O melhor que podíamos fazer

O melhor que podíamos fazer Thi Bui




Resenhas - O Melhor Que Podíamos Fazer


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mimperatriz 19/12/2021

O melhor que podíamos fazer
Terminei de ler ?O melhor que podíamos fazer?, de Thi Bui, com vontade de ler de novo.

É um livro super delicado - ainda que trate de assuntos relevantes como guerra, imigração e sobrevivência - e com uma arte gráfica igualmente delicada e incrível.

No livro Thi Bui conta a história da sua família, que fugiu do Vietnã do Sul para os EUA no final da década de 70. Sim, é uma história real e a família da autora é uma família de refugiados.

Além das questões voltadas para a imigração da família, Thi Bui também reflete sobre a mistura de sentimentos por ser mãe e filha ao mesmo tempo e revisita a história de vida de seus pais na tentativa de entender melhor a formação da família e os sentimentos e ensinamentos recebidos.

É uma história de amor e descobertas.

A história não é linear e possui muitas idas e vindas, por isso em alguns momentos tive que parar para procurar as datas citadas pela autora e entender o momento e contexto da história.

Tirando isso a leitura é comovente, agradável e nos traz reflexões importantes sobre família, maternidade e muitos aspectos sobre imigrantes / refugiados - assuntos super importantes e atuais.

Minha quarta HQ lida em 2021. Redescobrir esse formato de leitura tem sido delicioso! ?
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Tamirez | @resenhandosonhos 02/08/2018

O MELHOR QUE PODÍAMOS FAZER
Eu tenho um ponto fraco com histórias que envolvem algum tipo de guerra ou conflito. Começou com a 2ª Guerra Mundial e aos poucos eu fui expandindo meu interesse até outros acontecimentos. No caso de O Melhor Que Podíamos Fazer, o foco está na queda do Vietnã Sul, durante os anos 70 e o fato de que as pessoas que passaram por esse conflito foram expostas à condições péssimas e muitas vezes caçadas.

A história vai se fixar na jornada dos membros da família, mas principalmente de Thi Bui e dos pais. Vamos e voltamos no tempo de acordo com o ponto que a narrativa quer contar e descobrimos no background dessas pessoas o que as faz ser como elas são.

A mãe veio de um lugar, mudou muito ao longo dos anos. O pai também. De uma família mais podre viu muitas coisas acontecerem e teve momentos de muita escuridão em sua vida, muitos deles presenciados pelos filhos e marcados na memória de Thi. Ela, enquanto remonta seu passado, uma a consultoria dos dois, dentro dos seus limites, para entender melhor tudo o que aconteceu.

Com uma vida separada e estruturada, professora de escola pública e tendo estudado artes e direito, Thi Bui se adaptou à realidade americana sem esquecer suas origens. Por isso, achou que seria importante retratar sua história e a jornada que marcou a vida de sua família.

Eu não sabia muito bem o que esperar e gostei do que encontrei. Não há uma linearidade total na história e nem somente algo de um ponto de vista só. A autora escolheu apostar em captar fragmentos para montar algo mais conciso e que pudesse passar ao leitor uma visão mais completa de quem eram aquelas pessoas que estavam sendo retratadas nas páginas.

O propósito não é chocar, mas sim contar como pessoas normais podem ter suas vidas completamente marcadas por situações assim. Há momentos muito tristes e outros onde se vê que há um esforço para seguir em frene, buscar algo melhor. É tocante ver a vida do outro como um todo e enxergar como poderia ter sido diferente se a guerra não tivesse cruzado o seu caminho.

O traço é simples e ao mesmo tempo consegue passar exatamente a aura mais sombria daquela realidade. Toda a HQ é trabalhada em preto, branco e laranja avermelhado com suas nuances e acho que a combinação cumpriu o seu papel.

Eu ainda sou novata com HQs, mas cada vez que me aventuro em uma nova história vejo o quão fica pode ser a experiência de não só ler mas também ver um pouco do que está sendo descrito através dos quadros.

