O Homem que Passeia

O Homem que Passeia Jiro Taniguchi




Resenhas - O homem que passeia


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DAN LIMA 21/10/2021

Uma história que é um mix de sentimentos, emoções, faz enxergar o sentido da vida sob uma nova perspectiva: caminhando pelas ruas, vivendo o presente e desfrutando o aqui e agora.
Essa leitura é de uma simplicidade tão profunda que chega a emocionar em muitos momentos apesar dos pouquíssimos diálogos, mas de imensa riqueza de imagens que falam e transmitem por si só. E detalhe: o leitor fica envolvido que não consegue parar de ler. Sempre querendo saber incessantemente o que irá acontecer a cada passagem das páginas. É impressionante!!! ;-)
A leitura dessa HQ me tocou bastante que cheguei a esquecer tudo que estava ao meu redor, não vi o tempo passar. :-)
Adoreiiiii...cada momento singelo por onde o protagonista fazia o leitor viajar, parar, pensar e refletir nas mínimas coisas que surgiam perante seus olhos.
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Ricardo.Silvestre 11/12/2023

O homem que passeia?
Já este ano tive a oportunidade de ler ?O Diário do Meu Pai? que me deu a conhecer o estilo único de Jiro Taniguchi, do qual gostei bastante (está inclusive no meu top 5 de leituras deste ano). Foi pois com grande expectativa que me lancei nesta nova aventura.

Desta vez o autor surpreende-nos com uma história onde o detalhe ganha máxima importância. Acompanhando o personagem principal nas suas movimentações dentro da cidade onde reside, o foco inside nos pequenos detalhes que na azáfama do dia a dia acabam muitas vezes por passar despercebidos.
Jiro Taniguchi transporta-nos através de ruas e espaços desconhecidos pelo belo prazer da descoberta, onde deitar sob a sombra de uma árvore ou vislumbrar a natureza e os animais que nela habituam sobrepõem se ao corriqueiro. E é por isso mesmo que os diálogos são escassos. O foco do autor é outro.

Dito isto, não fiquei totalmente convencido com este mangá. Apesar de ter percebido a intenção, e de eu próprio ser uma pessoa que gosta de andar na rua e atenta ao pormenor, neste caso fiquei a sentir falta de um fio condutor e cheguei ao fim desapontado por não saber mais sobre aquelas pessoas. Talvez tivesse conseguido uma maior conexão com um pouco mais de argumento. De qualquer forma, continuo grande fã da arte de Jiro Taniguchi, muito por conta do traço fino e da simplicidade que lhe é característica.
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Borgrs 10/05/2021

Que achado! complementação perfeita pra se ler depois de Um pedaço de madeira e aço.
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Dri 02/01/2022

Simples
É uma leitura bem simples, o personagem apenas fica passeado na sua cidade, mas é muito interessante porque essa simplicidade é o que deixa legal.
Como ele observa os pequenos detalhes das coisas, as simplicidades, um cachorrinho brincando, um senhor pescando, as crianças tocando, uma senhorinha passeando. Gostei muito.
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@GabsBITS 30/05/2022

Relaxante, mas não é pra todos
Acompanhamos a trajetória de um homem que anda pela cidade fazendo nada além de tarefas corriqueiras e aproveitando cada pequeno detalhe do mundo.
É uma leitura gostosa, rápida (ou nem tanto se ficar horas viajando nas paisagens detalhadas) e simples que muitas vezes pode te fazer suspirar junto com o protagonista vendo coisas simples do dia a dia, mas que trazem paz e alegria.
Pra quem curte algo mais conceitual, precisa dar uma relaxada da correria e/ou gosta de prestar atenção em detalhes nos mangás será uma leitura ótima, porém se você é do tipo que gosta de ação, que tenha uma trama super desenvolvida e explicativa, diálogos inteligentes, etc. não recomendo muito por ter chances de ficar entediado, apesar que nunca é tarde pra dar uma chance pra algo novo e acabar se surpreendendo.
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AleixoItalo 20/07/2020

