A sociedade dos sonhadores involuntários

A sociedade dos sonhadores involuntários José Eduardo Agualusa




Resenhas - A Sociedade Dos Sonhadores Involuntários


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Moya2 16/04/2024

Suave como um sonho.
Meu primeiro contato com literatura africana, e achei genial.
Um livro com um enredo sublime e uma história suave com pitadas de história angolana.
O autor consegue escrever leve e sutilmente uma trama descolada da realidade mesclando fatos.
Considero, pela leveza e fluência da escrita, como uma versão africana e atualizada de Gabriel Garcia Marquez.
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Andre 19/02/2024

Sonhos, sonhadores e uma boa história
Conheço as crônicas semanais do Agualusa que são publicadas no Segundo Caderno do jornal O Globo e sempre admirei sua facilidade em escrever.
Ler agora um livro deste autor angolano, sobre pessoas que conseguem utilizar os sonhos de diferentes formas me mostrou que Agualusa é ainda melhor escritor do que cronista!
Sua história, com alguns revezes e personagens bem criados, apesar de certa dureza, traz as nossas mentes o papel dos sonhos e dos sonhadores, independente da definição que usarmos para eles, sempre terão grande importância no mundo!
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Wagner47 27/12/2023

Sonhar é o mesmo que viver, mas sem a grande mentira que é a vida
Daniel Benchimol sonha com pessoas que não conhece e que futuramente virá a conhecer.
Moira Fernandes encena e fotografa seus próprios sonhos.
Hélio de Castro tem uma máquina capaz de ler sonhos de outras pessoas.
E as pessoas sonham com Hossi Kaley com um terno roxo e não fazem a menor ideia de quem ele seja.
E se soubéssemos que os sonhos querem nos dizer algo? Qual a real seriedade que daríamos a eles?

Acredito que o principal ponto do livro é o desenvolvimento de Daniel e Hossi, trazendo mais de seus passados e que muito ajudaram a construir no que se tornaram no tempo presente do livro. Outros fatores são a escrita e passagens extraordinariamente boas. Tenho a sensação de que se eu abrir o livro numa conversa aleatória entre Hossi e Daniel será tão certeira quanto qualquer outra.

Daniel é um covarde e sabe muito bem disso. Jornalista e visto de distintas formas possíveis, possui um passado de comportamento tranquilo, mesmo tendo crescido ao lado de um pai e dois irmãos que eram o contraponto dele. Apesar de ter sido um menino medroso, criava coragem do nada até mesmo para proteger um leão prestes a ser abatido. Daniel, que é divorciado, tem uma jovem filha que já luta contra um governo opressor, possuindo uma conduta diferente e tornando-se uma presa política ao lado de alguns amigos.

Hossi Kaley agora é um hoteleiro, mas seu passado de guerra até hoje deixa marcas de sua vida violenta. É um homem que já morreu duas vezes (a segunda foi por um raio, mas a primeira prefiro deixar que você descubra). Durante sua recuperação da segunda morte, começou a notar que as pessoas sonhavam com ele usando um terno roxo, porém ele mesmo não fazia ideia de ter sonhado algo.

Agualusa unifica essas quatro vidas, porém com a sensação de que foi muito personagem para pouca importância.
Explico.
Moira e Hélio são meros facilitadores para a história andar, como se fossem intermediários para levar uma pessoa a outra. Possuem tão pouca participação que Daniel poderia chegar a Hélio por uma notícia de um artigo científico. E também não demora muito para percebemos que até mesmo Hélio e sua máquina são descartáveis.

Na verdade, eu tive a impressão que a "reabilitação do sonho" funcionou muito como um artifício para levar à história a uma trama política (que de fato é boa). E sendo ainda mais criterioso, parece que a peculiaridade dos sonhos com Hossi foi o que de fato importou para a história toda.

Mas sejamos sinceros. Compraria um livro se lesse na sinopse dele que a história era uma mera luta contra um governo opressor? Eu não, portanto ao se utilizar da ficção científica para dar esse charme numa história bem clichê o autor dá um tiro incrivelmente certeiro.

