Resenhas - O Pequeno Príncipe

Jonathan239 23/01/2010

A prova concreta de que idéias e sentimentos podem ser expressos de forma simples, tão simples, que parece coisa de criança.

Clio0 07/01/2024

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." Tal frase tão singela e romântica em português tem uma outra nuance no original em francês, onde os seus deveres recaem sobre aquilo que você domina.

O Pequeno Príncipe é a história de um menino aprendendo a se relacionar com o mundo. Essa é a conversa entre ele e o aviador - a auto-inserção de Saint-Exupéry - sobre o que é belo e puro e o que não é.

Por problemas muitas vezes intransponíveis da tradução, ou simplesmente por uma questão pessoal de opção, essa obra perdeu muito de seu caráter educativo, diria até que ético. Não estou dizendo em hipótese alguma que o texto foi danificado, pois a beleza da obra permaneceu. Contudo, sobrou muito do doce e pouco do azedo das palavras originais.

De qualquer forma, recomendo.

Fabio 17/12/2023

"Uma riqueza incomensurável e nada efêmera"
"O Pequeno Príncipe", o notável clássico do francês Antoine de Saint-Exupéry, foi publicado pela primeira vez em 1943, e vendeu ao longo de toda a sua história mais de 200 milhões de exemplares em todo mundo, e figura na lista dos livros mais vendidos de todos os tempos, ficando atrás somente de grandes obras-primas como, "Dom Quixote", "Um Conto de Duas Cidades" e o Senhor dos Anéis. O autor, no entanto, não testemunhou o enorme sucesso da sua mais famigerada obra, pois desapareceu durante a Segunda Guerra Mundial em uma missão aérea de reconhecimento na fronteira entre a França e a Suíça e foi declarado morto em julho de 1944.

Considerado um dos mais estimados livros já publicados, "O Pequeno Príncipe", nos conta em primeira pessoa a belíssima e emocionante história do jovem príncipe "alienígena", residente do asteroide "B612", e que, viaja pelo universo num cometa, em busca do significado da vida e de amizades verdadeiras, e que por acaso, ao chegar em nosso planeta, encontrou no deserto do Saara um piloto de avião que que havia se acidentado.

De linguagem fluida e envolvente, capítulos curtos e uma narrativa repleta de alegorias, Saint-Exupéry, nos entrega uma história tocante, repleta de personagens carismáticos, passagens cheias de dramaticidade e um protagonista extremamente cativante, que personifica do ser humano "ideal", a inocência perfeita, sem maculas, a alma cândida.

"O Pequeno Príncipe", apesar de ter sido dirigido originalmente ao público infantil, é uma obra farta de lições e simbolismos em um nível bem evoluído, por essa razão, conquistou públicos de todas as idades em tempos distintos, posto que, com seus diálogos simples e bem humorados remetem o leitor a uma profunda reflexão interior, essencialmente sobre o significado da vida, o propósito da existência, e de uma maneira bem singela e enternecedora, questiona, discute e apura, as convenções sociais consideradas retrógradas, a superficialidade das relações e sobretudo o ser materialista que existe em todos nós.

Com uma simplicidade assombrosa, Antoine de Saint-Exupéry, nos entrega um texto extremamente filosófico, apesar da linguagem infantilizada, entretanto o leitor que não se descuide, uma vez que, não se vislumbra nada de pueril nos ensinamentos do autor que, numa mescla perfeita, conquista naturalmente desde as primeiras páginas a criança e o adulto, e entrega a todos exatamente aquilo que se propõe, e a magia dessa incrível obra está no fato de ensinar algo a qualquer um, sem distinção, e alcança desde os mais simples e amorosos, quanto aos mais empedernidos corações.

Com muita delicadeza e presteza, o autor nos presenteia com uma história atemporal, ao mesmo tempo melancólica e repleta de esperança, que encanta e emociona com sua linguagem lírica-infantil, e nos faz pensar sobre tudo aquilo que somos, onde chegamos e aonde queremos chegar, mas com uma diferença primordial, não seremos mais os mesmos após percorrer todas as páginas de "O Pequeno Príncipe".

Todo pai/mãe deveria presentear seu filho com esse belíssimo livro.
Tive uma experiência única ao ler esse tesouro com meu filho, e com toda certeza transformou-se na melhor leitura conjunta que já fiz na minha vasta vida como leitor.

