O melhor que podíamos fazer

O melhor que podíamos fazer Thi Bui




Resenhas - O Melhor Que Podíamos Fazer


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Gabi1509 22/11/2019

Resenha: O melhor que podíamos fazer – Thi Bui
Salve salve, pipoqueiros!

Lançada pela Editora Nemo e escrita por Thi Bui, O melhor que podíamos fazer nos introduz a um tema bem atual: Os imigrante, seus elos com as cidades onde nasceram e a buscar por um lugar melhor.

Em sua primeira Graphic Novel autobiográfica, Thi Bui consegue nos transportar para o passado e nos mostra as origens de sua família Vietnamita. Essa Graphic vai nos mostrar que proximidade e estar perto, não são a mesma coisa.

Acompanhamosa fuga de uma família após a queda do Vietña do Sul rumo a um lugar seguro.

Com ilustrações lindíssimas e com diálogos extremamente fortes, ela nos transmite as angústias passadas pelos conflitos da época e nos mostra como que esses acontecimentos se manifestaram na vida adulta de todos os parentes.
Descrita tanto pela própria autora quanto a mãe e o pai, Você começa a entende-los quando chega mais ou menos na metade do livro, quando conta sobre as lembranças dos antepassados citados na história.
Não será nenhum Spoiler falar que no final desse enredo eles se refugiam nos EUA, mas o interessante mesmo são os confrontos históricos passados pelos avós e pais da autora. Em um momento tão delicado e ao mesmo tempo tão grosseiro, podemos ver a perspectiva de quem vivia ao Norte e ao Sul do Vietña. Duas realidades bem diferentes.

Além de transmitir a jornada dessa família, ela fala principalmente sobre compreensão e empatia. Muitas das vezes julgamos as pessoas sem conhecer o real motivo por trás de suas atitudes.

Até a próxima !

site: http://pipocanerd.com/livros/resenha-o-melhor-que-podiamos-fazer-thi-bui/
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Laura Regina - @IndicaLaura 08/04/2019

Um livro com muito Amor e Dor
Um casal com 4 filhos precisa fugir das guerras do Vietnã - durante toda sua vida, mesmo já morando nos EUA.

Graphic Novel da Vietnamita Thi contando sobre a vida de seus pais em diferentes guerras - entre governo e comunistas, entre governo e direitistas, entre governo e EUA, entre Norte e Sul. Ou seja, gerações inteiras viveram em meio a conflitos, fome, dor, medo.

A autora Thi consegue nos mostrar todos os sentimentos envolvidos numa história do seu país, dos seus pais imigrando e na adaptação na América. Em tons marrons, mostra graficamente toda a aridez que precisaram enfrentar. E com a narração, somos levados a detalhes (mas são nos olhares dos personagens que entendemos tudo).

Livro lindo, história linda, que destrói nosso coração e o reconstrói cheio de calorzinho, porque sempre há esperança quando você dá seu melhor.

Mais indicações no Instagram @indicalaura

site: https://www.instagram.com/indicalaura
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Jeh Diário dos Livros 23/02/2019

“Como chegamos a tamanha solidão? Vivemos tão perto e mesmo assim nos sentimos tão longe.”
Já vi vários documentários e filmes sobre a história do Vietnã, mas nunca tinha lido um Graphic Novel sobre os acontecimentos de lá, ainda mais com a visão de alguém que passou por aquilo.
Thi Bui nos conta, através das memórias gráficas a história de sua família, desde a fuga do Vietnã e também após a queda do Vietnã em 1970 e sua chegada nos Estados Unidos, narrando a história entre o presente o passado, conseguimos ver a jornada dela e de sua família ao longo dessa transição.

“Como chegamos a tamanha solidão? Vivemos tão perto e mesmo assim nos sentimos tão longe.”

