O Grande Debate

O Grande Debate Yuval Levin




Resenhas - O Grande Debate


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Luciane.Gunji 14/10/2017

Resenhista Lucas Gonçalves para o blog Pitacos Culturais
Claramente, O Grande Debate não é um livro superficial, tampouco um livro para aqueles que pensaram que encontrariam frases prontas para atirar pedras nas pessoas devido a sua escolha política. Temos aqui um livro escrito por um phD em Ciências Políticas com o propósito de orientar e esclarecer pontos um tanto quanto renegado para nós, brasileiros. Aliás, é engraçado ver que tanto Paine quanto Burke concordavam em certas opiniões, porém, sempre com visões diferentes.

site: https://pitacosculturais.com.br/2017/10/04/o-grande-debate-levin-yuval/
comentários(0)comente



Daniel Rolim 07/05/2019

Trata-se de um livro interessante, imparcial na medida do possível (o autor é um conservador autodeclarado), porém um pouco cansativo.
Edmund Burke é um dos pais do liberalismo conservador, defensor do status quo, de instituições sólidas como a monarquia, a igreja e a aristocracia, adepto de mudanças políticas graduais e pontuais, e crítico da tirania das massas.
Já Thomas Paine é um liberal progressista, advogado do iluminismo e da racionalidade, que pretendeu extirpar a injustiça no mundo através de uma revolução que reconstruísse a sociedade com base nos valores da liberdade e da igualdade.
A leitura da obra nos leva a crer que ambos estavam parcialmente certos, mas também errados, em suas visões de mundo, e que o bom governo levaria em conta sempre este choque entre os adeptos de Burke e os de Paine, num eterno equilíbrio que preservaria seus ideais.
Porém, por mais que eu concorde com a preservação de instituições já consolidadas, com mudanças pontuais e graduais (em muitos casos), com uma certa falibilidade da racionalidade pura e com o perigo de situações revolucionárias (basta lembrar as experiências comunistas desastrosas do século passado), eu não vejo como não concordar ainda mais com o ideal iluminista de Paine, que em última análise foi um ataque ferrenho à superstição (até o século XVIII as pessoas queimavam bruxas), à doença (peste negra, varíola, cólera, etc.), ao preconceito racial (a escravidão), à intolerância religiosa, à desigualdade, etc.
O Estado ideal é aquele que se baseia na inclusão da maior parte da sua população (homens, mulheres, brancos, negros, amarelos, etc) em suas instituições econômicas e políticas, permitindo o máximo aproveitamento dos talentos variados de todos. E se isto pode ser alcançado por um movimento gradual e ascendente, tanto melhor. Já no caso negativo, em que a tirania, a opressão, a extração de recursos de muitos por parte de uns poucos (casos ainda presentes em grande parte do mundo), às vezes tão enraizada que impossível de ser arrancada por uma reforma, que possa então ser erradicada por uma guinada brusca, talvez até revolucionária. Afinal, como disse o próprio Burke, a história é um eterno ciclo de criação e destruição, e o que claramente não presta não tem o porquê de ainda existir.
comentários(0)comente



Leo Rosas 09/08/2020

Liberal o que?
Com o debate entre Edmind Burke e Thomas Paine nasce a dicotomia direita e esquerda que não tem a ver com os dias de hoje. Ambos eram liberais. A diferença estava entre ser conservador e progressista.

Após a leitura entende-se melhor essa questão.
comentários(0)comente



Pablo1930 29/04/2018

Como pensar a mudança política?
O livro "O Grande Debate", de Yuval Levin, trata do debate político entre dois proeminentes pensadores do século XVIII: de um lado, o britânico Edmund Burke (1729-1797) com seu pragmatismo e sua defesa da estabilidade política, e do outro, o inglês Thomas Paine (1737-1809), um dos expoentes do pensamento liberal humanista e um dos “pais fundadores” dos Estados Unidos, com sua intransigência na defesa das sociedades reescreverem sua própria história a partir de rupturas. Estruturado em 7 capítulos, o livro discorre sobre conceitos fundamentais do pensamento político entre os dois autores à luz do debate mais amplo do século das revoluções.

