As perguntas

As perguntas Antônio Xerxenesky




Resenhas - As Perguntas


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Fabio Di Pietro 16/04/2024

Instiga e termina
O livro atende ao propósito e ao título. Espera adentrar mais nos rituais e simbologia da seita, mas acabamos tendo um contato mais superficial. Livro que te prende, mas tem um final bem morno (e numa tentativa filosófica). Lembrou um pouco da pegada do filme A Chave Mestra, no ponto de fazer toda a diferença de se acreditar ou não em forças ocultas.
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gimafe 08/04/2024

Esse livro está voltado para o suspense, o horror, o ocultismo e é de um escritor brasileiro. Pra quem gosta desse gênero não conseguirá largar o livro antes do terminá-lo. O livro é curto e já aviso que tem final aberto.

Ao terminar fiquei maluca sem um desfecho pra história, fiquei achando o livro horrível e uma perda de tempo, mas, no dia seguinte ao acordar, me veio uma ideia ótima na cabeça que, pra mim, era o desfecho real e perfeito. Assim, passei a gostar do livro novamente. ?
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Paulo Sousa 04/02/2024

Livro ruim demais!
Leituras de 2024
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As perguntas [2017]
Antônio Xerxenesky (?? 1984-)
Cia das Letras, 2017, 184p.
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?Seriedade é algor tão frágil quanto um castelo de cartas; basta uma gargalhada para derrubar toda a estrutura? (Posição no Kindle 1375/60%).
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Para resumir: Alina, sulina, acadêmica de história, trabalha produzindo vídeos de propaganda em São Paulo, tem uma vida insípida e, um belo dia sua rotina é mudada ao ser convocada pela polícia, que a inquire sobre um símbolo esquisito encontrado (ou descrito por elas, não sei bem) em várias pessoas supostamente desaparecidas, mas que reaparecem, todas apresentando um comportamento semelhante a zumbis e que levanta a suspeita da polícia sobre algum tipo de seita, cujos rituais tem deixado as pessoas assim. Alina não consegue saber de que se trata ou o que significa de fato o tal símbolo. Volta para sua vida morna mas decide buscar por conta própria as respostas para este mistério?.
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Não, você não está diante de um romance policial. E, a meu ver, nem mesmo um livro de suspense. Tão pouco um livro sobre ocultismo ou mesmo sobre transtornos psicológicos. ?As perguntas?, do escritor brasileiro Antônio Xerxenesky é seguramente um dos livros mais mal escritos que já li nos últimos anos! Eu sei, você pode estar se perguntando porque então terminei esta leitura, sendo um livro ruim. Também pode tomar para si a máxima que sempre prego: a de que a cada livro ruim sendo lido, se deixa de se ler um livro bom?
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Mas.
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Não suficientemente satisfeito com minha impressão desta leitura, forjada a duras penas e na alta quilometragem que modestamente possuo ao ter trilhado autores grandiosos e mesmo bons livros escritos de escritores menores, quis saber como o Xerxenesky iria terminar esse livro curioso. E não poderia ter me decepcionado mais ainda, porque ?As perguntas?, como o próprio título, mais dúvidas deixam que qualquer questionamento cabível, de como algo assim foi tão festejado à época do lançamento, lembro-me bem, e aplaudido por bocado de gente por aí (geralmente fujo de livros indicados do afã e das exarcebadas manifestações que se faz ao redor de seus lançamentos).
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O autor peca em vários sentidos: na abrupta mudança de vozes narrativas, como se tencionasse dar uma sacudida no andamento do livro após uma dose cavalar de café; na própria construção da personagem Alina, que é um arremedo muito mal feito de uma mulher corroída por um mar de dores e inaptidões sociais, talvez porque estava na moda o estereótipo da pessoa perdida no mundo, desajustada e arrasada por uma grande perda familiar; nas descrições cansativas do que Alina vai ?vendo? na passagem dos seus dias, fragmentos que certamente não fariam falta uma vez cortados do texto; uma aparente incerteza sobre qual caminho o autor quis trilhar, quando tentou se embrenhar no imenso universo de crenças e culturas brasileiras (a passagem do motorista de táxi, baiano de Cachoeira, foi uma tentativa falha, a meu ver, de dar algum estofo para falar da cultura yorubá); o próprio estilo do romance, uma hora vertendo para o policial, outra claudicando para o suspense, ambos falhos; a cena da busca da personagem por descobrir um segredo que a deixou com uma ?marca? espiritual é sofrivelmente hilária, bem como a conversa com o tal magíster, o líder da reunião secreta, cujo final, terminado na interrupção assim do nada (creia: não é todo escritor que sabe deixar em suspenso um final de livro, ele precisa, antes, deixar as ferramentas para que o leitor possa se servir de opções de como a história termina!) é o pleno fechamento de um livro péssimo, ruim mesmo, mal estruturado, cuja citação no início desta mini-resenha, que a duras penas pincei no meio destas páginas, pode muito bem ser usada como a materialização deste projeto do Xerxenesky: nada mais que um castelo de cartas, derribado pela pretensão de se querer trilhar por um ambiente pouco conhecido. Paciência.
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Ismael.Chaves 18/10/2023