A história começa com Thi Bui entrando em trabalho de parto e dando a luz ao seu filho e após isso ela começa e refletir essa nova transição de sua vida, a filha que acabou se tornando mãe, e sobre a vida de seus pais, as escolhas que eles tiveram que fazer, a vida que eles tiveram que construir em um novo país com muita dificuldade para se adaptar.
Com uma nova vida, sendo professora de escola pública e depois estudado artes e direito, Thi Bui se adaptou a sua nova jornada, mas sem deixar suas origens e seu passado para trás. Ela escreve com delicadeza e acho que foi o melhor momento para publicar sua história, pois nos faz refletir o quanto diversas pessoas sofreram e lutaram para ter uma vida melhor. A partir desse ponto começamos a ver a história de seu passado, como seus pais se conheceram, como foi a vida deles antes de se mudarem, o nascimento dos filhos, como foi difícil a vida em um país que estava tomado pela guerra, o sofrimento que eles trouxeram consigo, e dor de perdas ao longo da vida.

" Agora FAMÍLIA é algo que criei e não apenas algo em que nasci.''

Gostei muito do traço da autora, pois retrata muito bem as expressões refletidas por seus personagens. A edição da obra está incrível! Amei cada detalhe do início ao fim. Os tons que autora utilizou ao longo da trama, a delicadeza da história e as cores que nos trazem emoção ao ler seu relato, fez eu me apaixonar por essa arte.
É um livro muito tocante que nos faz refletir diversos acontecimentos ao longo da trama, da sutileza que autora criou a história, de como aquilo mudou a visão que ela tinha de seus próprios pais, dar dor que eles carregam, fez Thi Bui entender o que por que sãos pais são do jeito que são, pois a maneira que eles viveram não foi fácil. Ela consegue retratar porque as vezes nós julgamos nossos pais por aquilo que deixaram de fazer por nós, mas que na verdade não estávamos na pele deles para ver que foi a melhor decisão que eles tinham para nós mesmos, e isso acaba deixando a história reflexiva.
Conseguimos ver o amadurecimento de Thi depois que seu filho nasce, ela consegue entender como a mãe sofreu para criá-los, de como para ela é importante dar uma vida livre para seu filho para que ele não carregue nenhum sofrimento do seu passado.
O jeito que a autora narra a sua história nos faz refletir muito, não só pelo ponto de vista dela ou de seus pais, mas forma como as coisas eram difíceis, como a guerra deixou uma marca na vida das pessoas.
É uma obra muito bonita e muito tocante, recomendo para aqueles que precisam de uma história emocionante e cheia de lições.

site: http://diarioelivros.blogspot.com/2017/12/resenha-o-melhor-que-podiamos-fazer.html
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Pandora 31/12/2018

"O melhor que podíamos fazer" da Thi Bui chegou a minha estante em Abril de 2017 e fiquei tão encantada com a arte da capa que várias vezes peguei nele e fiquei só paquerando essa família olhando o horizonte ou os olhos da criança que me encaram angustiados.

Só agora, nesse fim de 2018, quando estou mais ou menos isolada com meu pai, mãe e irmãos, finalmente abri o livro e me debrucei na leitura.

Thi Bui escreve aqui sobre família, História, autodescoberta, amor, maternidade, mudanças e tantas coisas mais. Contando a história de sua família que migrou do Vietnã para os Estados Unidos e viveu a aventura de se resconstruir em terra estrangeira ela nos presenteia com algo único, forte, poético naquilo que a poesia tem de mais sublime, humano e acessível.
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"O melhor que podíamos fazer" é existencial, delicado, sincero, lindíssimo. Dialoga lindamente com "Maus: a história de um sobrevivente" de Art Spiegelman, estou imensamente encantada e emocionada.
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Tamirez | @resenhandosonhos 02/08/2018

O MELHOR QUE PODÍAMOS FAZER
Eu tenho um ponto fraco com histórias que envolvem algum tipo de guerra ou conflito. Começou com a 2ª Guerra Mundial e aos poucos eu fui expandindo meu interesse até outros acontecimentos. No caso de O Melhor Que Podíamos Fazer, o foco está na queda do Vietnã Sul, durante os anos 70 e o fato de que as pessoas que passaram por esse conflito foram expostas à condições péssimas e muitas vezes caçadas.