Alane.Sthefany 21/07/2022

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
Releitura ???

Esse livro é perfeito e extremamente profundo, mesmo sendo um livro infantil, sua leitura supera os limites das idades das pessoas que o lê. Depois de reler, percebi diversas coisas, que passaram por alto no meu primeiro contato com o livro.
Esse é o poder de reler livros e se tornar um clássico, ultrapassando gerações ??
Fiz muitas anotações.
Pretendo reler e reler essa obra prima diversas vezes ?

????

Eu dedico então este livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças ? mas poucas se lembram disso.

Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. Não perguntam nunca: ?Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas?? Mas perguntam: ?Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto seu pai ganha?? Somente assim é que elas julgam conhecê-lo.

Ah!, pequeno príncipe, assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, os segredos da tua triste vidinha. Durante muito tempo não tiveste outra distração a não ser a doçura do pôr do sol.
(...) no teu pequeno planeta, bastava apenas recuar um pouco a cadeira. E, assim, contemplavas o crepúsculo todas as vezes que desejavas...
? Um dia eu vi o sol se pôr quarenta e quatro vezes!
E logo depois acrescentaste:
? Quando a gente está muito triste, gosta de admirar o pôr do sol...
? Estavas tão triste assim no dia em que contemplaste os quarenta e quatro?
Mas o principezinho não respondeu.


Início do Livro

Há milhões e milhões de anos que as flores produzem espinhos. Há milhões e milhões de anos que, apesar disso, os carneiros as comem. E não será importante procurar saber por que elas perdem tanto tempo produzindo espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode destruir num só golpe, sem saber o que faz, isso não tem importância?
(...)
Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para fazê-lo feliz quando a contempla. (...)
?Minha flor está lá, em algum lugar...? Mas se o carneiro come a flor, para ele é como se todas as estrelas repentinamente se apagassem!

Eu não sabia o que dizer. Sentia-me envergonhado. Não sabia como consolá-lo, como me aproximar dele... É tão misterioso o país das lágrimas!


A minha (flor) perfumava todo o planeta, mas eu não sabia como desfrutá-la.

? Não soube compreender coisa alguma! Deveria tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras. Ela exalava perfume e me alegrava... Não podia jamais tê-la abandonado. Deveria ter percebido sua ternura por trás daquelas tolas mentiras. As flores são tão contraditórias! Mas eu era jovem demais para saber amá-la.

? É claro que eu te amo ? disse-lhe a flor. ? Foi minha culpa não perceberes isso. Mas não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Tenta ser feliz... Larga essa redoma, não preciso mais dela. (...)
? É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me?

É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar ? replicou o rei. ? A autoridade se baseia na razão. Se ordenares a teu povo que ele se lance ao mar, todos se rebelarão. Eu tenho o direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis.

Não partas; eu te faço ministro!
? Ministro de quê?
? Da... da Justiça!
? Mas não há ninguém para julgar! (...)
? Tu julgarás a ti mesmo ? respondeu-lhe o rei. ? É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.

(...) para os vaidosos, os outros homens são seus admiradores.

o vaidoso não ouviu. Os vaidosos só ouvem os elogios.
? Não é verdade que tu me admiras muito? ? perguntou ele ao pequeno príncipe.
? Que quer dizer ?admirar??
? ?Admirar? significa reconhecer que eu sou o homem mais belo, mais bem-vestido, mais rico e mais inteligente de todo o planeta.
? Mas só tu moras no teu planeta!
? Dá-me esse prazer. Admira-me assim mesmo!
? Eu te admiro ? disse o principezinho, dando de ombros. ? Mas de que te serve isso?

?Talvez esse homem seja mesmo um tolo. No entanto, é menos tolo que o rei, que o vaidoso, que o empresário, que o beberrão. Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, ou uma flor. Quando o apaga, porém, faz adormecer a estrela ou a flor. É um belo trabalho. E, sendo belo, tem sua utilidade.?

?Esse aí?, pensou o principezinho, ao prosseguir a viagem para mais longe, ?esse aí seria desprezado por todos os outros, o rei, o vaidoso, o beberrão, o empresário. No entanto, é o único que não me parece ridículo. Talvez porque é o único que se ocupa de outra coisa que não seja ele próprio.?