O medo de não ter as respostas
Foi o escritor americano H.P Lovecraft quem me fez entender que o que mais me fascinava no gênero Terror não era o monstro ou a revelação bombástica de um segredo maligno. Não eram as respostas. Pelo contrário, eram as perguntas. O medo, a hesitação, a dúvida de não saber o que havia no escuro, embaixo da cama, dentro do armário ou no interior de uma floresta noturna ou uma casa abandonada.

Se por um lado, questionar ou fazer perguntas é o que move o ser humano na direção de novos avanços científicos e filosóficos, também é verdade que o “desconhecido” o aterroriza. Ao deparar-se com a dúvida, com o diferente, o ser humano é tirado de sua zona de segurança mental e, não sendo capaz de compreender o mistério, é negado o seu poder de controle. Em seguida vem o medo, o terror, o desespero e, por fim, a loucura.

As Perguntas, publicado em 2017 pela Cia. das Letras, é o quarto livro do escritor gaúcho Antônio Xerxenesky, que o escreveu sob encomenda da produtora RT Features, responsável pela distribuição dos emblemáticos filmes A Bruxa, O Farol e Quando Eu Era Vivo, e isto já diz muito sobre o que esperar deste livro.

As Perguntas narra a história de Alina. Desde pequena, ela enxerga sombras e vultos, mas, aferrada à racionalidade transmitida por seu pai, ela se acostumou a considerar as aparições como simples vestígios de sonhos interrompidos. Adulta, ela fez doutorado em história das religiões e é especialista em tradições ocultistas, mas tudo que conseguiu foi arranjar um emprego tedioso em uma empresa publicitária, onde passa o dia todo editando vídeos comerciais.

Certo dia, um telefonema da delegacia desarruma sua rotina de tédio programado. A polícia suspeita de que uma seita vem causando uma onda de surtos psicóticos em São Paulo. A única pista disponível é um símbolo geométrico desenhado por uma das vítimas.

A primeira metade do livro, intitulada “Dia”, tem um ritmo arrastado, onde acompanhamos a rotina tortuosa de Alina, em meio a flashbacks e monólogos sobre o quanto sua vida é um desperdício total dentro daquele escritório.

Creio que, até aqui, a intenção do autor era demonstrar, através do sensorialismo, como a vida de Alina era tediosa mesmo. Mas é interessante fazer um exercício aqui e entender como o horror pode ser exprimido de formas variadas e pessoais. O próprio tédio de uma vida frustrante de trabalho odioso e sem realizações pessoais, também configura-se, na minha opinião, em horror. Um horror existencialista.

Afinal, o que pode ser mais assustador do que chegar à maturidade ou velhice e começar a fazer perguntas como “Por que eu ainda estou trabalhando em algo que eu detesto?” ou “Por que nunca fiz nada verdadeiramente útil na minha vida?” Quem nunca sentiu agonia ao ler, por exemplo, A Metamorfose (Franz Kafka) e A Morte de Ivan Ilitch (Liev Tolstoi), retratos alegóricos de uma vida vazia programada unicamente para atender aos ditames da máquina capitalista?

Cansada dessa rotina, Alina passa a questionar sua utilidade em um mundo que é muito maior do que sua mesa de escritório e decide utilizar seu conhecimento acadêmico para desvendar, por conta própria, o mistério por trás de uma estranha seita ocultista, ainda que nada a tenha preparado para o que está por vir.

São esses questionamentos, juntamente com os traumas pessoais vividos pela personagem, mais o seu interesse por religiões ocultas, que move todos os acontecimentos na segunda metade do livro, intitulada “Noite”.