A história vai se fixar na jornada dos membros da família, mas principalmente de Thi Bui e dos pais. Vamos e voltamos no tempo de acordo com o ponto que a narrativa quer contar e descobrimos no background dessas pessoas o que as faz ser como elas são.

A mãe veio de um lugar, mudou muito ao longo dos anos. O pai também. De uma família mais podre viu muitas coisas acontecerem e teve momentos de muita escuridão em sua vida, muitos deles presenciados pelos filhos e marcados na memória de Thi. Ela, enquanto remonta seu passado, uma a consultoria dos dois, dentro dos seus limites, para entender melhor tudo o que aconteceu.

Com uma vida separada e estruturada, professora de escola pública e tendo estudado artes e direito, Thi Bui se adaptou à realidade americana sem esquecer suas origens. Por isso, achou que seria importante retratar sua história e a jornada que marcou a vida de sua família.

Eu não sabia muito bem o que esperar e gostei do que encontrei. Não há uma linearidade total na história e nem somente algo de um ponto de vista só. A autora escolheu apostar em captar fragmentos para montar algo mais conciso e que pudesse passar ao leitor uma visão mais completa de quem eram aquelas pessoas que estavam sendo retratadas nas páginas.

O propósito não é chocar, mas sim contar como pessoas normais podem ter suas vidas completamente marcadas por situações assim. Há momentos muito tristes e outros onde se vê que há um esforço para seguir em frene, buscar algo melhor. É tocante ver a vida do outro como um todo e enxergar como poderia ter sido diferente se a guerra não tivesse cruzado o seu caminho.

O traço é simples e ao mesmo tempo consegue passar exatamente a aura mais sombria daquela realidade. Toda a HQ é trabalhada em preto, branco e laranja avermelhado com suas nuances e acho que a combinação cumpriu o seu papel.

Eu ainda sou novata com HQs, mas cada vez que me aventuro em uma nova história vejo o quão fica pode ser a experiência de não só ler mas também ver um pouco do que está sendo descrito através dos quadros.

O Melhor Que Podíamos Fazer é uma história bonita e tocante sobre seguir em frente consertando aos poucos aquilo que foi quebrado com o tempo e pela vida. É uma lição e uma visão sobre as nuances de uma família que teve seu país devastado e que se obrigou a se adaptar a uma nova cultura, moldando o seu espaço e as suas atitudes a essa nova realidade.

site: http://resenhandosonhos.com/o-melhor-que-podiamos-fazer-thi-bui/
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Joi | @estantediagonal 25/04/2018

Lindo, inspirador e pertinente!
Em O Melhor Que Podíamos Fazer acompanharemos a história da família da autora, Thi Bui. Uma autobiografia contada de forma não linear, em pequenos fragmentos existentes no passado e no presente nas vidas de quem ainda enxerga marcas de uma guerra. Através de seus traços expressivos, sua paleta alaranjada e uma narrativa até poética, Thi Bui registra a fuga da sua família após a Guerra da Indochina, no Vietnã Sul. O cenário é no início dos anos 70 e aqui acompanhamos todas as dificuldades e desafios que Má, Nan e seus seis filhos tiveram que passar em busca da liberdade e de uma vida melhor, e muito mais que isso, também vai trazer o relato de uma filha em busca por compreensão em relação aos pais e todas as angustias e marcas que o passado deixou.

O relato de Thi Bui inicia em 2005, no momento que entra em trabalho de parto. Naquele momento, tratada como algo e sem a menor ternura, Thi sente uma verdadeira empatia pela mãe, que já havia passada por situações muito piores em sua vida, mas que estava ali para apoia-la. É este pequeno "grande" detalhe que muda a perspectiva de Thi Bui em relação a sua criação, o nascimento do filho e o surgimento de sua própria família. Entender tudo pelo qual seus pais passaram, ajudou Thi a compreender as fraquezas da mãe e o tratamento frio de seu pai.