O Melhor Que Podíamos Fazer é uma história bonita e tocante sobre seguir em frente consertando aos poucos aquilo que foi quebrado com o tempo e pela vida. É uma lição e uma visão sobre as nuances de uma família que teve seu país devastado e que se obrigou a se adaptar a uma nova cultura, moldando o seu espaço e as suas atitudes a essa nova realidade.

site: http://resenhandosonhos.com/o-melhor-que-podiamos-fazer-thi-bui/
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Fábbio (@omeninoquele) 10/06/2020

Perfeito!
#OMeninoResenhando
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❝Costumava pensar que a história misturou a vida dos meus pais com a poeira de uma explosão catastrófica. Que penetrou a pele deles e tornou parte de seu sangue.❞
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Thi Bui está prestes a se tornar mãe e construir uma família, quando a dúvida chega pra ela: será que ela seria suficientemente boa pra ter uma família? Será que ela saberia se portar como mãe, assim como sua mãe fora pra ela? Ela percebe então que é mais fácil ter sido filha e estar nesse papel de mãe é um pouco assustador e desafiador, mesmo que ela saiba que as condições são bem diferentes agora.
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E é a partir daí que Bui conta a trajetória de sua família desde o começo, quando moravam no Vietnã, e depois que ocorre muitos problemas políticos e o país que era dividido em dois, caí na década de 1970, e eles passam a se refugiar de país a país em busca de um novo lar, um lugar para viverem suas vidas de forma segura.
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As incertezas da guerra e a constante fuga que eles faziam, meio que moldaram eles a serem mais duros e esperarem de tudo. Foi assim, que narrando a história de sua família, em meio a um caos político sem precedentes, que conhecemos os pais de Thi Bui, e constatamos que os seus passados foram muito duros e cheio de perdas, mas eles sempre tentaram se manter fortes para os filhos, e era daí, que agora Thi Bui iria se agarrar pra ser a mãe de família que tinha que ser.
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A história da família de Thi Bui, pode não ser igual a de todas outras de famílias de refugiados, mas ela nos serve de inspiração para todos que desejam um futuro melhor, num lugar com mais compreensão e mais oportunidades de viverem em paz.
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Livros que envolvem refugiados sempre são muito emocionantes pra mim, ainda mais quando trazem um retalho de um contexto histórico global, como foi a Guerra do Vietnã pois sabemos que muitas vidas inocentes foram ceifadas nessas brigas por domínio e poder, muitas vezes infundadas. Mas que mesmo doloridas são necessárias para saber-mos qual caminho não tomar no presente. São esses momentos difíceis na história do mundo que servem pra moldar as pessoas a serem mais resilientes e fortes, igual a família de Thi Bui.
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É uma história belíssima e emocionante, de uma família forte, mas cheia de cicatrizes que só desejava um lugar pra se estabelecer e viver a vida, mesmo com a dor de ter de sair de sua pátria amada. Os traços da HQ são belíssimos e nos remetem muito a esse momento de nostalgia do passado vivido pela família e relembrado agora por Thi Bui. Enfim, eu recomendo demais!
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#OMelhorQuePodiamosFazer #ThiBui #EditoraNemo

site: https://www.instagram.com/p/CBRQPpljOwS/
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Vi 13/07/2020

De forma clara: se você não compreende as críticas ao imperialismo estadunidense; acha o movimento hippie dos anos 70 revolucionário; entende xenofobia como piada, esse livro é importante.
Guerras, desastres, imperialismo e colonizações e como isso tudo impactou gerações e culturas. Como pensar que isso não tem sequer qualquer influência na atualidade? A intimidade da autora é exposta. E somos convidados a pensar a vida e suas injúrias como cicatrizes para além de nossa própria existência. Talvez haja um laço forte, como ferro, e delicado como pena que, incessantemente, coloca-nos ao passado não como uma prisão, e sim como precedente indispensável para nossa própria existência.
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vick 10/01/2021

São crianças como você
Thi Bui revisita a história dos pais ao ter o primeiro filho. Imigrantes vietnamitas, os dois adotaram um comportamento distante e rígido com os filhos. Ao descobrir mais sobre suas infâncias e sobre a fuga do Vietnã que ocorreu quando ela era pequena, a filha pode entender por que seus progenitores são do jeito que são, bem como a descoberta de como sua infância de refugiada a moldou. Uma ótima graphic novel, de um lirismo ímpar, recomendo para quem gostou de Persépolis e maus.
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Catharina.Mattavel 08/06/2020

