ritita 24/03/2023Ah, piano e clássicos juntos?Desconfio que meus algorítimos cerebrais estão voltados para música clássica, haja Brahms, Bach, Chopin, Vivaldi (meu predileto), e tantos outros.
A narrativa é uma delícia de ler, avôs muito fofos, chácara dos vovôs de contos de fada, muitos tios e primos e uma afinidade musical com vovó Nam e a falecida tia Evelyn, uma virtuose no piano.
Mas nem tudo são flores, a mãe de Ruth não tem afeição pela filha de 4 anos, não suporta piano e por motivo só esclarecido quase no final, vive hospitalizada, deixando a criança aos cuidados do pai, a quem ela adora e da vovó Nam, em sua idílica morada.
Na casa de vovó Nam tem um piano, que Ruth, curiosa que só e sem muita diversão no inverno, começa a dedilhar, para felicidade da avó, que a guia em seus primeiros passos. A menina ama tocar e faz disso uma meta de vida, ainda que seus pais a proíbam de aprender ou mesmo ter um piano, por motivos nunca explicados.
Ah, mas Ruth descobre um piano na sala de música em sua escola em Londres, e com ajuda de professores e maestros começa a treinar diariamente.
A autora é muito feliz em intercalar momentos sombrios com outros de pura magia durante a contação. A única coisa que fui obrigada editar foram termos técnicos afeitos aos estudantes e/ou profissionais do instrumento - muita edição. Hahaha
O livro fala de dores e delícias da infância e início de adolescência de uma forma extremamente delicada, além de falar de música clássica no piano - delícia!
Muito, muito bom.