A percepção de Thi Bui sobre o seu aprendizado, as lições que vem tirou de toda a jornada de sua família e o modo que enxerga tudo com outros olhos depois de mãe, rende ao leitor uma das reflexões mais emocionantes na minha opinião. A passagem em que Thi Bui enxerga sua mãe, realmente como ela é, em vez da forma como ela gostaria que fosse e a forma como ela, já madura, começa a dar valor a todos os pequenos gestos e todos os grandes sacrifícios que foram feitos por seus pais, todas as escolhas e atitudes que eles tomaram em prol dos filhos. Todo este crescimento próprio, inspira para que nós passemos a dar valor aos nossos pequenos momentos finitos, nosso tempo com a família, o aprendizado que herdamos de nossos pais.

Esta é uma graphic novel que cai como uma luva, numa época onde ainda existe a crise de refugiados na Síria e a de que o líder de uma das maiores potências do mundo deseja fechar as portas para imigrantes. Talvez, na segurança de nossos lares, ainda que em meio ao caos que é nosso pais, não encontremos tempo para pensarmos em pessoas que vivem e sobrevivem em condições mais precárias e mais desumanas que nós. Pessoas que não tem a oportunidade nem de sonhar por viverem em lugares cheios de privações, amarras e controle. Sem dúvidas, esta é uma reflexão para se levar para a vida.

Acompanhar a história de Thi Bui, que é apenas uma em milhares, me fez pensar em quanto somos ingratos pelo que possuímos, talvez, agora após esta leitura, eu me sinta mais motivada a outras coisas, com certeza foi o tipo de leitura que me modificou um pouquinho mais, que me engradeceu e certamente marcou minha jornada como leitora. Acompanhar seu sofrimento, angustias e suas preocupações fizeram de mim uma pessoa melhor e eu só tenho que agradecer por Thi Bui ter decidido compartilhar a sua história.

Sem dúvidas, esta é uma história inspiradora, um feixe de luz para aqueles que ainda buscam paz e a certeza de futuro melhor sem privações.

> Confere a resenha completa que fiz de O Melhor Que Podíamos Fazer lá no ED!

site: http://www.estantediagonal.com.br/2018/02/resenha-o-melhor-que-podiamos-fazer.html
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Flavia Braga 21/03/2018

Incrível
Uma história de guerra, sofrimento, união, determinação, família, empatia e amor.
Apesar de mágoas e ressentimentos, o amor é o que mantém uma família unida e se renova a cada nascimento.
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@Spreadthereading 13/02/2018

Muito boa
Muito boa essa HQ! Boa também para ter um panorama, ainda que simplificado, do período da Guerra no Vietnã
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Nathalia.Sabino 10/02/2018

Uma história sobre empatia e dor.
Após o nascimento de seu filho, Bui precisa lidar com a pressão da maternidade. E em meio aos sentimentos assustadores da grande transição de deixar de ser apenas ‘filha” para tornar-se uma “mãe”, Bui passa a desenvolver um empatia por sua mãe, e a vontade de entender certas atitudes de seus pais a impulsiona a investigar o passado de sua família. E ao fazer isso, ela se vê em um mundo de cicatrizes, medos e fantasmas. Um mundo de guerra onde seus pais, ainda jovens tiverem que aprender a sobreviver.
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“O Melhor Que Podíamos Fazer” é um relato poético sobre os traumas que uma guerra causa na alma dos seres humanos. E mostra que mesmo o tempo passando, as marcas deixadas pela violência, fome e insegurança, nunca desaparecem.
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Os traços da autora conseguem expressar toda a profundidade da história, nos fazendo mergulhar nos relatos de sua família e entender cada vez mais as atitudes de seus pais.
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Thi Bui nos presenteia ao contar sobre a história do Vietnã e nos ajudar a enxergar pelos olhos de refugiados. Pessoas com extrema coragem que partem para o desconhecido, se arriscando em um país com culturas e costumes diferente dos seus, a fim de proporcionar um futuro melhor para seus filhos. E por nos privilegiar com essa visão, conhecemos um outro tipo de violência e preconceito, que ainda hoje é pouco discutido: a xenofobia.
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Essa graphic novel é sobre uma história de luta e dores inimagináveis, mas acima de tudo é sobre como o amor de mãe e pai supera todos os obstáculos para trazer uma vida melhor para sua família.
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Recomendo para todos.
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“Costumava pensar que a história misturou a vida dos meus pais com a poeira de uma explosão catastrófica. Que penetrou a pele deles e se tornou parte de seu sangue.”
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Jéssica @paraisoliterario 21/01/2018