É importante destacar aqui o auto consumo de drogas e álcool pela personagem no decorrer do livro, que se passa quase totalmente em 24hs. Esses elementos refletem o estado psicológico da personagem, colocando em dúvida sua sanidade, que assume aqui o eu-lírico da narrativa, ao confessar que a primeira metade do livro até então narrada em terceira pessoa era ela o tempo todo.

Após localizar o tal grupo pela internet e entrar em contato com eles, Alina parte para uma reunião cerimonial na casa de um dos membros da seita, e é a partir daqui que a narrativa ganha agilidade e tensão, ao colocar o leitor na pele de Alina e compartilhar de suas inquietações, dúvidas e medo durante o encontro com os estranhos membros da seita e partir rumo ao desconhecido.

Há uma cena emblemática de um ritual, que é, sem dúvida, o grande destaque do livro, e que acaba mal (ou bem?) sucedido, quando Alina percebe que uma “sombra” foi liberada e agora está presa à ela.

Nas próximas páginas, o leitor sentirá, de forma muito intensa, todo o medo e descontrole que tomam conta da personagem. Percorrendo desesperadamente as ruas da cidade, à noite, em busca de respostas, nenhum conhecimento adquirido em sua vida parece capaz de elucidar suas perguntas.

Não sei dizer até que ponto “a sombra” era real ou não. Afinal, Alina já a via desde pequena, antes dos traumas e bebidas.

Talvez (e isso é uma opinião pessoal), a “sombra” simbolize, simplesmente, todas as dúvidas, “as perguntas”, que Alina sempre carregou consigo. Ela sempre recebeu respostas prontas, automáticas (como a maioria de nós). Sua descrença e a busca por respostas genuínas vivem em conflito, já que uma insiste em anular a outra constantemente.

As Perguntas é um título bem apropriado. O final casa perfeitamente com toda a proposta do livro, já que não entrega respostas. Ao menos, não a que o leitor espera encontrar. Afinal, sempre teremos perguntas. Uma pergunta leva a uma resposta, que gera outra pergunta, que adiciona novas perguntas. E, não é isso que nos move, afinal?

A boa literatura, independente de gênero, não entrega respostas, mas suscita perguntas. Fazer questionamentos é, a partir disso, buscar construir ferramentas que possibilitem possíveis respostas. Que ocasionarão novas perguntas. O que Antônio Xerxenesky parece sugerir aqui é que, para aquelas perguntas que nos atormentam interiormente, a única opção é buscar as respostas dentro de nós mesmos, entregando-nos às nossas próprias “sombras” (perguntas)?

No excelente livro “Fantástico Brasileiro: O Insólito Literário do Romantismo ao Fantasismo”, os pesquisadores Bruno Anselmi Matangrano e Enéias Tavares apontam que o “horror cult”, marcado pela forte presença do cotidiano, é

“um horror nascido de obras de alto teor experimental, tanto do ponto de vista da estrutura narrativa, quanto do ponto de vista da linguagem […] nota-se igualmente o apagamento dos monstros tradicionais, em benefício de elementos sobrenaturais mais sutis, cuja existência pode ser contestada.” (pág. 157)

Xerxenesky consegue construir uma ótima atmosfera de medo, paranóia e terror, ao questionar os limites entre razão e religião, cultura e crença. E é aí que reside sua força: As Perguntas é assustador na medida em que é realista.

Infelizmente, o livro não ficou muito conhecido porque o público do horror não está ainda preparado para uma história questionadora e existencialista. Noto que esses temas estão tendo mais aceitação no cinema, mas na literatura ainda está longe.

O que não deixa de ser irônico, já que o cinema não inventou essa fórmula. Apenas aprendeu a transpor para as telas algo que já era praticado, há séculos, na literatura, por nomes clássicos como M.R James, Arthur Machen, Algenorn Blackwood, Ambrose Bierce, Robert W. Chambers e o já citado H.P Lovecraft.

