O vendido

O vendido Paul Beatty




Resenhas - O Vendido


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Cris 01/03/2024

O livro tem uma premissa surpreendente e aborda o tema do racismo de maneira muito interessante.
Muitas referências a cultura americana mas nada que comprometa a leitura para quem não está familiarizado.
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LimaCamila 29/07/2023

Confuso
A história até que é boa, mas achei bem confusa de acompanhar. Se a escrita fosse mais clara, talvez eu tivesse gostado mais. Ainda assim, pontuo que tem muitas críticas/piadas interessantes.
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Eloiza Cirne 12/07/2023

Para norte-americanos
Uma ideia boa e executada com ressalvas pelo excesso de referências ao universo estadunidense e que tornam a leitura morosa e muito chata.
Um livro premiado e que 10 anos depois não constará de nenhuma lista de referência literária. Pelo menos, não no Brasil.
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Lara 13/03/2023

Um homem negro, nos EUA, atualmente e que possui um escravo na sua fazenda? Essa é a pontinha do iceberg do universo de maluquice construido por Paul Beatty nesse livro que, apesar da sinopse chocante, vai falar muito sobre as questões de raça, com o recorte estadunidense. Tá aí um alerta, pra conta essa história o autor usa de muita referência da história estadunidense, em especial do movimento negro, o que pra mim foi muito bom, porque eu pude parar e pesquisar muitas coisas sobre as quais não tinha nenhum conhecimento, mas comece a leitura sabendo que exige um pouco mais do que uma leitura média. O livro narra a história de Eu (as ponderações do personagem sobre seu nome são indício do tom meio hilário e meio absurdo do livro), que quando criança foi submetido a diversos experimentos conduzidos por seu pai, ambos homens negros na pequena cidade de Dickens, na Califórnia. Eu é submetido desde a infância a experimentos comportamentais (outra coisa que precisei pesquisar sobre, consideravelmente aterrorizante). Após a morte do pai, Eu sofre outra perda, a cidade de Dickens é oficialmente extinguida. Essa perda vai afetar um amigo de Eu, o último dos Batutinhas, e o único negro, que se vê perdido e sem propósito com o fim de Dickens. Sei que lá pras tantas esse senhor exige ser escravo do Eu e a partir daí a coisa vai escalando. Buscando se "livrar" do seu escravo (mas principalmente pra fazer esse seu grande amigo feliz) Eu decide colocar Dickens de volta no mapa. Como ele faz isso? Eu começa a ressegregar a cidade, ônibus para negro, ônibus para brancos, escolas para negros, escolas para brancos. Isso escala de tal maneira que chega a suprema corte e no caminho discussões e feridas profundas se desenrolam no debate de raça dessa sociedade. A forma como o autor vai te conduzindo pra mostrar não só o que é o racismo nos EUA, mas especialmente como ele opera na cabeça das pessoas é simplesmente genial e te dá um nó. Várias vezes me peguei rindo de nervoso, ao mesmo tempo que angustiada, ao mesmo tempo que realizando coisas que não são da minha vivência (e isso é um grande mérito da literatura, realmente viver outras vidas). Se há alguma coisa a dizer de negativo, seria sobre a tradução, não sei dizer, mas me pareceu um pouco travada em alguns trechos, mas não chega a atrapalhar porque a cabeça vai estar ocupada com outros vários pontos de reflexão ao longo do texto.
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@wesleisalgado 17/09/2022

Atlanta encontra Fargo
A escrita é frenética e o tom contemporâneo bem como seus personagens são muito divertidos, fazendo as páginas voarem e o leitor nem perceber.

A ideia do EU de segregar a cidade de Dickens, fazendo com que dessa maneira ela ganhasse novamente visibilidade para poder literalmente voltar ao mapa, daria uma ótima temporada de FARGO, tamanha comédia de erros.

A escrito do autor é muito inteligente,certeira e afiada ao tratar de temas raciais com um tom de comédia que incomoda, vide a atmosfera dos episódios de ATLANTA. Se você curte a série como eu, esse livro é pra você

Agora se você faz parte da população indignada com uma sereia negra não sendo retratada de maneira fiel (ler em modo irônico), você tem problemas maiores pra se preocupar e esse livro (e qualquer outro, talvez) definitivamente não vai falar com você.
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Tassia.Neves 18/06/2022

Latente, mas divertido.
A cronologia do livro me deixou um pouco confusa, mas depois da metade do livro peguei o embalo. "Eu" propõe uma segregação racial para colocar a cidade de Dickens novamente no mapa. Ao meu ponto de vista, a crítica se dá justamente pelo sociedade fingir que as raças têm as mesmas oportunidades, fingindo não perceber o "apartheide" social. Fiquei bem confusa em muitas partes, mas no final valeu a leitura.
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Ariadne 22/01/2022

Excelente
"O Vendido" é um romance extremamente sarcástico e irônico sobre como a ideia de sociedade pós-racial é uma grande farsa. Paul Beatty usa inúmeras referências populares da história negra norteamericana para construir sua história ao mesmo tempo em que denuncia com muito humor a imagem da sociedade norteamericana caucasiana construída e vendida como igualitária e justa para todos (composta por brancos, negros, latinos e outros povos que construíram e mantém os EUA) foi feita em cima de muito sofrimento em cima, principalmente, da população negra e que a dívida dos brancos com esta população nunca foi paga e que o racismo continua mais vivo do que nunca.