? As estrelas são todas iluminadas... Será que elas brilham para que cada um possa um dia encontrar a sua?

? Bom dia! ? disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
? Bom dia! ? disseram as rosas.
Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.
? Quem sois? ? perguntou ele, espantado.
? Somos as rosas ? responderam elas.
? Ah! ? exclamou o principezinho...
E ele se sentiu extremamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ela era a única de sua espécie em todo o universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
?Ela teria se envergonhado?, pensou ele, ?se visse isto...

?Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum ..."

E foi então que apareceu a raposa

Que quer dizer ?cativar??
? É algo quase sempre esquecido ? disse a raposa. ? Significa ?criar laços?...

Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

Minha vida é monótona (...)
Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música.

Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

? A gente só conhece bem as coisas que cativou ? disse a raposa. ? Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.

? Teria sido melhor se voltasses à mesma hora ? disse a raposa. ? Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas, se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração...

Ritual - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas.

? Vai rever as rosas. Assim compreenderás que a tua é única no mundo.

O pequeno príncipe foi rever as rosas:
? Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo. (...)
? Sois belas, mas vazias ? continuou ele. ? Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi ela que abriguei com o para-vento. Foi por ela que eu matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). Foi ela que eu escutei se queixar ou se gabar, ou mesmo calar-se algumas vezes, já que ela é a minha rosa.

Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

? Bom dia ? disse o pequeno príncipe.
? Bom dia ? disse o vendedor.
Era um vendedor de pílulas especiais que saciavam a sede. Toma-se uma por semana e não é mais preciso beber.
? Por que vendes isso? ? perguntou o principezinho.
? É uma grande economia de tempo ? disse o vendedor. ? Os peritos calcularam. A gente ganha cinquenta e três minutos por semana.
? E o que se faz com esses cinquenta e três minutos?
? O que a gente quiser...
?Eu?, pensou o pequeno príncipe, ?se tivesse cinquenta e três minutos para gastar, iria caminhando calmamente em direção a uma fonte...?

?O que eu vejo não passa de uma casca. O mais importante é invisível...?

Aquela água era muito mais que um alimento. Nascera da caminhada sob as estrelas, do canto da roldana, do esforço do meu braço. Era boa para o coração, como um presente.

? Os homens do teu planeta ? disse o pequeno príncipe ? cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... e não encontram o que procuram...
? E, no entanto, o que eles procuram poderia ser encontrado numa só rosa, ou num pouco de água...

(...) os olhos são cegos. É preciso ver com o coração...

A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...

O sentimento do irremediável me fez gelar de novo. E eu compreendi que não poderia suportar a ideia de nunca mais escutar aquele riso. Ele era para mim como uma fonte no deserto.
? Meu caro, eu quero ainda escutar o teu riso...

? À noite, tu olharás as estrelas. Aquela onde moro é muito pequena para que eu possa te mostrar. É melhor assim. Minha estrela será para ti qualquer uma das estrelas. Assim, gostarás de olhar todas elas... Serão todas tuas amigas. (...)
? As pessoas veem estrelas de maneiras diferentes. Para aqueles que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve...
? Que queres dizer?
? Quando olhares o céu à noite, eu estarei habitando uma delas, e de lá estarei rindo; então será, para ti, como se todas as estrelas rissem! Dessa forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir!

? E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: ?Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!? E eles te julgarão louco.

? Será lindo, sabes? Eu também olharei as estrelas. Todas as estrelas serão como poços com uma roldana enferrujada. Todas as estrelas me darão de beber...

? Será tão divertido! Tu terás quinhentos milhões de guizos, eu terei quinhentos milhões de fontes...

Recapitulando o início sobre a importância da flor no início e no final

Há milhões e milhões de anos que as flores produzem espinhos. Há milhões e milhões de anos que, apesar disso, os carneiros as comem. E não será importante procurar saber por que elas perdem tanto tempo produzindo espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode destruir num só golpe, sem saber o que faz, isso não tem importância?