O MELHOR QUE PODÍAMOS FAZER || PARAÍSO LITERÁRIO
Oi gente! Hoje vamos falar um pouquinho sobre uma graphic novel que abalou meu mundo e me virou de cabeça para baixo, tirou meu fôlego e apertou meu coração. Sim, O Melhor Que Podíamos Fazer que foi laçado pela Editora Nemo tem essa capacidade de mexer com as suas emoções, bagunçar seu mundo e te emocionar desde a primeira página.


Antes de mais nada eu preciso que você entenda que esta não é uma grapic novel comum, aqui não estamos acompanhando a história de um personagem, o livro traz memórias gráficas da própria autora. Então, tendo isso em mente, leia o restante da resenha.

É o ano de 2015, Thi Bui está em trabalho de parto e, apesar de insistir em um parto natural, os médicos acabam fazendo uma cesariana e, depois do parto tumultuado e um tanto violento, ela finalmente conhece o seu filho, fazendo novos sentimentos aflorarem, o que a faz compreender melhor sua mãe, que não só tinha passado pela experiência de dar a lus várias vezes, como também havia sofrido violência obstétrica, ainda que no tempo dela não houvesse o termo. Thi Bui mesma não sabe o que teria acontecido sem o apoio da mãe e do marido durante a gravidez.

O nascimento do filho não só torna Thi mais empática em relação a sua mãe, mas também a faz relembrar e questionar o passado. Então vamos conhecer a história pregressa de Thi, cuja família teve que imigrar para os Estados Unidos depois da queda do Vietnã, quando a própria autora era apenas uma criança, tendo que deixar sua terra natal e se adaptar a uma nova vida, diferente de tudo que já conheceu.

Eu não quero contar muita coisa sobre a história porque cada detalhe que dou me parece não ser o suficiente para justificar o quão maravilhosa é esta e história e, ainda assim, a cada nova informação fico com essa sensação de que estou roubando de vocês o prazer de descobrirem por si mesmos o quão rica, emocionante, arrasadora e incrivelmente linda é a história de Thi Bui.

O livro é permeado pelo saudosismo e pela angústia advinda da mudança da família da autora ao mesmo tempo em que possui um tom claro de esperança que torna impossível não se encantar pela narrativa. Além disso, a escrita poética combinada aos traços marcantes fazem deste livro uma obra única em qualquer sentido.

Histórias reais provocam em mim sentimentos diferentes daquelas que são ficcionais. Eu sofro mais porque tudo ali naquelas páginas realmente aconteceu com alguém, mas também comemoro mais uma vitória, por menor que seja. Sofri e sorri com O Melhor Que Podíamos Fazer como há tempos não fazia.

Honestamente acredito que não há um tema mais atual do que as pessoas abandonando seus países porque viver lá se tornou impossível e como sempre acreditei que um livro pode sim mudar as pessoas, talvez, a história de Thi Bui consiga mostrar para todos aqueles que julgam fácil abandonar seu país de origem e ir para um lugar completamente novo e estranho, que na verdade está não é a primeira opção dessas famílias. Ou a mais fácil.

site: http://www.paraisoliterario.com/2018/01/resenha-o-melhor-que-podiamos-fazer.html
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@biaentreleituras 13/12/2017

28 de Novembro de 2015, Thi Bui estava em trabalho de parto e sofria no hospital com a pressão que lhe era imposta, nada foi natural, foi um parto violento. Thi era jovem, não sabia nada sobre ser uma mãe e precisou lidar com um tratamento nada humanizado dos médicos e enfermeiros. Ela recebeu o apoio de seu marido e de sua mãe, quando o seu filho nasceu Thi sentiu uma forte empatia pela mãe, uma mulher que já havia sofrido muito na vida e que estava ali ao seu lado para ajudá-la.

