Prefácio às Claras 20/02/2022
“Aqui está meu segredo, que é bem simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”
“O Pequeno Príncipe” conta a história de um piloto que cai no deserto do Saara e precisa concertar o avião antes que sua reserva de água termine, mas a companhia inesperada de um menino de aparência frágil com cabelos loiros e vestes de príncipe desvia sua atenção de seu problema e o leva questionar tudo que conhece. O piloto então descobre que Pequeno Príncipe morava em um planeta com uma rosa que conversa com ele e assiste diversos pores do sol para se distrair e como foi sua jornada passando por outros planetas até chegar na Terra onde o encontraria. A convivência com essa peculiar figura o faz refletir com cuidado sua vida, história e os motivos que o levaram até ali e conforme os dias se passam, fica evidente que aquela experiência o mudaria para sempre.
Considerado uma história para crianças, o livro é dono de uma narrativa sensível e um enredo leve, que diante da profundidade das lições que ensina, se tornou um dos maiores clássicos da literatura universal.
O Pequeno Príncipe sempre foi uma leitura bastante indicada por diversas pessoas de meu convívio, mas que nunca me chamou atenção, porém ao tirar um dia para lê-lo de uma vez, como quem puxa um band-aid, me vi diante de mim mesmo ao ler sobre o quanto o tempo passa sem que a gente perceba, sobre o quanto nos enfiamos em uma rotina exaustiva sem nos dar direito a olhar um pôr do sol ou até mesmo nossa prepotência em nos achar donos do planeta. Enfim! Se não estiver preparado para encontrar a si mesmo nesse deserto, não leia, aguarde mais um pouco, mas não deixe de ler, pois encontrar a si mesmo é maravilhoso.
“Preciso aguentar duas ou três larvas se quero conhecer as borboletas. Parece que são muito bonitas.”