No Brasil, nomes como Daniel Gruber, Irka Barrios, Larissa Prado, Oscar Nestarez, Juliana Cunha, Verena Cavalcanti, Marcelo Galvão e muitos outros vêm resgatando essa essência original do medo, do horror puro, ao desconstruir conceitos e clichês impostos por Hollywood nas últimas décadas. E Antônio Xerxenesky é, sem dúvida, um nome a ser conhecido e destacado nessa arte maldita de provocar o medo. Ou, ao menos, de provocar perguntas inquietantes.
ElisaCazorla 02/03/2024minha estante
Adorei sua resenha. Vim aqui escrever a minha que, diante da sua, se torna desnecessária. Gostei muito. Obrigada




Gu 07/09/2023

Um livro quase morno
(PODE CONTER LEVES SPOILERS)

É muito difícil tentar entender qual é o objetivo desse livro. Não dá pra considerar sobrenatural até a página 100, parece muito mais um roteiro de série teen da netflix com um quê de estranho mas com MUITA normalidade e dilemas da vida cotidiana de uma jovem. Pra mim, apesar da ótima escrita do autor, ao menos 70% da história é entediante. Me parece não haver uma escalada natural de acontecimentos mundanos para acontecimentos fantásticos. Não me interessou em nada a vida da personagem principal, mas perde-se um tempo gigantesco falando sobre como ela odeia o trabalho e a vida chata de classe média numa cidade grande.

Eu considero que o livro se divide numa proporção de 70% puramente mundano e no final (30%) algo acontece e a história se torna sobrenatural. Não existe a criação de tensão para o que pode acontecer, só acontece e a partir disso temos uma história sobrenatural, que apesar de interessante no início, fica chata por causa da procura por respostas. Eu não queria respostas, queria as consequências daquilo, que no fim não houveram.

Importante lembrar que quando se fala em tecnologia, tudo acontece de forma rápida e fica velho com facilidade. Quando o autor fala de redes sociais parece muito cringe e tudo o que se passa nesses momentos envelhece muito mal, mesmo o livro não tendo completado 10 anos de lançamento ainda.

Xerxenesky é o editor do Mutarelli, e só li este livro por indicação do próprio Mutarelli. A única coisa que fiquei pensando era que se essa história tivesse a loucura do Mutarelli, seria incrível, mas não é.

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Peleteiro 09/08/2023

Um romance primoroso
Com maestria, Antônio Xerxenesky nos presenteia com "As Perguntas", uma obra que, ao meu ver, preenche uma lacuna na literatura urbana contemporânea brasileira, que não se reinventou muito bem desde Rubem Fonseca. Com uma prosa ágil e concisa, o autor nos conduz por um Brasil que sofre das complexidades do desenvolvimento tecnológico, das inquietudes geradas pela vida nas metrópoles e das distorções urbanas provenientes do mosaico cultural do Brasil contemporâneo e globalizado.

Xerxenesky habilmente desenha personagens que refletem as múltiplas camadas da sociedade moderna, mergulhando nas paranoias individuais e coletivas que permeiam os recantos urbanos. A habilidade do autor em explorar os meandros das mentes e dos cenários urbanos é notável, e proporciona ao leitor um olhar crítica e profunda.

"As Perguntas" destaca-se não apenas pela sua narrativa envolvente, mas também pela profundidade das questões que suscita. Xerxenesky não teme enfrentar os dilemas e contradições da contemporaneidade, através de uma prosa rica e imaginativa que nos faz vislumbrar a convergência das experiências individuais e coletivas em um cenário urbano em constante transformação.

Sem dúvidas, "As Perguntas" é um dos melhores livros contemporâneos que li, e eleva a literatura brasileira contemporânea. Antônio Xerxenesky nos brinda com uma narrativa que instiga, e merece parabenizações por este primoroso trabalho.
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Camila W 15/07/2023

Achei um livro ok, leitura fluida, um bom thriller psicológico, a personagem principal tem algumas questões e reflexões interessantes sobre a ambivalência do seu ceticismo e as coisas que ela vivencia, só senti muitas pontas em aberto, terminou deixando as coisas muito vagas no final, fiquei sem entender onde ele queria chegar? mas talvez seja o objetivo? as perguntas.
Valeu a leitura!
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Leticiametal 14/07/2023

Me deu uns sustos e até um pouco de medo algumas partes. Gostei bastante, apesar do fim não ter me agradado muito. Bom terror nacional.
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Pedro3906 17/05/2023

Achei insuportável com todo respeito e carinho, tá?
Diferentemente de outras pessoas, vim pra esse livro já sabendo da temática, que a propósito, é uma das últimas que me interesso, e um tanto de supetão, uma história rápida que encaixasse no meu plano de leitura. Cá estou muitos dias depois, atrasos, preguiças e surtos cotidianos, pra dizer que: não gostei.