Quais momentos compõe sua vida? Provavelmente ao responder isso passaríamos em glórias, conquistas, traumas e fracassos. Mas deixaríamos de fora a grande absoluta maioria dos nossos momentos: o cotidiano.
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Sem nenhuma pompa e indo direto ao ponto é disso que se trata "O Homem que Passeia": um homem passeando. A trama (ou ausência de trama) de Jiro Taniguchi, é sobre um homem que no caminho do trabalho, do supermercado, ou simplesmente andando a deriva, se deleita com cada pedaço do percurso: admira os céus, para pra respirar o ar, muda de curso apenas para descobrir uma nova paisagem, para pra admirar os animais.
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Com muitas ilustrações em planos abertos, a obra se assemelha à uma coleção de fotografias do cotidiano. Com poucos diálogos, são as belas ilustrações o elemento narrativo principal, mostrando a cidade e seus cantinhos mais simples, que se tornam parte do universo daqueles que passam por ali.
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Nem tudo são flores. Semelhante a um filme em plano sequência, a narrativa principal é o movimento do protagonista, mas faz falta a presença de tramas ou de uma linearidade mais sólida. Os passeios desconexos entre si, e os micro enredos (alguns com muito potencial) acabam se diluindo na ausência de uma história e acabam não criando uma conexão mais forte com o leitor, que só lhe resta uma sugestão forçada para filosofar sobre os pequenos momentos da vida e apreciar os belos desenhos.
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Cilmara Lopes 28/09/2017

Quando criança, meu pai levava, com frequência, eu e meus irmãos menores para ir em parques e bosques. Ele falava para tirarmos os calçados e andarmos na grama, dizia que isso relaxava.
Ele contemplava árvores, pássaros e observava com atenção pessoas que ali passavam. Isso por horas a fio.
Jiro Taniguchi fazia isso nos subúrbios de Tóquio e nesse mangá acompanhamos muitos desses passeios, com pouquíssimas falas somos convidamos à se deleitar com a obra.
Ele faz algo que eu gosto muito e sinto falta em muitos mangás, desenhar o cenário, mesmo em quadros menores, há detalhes exuberantes em quase tudo.
A admiração pela natureza, pela cidade ...pela vida!
Essa edição da Devir está linda! Ótimo acabamento e impressão. Papel offwhite e de quebra ainda tem uma jacket.
Não há como negar que tanto "Ghost in the shell" e "Akira", da JBC, elevaram o padrão de qualidade editorial neste mercado. ?
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Diessica 08/01/2023

Expira traquilidade
Gostei da história, não tem muitos acontecimentos mas já é grande por si mesma, mostra as maravilhas que podemos ver com o poder de observação.
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Adriano 08/08/2021

Sensibilidade
O ato de andar tem sido relevado, não temos mais tempo pra tal atividade. Aqui, com sensibilidade, Taniguchi nos faz parar e olhar para as coisas simples da vida. Um exercício de reflexão. Belíssimo.
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joskegshikta 18/09/2022

? Spring read 2022
REALIDADE DA ROSA (versão mangá)

01- Um mangá com flores na capa
(não são exatamente flores, mas tem uma árvore)

Eu gostei. É um mangá com uma temática bem simples e que acaba cumprindo ela muito bem, e eu não estou acostumado com isso, porém não é um simples ruim, é um simples agradável e emocionante. Ler essa obra é como ver um desenho animado enquanto toma um chá e relaxa no frio da noite, totalmente aconchegante, um momento desses que não tenho há tempos. É bom demais parar para observar os pequenos detalhes, seja pássaros, peixes ou neve, se bem observados podem ser muito impressionantes e cativantes de certo modo. Sinto que quero a minha vida desse modo, calma. É uma ótima história para quem precisa de uma leitura relaxante!
DANILÃO1505 19/09/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Fabio.Madeira 11/05/2018

O exercício do olhar!
Esta HQ é uma joia rara, esperando ser tocada por você.

A história é desenhada por Jiro Taniguchi, considerado o “poeta do mangá”. Faleceu em 2017 e, em seus 69 anos de vida, conquistou muitos fãs em todo o mundo, com histórias profundamente humanas.

