Rayssa 17/10/2020Final não me convenceuO começo é frenético, muitos acontecimentos rolando. Depois a leitura dá uma caída, a história fica morna e da metade pra o final esquenta novamente.
A história se passa em 3 linhas do tempo. Uma em 1960, outra em 1989 e por fim, 2013. Os personagens do passado são muiiiitooo bons e tridimensionais. Os do presente não ganham tanto espaço porque não são o grande foco da história, o que não é problema para mim. A meu ver, o que se destaca são as duas linhas do passado. Nelas, a leitura é extremamente fluida e desperta curiosidade. O mistério realmente é envolvente e delicioso de se acompanhar.
Além disso, acho que a autora sabe jogar muito bem entre a realidade e o sobrenatural. Não fica forçado, nem surreal. Outro ponto positivo está no fato de que essa foi primeira vez que vi um caso LGBTQIA+ acontecendo em um livro de terror, o que me surpreendeu para o bem.
Dito tudo isso, o final, porém, não me convenceu. Apesar de corajoso, ele sai do paranormal e cai de cabeça na fantasia, desviando do tom do resto do livro. Fiquei sem saber bem o que pensar, na dúvida se tinha gostado. Não foi o final que eu gostaria, esperava algo diferente. Não é demérito do livro, de forma alguma, só não me desceu bem esse desfecho até porque fantasia não é muito da minha vibe.