Burke olha para trás; Paine para frente:

No decorrer dos 7 capítulos do livro, Levin defende que o cerne do debate político entre Burke e Paine é sobre a mudança política, isto é, a questão da busca pela justiça e o papel da estabilidade nas mudanças sociais.

Enquanto para Paine a natureza, que funda o pensamento político do indivíduo, é a condição que precede todos os arranjos sociais e políticos, e por isso é a garantidora dos direitos já que todo homem nasce em liberdade, para Burke – em oposição direta a Paine – a natureza do homem não é livre e tampouco garante direitos já que “uma sociedade não pode ser baseada em direitos que só existem fora da sociedade” (LEVIN, 2017, p.58).

Burke não era avesso às mudanças sociais como algumas ideias podem demonstrar, mas a mudança social com estabilidade está no âmago de suas ambições. A estabilidade social não é uma forma de estagnação, mas uma maneira para pensar sobre a mudança e a reforma, sobre a dinâmica da política. Assim, a revolução mostra-se perigosa, pois, além de permitir o despotismo das massas em nome da justiça, tende a “reiniciar do zero” e abandonar ou destruir toda uma herança social (leis, propriedades, religião e instituições), sendo a prudência nas mudanças sociais a primeira das virtudes políticas necessárias ao homem e a ordem existente. A partir disto, é necessário construir modificações sobre formas sociais existentes

Em Paine há uma visão utilitarista do contrato social – tendo como influência autores contratualistas como o inglês John Locke. Todos os homens nascem iguais e são iguais, com direitos naturais anteriores a sociedade, e esta deve garantir aos indivíduos o pleno desenvolvimento de suas habilidades e potencialidades. Com isso, regimes políticos que cerceiam a liberdade do desenvolvimento dos indivíduos são injustos e o direito à resistência é justificável, pois os governos humanos devem ser baseados no consentimento e são acordos entre cada indivíduo, sendo Paine um homem do presente.

Por fim, friso que o debate de Levin no livro está dentro dos parâmetros da política norte-americana ao tratar dos conceitos de esquerda e direita. No debate político europeu, por exemplo, os dois conceitos seriam tratados de forma totalmente diferentes por conta da influência do pensamento marxista e dos movimentos trabalhistas. Contudo, o livro é valioso por trazer a importância de ler os autores clássicos e demonstrar que as problemáticas do presente, muitas vezes, são germinadas a partir de contextos históricos mais amplos.

Ao invocar o debate político de dois intérpretes do século XVIII e trazê-lo para a contemporaneidade a grande questão implícita no livro de Levin – que se identifica com o pensamento conservador – é a natureza do conflito político: quando reformar e quando romper?
comentários(0)comente



Fidel 23/12/2018

O GRANDE DEBATE
O Grande Debate, livro de autoria do intelectual e analista político Yuval Levin, é um exame das ideias de dois dos maiores pensadores do século XVIII: Edmund Burke e Thomas Paine, cujas reflexões sobre igualdade e liberdade foram fundamentais para o debate entre os conservadores e os progressistas.

Levin examina e confronta os pensamentos políticos de Burke e Paine para compreender as duas grandes obras dos dois intelectuais: Reflexões, de Edmund Burke e Os Direitos dos Homens, de Thomas Paine. Foi através da publicação destes dois livros, escritos em momentos de mudanças radicais na história (Independências dos Estados Unidos e a Revolução Francesa), que Burke e Paine fizeram a grande batalha de idéias do século XVIII.

O Grande Debate contém a síntese do pensamento de Burke versus Paine e introduz o leitor na visão poderosa que ambos tinham dos conceitos de liberdade e igualdade, poder e soberania, direitos e deveres, do Estado e do Indivíduo.

“Os revolucionários imaginavam que o homem era basicamente um animal racional, de modo que, se suas necessidades mais simples (comida e segurança) fossem atendidas, a razão o governaria. Aqueles com os quais discordava, incluindo Paine, não negavam a existência de outras partes da natureza humana, mas Burke acreditava que tinham fé excessiva na habilidade da razão para, sozinha, governar esses outros elementos especialmente as paixões e os sentimentos.”

