O garoto do Riquixá

O garoto do Riquixá Lao She




Resenhas - O garoto do Riquixá


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taisbellini 20/04/2024

Ciclo sem fim
O Garoto do Riquixá me lembrou muito o livro ?Quarto de Despejo?, aquela descrição da rotina de quem vive no limite da miséria, ganhando o suficiente para sobreviver no dia. Claro, Xiangzi passa por situações muito mais complexas ao longo do livro, já que se trata de um personagem de ficção, mas aquela sensação contínua de sufocamento e falta de perspectiva de melhora de vida é similar. No caso do livro de Lao She, ainda temos alguns lampejos de esperança, que são brutalmente tirados do personagem em diversas ocasiões. O livro engrena melhor ao final, no geral é uma boa narrativa, mas agonizante pela quantidade de desgraças que ocorrem.
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Victor Vale 19/04/2024

A precarização do trabalho e a desvalorização do trabalhador perante ao capital, temas tão atuais, foi a cerne do texto de Lao She. Quando o trabalho, que a tudo produz, mas nada mais vale, se torna se torna vítima da máquina moedora de gente de um capitalismo extremo e desumanizador, leva primeiro ao desamparo e desespero individual, seguido de uma sanguinolenta tensão social. Em o Garoto do Riquixá isso foi visto de bem perto. A degradação do jovem ideal a uma criatura parasitária do sistema. A desvalorização do trabalhador e exploração do serviço ao ponto da ruptura do princípio de trabalhar. No final, para que tanto esforço? Para quem tanto sacrifício? As histórias do livro me remeteu tanto a antepassados meus em colheitas de café que quase nada conquistaram e muitos perdidos em vício no álcool, quanto a nossa contemporaneidade com a uberização de diversos serviços (sendo o transporte um paralelo poderosíssimo com a história) levando a desesperança e a epidemia de viciados. Quando a vida nada vale, vale tudo nessa vida.
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Diego642 16/04/2024

Livro chato e arrastado
Livro que conta a história de um rapaz que saiu do interior da China e foi tentar a vida em Beijing como puxador de riquixa. O rapaz leva uma vida sofrida e nunca consegue brecha na sociedade daquele lugar e época para ascender socialmente, sempre chegando ao mesmo fracasso. Personagens são chatos, inclusive o protagonista, e o livro é extremamente arrastado. Levei muito tempo para terminar e o final é meio brochante. Esse foi o pior livro que já li em toda a minha vida e talvez nunca lerei novamente.
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Yaruro 16/04/2024

Gostei muito da história!! As vezes a mentira ficava um pouco confusa, mas era pela falta de conhecimento sobre a cultura chinês. Amei como o autor trabalha toda uma situação de guerra e classificação social, com uma história tão comum. Conheci muito da história deste país por meio das páginas do livro.
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Daianne.sgs 15/04/2024

Uma forte crítica social
O enredo é envolvente. O escritor mantém a narrativa em ritmo bom, sem longos períodos deixando a leitura fluida.

A descrição do ambiente e da atmosfera das cenas são ótimas sem cansar e com metáforas bem elaboradas.

O enredo é triste demais porque mostra a extrema desigualdade entre os pobres e os ricos, e como a escassez e desamparo podem mudar a essência de uma pessoa.

É espantoso que em muitas cidades até os anos 2000 ainda eram utilizados esses veículos movidos a tração humana.
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Wanessa_Gabriela 14/04/2024

Sem mais
?Isso é a vida, todo mundo tinha uma escapatória, menos Xiangzi. Ele não podia escapar, pois não passava de um puxador de riquixá. Esses homens engolem cascas de cereais e transpiram sangue. Vendem toda a força de seu trabalho pelo menor preço. São a escória da sociedade, abaixo de todos os homens e das leis, e como tal devem suportar as maiores amarguras da vida.?

Como exigir que alguém mediano tenha visões e aceite visões diferenciadas de lugares e pessoas que não se tem confiança? Como entregar tudo o que se tem por um ?talvez? extremamente duvidável? Como confiar depois de tantas rasteiras? Como ser extraordinário e ver além dentro de tanta necessidade básica?