Em “O Homem que Passeia”, acompanhamos o protagonista (sem nome) em suas caminhadas pelas ruas de sua cidade, em diferentes dias, sem um objetivo ou mesmo um destino de chegada. Nesses passeios, ele interage com o mundo ao redor, promove mudanças e se deixa mudar. Mergulha (às vezes literalmente) em diferentes águas, sem saber onde terminará, mas sempre com esperança e um sorriso no rosto.

Nessa jornada, vamos compartilhando sensações com o personagem. A natureza, as pessoas, os animais, as casas, as construções estão todas espalhadas, aguardando o olhar desse homem, e o nosso. Se não enxergamos, não muda o fato de que há vida ao redor, pronta para ser apreciada.

O protagonista observa as pessoas e as ajuda, seja com uma postura ativa ou simplesmente como um ouvinte. Cabe ressaltar que essa é uma obra de poucos diálogos.

Ele encontra objetos simples e abandonados, que parecem em desuso ou inúteis para outros, os “acolhe”, conserta e devolve ao mundo. É um desejo de renovação, de dar sentido à vida, por meio de transformações mínimas talvez ao olhar externo, mas de grande significado para aquele homem.

Em vários momentos da obra, o personagem observa as situações por diferentes ângulos, com visões novas e refrescantes de um mesmo local ou situação, como em uma passagem em que sobe em uma árvore para resgatar às crianças um brinquedo preso nos galhos, e decide contemplar a cidade em uma vista do alto. Ou quando tem seus óculos quebrados, e descobre com isso a chance de ver a realidade em outras cores e tons.

A visão positiva do personagem é admirável e se destaca nos momentos banais, que muitas vezes nos irritariam e tirariam o humor (pelo menos para mim), como tomar uma chuva inesperada ou ter a camisa rasgada por um galho de árvore. O protagonista abraça o que lhe acontece, tudo faz parte de sua vida e lhe ensina algo.

O uso de onomatopeias (sons por meio de textos) é marcante e ajuda a dar o ritmo adequado de contemplação da obra, pausado, como o caminhante. Os sons vibram enquanto nos imaginamos naquele momento; eu me senti em diversos momentos ouvindo os pássaros, as árvores, o sopro do vento.

Mas não pense que essa é uma obra somente de alegrias e sorrisos. Nem todas as caminhadas são felizes, como na vida. Alguns capítulos são sufocantes, algo não está bem com o protagonista, e a caminhada não é mais uma descoberta, e sim uma fuga. São momentos duros pelos quais todos passamos, que nos levam ao limite, em uma dor que não é possível de ser explicada a ninguém.

Muitas reflexões surgem nessa obra: o quanto estamos atentos ao mundo, às pessoas? O quando estamos vivendo plenamente, como mestres de nossas vidas, ou simplesmente navegando à deriva em nosso mar particular, sem encontrar um porto seguro? Você já se deu a oportunidade de simplesmente estar presente em um momento, ou está sempre pensando no passado ou no que virá a seguir?

Não sabemos quanto tempo se passa em cada caminhada, apenas temos algumas eventuais mudanças nas tonalidades, indicando a passagem de dia para a noite. O ponto principal é que, para se apreciar o mundo, é preciso de tempo, de entrega ao universo, sem pensar em resultados em tudo o que se faz. Assim como é preciso calma para se apreciar essa obra. Não leia rápido, saboreie! É preciso se deixar levar, apreciando o momento, em cada quadro do mangá.

E por falar em quadros, o grau de detalhes, a precisão e o realismo dos desenhos são sublimes. Sem dúvida, Jiro Taniguchi é um grande observador, como o homem que retrata em sua obra.

Como único ponto que não gostei, foi exatamente a falta de uma história com início, meio e fim, com capítulos encadeados, e de saber mais sobre o protagonista: como é a sua vida, quais os seus desafios, por que sofre? Entendo que seja proposital e que o autor queira acentuar o caráter universal da história, ao nem mesmo dar um nome ao personagem, mas algumas informações a mais não teriam prejudicado a mensagem principal.

Ao final, há três histórias separadas de Jiro Taniguchi, sem relação com a obra central, e com a introdução de outros personagens.

