A  ILHA DA RELÍQUIA SAGRADA

A ILHA DA RELÍQUIA SAGRADA Marcello Simoni




Resenhas - A ILHA DA RELÍQUIA SAGRADA


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huntero 14/01/2024

Isabel é uma jovem abastada que nunca passou por uma situação difícil, mas quando se vê sequestrada e nas mãos de um homem tão vil, tem despertado dentro de si um instinto de sobrevivência inacreditável. Ela não se dá por vencida em momento algum e não espera sentada para ser salva.
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Lina DC 23/07/2017

"A Ilha da Relíquia Sagrada" é uma aventura fantástica narrada em terceira pessoa. A obra é dividida em partes: * Prólogo; * Primeira Parte - O pacto; * Segunda Parte - A chave; * Terceira Parte - O Mosteiro; * Quarta Parte - O Logro; * Quinta Parte - A Relíquia.
A história se inicia no ano de 1534 no mar da Toscana, quando um navio é abordado por piratas turcos e seu capitão está a procura de um monge a bordo, que guarda o diário dos templários. A conversa entre os dois é enigmática, mas fica claro que algo muito importante está sendo ocultado pela Fraternidade dos Escondidos.
Dez anos se passam e somos levados para a Ilha de Elba, onde se encontra o jovem Cristiano de Hercoli. Cristiano e sua mãe foram resgatados das mãos dos turcos quando ele ainda era uma criança e abraçaram o cristianismo como forma de salvação. Cristiano é filho de Sinan, um turco muito culto que teve que fazer um acordo com o temível Barba-Roxa para reaver o filho. Dessa forma Barba-Roxa invade de forma violenta a Ilha de Elba, com uma tripulação inescrupulosa, como Nizzam, um soldado que odeia cristãos e sente prazer em causar dor.
Acontece que Cristiano não era o único que se encontrava no local. Isabel de Vega, uma jovem de família influente, de apenas 16 anos de idade, também estava lá. Cristiano é apaixonado por ela, mas a mocinha já está prometida em casamento para outro homem. E ela acaba caindo nas mãos de Nizzam, que em aposentos, já tem outra mulher que é vítima de sequestro, a Margarida.
O acordo que Sinan realiza com Barba-Roxa é a motivação que gira o enredo. Sinan sabe sobre a valiosa relíquia que mudará a concepção do mundo e Barba-Roxa, um homem vil e alimentado pelo poder, a quer. Porém, Sinan é esperto e sabe que se der a informação completa de uma vez, Barba-Roxa irá matá-lo. Então, ele o alimenta com migalhas. Migalhas grandes o suficiente para acalmá-lo. E faz com que Cristiano entenda que é necessário fazer o mesmo.
A partir do momento da invasão de Elba, a trama é uma jornada extraordinária que tem como objetivo descobrir o que é e como conseguir essa relíquia tão importante. A história vai se dividindo em núcleos, apresentando a jornada sob várias perspectivas: nobres que fizeram acordos ocultos, a visão de Cristiano, a visão de Nizzam, Isabel e Margarida, a visão de Savério Patrizi, um Inquisidor de Roma, a tentativa de resgate realizada pelo pai de Isabel e muitas outras.
O livro mescla uma grande aventura com traições, acordos secretos, política e religião. É uma jornada extraordinária que fará com que os leitores se deslumbrem com a história.
Cristiano é um jovem determinado e que inicialmente se sente dividido entre a civilização (representada pelo cristianismo) e a selvageria, representada pelos turcos. Quando decide quem quer ser, ele é sagaz, implacável e inteligente o bastante para embarcar nessa aventura com objetivos próprios.
Isabel é uma jovem abastada que nunca passou por uma situação difícil, mas quando se vê sequestrada e nas mãos de um homem tão vil, tem despertado dentro de si um instinto de sobrevivência inacreditável. Ela não se dá por vencida em momento algum e não espera sentada para ser salva.
Nizzam é um personagem que é movido pela violência e a vingança. É implacável e não sossega enquanto não consegue o que quer.
Barba-Roxa é volátil, perigoso e imprevisível. Ele não hesita em sorrir para alguém minutos antes de apunhalar a pessoa pelas costas. Ele é temido por todos e com razão. Sua imprevisibilidade é assustadora e seus castigos são horrendos.
Existem também outros personagens que ganham destaque no livro, que são movidos principalmente pela ganância e ambição. Homens que supostamente defendem determinada causa, quando na verdade, priorizam suas próprias necessidades.
"A Ilha da Relíquia Sagrada" é uma obra extraordinária que contêm todos os elementos necessários para tornar-se inesquecível: personagens fortes, descrições detalhadas e apaixonantes e uma trama bem delineada e trabalhada.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora Jangada realizou um ótimo trabalho. A capa combina muito bem com a história.
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Caverna 08/09/2017

Começo essa resenha com um quote da capa do livro e pensando como vou conseguir contextualizar as coisas pra vocês, sendo que eu demorei tanto pra me achar. Mas vamos!

