que nem me senti culpada por ler um livro aberto na livraria na maior tranquilidade, foi um livro cheio de emoções.
Fortemente recomendo que leiam esse livro, é uma ótima experiência.
Esperem o inesperado! ?