Poderia passar horas lendo mais dessa história, mas eu de fato senti um vazio ao analisar o livro como um todo. É peculiar, instigante, fala muito sobre coragem e medo, despertando uma curiosidade do leitor com uma narrativa por muito tempo adormecida.
Acorda no final (o clímax é maravilhoso), mas estava muito mais bonita em sonho.
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Yuri 26/12/2023

Leitura leve, diferente, muito interessante. Desperta a curiosidade para conhecer todos os personagens e tudo que vai se passar. Envolvente!
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Juno.Cruvinel 24/11/2023

Livro único!
Encontrei esse livro por acaso e foi uma grata surpresa! Gostei do jeito de escrever e da narrativa única! Também me interessei muito por se passar em Angola/Cuba e abordar momentos históricos misturados a poesia dos sonhos.
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Jansen 22/11/2023

Uma obra encantadora, misto de poesia e contestação. Um sonhador após a libertação de Angola, retratando o período que antecedeu a revolução, o presidente que desencantou o povo que jurou representar quando sucedeu ao médico, poeta e humanista Agostinho Neto. Foi um período de 30 anos de uma guerra cruel onde os 3 movimentos separatistas em vez de ser unirem se digladiavam depois de terem se libertado de 400 anos de domínio português. Por problemas internos de Portugal, a Revolução dos Cravos, em abril de 1974, Portugal deixou Angola à sua sorte e deu no que deu.
O escritor é muito bom e faz uma descrição crua e real da Angola depois da libertação de Portugal.
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Juh 13/10/2023

Um livro sensível e belo. Histórias que se cruzam e que têm como elo o ato de sonhar. Lembrei-me da importância dos sonhos para as comunidades indígenas, tenho interesse nessa temática e isso ajudou a engajar na leitura. Também recordo de uma passagem linda de Terra Sonâmbula de Mia, um dos meus livros favoritos, sobre a importância dos sonhos:

"O tempo passeava com mansas lentidões quando chegou a guerra. Meu pai dizia que era confusão vinda de fora, trazida por aqueles que tinham perdido seus privilégios. No princípio, só escutávamos as vagas novidades, acontecidas no longe. Depois, os tiroteios foram chegando mais perto e o sangue foi enchendo nossos medos. A guerra é uma cobra que usa nossos próprios dentes para nos morder. Seu veneno circulava agora em todos os rios da nossa alma. De dia já não saíamos, de noite não sonhávamos. O sonho é o olho da vida. Nós estávamos cegos."


Para quem tiver interesse em saber sobre os sonhos, indico conhecer Sidarta Ribeiro, pesquisador brasileiro que produz ciência sobre essa temática, e a quem Agualusa dedica A sociedade dos sonhadores involuntários. Além disso, o autor parece ter construído uma personagem inspirada em Sidarta no livro. Vale a pena conferir!

Primeiro livro que leio de Agualusa, não será o último!
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Camila 15/06/2023

Acho que se tornou meu livro favorito
Que livro gostoso de ler. Escolhi simplesmente pelo título, e amei entrar nessa história.

Dentre vários motivos que estou aprendendo a amar literatura africana, um deles é a forma de descrever os lugares e cenários, além de descobrir que o português angolano é lindo.

E eu nunca vou saber com certeza se é proposital, mas durante as noites que passei lendo esse livro, tive os melhores sonhos da minha vida. Se você precisa estimular seus sonhos, leia esse livro.

Marquei o livro todo com trechos favoritos, e aqui vai um deles:

"Nessa noite fui nadar. Nadei durante mais de uma hora, sob o olho único de uma lua imensa. Nadei até que as luzes, na praia, se misturaram à confusa torrente de estrelas. Então, estendi-me de costas, a flutuar, puxado para o alto pela força da lua. Se ela estivesse um pouco mais perto, talvez me arrancasse da água. Eu ficaria levitando, um corpo solto, entre as estrelas e o mar."
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Barbara.Costa 28/03/2023

Primeiro contato com Agualusa. Achei a premissa tão maravilhosa que fui c alta expectativa e me frustrei. A escrita me agradou e apesar da desilusão com o conteúdo, até o fim fiquei interessada em saber o que ia se desenrolar.

Senti falta de substancia em tudo o que foi apresentado quanto ao universo onírico, vazio, mergulho raso apesar de todo equipamento pra se ir ao fundo do mar...
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Marcelo Rissi 22/02/2023

A sociedade dos sonhadores involuntários
Uma mistura, muito bem dosada, de ficção-científica - com uma abordagem onírica (os sonhos compõem parte da narrativa) - com um amplo recorte histórico sobre a ditadura angolana, tema principal da obra (algo que, porém, não fica muito claro, num primeiro momento).