(...) gosto, à noite, de escutar as estrelas. É como ouvir quinhentos milhões de guizos...
Mas eis que acontece uma coisa extraordinária. Na focinheira que desenhei para o pequeno príncipe, esqueci de juntar a correia de couro! Ele não poderá jamais prendê-la no carneiro. E então eu pergunto: ?O que terá acontecido no seu planeta? Talvez o carneiro tenha comido a flor...?

Às vezes penso: ?Certamente que não! O principezinho guarda sua flor todas as noites na redoma de vidro e vigia atentamente seu carneiro...? Então, eu me sinto feliz. E todas as estrelas riem docemente.
Ou penso: ?Às vezes a gente se distrai e isso basta! Uma noite ele se esqueceu de colocar a redoma de vidro ou o carneiro saiu de mansinho, no meio da noite, sem que fosse notado...? E todos os guizos então se transformam em lágrimas!...

(Percebi nessa parte que eu torcia para que a flor estivesse bem, por ser única entre milhares, para o Pequeno Príncipe ?)

Eis aí um grande mistério. Para vocês, que também amam o pequeno príncipe, como para mim, todo o Universo fica diferente se, em algum lugar que não sabemos onde, um carneiro que não conhecemos comeu ou não uma rosa...
Olhem o céu. Perguntem a si mesmos: o carneiro terá ou não comido a flor? E verão como tudo fica diferente...

E nenhuma pessoa grande jamais entenderá que isso possa ter tanta importância!

Karine.Squilter 12/02/2024

Ai meu coração!
Eu já sabia que esse livro me faria refletir muito, mas não imaginava como eu sentiria ao terminar de ler.

Comecei sem saber o que esperar, sem grande expectativas. Durante o caminho percebi que muitas frases teriam grandes ensinamentos, não sabia o que o livro tava querendo passar no geral. Mas cada capítulo era uma reflexão diferente e profunda.

Sou muito grata de ter conhecido esse livro, muito grata de ter conhecido o pequeno príncipe.
Meu coração está completamente preenchido e apaixonado por esse principezinho.

Me sinto como o piloto, quando pega o príncipe nos braços. Esse livro é uma delicadeza, que você quer cuidar como se fosse a coisa mais frágil do mundo.

marytw 24/08/2023

Pessoas grandes nunca entenderiam.
A primeira vez que eu li foi no início de 2022 e faz pouco tempo que li mais uma vez e finalmente compreendi coisas que não faziam sentido nenhum, na primeira vez que eu li. No início eu achei chatinho por ser um livro infantil (e também por ser da escola, então, não ajudava) porém, quanto mais eu lia mais eu me prendia na história.

A forma que o autor colocou temas tão complexos como: A responsabilidade daquilo que cativas, deixar ser cativado, não se esquecer que um dia fomos crianças (isso a maioria dos adultos esquecem frequentemente) cultivar conexões sinceras, exigir aquilo que pode oferecer, a busca do significado e propósito na vida e muito mais... De uma forma tão "fácil" de compreender. Me deixou realmente impressionada.

Todo mundo deveria ler este livro pelo menos uma vez na vida, porque vale a pena.

Miresenhs 21/10/2023

Você é responsável por tudo aquilo que cativas
Eu sei que a primeira vez que li (tinha 8 anos), eu tinha detestado e a solução da minha professora foi fazer eu copiar o livro inteiro.
Convenhamos, pior solução.
Bom, na época me fez detestar mais (e nessa brincadeira copiei o livro 3 vezes)

Hoje com mais maturidade, eu amei o livro e acho ele tão necessário.
Não tinha idade para entender a profundidade da obra.

O que tirei de conclusão:
Orientar e explicar é melhor do que impor.
Principalmente quando se trata de uma criança.
Para quem não sabe (acho que todos), nesse tempo eu não enxergava, usava 10 graus mais uma lupa para conseguir ler. (Tinha um diagnóstico de deficiente visual, os médicos acreditavam que em dois anos perderia totalmente a visão)
As vezes explicar o óbvio para quem não está enxergando é a melhor arma.

?O essencial é invisível aos olhos?
?Os olhos são cegos. É preciso procurar com o coração?
?Se você quer um amigo me domestique?

Os ensinamentos desse livro vêm em forma de metáfora.
De coração, se todos nós aprendêssemos desde cedo as lições desse livro, seríamos pessoas mais bem relacionadas, pessoas com menos maldade no coração, seríamos pessoas mais criativas.