Como disse acima há inúmeras referências à cultura pop negra norteamericana, mas eu escolhi ir simplesmente lendo mesmo que não entendesse completamente todas elas. Para mim, não foi difícil entender através do contextos mesmo que não pegasse todas as referências.

Foi uma excelente leitura e espero ler os outros livros de Beatty.
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Levi.Pedrosa 15/04/2021

Livro sobre racismo, com uma tentativa de humor. Mas escrito de forma complicada, cheio de divagações, quase sempre com conteúdo local, que dificultam o entendimento e tiram o prazer da leitura. Não gostei.
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Renato 23/01/2021

Poderia ter uma linguagem mais universal
O livro em si é excelente, a proposta e discussão essenciais. Mas Beatty cita incessantemente fatos, personagens, hábitos e referências locais de Los Angeles que soam um pouco incompreensíveis para quem é de fora. A leitura fica truncada e pouco fluida. Este regionalismo, provincianismo, soa até mesmo arrogante para um latinoamericano isolado do país que se acha centro do mundo. Um senso de universalismo faria este livro ser bem melhor.
B.norte 23/01/2021minha estante
Achei interessante sua opinião sobre linguagem universal


Renato 23/01/2021minha estante
Uma de dezenas: "levei uma surra que teria feito Kunta Kinte tremer na base." Fica difícil entender quem não sabe o que é. Kunta Kinte é um personagem escravo do livro/série de TV ?Raizes?. Este tipo de citação caso o leitor não saiba o que é exclui ou deixa desconfortável o leitor. Por isto senti o livro árido e sem humor.




Pri | @biblio.faga 08/12/2020

Não é gratuito quando dizem que a primeira impressão é a que fica: as páginas introdutórias deixam evidente o tom inusitado e a gritante originalidade do escritor Paul Beatty – merecidamente recompensado com o prêmio Man Booker Prize no ano de 2016.

O livro começa com “Eu”, o protagonista do romance, fumando maconha enquanto é julgado pela Suprema Corte Americana. Descobre-se que Eu fora acusado de restabelecer a escravidão e a segregação racial em Dickens, sua cidade natal, uma espécie de "gueto agrário" na periferia de Los Angeles, na Califórnia.

Se não bastasse o enredo inusitado, embora a obra trate de temas “pesados” e delicados, como preconceito, raça, identidade e pertencimento, a abordagem é feita de uma forma “pouco séria” e, para alguns, até mesmo politicamente incorreta, já que carregada de ironia e de um humor ácido e corrosivo. Extremamente crítico e sarcástico, o escritor brinca com a ideia do fim do racismo em “mundo pós-racial”, satirizando descaradamente os costumes norte-americanos.

E justamente por isso, a narrativa é permeada por citações, alusões a fatos e a personagens históricos, clássicos literários e a itens da cultura pop dos Estados Unidos. Escolha que, a meu ver, ao mesmo tempo que enriquece o livro, pode também o enfraquecer, tirando um pouco da sua universalidade e exigindo mais de comprometimento do leitor.

O excesso de referências, às vezes, pode causar a sensação de que estamos perdemos alguns detalhes ou fragmentar a leitura com pausas para pesquisa – no entanto, na minha opinião, muitas das menções possam ser depreendias e compreendidas pelo contexto em que estão inseridas e não prejudicaram a experiência de leitura, mas sim instigam a pesquisar mais sobre a história do EUA.

“O vendido” é um livro inteligente, exigente, desconfortável, incômodo e muitíssimo rico em seus detalhes; a sua história caótica, sarcástica e provocativa mostra como somos influenciados pelo meio social e como o racismo está enraizado na sociedade, embora disfarçado em condutas veladas como, por exemplo, o humor.

Com certeza, foi uma experiência única e desafiadora.
Recomendadíssimo!


~ Quotes:
“Agora vejo que a única situação em que um negro não sente culpa é quando ele realmente fez alguma coisa de errado, porque assim a gente se livra da dissonância cognitiva de ser negro e inocente, e de certo modo a perspectiva de ir para a cadeia se torna um alívio” (p. 23/24)

“E o que são cidades na verdade além de placas e limites arbitrários?” (p. 99)

“Esse é o problema da história, pensamos nela como um livro - achamos que podemos virar a página e ir em frente. Mas a história não é o papel em que está impressa. Ela é memória, e memória é tempo, emoções e música. A história são as coisas que ficam com você” (p. 127)

site: https://www.instagram.com/biblio.faga/
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Lais Porto (@umaleitoranegra) 25/09/2020

O vendido
O vendido é um livro incrível, supera todas as expectativas, te surpreende do início ao fim, porém não é um livro para se levar tão a sério, pois é um livro com auto teor de ironia e sarcasmos. A atenção é imprescindível durante toda a leitura e as vezes é preciso ler mais de uma vez um único paragrafo pra então compreender tudo o que o autor quer nos dizer.

