@blogleiturasdiarias 13/01/2018Jay Crownover é Jay CrownoverQuanto mais conhecemos a escrita dos autores, mais fluída e bacana é a leitura dos seus livros além de notar uma certa evolução. E é o sentimento que me define lendo Jay Crownover. Depois de Homens Marcados pensei que não teria como me surpreender com os enredos dela, porém Paixão e Liberdade veio para provar o contrário.
Após Rowdy lhe incluir na vida pessoal, Sayer mora em Denver. Aprendendo a conviver com a "família" do seu irmão, seus amigos, ela acaba conhecendo Zeb. Zeb Fuller é um reformador de casas com um passado errado. Por ter ficha criminal e ter sido preso, todos os clientes que lhe pedem serviço ele avisa sobre sua bagagem "extra". E não foi diferente com Sayer. Destoante da maioria, ela não o julgou. Com o objetivo de reformar sua casa, ele perceberá que não quer somente trabalhar para ela, e sim entrar definitivamente na sua vida. Reviravoltas não esperadas fará com que ele precise dos serviços de advogada dela, podendo por em risco tudo que tentou cultivar entre os dois e ainda por cima modificar completamente sua rotina. O que aconteceu com Zeb? Por que Sayer é tão insegura? Serão capazes deles ficarem juntos mesmo com todos os problemas?!
Esperando um bom romance dentro do conhecido clichê, fiquei surpresa em encontrar elementos novos ou não explorados antes. Para quem leu sua série antecessora percebe que nosso casal principal não é novidade, então ver uma reviravolta não imaginada no desenvolvimento foi excelente — até porque tínhamos 7 obras diferentes antes. Poderíamos ter uma escassez de ideias. É elementos conhecidos e utilizados no gênero que ganhou novas faces pelo modo que foi construído. Jay Crownover tem essa habilidade de transformar o simples em algo complexo, carregando no drama e aguçando a curiosidade.
Senti uma leve diferença na sua maneira de escrever, menos pesada no erótico, menos cru e sim amorosa, envolvida nos sentimentos. Confesso que fiquei confusa neste quesito porque não sei classificar se foi demanda do casal que constrói o amor de uma maneira diferente, ou se vai ser a nova linha de desenvolvimento dela. É esperar o próximo para solucionar o caso. Não significa que seja ruim, aliás é ótimo pois mostra outras vertentes dela no entanto, fiquei surpreendida.
"Controle era tudo para mim, e Zeb Fuller me fazia querer perdê-lo, mesmo dormindo profundamente, em sua cama, do outro lado de Denver." pág. 20
Os protagonistas, principalmente Zeb, são bem construídos. O citado que já conhecemos por nome e pelo porte físico, tem uma quebra de esteriótipo quando conhecemos seu interior. Aliás é algo que sempre falo e repito: em todos os livros lidos da autora temos quebra de esteriótipo. Eu como consumidora de Jovem Adulto vejo que a linha seguida por ela é diferente de modo que te instiga a querer mais e mais. E no momento não acho algo igual no Brasil. Quem irrita um pouco e deixa alguns momentos chatos é a Sayer e sua personalidade "negativa". Me identifico muito com ela por ser uma pessoa fechada, que não demonstra com facilidade seus sentimentos, contudo senti uma resistência além do necessário. Em algumas situações irritava. Nada exagerado que faça você abandonar, e sim dar aquela respirada funda e continuar.
Como o drama tem seu ponto alto em uma descoberta logo no início das páginas — é o que dá o ponta-pé inicial para os dois se aproximarem — teremos pequenos problemas que os manterá afastados até que uma decisão unilateral faça com que tenham o tão sonhado final feliz ou não tão final feliz. Fiquei contente por esta atitude colocada pois reforça um pensamento meu que existem problemas pessoais que apesar dos parceiros, amigos e familiares tentarem ajudar, não são resolvidos se não partir por vontade própria. Sayer por ter um passado turbulento em que suas inseguranças falam alto, precisa superar seus obstáculos.
E preciso falar de 2 personagens secundários que também merecem destaques. Um deles é spoiler, por isso somente falo que é um ser para lá de fofo e a Poppy, uma garota que teve problemas no passado e aqui conseguimos ver seu desabrochar. Não me resta dúvidas que ela terá seu próprio volume, mas desde aqui vemos sua evolução. Sua história promete!
De uma forma geral é um romance "curto" e não contarei mais nada. São 368 páginas que pelo livro ser do tamanho menor padrão e com diagramação espaçada, acaba fazendo-o ser uma leitura rápida. Citei bastante uma série anterior, entretanto Paixão e Liberdade faz parte de outra denominada Saints of Denver, o que torna-o "independente". Alguns pequenos spoilers aqui e ali — se você classifica saber quem serão os casais como spoilers, questões de vida de casal — não prejudica quem quiser começar por aqui e somente depois ler a série anterior. Venham fazer parte do fã-clube da autora haha
"...Eu os via através do verniz perfeito que ela gostava de mostrar ao mundo, e nada disso me assustava. Um pouco de dificuldade, mesmo relacionada ao coração e à alma, não fazia mal a ninguém, e eu sabia que aquele poderia ser o projeto de restauração mais importante da minha vida." pág. 206
Na parte física a capa tem suas controvérsias. Não define perfeitamente o Zeb, algumas características aqui e ali batem e é meio que uma tentativa de "imitar" a original, a qual queria que tivesse mantido. Fiquei um pouco chateada com relação ao tamanho do exemplar pois por ser menor ficará diferente da outra série. Custava a editora pelo menos tentar manter um padrão?! Na parte interna a diagramação é comum, contendo nota da autora e uma playlist show que pontua o gosto de cada personagem. Nenhum erro ortográfico aparente e nem de revisão.
Agora, infelizmente ficarei órfã de trabalhos dela pois o próximo será lançado somente em Fevereiro — o que na minha vida diz que só posso comprar 4 meses depois. Intitulado como Leis da Tentação, se preparem que o próximo casal é fogo puro. Estou mega ansiosa! Espero que tenham gostado
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