Leitura instigante! Renderá um ótimo debate no próximo encontro do clube de leitura promovido pela instituição onde trabalho.
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Wellington.Pimente 18/02/2023

Grata surpresa.
Primeiro contato com a escrita do José Eduardo agualusa, e foi uma grata surpresa. O seu estilo narrativo denuncia aspectos sociopolíticos de uma nação, presa numa ditadura, trazendo a tona uma mistura de realidade e ficção (realismo fantástico) e a força e a beleza dos sonhos.
As suas denuncias sociopolíticos aborda temas como o racismo, corrupção, truculência de un país policialesco, exploração da pobreza e da desigualdade social, o passado triste do continente africano com suas guerras e violência e o impacto disso no drama coletivo e pessoal.
Apesar dos pontos interessantíssimo que o autor nos expõe, achei a leitura inicialmente enfadonha, até a metade do livro praticamente somente o universo do sonho é evidenciado, porém a partir da segunda metade o livro cresce e assim se torna uma ótima leitura e que flui exponencialmente.
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Eduardo 15/02/2023

Um sonho de liberdade
Começando as minhas leituras de 2023, trago a obra Sociedade dos Sonhadores involuntários de José Eduardo Agualusa o que me deu o imenso prazer de conhecer, nem que seja um pouco, a história de Angola.

A história traz o personagem Daniel Benchimol, um jornalista que sonha com pessoas que ainda não conhece, o que faz com que conheça Moira, artista plástica, que é capaz de encena e fotografar os próprios sonhos. Há outros personagens que se juntam a Daniel e Moira pela conexão dos sonhos e tentam entender e combater a cruel realidade da ditadura que assola Angola.

A obra é uma fábula política, a qual quem sonha uma nova realidade não possui a aura do medo que submete aos desmandos de uma governo autoritário. E aqui cabe a citação ?Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade?.
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Bi Bueno 28/11/2022

A Sociedade dos Sonhadores Involuntários
Que livro poético, bonito!
Quem dera fosse possível compartilharmos sonhos? Quem dera um dia todos acordassem tendo tido o mesmo sonho sobre igualdade, justiça, oportunidade, respeito, solidariedade e valores democráticos?
Agualusa é uma delícia de ler! Frases encantadoras!
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Marcia 28/11/2022

Para o mês da consciência negra, fui conhecer o trabalho do escritor José Eduardo Agualusa, escritor angolano, através desse livro.
Que livro bom! Escrita fácil e com temas muito interessantes. O tema principal é sobre sonhos mas no desenrolar da leitura vamos conhecendo um pouco da história de Angola, das dificuldades geradas enquanto foi colônia de Portugal e quando em "11 de novembro de 1975, conseguiu a independência após uma guerra pela libertação. O país passou por um longo período de conflito, que teve início com a luta armada contra o colonialismo português." Nesse livro também vamos ver a questão de interesses políticos, o poder o dinheiro e destaque a luta de jovens que se empenharam para acabar com um regime opressor. Esses jovens lutando por uma Angola melhor, livre, sem corrupção, sem a interferência do governo na vida privada dos cidadãos.
Também tem romance e amizades. Os personagens vão lutando por melhorar suas vidas, vão enfrentando seus medos e os resultados de suas atitudes no passado.
Eu não conhecia esse escritor. Fui atrás motivada em buscar escritor africano que eu desconhecia por completo e foi uma surpresa muito boa.
Deixo para vocês minha sugestão de leitura.
Valeu
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Liað· 15/11/2022

??
Cara, sem palavras para esse livro. Eu achei todo o enredo principal muito bom? a gente se envolve bem com a história e a cada momento tem mais curiosidade sobre o que acontece. Achei muito bem desenvolvida a história dos três personagens principais, foi muito legal acompanhar a história de pontos de vistas diferentes, além de conhecer à backstory de cada um. Foi ótimo que o livro tem o contexto histórico de Angola por que inclusive da mais vontade de ir atrás e pesquisar sobre a guerra civil, eu por exemplo fui procurar quem eram os ?revus? e eu não teria ido atrás se não fosse pelo livro, e eu achei muito bom que mesmo
com todo o contexto de ação, luta, revolução, etc, o autor conseguiu colocar uma parte mais humana em cada personagem, e não só um herói incrível e mágico, e um vilão horroroso e mal, além de passagens lindíssimas que o livro tem como a passagem das orquídeas,(que eu particularmente acho incrível ), resumindo eu super recomendo a leitura, principalmente se você quer começar a ler livros de países que não estamos acostumados a ler!
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