Inúmeras questões tratadas no livro são especificas sobre locais, personalidades ou situações que negros estadunidenses vivem, ou seja, vai ter momentos da leitura que não vai ser possível trazer para a nossa realidade brasileira, mas em muitos outros momentos conseguimos visualizar acontecendo no nosso país, afinal o racismo nos mata de diversas maneiras e essas maneiras se repetem em qualquer canto do mundo.

Eu tenho muita vontade de saber o que um psicólogo acha desse livro, óbvio um psicólogo negro, uma leitura e olhar a partir dessa ciência seria muito interessante, se você for um psicólogo e já leu esse livro vamos conversar 😀😀

Trago essa minha vontade, pois o livro aborda nos personagens algumas das consequências do racismo no que se refere ao comportamento, como essas pessoas pensam, como vão agir e o resultado disso tudo, que na verdade não passa da reação a violência do racismo que se apresenta de forma direta e indireta, Paul Beattty nos faz pensar até que ponto estamos vivendo ou somente reagindo ao racismo que nos moldou desde antes de nascer.

Também seria interessante conversar sobre os experimentos que o pai do personagem principal realiza e como isso influencia na sua formação, a única coisa que gostei de um desses experimentos foi que O vendido passa a não sentir atração por mulheres brancas e aqui o escritor toca em um assunto tão dramático para as pessoas negras, a palmitagem, não recomendo refazer nenhum dos experimentos, mas esse fiquei tentada heim rsrsrs

Uma das questões que mais gostei do livro foi que o personagem principal apresenta muitas indagações, pensamentos, ideais contrarias ao movimento majoritário de pessoas negras, em muitas situações você nem diria que ela faz algo pelo povo negro, porém aí que o escritor se mostra brilhante, não é porque ele discorda do que está posto pelo movimento, porque ele faz diferente ou porque ele até dúvida, que ele não esteja fazendo algo e ainda por cima tendo resultados positivos.

Bom, sobre a história o que posso dizer é que vocês vão acompanhar um homem negro sendo processado, vão entender quais motivos dele está sendo processado, porque ele fez o que fez e o resultado disso tudo, esse é o resumo do enredo, todas as outras coisas que compartilhei com vocês são alguns dos vários temas que o escritor aborda no livro.

Esse com toda certeza não é um livro superficial, não é para quem está querendo uma leitura rápida e leve, com essa leitura você vai ser obrigada a pensar e muito, a observar as suas próprias reações a cada movimento na história, se tiverem a oportunidade leiam, e recomendo se possível uma releitura para conseguir captar o que deixou passar na primeira leitura, mas independe de quantas vez está lendo esse livro se preparem pra uma história muito potente.

site: https://leitoranegra.blogspot.com/
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Dira 20/05/2020

Racismo norte-americano
O livro fala sobre a história de um negro que defende a segregação racial a tal ponto que chega a ter um escravo. É um livro de identificação literária, apesar da literatura norte-americana não ser das minhas preferidas.
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Juca Fardin 08/05/2020

Morno
Embora aclamado pela crítica, o livro não me empolgou tanto assim, apesar das sacadas de humor inteligente do autor, mas a leitura se arrasta, assim como tartaruga sobre a lama.
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Yuri Silva 23/04/2020

Pra mim esse livro é por-americano-para-americanos. Tem um monte de carga histórica e background que eu não conheço, e por isso eu precisei pesquisar um bocado e isso atrapalhou um pouco o fluxo de leitura. A leitura deve ser mais prazerosa quando se conhece esses fatos e pessoas de antemão. Sobre a história, ela é caótica, sarcástica e provocativa. A leitura não fluiu tanto, as frases são longas e cortadas por muitos adendos que acabaram fazendo a leitura não tão agradável pra mim.
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Benditos livros - Luana 21/04/2020

Um incrível relato contemporâneo sobre a questão racial norteamericana.
Um livro absurdamente sarcástico, e , ao mesmo tempo, muito sério. Esse é o meu sentimento ao terminar de ler "O vendido", de Paul Beatty.
O protagonista, chamado Eu, nos leva em uma viagem louca pelo subúrbio negro de Los Angeles. Em uma tentativa de manter seu bairro no mapa e na memória de seus moradores, ele vai promover o inimaginável - a volta da segregação racial.
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O livro é incrível. O texto é pop , atual, e ao mesmo tempo, bem complexo de acompanhar. E digo logo, ele não foi feito para agradar ou alfinetar, mas sim para dar risada na cara daqueles que insistem no discurso de "mundo pós racial" que ouvimos aqui e ali ainda hoje.
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Um texto afiado e com profundas reflexões sobre raça, identidade e pertencimento, que só podia ser escrito por um negro que sabe exatamente onde e como cutucar a sociedade norte-americana.
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Um grande destaque para a tradução espetacular de Rogério Galindo. Ele conseguiu manter a cor e o tom do livro vivos , sem perdas.
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