Ensinamentos e histórias marcantes
A partir do olhar de uma criança, acompanhamos os desafios de uma grande mudança da família de Thi Bui. Focando principalmente na luta da busca por um futuro melhor após a queda do Vietnã do Sul, na década de 1970 se conectando também com a Segunda Guerra. ⁠Através dos relatos gráficos de suas lembranças da infância, a autora explora a tentativa de sobrevivência e migração.

Conhecemos a história da mãe e do pai, antes mesmo de Thi Bui ter nascido, o que nos leva a entender comportamentos atuais de ambos e a admiração que a autora tem pela mãe. Tudo isso muito bem costurado com acontecimentos históricos e com o momento atual de sua vida, que é o nascimento de seu filho.

É um tipo de obra que em alguns momentos aquece muito o coração, gera empatia, ansiedade mas ao mesmo tempo é muito dolorosa. Todas as dificuldade da família são narradas com sinceridade, ou seja, acompanhamos injustiças, imposições e oposições de muitos que tentaram lutar contra uma guerra que gerou inúmeros mortos, feridos e impactou diretamente a vida de famílias, inclusive essa.

A autora conseguiu expressar através de ilustrações sutis, não só os sentimentos de cada personagem, mas também o meio político, cultural e social enquanto explora suas origens nas conversas com a mãe e o pai. Não preciso dizer o quanto é uma obra valiosa, necessária e verdadeira. Sem dúvidas, Thi Bui é uma figura que devemos admirar por ter a coragem de compartilhar um retrato tão intimo da dificuldade de se viver em um regime autoritário e a adaptação de se viver em um novo país, com uma nova cultura e costumes.

site: https://www.instagram.com/p/CAlU5WfjJnI/?hl=pt-br
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Karla Lima @seguelendo 13/05/2020

@seguelendo
Eu definitivamente não estava preparada para o impacto dessa leitura. A autora documenta a história de sua família durante a Guerra e a fuga após a queda do Vietnã do Sul.

Apesar da brutal realidade, a história é contada de forma delicada, pincelada com as reflexões de uma mulher madura que olha para o próprio passado. Bui compartilha conosco as experiências que viveu, bem como a formação, e as dores, dos seus pais.

O traço é forte, mas de alguma forma consegue nos transmitir toda sensibilidade que a história merece. As cores, quase ausentes, são quentes e com total predominância do laranja. Não sei se foi proposital, mas os tons escolhidos me fizeram ficar ainda mais imersa na história, como se realmente estivesse desbravando páginas antigas da história de Bui.

Não tenho palavras para descrever como eu amei. Tudo o que posso fazer nesse momento é dizer para você que me acompanha aqui no Instagram: confie em mim, e leia essa história!

Obrigada, @editoranemo, por me enviar essa obra e me proporcionar essa experiência. Foi incrível.
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@andressamreis 28/07/2020

O melhor que podíamos fazer - Thi Bui

Escolhi o pior momento para ler esta Graphic Novel: durante a minha segunda gravidez! Já estava receiosa pela chegada de mais um filho e acompanhar toda a odisseia da família de refugiados de Thi, do Vietnã aos Estados Unidos, foi tenso, demorei muitos dias para ler!

Thi Bui é vietnamita em uma família com 6 filhos, possuíam um bom nível social de vida, até que a guerra os invadiu e mudou tudo!

Imagine o que é fugir, com filhos pequenos, deixando tudo pra trás, e o que é pior, bombas caindo atrás de você!

Essa Graphic é tão devastadora!

Seja pelo instinto de sobrevivência de Thi, seus pais e irmãos, seja pelas cicatrizes emocionais que marcaram cada um indelevelmente.