Dedique esse livro a criança que você foi outra hora, e seja um adulto melhor.

Uma das partes mais bonitas do livro é sobre amizade. Ele fala assim:
-Você é responsável por tudo aquilo que cativas.
Em outras palavras. Você é responsável pelas pessoas que você convive, pelas pessoas que você está se envolvendo.
Tenha responsabilidade afetiva com quem você mantém relacionamentos e vínculos.
Um livro infantil explicando o que muitos adultos não entendem.
E não esqueça o que mais importa na vida é invisível aos olhos.

@aprendilendo_ 27/06/2021

Resenha de O Pequeno Príncipe
Após um acidente, um piloto se encontra perdido no deserto do Saara, com poucos dias para consertar o seu avião antes do estoque de água acabar. Nesse sentido, surge um inesperado e curioso Príncipe de outro planeta, com quem o homem faz uma amizade inesquecível. Publicado pela primeira vez em 1943 e escrito por Antoine de Saint-Exupéry, “O Pequeno Príncipe” é considerado um dos maiores clássicos literários de todos os tempos.

De início, escrita de forma fluida, tem-se uma trama repleta de planetas e animais falantes, os quais constroem todo um cenário de criatividade fantástica. Nesse contexto, diante desses ambientes inusitados e seus personagens caricatos, surgem os diálogos e aprendizados do Pequeno Príncipe durante sua jornada, estes, grandes responsáveis pelo sucesso inesquecível do livro de Antoine. Afinal, com uma diversidade de reflexões sutis, a obra consegue passar uma gama inimaginável de interpretações, as quais, a cada leitura, moldam-se com as novas experiências do leitor.

Em segundo plano, por claro, não se deve resumir “O Pequeno Príncipe” aos ensinamentos da história. Pois com personagens excêntricos e divertidos, tem-se uma narrativa bem-humorada e cativante. Em adição, muito por conta dos diálogos, o autor consegue construir uma forte ligação entre o leitor e o jovem protagonista. Como consequência, o livro acaba por tornar-se altamente imersivo, com uma história emocionante e espirituosa, a qual cativa o leitor desde a primeira página.

Portanto, “O Pequeno Príncipe” encanta o leitor do início ao fim, com uma história divertida e uma vastidão de momentos, os quais, mesmo em sua simplicidade, geram constantes reflexões.

Nota: 9,8
Instagram: @aprendilendo_

Inae 13/01/2024

"O pequeno príncipe" ?
"É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou."

Um clássico é um clássico! Sempre ouvi muito falar do famoso pequeno príncipe e até cheguei a assistir o filme mas nunca tinha pegado o livro para ler então esse ano resolvi mudar isso.

Me surpreendi muito com a história, a leitura é rápida, o que começa com uma história que parece bobinha e infantil acaba nos fazendo refletir sobre a vida, se emocionar. Cada frase toca lá no fundo da alma. Como o próprio autor diz todos nós já fomos crianças mas apenas esquecemos disso. Eu amei demais e recomendo muito.

? O essencial é invisível para os olhos ?

Alane.Sthefany 07/01/2022

Maravilhoso e Emocionante ???
Super Recomendo 5/5 ?

Sinceramente, eu só tinha assistido o filme, quando era criança, e apenas me recordo de não ter entendido muita coisa, no entanto, por ser uma obra bem conhecida e ser um livro curto, pensei: "Por que não ?". Não esperava que a leitura fosse tão gostosa, sei que era possível ler em uma sentada só, porém queria perscrutar bem esse livro (de forma profunda) e li cada palavra em seu tempo, e terminei ele em dois dias, pensando em cada frase e o que por detrás delas, elas queriam dizer "pois só se ver bem com o coração, e as coisas essenciais são invisíveis aos olhos".

Terminei, de forma que me encontro bem emocionada, espero que funcione a leitura para vocês também, até porque é um livro poético e tem muitas significados, metáforas... que, às vezes, com a pressa de finalizar logo, pode passar despercebidas. Então, vá com calma ! E aproveite cada página desse livro ??

Senti falta de todos os personagens, principalmente do Pequeno Príncipe ????

