Pudima 07/02/2017Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.Sempre pensei nessa frase como um imenso clichê, tendo em vista que eu nunca havia lido este livro, e não entendia o contexto. Hoje percebo que o tal "clichê" na realidade era eu que, leiga, julgava sem antes conhecer.
NOSSA! Que livro incrível!
Realmente, é um livro para todas as idades. É um livro onde entrei sendo o adulto e, felizmente, saí sendo o príncipe.
Que saudade de me sentir assim! Que saudade de me sentir criança, de desenhar, de sorrir, de ver as estrelas, as flores, de aproveitar um bom copo de água, e de lembrar o quanto cada uma dessas "coisinhas" é necessária na minha vida.
Sim, ao longo da vida somos "podados", moldados e desestimulados a ser o que queremos. Nos tornamos aquilo que a sociedade espera da gente, e isso é tão frustrante! Eu sinto falta de tantas coisas que nem percebia, e o choque maior é o quanto eu sinto falta de mim.
Ao longo da vida passamos por muitas mudanças, maravilhosas e às vezes não tão boas. Mas como é imenso o número de coisas que desapegamos, e que não deveríamos desapegar, como nossa imaginação, nossa pureza, nosso gosto por desenhos e nossos sonhos de ser astronauta, ou de imaginar uma rosa em outro planeta.
Esse livro me trouxe um pouco da Érika que queria ser escritora antes mesmo de saber escrever seu nome; do "eu" que gosta de andar na chuva, e que sente falta de cozinhar; da menina que adorava ir em piqueniques, de subir em árvores, e de passar horas olhando para o céu e imaginando universos paralelos que um dia visitará.
Quantos sentimentos! Quantas lembranças! Quanto amor transbordando! Quanta saudade! Quanta gratidão por esse livro!!