Assim, quando Thi torna-se mãe pela primeira vez é tomada por um instinto de reconciliar-se com seus pais e para isto ela faz todo um resgate da história dos dois, tentando compreender e lançar luz sobre alguns comportamentos durante a sua educação na infância e adolescência. O tempo na narrativa não é linear, a todo momento ela vai e volta para recuperar a história dos seus genitores.
E isto nos toca profundamente! Essa cura acerca do relacionamento com seus pais é muito sensível e doloroso. Tudo tem um porquê!

Leia! Se quiser saber sobre refugiados, se quiser conhecer mais de perto a Guerra do Vietnã e principalmente sobre Ser Família!

Uma frase me marcou.
? "Agora família é algo que criei e não apenas algo em que nasci".

Essa leitura me deu forças para ter um parto em meio a pandemia. Quando tive medo, pensava na mãe de Thi fugindo da guerra com barrigão e parindo em um campo de refugiados! A força da mãe dela foi meu refúgio!
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Ju Duarte 28/02/2021

Ao ler comentários antes de ler o livro li a seguinte frase: se você se apaixonou por Maus e Persépolis, deve ler esse livro.
Foi diretamente para o carrinho e não decepcionou em nada. Lindo. Tocante. Sem falar na qualidade artística. Vale cada segundo.
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oarthurgomes_ 22/07/2021

Quadrinhos
Explora a angústia da imigração e os efeitos duradouros que o deslocamento tem sobre uma criança. A autora relata a fuga de sua família após a queda do viet?a do Sul.
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Jose 12/03/2023

Um dos meus gêneros favoritos dos quadrinhos é o de autobiografias/biografias. Eu tenho muitos deles e o que mais me atrai é a maneira com que os autores transmitem suas dificuldades e sentimentos mais íntimos para as páginas do gibi. E esse é o caso de O Melhor que Podíamos Fazer, da Thi Bui, uma autora vietnamita que mora nos EUA, e que foi lançado aqui no Brasil pela Editora Nemo.

O Melhor que Podíamos Fazer mistura o passado e presente da autora, começando nos dias atuais no momento do parto de seu filho e revisitando diversos momentos da sua história. E não presenciamos apenas a vida da autora. Somos apresentados a história de sua mãe, de seu pai e a todo um contexto com a guerra do Vietnã, que obrigou sua família pouco tempo depois do fim da guerra a sair do país fugidos.

Nesse quadrinho, Thi expressa seu desejo de conhecer seus pais verdadeiramente, e de tentar se aproximar deles, principalmente de seu pai, um homem difícil, mas que teve sua própria história cheia de amargura e dificuldades. Em quadrinhos autobiográficos, o autor expõe seus sentimentos e isso inclui os mais complicados de serem ditos, aqueles que expõem também seus familiares, com inseguranças, um medo e intimidação sentidos contra o próprio pai, eventos traumáticos da infância, etc.

Com uma arte bem humana que comunica muito bem os sentimentos dos personagens e traz impacto para os momentos mais íntimos vividos por eles, Thi Bui traça sua própria história, conectada a seu pai, sua mãe, seus irmãos, tanto os vivos quanto os mortos, e principalmente conecta ao seu país de origem, o Vietnã, tão distante, mas que até hoje está muito presente na sua vida e marcado pra sempre na sua memória.
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Gabriel.Maissack 08/04/2021

Refúgio
É dessas leituras que a gente precisa nesse momento. Enquanto países que fomentam e financiam guerras se fecham, os povos vitimados fazem o seu melhor pra sobreviver, pra encontrar um lugar pra chamar de lar.

P.s.: Ouçam também Aboio, do Rapadura.
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Livia Barini 23/05/2022

Razoável
Esse livro é super famoso e esperava algo no nível de "A Espera".
As ilustrações são muito expressivas, mas não são particularmente bonitas, a um quê de sofrimento em todas elas.
Achei o desenrolar da história confuso. Idas e vindas no tempo, muitas mudanças de lugar, vários personagens... Sei que é a vida da família da autora, mas poderia ser narrado de forma mais claro.
Apesar de interessante, não me agradou tanto assim.
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Rod 29/06/2020

Bom
Durante quase toda a narrativa se concentra no sofrimento por qual a protagonista passa, mas isso torna a história bem sensível.
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