O plano de fundo inicial não me comprou, pra falar a verdade achei um clichê estranhíssimo e as características atribuídas assim, logo de cara, parece que força a barra. A Alina em si tenta ter uma construção de personagem que acaba sendo muito sem sal, durante a narrativa os mesmos eventos repetem-se sem nenhum sabor, nenhum brilho, é só aquilo e pronto, não dá pra ficar muito triste pelo irmão dela ou ter tanta pena da vida, o livro não conseguiu me passar o sentimentalismo, o folclore que ele prega.

Algumas partes são boas, na segunda metade e, com ela, a narração em primeira pessoa, há sensações de desconforto bacanas de ler, as tempestades mentais sobre o academicismo ceticista e questionamentos de vida e morte foram bons, enriqueceram a experiência. Em suma, esse livro provoca um retrogosto de pesquisa e material intelectual farto e produção mediana, ter uma temática e perder-se pra onde ir. Embora Uma tristeza beba desse estilo do Xerxenesky, lá a atmosfera e as personagens receberam mais carinho, vividez, proximidade, eram pessoas que eu me importava kk.

Bem sem graça.
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Gabriele182 05/08/2022

O que foi isso
Sinceramente pra mim é um livro que tenta muito se muitas coisas,principalmente inteligente mas nunca de fato chegar lá.
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Raphael Santos 04/05/2022

Livro envolvente e filosófico
Gostei muito da leitura, um livro fluído, nada previsível e que constrói uma atmosfera sombria a partir do contato com o oculto, em uma São Paulo tão sombria, misteriosa, e cheia de possibilidades.

Um livro que começa como um Thriller e se encaminha ao terror psicológico.
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M. Platini 15/04/2022

Um mergulho na São Paulo assombrada por demônios
Alina é uma historiadora gaúcha com doutorado em história da religião que trabalha numa agência de propaganda para pagar seu aluguel em São Paulo. Ela envolve-se em uma investigação policial sobre um grupo ocultista que seria relacionado a alguns assassinatos. Envolvida com seus próprios demônios, Alina reflete sobre uma geração de jovens adultos que receberam um Brasil em crise econômica e social, e se indaga sobre o papel das ciências humanas nesse mundo altamente tecnológico, mas marcado por pessoas que buscam na fé as respostas para suas angústias.
É um livro muito bem escrito. O tema realmente não me pegou e demorei semanas pra ler. Vale as 5 estrelas pelo extenso trabalho de pesquisa do autor sobre ocultismo.
Há finais em que as perguntas elaboradas ao longo da trama não são respondidas. Isso pode ser feito de forma a possibilitar diferentes interpretações e atiçar nosso desejo, o que é maravilhoso. Ou o autor pode só não respondê-las, que é o caso desse livro.
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Ramon Diego 13/01/2022

Primeiro livro que leio do Xerxenesky. Definitivamente não gostei. Claro que o livro tem aspectos positivos: uma personagem bem construída e uma boa atmosfera de suspense em meio a cidade de São Paulo, no entanto, espero que em outros livros dele o desenvolvimento do enredo case com as reflexões que ele traz (que são boas, mas n se concretizam na estrutura do livro).

Há mais ensaio do que ficção, ambos, desarticulados. Muita informação picotada sem necessidade para o andamento da história. Parece que houve muita pesquisa e pouco trabalho ficcional. Do meio pro final o livro se perde e a história fica arrastada. Espero realmente que outros livros dele sejam melhores.
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Ju 03/01/2022

Ansiamos o final
Acompanhamos Alina ansiosos por um grande desfecho, ou alguma revelação. Conhecemos Sao Paulo aos pedaços e uma seita incomum.
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yokiitos 16/12/2021

Mais profundo do que parece!
Lendo esse livro percebi que eu não tenho lido muitos livros contemporâneos. Claro que vou ter muito tempo pra chegar neles, mas acho que posso desapegar um pouco dos clássicos. Eles são muito importantes, óbvio, mas ao ler eles sem parar, acabo deixando de lado esses livros que retratam um cenário mais familiar pra mim. Esse livro aguçou muito a minha vontade em ler autores contemporâneos (e brasileiros, especificamente). A escrita do Antônio tem um tom bem mais trivial do que eu tô acostumado a ler. O que é ótimo! As Perguntas é uma leitura super rápida e gostosa de se fazer. Mesmo assim ela é profunda e consegue criar questionamentos intensos sobre as nossas próprias concepções sobre a vida. Escolhi esse livro ao acaso numa busca desesperada em acabar com o tédio e fui bem surpreendido! Estou ansioso pra ler mais Xerxenesky!
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