E assim começa o livro, cheio de tensão e emoção que continuam pelas páginas seguintes, onde Thi nos conta a trajetória de seus pais e como a sua família imigrou para os Estados Unidos. A relação de Thi com os pais era um pouco delicada, eles se davam bem, mas havia certos receios e um pouco de distanciamento. Ao compreender o que realmente aconteceu para que chegassem até onde estavam ela percebeu que os seus pais fizeram o melhor que puderam para manter a família unida e viva.

Um dos maiores mistérios era a vida de seu pai, ele não falava muito sobre o passado e tinha respostas vagas. Mas quando Thi aprendeu a fazer as perguntas certas ele lhe deu todas as respostas. O resultado foi uma história triste, mas ao mesmo tempo de superação e força. Uma criança que viveu os horrores da guerra e precisou aprender a crescer para sobreviver.

Nan (pai de Thi) teve uma infância muito dura, presenciou as agressões do pai contra a mãe e também sofreu com essa violência. Cresceu sem amor, tendo que dormir no frio, comendo pouco (quando comia) e sem sabe se estaria vivo no dia seguinte. A guerra estava cada vez pior e as consequências dela eram desastrosas, até mesmo (ou ainda mais) para as crianças.

A mãe de Thi vinha de uma família com uma condição financeira mais favorável, ela era estudiosa, recebeu uma boa educação e tinha planos para o futuro. Mas quando conheceu o pai de Thi todos os seus planos mudaram. As coisas começaram a ficar difíceis, a guerra matando cada vez mais pessoas. De repente, a situação financeira do casal despencou, surgiram os filhos, a fome, o medo.

A família teve que sair do Vietnã, não foi uma viagem fácil e precisaram, se arriscar, deixar para trás o que conheciam para se embrenharem em meio ao novo, em um país distante. Quando chegaram aos Estados Unidos começava uma vida nova, mas toda aflição ainda os perseguiria por algum tempo até eles se estabelecerem, conseguirem empregos fixos e uma casa própria. Foi complicado e difícil no começo, mas aos poucos eles foram se ajeitando.

Leia a resenha completa lá no blog > https://goo.gl/wpiD5j

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/
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Cilmara Lopes 04/12/2017

A voz de uma Vietnamita
Há diversos filmes, documentários, podcasts, músicas, entre outros materiais sobre o Vietnã.
Mas nada é tão verossímil quanto o relato de uma pessoa que passou por todo àquele período turbulento.
Assim como Art spiegelman em Maus, Thi Bui nos presenteia com uma autobiografia honesta sobre os seus pais e o quanto o pós guerra afetou a vida de todos.
Marjane Satrapi diante de todo horror vivenciado no Irã, não deixou de honrar suas origens, Thi Bui faz o mesmo, não toma partido entre os dois Vietnãs ou levanta alguma bandeira contra a China, URSS ou EUA, simplesmente conta sobre o quão difícil são os laços familiares, a aproximação com os pais, o abismo de quem sofreu mais...todas essas questões que acabam constituindo sua existência.
Não existe título melhor para essa grafic novel, "O melhor que podíamos fazer" valoriza o quanto os pais se doam pelos filhos, geração após geração ouvimos a seguinte frase: "Não quero que meus filhos passem pelo que passei", e é por isso que eles fazem o melhor que podem.
Um relato a nível documentário, emocionante e muito impactante, instiga o leitor a pesquisar mais sobre àquele período.
Para Thi Bui essa hq talvez tenha sido uma terapia, é intimista o suficiente para tocar qualquer leitor!
@Marverosa 11/03/2018minha estante
Falou tudo, nem precisa comentar mais nada


Cilmara Lopes 14/03/2018minha estante
Obrigada! \o/




Nath Correia @bibliotecadanath 24/11/2017

O melhor que podíamos fazer I @teabuoy I @editoranemo I 329 páginas I 4,5
“Meus pais fugiram do Viêt Nam num barco para que seus filhos crescessem em liberdade. Talvez eu pudesse ser um pouco menos ingrata.”

