@ALeituradeHoje 28/01/2019
Ensinamentos
Pequeno Príncipe tem cheiro, gosto e toque de memória afetiva. Meu pai o leu e conversou sobre ele algumas vezes. Por conta disso, decidi envolver minha filha da mesma maneira.
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Há algumas semanas comecei a ler para ela a história do príncipe de um pequeno planeta que ensinou um adulto sobre (sutilmente) amor genuíno, sinceridade pura, beleza intensa. Nosso Pequeno Príncipe aprende sobre outros planetas, mas ensina sobre coração. Acho até, que o quê ensina é de maior importância.
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A leitura seguiu bem e confesso que fantasiei de certa forma a experiência, acreditando num envolvimento maior. Mas ela tem somente cinco aninhos e talvez isso a tenha distanciado um pouco. Entretanto, vê-la perguntando: - Mãe, o que é cativar?
Após uma explicação e um exemplo ela virar-se para mim e diz: - Mãe, você me cativou.
Ah! Esse coração de mãe... assumo que brotou um cisco em meus olhos.
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Ler o Pequeno Príncipe deveria ser atividade no mínimo anual. A simplicidade e clareza com que é tratado assuntos tão importantes (amor, cultivo, valor, envolvimento, amizade...) faz repensar muito no adulto que nos tornamos.
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“É bem difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.” .
“Os olhos são cegos. É preciso ver como coração.”
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É uma história tão linda, com passagens tão puras, que ao ler para minha filha me emocionei algumas vezes. Imaginei ela, minha pequena princesa, em seu mundinho florido, encarando as mazelas do mundo. O abandono e a solidão que o príncipe sente ao se dar conta do valor de sua rosa é palpável. É minha princesa que conhecerá diversos outros planetas.
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Quero ler mais vezes e espero que ela se interesse. O Pequeno Príncipe tem muito a nos ensinar.