Situado no século XVI, principalmente no arquipélago Toscano, o livro do italiano Marcello nos põe a bordo de navios e galeras turcas, espanholas e de corsários cheio de ódio no coração. Sinan, nosso aparente personagem principal, conhecido como o Judeu, é um turco de extrema inteligência e audácia, que se vê junto do temível Barba-Roxa, um corsário otomano sem escrúpulos para tentar reaver seu filho, Cristiano, que há tantos anos estava nas mãos de Jacopo V Appiani, conde de Piombino e católico.

O livro intercala seus capítulos, sempre em terceira pessoa, nos principais personagens. Sendo assim, podemos saber o que acontece concomitantemente nos navios e em terra, para que possamos entender, também, a motivação e ambição de cada personagem. Como o livro já se inicia com o ataque à ilha de Elba para a recuperação de Cristiano, ficamos tão confusos quanto o coitado a ser recuperado. Entretanto, pouco a pouco, Marcello nos revela a intenção de cada personagem, onde todas se cruzam em um ponto: o Rex Deus.

O Rex Deus é um mistério que há séculos vem sendo passado de geração a geração pela Ordem dos Templários, um mistério que dizem ser capaz de destruir o catolicismo. Por isso sendo, muitos inimigos da Igreja possuem a intenção de pôr às mãos no segredo. Porém, apenas o Judeu e um monge que apenas ele conhece sabem o caminho para o Rex Deus. Como todo bom mistério, ninguém possui sua resposta por inteiro, apenas dicas para que se chegue à verdade.

O acordo que Sinan cria com Barba-Roxa gera, quase que automaticamente, um acordo entre Cristiano e Barba-Roxa, que conduz todo o livro - Barba-Roxa quer o segredo de Rex Deus. Além dele, Strozzi, que outrora fora um soldado cristão, também possui um acordo com Barba-Roxa, bem como Nizzâm, o chefe dos bandidos turcos que logo cria inimizade com Sinan e seu filho. Há também Isabel, que estava na linha de Elba com Cristiano, mas fora capturada por Nizzâm. Cristiano era apaixonado por Isabel, aumentando assim a rivalidade entre ele e Nizzâm.

O livro então nos leva em busca do Rex Deus, em meio à intrigas, mentiras, acordos de interesse, ordens religiosas ocultas, acordos políticos da época e muitos bárbaros sedentos por sangue. A realidade da mulher do século é muito bem retratada, bem como a vida de piratas sob o comando de sanguinários como Barba-Roxa que tinha todos como seu inimigo.

Acho um pouco complicado falar mais do que isso, por alguns motivos. Eu fiquei extremamente confusa no começo do livro, fui começar a entender o interesse de cada personagem só mais pra frente e, com isso, só peguei o ritmo do livro após alguns capítulos e algumas mortes. Fora isso, temo que citar algumas baixas do livro possa ser considerada spoiler, já que mudam o rumo das coisas.

Eu gostei do desenvolvimento de Cristiano e um pouco de Isabel, apesar de ter achado um tanto forçado o romance entre os dois, mas quando pensamos em tudo que acontecia em um dia e a intensidade das coisas e da vida que eles estavam acostumados a levar, dá pra entender que esses sentimentos se desenvolvam rapidamente mesmo. Apesar de ser um bárbaro louco, gostei muito de Barba-Roxa e Nizzâm, dois personagens muito bem desenvolvidos em seu contexto - pode-se dizer que fiquei entre triste e feliz com o final de Nizzâm, inclusive.

É preciso frisar que é um livro muito denso, apesar de suas 360 páginas. A linguagem é robusta, com muita descrição e palavras que, honestamente, eu tinha que pesquisar pra saber exatamente o que era (eu só havia ouvido falar de uma cimitarra, mas ainda não procurado pra tentar imaginar uma). A revisão está boa, mas encontrei um erro ou outro que passaram batidos, como troca de "mais/mas".

O final me deixou um pouco frustrada, também. Eu esperava algo mais, mais falado, mais discutido - fiquei com vontade de sentar e debater com alguém sobre ele. Alguém pelo amor de Deus me diz como que interpretou aquilo, porque eu tô ficando maluca!

site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2017/09/a-ilha-da-reliquia-sagrada.html
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Stefânia 12/08/2020

O melhor livro do autor que já li!
Entre os três livros que já li do mesmo autor, esse foi o q mais gostei. A leitura flui bem, não é lenta e insossa como nos outros. As críticas que tenho são mais qto a inclusão de personagens desnecessários e o final de alguns, mas parte disso é justificada pela autor com base no contexto histórico do livro. A última crítica vai da incapacidade do autor em dar um título que realmente descreva a história. Mas isso já é uma crítica que mantenho desde o primeiro livro que li dele. Vale a leitura!
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