Thi Bui nasceu no Vietnã e, ainda criança, imigrou com a família para os Estados Unidos após a queda do Vietnã do Sul na década de 70. Estudou Artes e Direito, mas se tornou professora de escola pública. Casou-se com Travis e, em 2005, deu a luz ao seu primeiro filho. Ao encarar a maternidade, Thi Bui decide revisitar a história da sua família e tentar entender como os acontecimentos ocorridos ao longo da vida dos seus pais moldaram o que eles são hoje.

O melhor que podíamos fazer é uma graphic novel não ficcional, que aborda as memórias gráficas da família Bui. Com imagens fortes, com traços delicados e com os tons de laranja servindo como termômetro para as emoções, Thi Bui mostrará a história do Vietnã e de como essa se encontra entrelaçada com a história da sua própria família. Fugindo dos horrores da guerra e em busca de uma vida melhor para seus filhos, seus pais imigraram para os EUA, enfrentando dificuldades durante a fuga e ao chegar ao novo país por questões xenofóbicas.

Ao se ver como mãe, Thi Bui vivencia um amor que ela nunca pensou ser capaz de sentir. Um amor profundo e sem limites, que a torna capaz de fazer qualquer coisa pelo seu filho e para protegê-lo. E, é nesse momento, que ela passa a compreender os seus pais e todos os sacrifícios que eles fizeram para dar uma vida melhor para ela e seus irmãos. Ao conhecer a história de vida dos pais, ela entende que todos os acontecimentos vividos moldaram quem eles são hoje e que certas cicatrizes nunca se fecham, deixando marcas na alma. Entende que os laços familiares são fortes e essenciais e que, muitas vezes, servem de apoio e nos dão forças para enfrentar os desafios que a vida apresenta. Compreende que esperamos muito dos nossos pais e que não paramos para ver que, não raras vezes, eles já estão fazendo todo o que melhor que podiam fazer.

Instagram: @bibliotecadanath
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Laís 20/11/2017

O melhor que podíamos fazer, da vietnamita Thi Bui, é um relato pessoal de sua origem. A história gira em torno de uma reflexão parental e a busca por compreender o verdadeiro papel da família em sua vida. ⠀

Thi traça uma linha do tempo e nos leva, através de uma viagem de conhecimento e muita sensibilidade, para conhecer a história de seus pais: onde nasceram, suas infâncias e vidas até se conhecerem. Ela também fala sobre a história do Vietnã e da uma grande aula (nada maçante) sobre a guerra e os processos que o país enfrentou nas últimas décadas.

Tudo isso de forma muito fluida, em uma linguagem clara e direta. É notável o empenho da autora em passar, da forma mais simples possível, as informações sobre a guerra - algo que demanda muita pesquisa. ⠀

Sob um olhar reflexivo, Thi conversa com o leitor a respeito de seu relacionamento familiar e suas angústias em relação a isso. Logo no prefácio dessa graphic novel, a autora diz que o maior objetivo dela com essa obra foi compreender as razões que fizeram seus pais fugirem de um país e recomeçar do zero em outro, na década de 70. ⠀

Transcrever a história de sua família nesse livro com certeza foi uma herança maravilhosa a todos eles. Para mim, O melhor que podíamos fazer é o tipo de livro que, involuntariamente, é impossível não marcar o leitor. Famílias são difíceis, nem sempre possuem relacionamentos agradáveis. Thi quis mostrar que tudo isso pode ser compreensível, basta olhar por outra perspectiva.

Foi lindo ver a empatia por sua família, ser um telespectador em uma história tão cheia de vida e esperança. E mais lindo ainda, para mim, foi ver o respeito que a autora teve pela sua trajetória.

Em O melhor que podíamos fazer, Thi busca por descobrir suas origens. Quem eram os seus pais antes de se tornarem pais? O quanto deles, hoje adulta, ela carrega? ⠀

São algumas das perguntas que, maravilhosamente, as respostas nós encontramos nessas páginas. ♥️

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
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