“Em Reflexões, [Burker] oferece os mesmos argumentos, no sentido positivo: assim como os ataques à religião poderiam ser danosos para a paz social, a elevação e o endosso público das práticas e crenças religiosas poderiam reforçar a harmonia social e a sociedade civil. A religião, portanto, é um elemento do mais amplo sistema de cavalheirismo, enobrecendo o uso do poder político e moderando seus utilizadores.”

“0 livro resultante, que Paine chamou, com seu instinto artístico habitual, de Os Direitos do Homem, é parte resposta a Burke e parte defesa autônoma dos princípios da Revolução Francesa. Ele oferece um argumento lógico, embasado. focado, passional e poderoso, feito com uma força retórica espantosa. Certamente entre as mais completas e mais amplamente lidas elucidações da visão de mundo básica subjacente à revolução, é sua obra teórica mais expressiva.”

“A politica de Paine é uma política de aplicação de princípios e ele acredita que a única maneira de resgatar a política construída sobre os princípios errados é destruí-la e reconstruí-la a partir do zero. Ele claramente acredita. como escrevera em Senso Comum anos antes, que “temos o poder de reiniciar o mundo”. De fato, em Os Direitos do Homem”, sugere que essa é a única maneira de construir uma sociedade justa.”

“[…] A esquerda de hoje, portanto, partilha grande parte das disposições básicas de Paine, mas busca libertar o individuo de maneira bem menos quixotesca e mais tecnocrata que a dele, sem sua fundamentação nos princípios e direitos fundamentais.”

“Os conservadores atuais são retoricamente estridentes e abertos demais ao canto da sereia do hiper individualismo e geralmente carecem de uma teoria não radical sobre a sociedade liberal.”

Burke e Paine são dois lados da mesma moeda. Seus pensamentos políticos, comentados em O Grande Debate transcenderam a todas as faces da história do homem. Elas atravessam o tempo como flecha que tremula em seu deslocamento, mais não perde a sua direção e sentido.

site: www.leiologopenso.com.br
comentários(0)comente



Hingara Leão 14/03/2021

Espetacular
Como o título do livro sugere, aqui nós temos a demonstração de um grande debate travado entre duas figuras importantes na história da política: Edmund Burke (direita) e Thomas Paine (esquerda). Em alguns momentos do livro, a leitura foi arrastada, pois é um livro com bastante conteúdo histórico. Mas no geral, ele traz um conhecimento riquíssimo sobre as divergências dos pensamentos de direita e esquerda de Burke e Paine, e que moldaram as visões que estão presentes atualmente no mundo sobre essas duas vertentes de pensamento político.
comentários(0)comente



Dansd1 27/07/2022

Muito didático
Burke e Paine nos oferecem uma janela para o nascimento da direita (conservadores) e da esquerda (revolucionários), mas ver o nascimento de uma ideia NÃO é ver seu estado DESENVOLVIDO. Acompanharemos esse desenvolvimento por toda a história.
comentários(0)comente



alex 10/02/2018

O grande debate
De fato, um debate de alto nível entre Burke e Paine. Sonhos e ideiais de um lado, e pragmatismo do outro. Sem certo e errado.
comentários(0)comente



Daniel Sampaio 03/05/2020

Uma ótima análise histórica direita x esquerda
A obra é esclarecedora e didática ao expor as origens filosóficas em termos de ciência política da direita e da esquerda, à partir de um histórico debate intelectual entre Edmund Burk (direita, conservadorismo, tradições, reformas graduais/incrementais) e Thomaz Paine (esquerda, progressismo, revoluções, ruptura e mudanças abruptas) usando como pano de fundo os eventos históricos que ambos vivenciaram, a saber, a revolução francesa, a revolução/independência americana, contrapondo a monarquia com o republicanismo. Excelente.
comentários(0)comente



Samuel M de Paula 29/12/2020

"Se a geração presente, ou qualquer outra, está disposta a ser escrava, isso não diminui o direito das gerações seguintes de serem livres"
Yuval Levin em O Grande Debate trás a tona as raízes da esquerda e da direita pela posicionamento de Edmund Burke, progressista, e Thomas Paine, conservador; os homens esses que se destacaram em sua época pela embate que realizavam de visões sobre o rumo que os países deveriam tomar.