Xiangzi deixou claro, mais uma vez, como a desigualdade social e a falta de oportunidade não podem ser confundidas com o discurso meritocrático.
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Rafael Moia 07/04/2024

Uber de 1920
Uma excelente leitura para você compreender como a literatura chinesa subverte o que conhecemos de "jornada do herói", dando como plano de fundo uma série de mazelas sociais. No entanto, a beleza da obra acaba aí! Com uma repetição desenfreada do nome do protagonista, além de uma narrativa que poderia ter cem páginas a menos, tranquilamente, o leitor ainda esbarra em um protagonismo nada carismático. Mas, o que compensa a leitura, então? O discurso da meritocracia como ele falhou, falha e sempre falhará. É a cereja da narrativa ponderados que não importa o quando você é esforçado e trabalhador, se você estiver inserido em uma camada social marginalizada, apenas importará até quando você conseguirá vender a sua força de trabalho.
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att_mx 06/04/2024

Essa foi uma de minhas melhores leituras do ano e sei que estará sempre nas minhas listas de livros que me marcaram. Foi uma história que me marcou por toda a luta e tragédia que Xiangzi vivencia. Além de toda a singularidade da cultura Chinesa que permeia a história.
É fácil criar um paralelo íntimo, mesmo com cenários e circunstâncias diferentes, com a vida do personagem.

O que mais me marcou foi acompanhar o eclipsar da determinação e dos sonhos de Xiangzi.
Nós lutamos, damos o suor, empregamos tempo em algo que queremos muito, mas a vida é muito frágil, e num piscar tudo pode ruir.
E como se reconstruir? Como se reconectar? Como ser o mesmo e preservar o que vc é?

Ou melhor, quantas vezes um ser humano pode se reconstruir?
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Malu Flório 02/04/2024

?Ambientada na Beijing dos anos 1920 e 1930, tempos de grande efervescência social e política na China, a trama acompanha a catártica cruzada de Xiangzi, o personagem-título. Vindo do campo, ele se instala na metrópole determinado a se tornar um condutor de riquixá. A ideia que o anima é simples: economizar seus yuans para conseguir comprar o próprio veículo e, assim, se tornar um trabalhador autônomo. No entanto, sua missão não será nada fácil. Ora traído por sua inocência, ora ludibriado por patrões mal-intencionados ou figuras interesseiras que cruzam seu caminho, Xiangzi parece fadado a um destino de danações. O rapagão bem-disposto e sonhador que veio à cidade com pouco mais do que a cara, a coragem e a roupa do corpo tem de lidar com o choque de uma realidade hostil, onde a noção de sobrevivência pode significar atropelar o próximo, se necessário?
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LeonardoGS89 31/03/2024

Muito bom.
O Garoto do Riquixá, nos transporta diretamente para a China pré-revolução, a história trágica e lutas de Xiangzi poderia ser de também de tantos outros, aqui, se passa em um período marcado por intensas transformações sociais e políticas. Através dos olhos de Xiangzi, o protagonista, somos imersos em uma narrativa que explora as profundezas da condição humana frente à adversidade e ao desejo de superação.
Xiangzi, um puxador de riquixá, que sai do campo para ir viver na cidade, atrás de uma melhora de vida, é o arquétipo do indivíduo que, apesar das circunstâncias desfavoráveis, luta com tenacidade para alcançar seus sonhos, sua jornada é repleta de tormentos e desilusões, refletindo a miséria e a complexidade da sociedade em que está inserido, a narrativa é habilmente tecida, expondo as injustiças sociais e a luta incansável contra um destino muitas vezes implacável.
Através de uma prosa rica e envolvente, o autor nos faz questionar sobre a natureza da liberdade, da dignidade e do espírito humano.
?O Garoto do Riquixá? não é apenas uma janela para um momento histórico, mas também um espelho que reflete questões atemporais e universais, é sem dúvida, uma leitura que impressiona e ressoa, recomendo.
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Gislaine 31/03/2024

Costumes orientais
Foi muito interessante navegar pelas camadas inferiores chinesas observando seus costumes, do que abrem mal pela falta de recursos e o que fazem para conseguir dinheiro. É curioso observar que ao puxar um riquixa um homem se assemelha a um animal e a impressão que eu tenho é que essa falta de humanidade permeia essa camada social na China a ponto das pessoas deixarem de se reconhecerem como seres humanos com necessidades básicas humanas.
Muitas curiosidades afloraram, quero saber mais sobre a cultura chinesa.
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Marcelo1415 31/03/2024

Profundo
Talvez este seja um livro sobre uma pessoa que sofreu tanto na vida, que ela acaba por perder o sentido. São tantos vieses que podemos pensar, como por exemplo uma vida sem ambição nos torna vazios; ou talvez possa ser uma longa reflexão que devemos aproveitar o presente. De qualquer forma, um retrato triste.
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luizagross 30/03/2024

O garoto do riquixá se passa na China de um século atrás. Apesar da distância temporal e geográfica, a história de Xiangzi pode ser relacionada aos tempos atuais no Brasil. Um trabalhador que dá o sangue para ter sucesso profissional, contudo, sofre inúmeras derrotas. História muito dura, mas, por esse mesmo motivo, extremamente real.
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