São breves contos, diferentes na forma, com um misto de realidade e fantasia, porém abordando igualmente a caminhada como um meio de alcançar o despertar interior e resgatar a essência humana, o verdadeiro eu. Não achei a qualidade desses contos tão alta quanto a história central da obra, mas não deixa de ser uma leitura agradável.

Enfim, uma obra fascinante, uma reflexão profunda sobre o exercício do olhar verdadeiro ao mundo, que nos estimula a uma busca por uma vida mais simples e, por isso mesmo, plena.

http://www.entrelinhasfantasticas.com.br

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Cris 01/05/2021

A beleza está nos detalhes.
Aruku Hito é uma obra de Jiro Taniguchi de 1990-1991. Por meio de linhas finas, claras, sem detalhes desnecessários, mas com muita expressividade, o autor nos faz "passear" com o personagem. Ao caminhar, o personagem contempla sua conexão com a natureza, os animais e indivíduos. A beleza da vida está nas pequenas coisas mas, com as responsabilidades da vida adulta, nós perdemos essa essência. Conexão, esse é o propósito. A forma como Taniguchi descreve a natureza, os animais e o meio urbano, é rico em detalhes singelos que só um grande desenhista conseguiria fazer. Os três one-shots no final da obra são divinos, apesar das curtas narrativas, em especial, sua última história.
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Lucas Lima 03/09/2020

gostosinho que só
asmr e lofi em mangá. contemplativo e feito para perceber e sentir os detalhes. um olhar, a posição das mãos, uma gentileza, um momento. parece que tu tá recebendo uma massagem ao ler isso. deu vontade de comprar um monte para dar de presente. "a vida tem menos lágrimas para quem aprendeu a passear bem."
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Lusia.Nicolino 22/09/2021

Que tal uma HQ/mangá cheio de poesia?
Enquanto o homem passeia você experimenta. Folhear de trás para frente, olhar primeiro o desenho, o traço, os detalhes, o fluxo dos diálogos. São poucos. O interesse é em passear e quando se passeia não há roteiro, relógio, rota, regra, recusa. Há apenas o caminhar leve e livre no qual você pode se perder e, quanto mais se perde nessa contemplação, mais se encontra.
É uma HQ, é um mangá, pode não ser para qualquer pessoa. Mas, qualquer pessoa deveria experimentar e se surpreender com quanto nos falta olhar e ver as coisas que estão em nosso caminho. Nada é insignificante. Você vem?

Quote: "Pássaros são...maravilhosos. Basta galgar o vento para poderem ir onde quiser. Olhando daqui de baixo parecem tão livres. Se pudéssemos voar como eles...Nossa vida seria tão mais rica."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lunicolinole
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pordentrodaestoria 08/05/2023

?O Homem que Passeia? foi o primeiro mangá licenciado no Brasil pela Devir do genial e premiado mangaká Jiro Taniguchi.

Publicado no Brasil em 2017, a obra que é muito diferente de tudo aquilo que estamos habituados foi um marco no cenário nacional. E Jiro Taniguchi é isto: ou você ama ou você odeia.

É que ?O Homem que Passeia?, assim como os demais mangás do autor, são muito contemplativos e não irão agradar todos os públicos.

E sobre este material em si o próprio título é bem autoexplicativo. Acompanhamos um homem que aprecia seus momentos de caminhada. Não há nada além disso. É uma obra não narrativa e sem grandes efeitos (sem vilões, tramas, lutas e etc).

Apesar da premissa simples somos envolvidos pelo enredo de uma forma mais poética, isso porque o Autor nos leva a apreciar os pequenos detalhes do nosso dia a dia. Em um mundo tão corrido, refletimos que podemos encontrar prazer em situações cotidianas.

A edição da editora Devir conta, também, com quatro capítulos inéditos que Taniguchi fez em conjunto com o roteirista Masayuki Kusumi (mesmo autor de ?O Gourmet Solitário?).

Ah, não é porque esse mangá tem poucos ou quase nenhum diálogo que a leitura deverá ser feita de forma apressada. A arte é belíssima e deve ser admirada por completo.

Ao final, a editora acrescentou uma entrevista que Jiro Taniguchi concedeu ao escritor e cineasta belga Jean-Philippe Toussaint. Vale muito a pena a leitura para entender um pouco do processo de criação da obra.
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