A obra se passa no período da Revolução Francesa e início do capitalista, o qual esse não possui formas que o definissem como pertence a uma das correntes. Nesse cenário Paine era um defensor de que as mudanças deveriam ser graduais, sem necessidade de presa, contrário aos acontecimentos na França. Do outro lado, Burke que como apoiador da Revolução Francesa se muda inclusive para França para ser mais ativo perante os acontecimentos.

O Grande Debate não é uma obra rasa de frases prontas como alguns podem esperar, mas um livro escrito por um PhD em Ciências Políticas em que é possível enxergar pontos de concordância entre os debatedores, mas com diferentes visões sobre o assunto.
comentários(0)comente



Allan Regis 08/01/2021

Os debates do 'Grande Debate'
Sabe-se que um autor escreve uma obra de mérito quando ela transcende seu escopo inicial e se torna fonte múltipla de reflexões possíveis. Yuval Levin faz isso com propriedade - o Grande Debate é um trampolim para calorosos debates históricos, filosóficos, políticos e metodológicos. Por isso, nesta arena de resenhas skoobianas - muito boas, por sinal - uma contribuição possível deve incluir uma rápida visita à recepção do livro de Levin nos meios acadêmicos.

Antes, contudo, algumas premissas. Para começo de conversa, Levin é um conservador, como deixa claro no início do livro. Isto será importante à frente. Ele também é um analista político, acadêmico e jornalista. Seria interessantíssimo ler alguns de seus artigos disponíveis na internet sobre a política americana atual. Entre suas obras, sem tradução no Brasil, encontram-se Tyranny of Reason: The Origins and Consequences of the Social Scientific Outlook (2001), magining the Future: Science and American Democracy (2008) e The Fractured Republic: Renewing America's Social Contract in the Age of Individualism (2016). Todas, portanto, com um cunho conservador de prognósticos e proposições para problemas políticos atuais. Já foi chamado de "o intelectual conservador mais importante da Era Obama" na New York Magazine e "a grande esperança intelectual do movimento conservador" no The New Republic. Mas o que a grande esperança do conservadorismo americano tem a dizer do grande debate liberal-iluminista que se armou ao redor da Revolução Francesa de dois séculos atrás?

Resumamos da seguinte forma: o debate Burke-Paine moldou de forma duradoura as duas visões rivais de política no Ocidente moderno, em especial, nos Estados Unidos. Isto é, quando olharmos para um assunto polêmico que divide a opinião pública, por vezes animados por termos técnicos e questões específicas atuais, não nos enganemos: o progressismo de Paine e conservadorismo de Burke estarão lá, como um cabedal de ideias difusas mas poderosas sobre nossas opiniões. Vamos aos prós e contras.

O grande mérito do livro é lançar luz sobre a polarização política americana atual por uma regressão histórica. Levin realiza um raio-x de filosofia política dos arquétipos do liberalismo progressista e conservador gestados na Revolução Americana e nascido no calor da Revolução Francesa. Historicamente, então, Levin reconstrói o grande debate entre Burke e Paine entre 1770 e 1800. Mas, e isso é importante, o que interessa a Levin é a exposição dos pressupostos filosóficos dessas duas tradições e, todo método de seu livro é estruturado de modo a suprir essa demanda. É aí que a história estanca para dar passagem à filosofia política - que é basicamente todo o miolo do livro. O autor paga um preço por sua escolha. E ele esta absolutamente consciente disso.

Quando digo que a história estanca, não me entendam mal: estou pensando em método histórico, e não em descrição histórica. O fato de alguém desenvolver um raciocínio sob documentos de uma época outra não torna esse raciocínio histórico. E não há problema nenhum nisso, a priori. Levin opta pela reconstrução dos tipos ideias dos dois liberalismos de um modo a-histórico, separando por conceitos antitéticos como "reforma e revolução", e então recorrendo as obras de cada um, sem que o contexto seja protagonista em sua explanação. O contexto está lá, mas não é fundamental pro argumento.