Aqui deixo umas frases já bem conhecidas, mas que agora entendo a profundidade delas (espero que gostem):

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

"? Para mim, você ainda não passa de um garotinho
igual a cem mil garotinhos. E não preciso de você. E você tampouco de mim.
Para você, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Porém, se você me cativar, precisaremos um do outro. Você será único no mundo para mim. Serei
único no mundo para você?"

[...]

"? Se vier, por exemplo,
às quatro da tarde, começarei a ficar feliz a partir das três. À medida que a hora
avançar, me sentirei mais feliz. Às quatro, já estarei agitado e preocupado;
descobrirei o preço da felicidade! Mas se vier a qualquer hora, nunca saberei o momento de preparar o meu coração?"
[...]

"Só
enxergamos com o coração. O essencial é invisível para os olhos."

?????

Boa Leitura a todos ???

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Doodu 29/01/2024

Numa sentada só!!!
O pequeno príncipe é um livro que você pode ler todo ano e sempre aprender alguma coisa ou; reforçar o que aprendeu.
Você pode ler ele em qualquer dia, numa sentada só e nem vai perceber.

Madu 03/01/2023

sai da ressaca 🤬 #$%!&
mano depois de 6 fucking meses humilhantes dem conseguir ler nem a lista do supermercado FINALMENTE CONSEGUI LER ALGUMA COISA!!!

aproveitei que queria uma coisa leve pra ler e peguei o pequeno príncipe que é curtinho pra ler, achei um ótimo livro é bem rapidinho e fofo amei.

miri.miri 04/02/2024

"Mas os olhos são cegos. É preciso procurar com o coração"
Uma narrativa muito bela, delicada e poética que faz surgir uma grande sensação de conforto e ao mesmo tempo uma certa melancolia. O pequeno príncipe é uma história que nos faz querer aproveitar as coisas como se fossemos crianças outra vez.

"? O que é importante não se vê.
? Claro?
? É como a flor. Quando se ama uma flor que está numa estrela, é doce, à noite, olhar pro céu. Todas as estrelas têm flores."

É sentimental, e é puro, um clássico que é indispensável. É dito muitas coisas intensas em entrelinhas ou de forma clara, o quanto permitimos que nossa vida passe rápido demais, o quanto fazemos nossos dias durarem um segundo cada.

A forma e a essência criativa do cenário, planetas cada um com um significado, um defeito nosso... Os defeitos dos adultos e como a mente pura do principezinho enxerga isso, é incrível.

Cada frase é certeira. Cada cena é repleta de significados.

"? Os homens do seu planeta cultivam cinco mil rosas no mesmo jardim ? disse o principezinho ?? e não encontram nele o que procuram?
? Não encontram? ? respondi.
? E no entanto o que procuram poderia ser encontrado numa única rosa ou num pouco d?água?"

A alegria está nas coisas simples, as coisas que ignoramos em busca de algo que não sabemos. Poder? Glória? Dinheiro? "Amor"?

"? Os homens ? disse o principezinho ? entram na correnteza, mas já não sabem o que procuram. Por isso se agitam e dão voltas no mesmo lugar.
E acrescentou:
? Não vale a pena?"

Eu queria mudar e ser como esse pequeno príncipe, que sejamos como ele, e não igual todos os adultos... Que se importam com números apenas, com negócios apenas, coisas fúteis apenas... E se esquecem da beleza sútil da vida, se esquecem de viver um dia de cada vez e admirar as estrelas no céu.

Gustavo616 01/03/2023

O Pequeno Príncipe
Depois de ver tantas pessoas elogiando essa obra, decidi finalmente lê-la.

Confesso que li com o hype lá em cima, pois O Pequeno Príncipe é um livro extremamente elogiado. Bem, esse foi o meu erro.

O livro é bom, isso não dá pra negar, mas na minha opinião não é nada mais que isso. Quando terminei, fiquei tentando entender o motivo dele ser exageradamente elogiado por todos, mas acabei desistindo de tentar entender.

O livro nos passa inúmeras lições valiosas, esse é um dos pontos positivos. A história é boa, mas não me surpreendeu.

É um livro com poucas páginas, algumas contando com ilustrações, então é bem fácil finalizá-lo em algumas horas.

É uma leitura que recomendo, mas recomendo que leia despretensiosamente.