Mas, então, você pode fazer a pergunta mais crucial e decisiva para tomadas de decisões dos homens e mulheres mais importantes da humanidade em todos os tempos e eras e lugares e etnias: E daí? Não há possivelmente nenhum argumento que não desabe com essas poderosas palavras. Mas tentarei mesmo assim: E daí que as visões de mundo Burke-Paine, que são expressas por antíteses como 'natureza x história', 'razão x prescrição', 'justiça x ordem' etc., não tem ressonância com as versões contemporâneas dessas ideias, o que depõe contra a própria herança que Levin quer nos convencer que Paine e Burke legaram ao nosso mundo.

É o que nos lembra George Potamianos, em resenha à Levin no The Historian. Ele toma como exemplo a alegação de Levin de um pluripartidarismo que aprazia Burke em detrimento da visão corrupta que Paine tinha dos partidos como um todo. Levin toma a fala de Burke em 1770 de que 'os partidos são um corpo de homens unidos para promover o interesse nacional sobre princípios comuns a todos eles' como um legado da visão burkeana aos dias de hoje. Mas o resenhista lembra que quando Burke o disse, referia-se apenas ao "partido da retidão", que precisava combater os partidos corruptos, faccionais e interesseiros que flagelavam a política inglesa de seus dias.

Jack Fruchtman, outro resenhista, tece crítica semelhante e lembra que a imagem que o autor faz de Paine como ardente individualista não é tão precisa, já que "ele também propôs que os homens trabalhassem juntos para forjar um futuro melhor". Sobre a reverberação dessas duas visões no mundo atual, Fruchtman é igualmente taxativo: "Poder-se-ia acreditar que os conservadores hoje adotam Burke e os progressistas Paine. Mas mesmo Levin sabe que não é bem assim, citando a afirmação recente de Barak Obama, na qual ele afirma ser burkeano em suas ideias sobre política e mudança social".

A partir do livro e da sua recepção, entendo o seguinte: assumindo-se um burkeano, o conservador Levin nos leva para um estudo honesto e rebusto sobre a formação da esquerda e direita de um ponto de vista filosófico-político. Não obstante, sua opção pela reconstrução conceitual o tornou vulnerável para a ligação histórica entre os conceitos que gravitavam na direita e esquerda do século XVIII e o nosso. Creio também, que esse fracasso se deve por ter se feito refém, pouco importa se consciente ou não, da visão de mundo que prescindia, que dispensava: a painiana (eu sei, você pensou besteira). O que quero dizer é simples: a razão abstrata que Levin denuncia em Paine parece ser muito o que os psicanalistas chamam de projeção. E me parece, de um modo ainda mais hipotético, quase um palpite, que o grande debate marca a delimitação de um território num momento histórico de escalada para a polarização.

A direita tradicionalmente assume sua identidade por uma espécie tato mais sensível para o 'real'. Vê-se em 'Politica da Fé e Política do Ceticismo' de Oakeshott, em que a direita é cética e a esquerda passional; ou em "Conflito de visões" de Sowell, em que a 'visão restrita' da direita se contrasta com a visão irrestrita da esquerda. Todas essas definições tem um traço em comum: a rejeição da direita populista, do fascismo e do nazismo. Em 2014, quando Levin publicou o livro, a polarização política que vigora e só cresceu até aqui, culminando na invasão do capitólio em 6 de janeiro de 2021. A partir desse olhar do conservadorismo que acabei de ilustrar, em cada um desses livros, é impossível encaixar a alt-right. Muito ao contrário, a esquerda parece adotar premissas de Peine, e a direta, as de Burke. As premissas estão erradas ou a realidade?

Leiam o grande debate analisando a política americana e a política americana a partir do grande debate. E me contem!
comentários(0)comente



11 encontrados | exibindo 1 a 11


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR