Marcella.Pimenta 20/10/2022
Quando a promessa de paraíso encontra a realidade
O livro reúne textos de 6 escritores que podem ser entendidos como comunistas arrependidos. Durante a década de 30, o sentimento de que o capitalismo gerava injustiça e opressão os levou a contribuir ou a se juntar ao Partido Comunista do seu país.
Aqueles que visitaram a União Soviética encontraram um regime de fome, miséria, supressão da arte e do pensamento e doutrinação partidária nas escolas.
O que buscava retratar a situação do negro nos Estados Unidos (afinal, os livros lhe diziam que o comunismo se preocupava com os oprimidos) percebeu que suas intenções não eram bem-vindas no partido, pois ele deveria se dedicar à causa revolucionária.
Além da decepção de verem seus ideais de justiça social e de defesa dos mais fracos quebrados, os autores revelam as estratégias de dissimulação que viram, como a de não se chamarem de comunistas ou bolcheviques, mas de "honestos antifascistas defensores da paz e da democracia".
Qualquer semelhança com o discurso de campanha petista atual (2022) de "Frente ampla pela democracia" e "contra o fascismo" não é coincidência. O roteiro é o mesmo, trocam-se apenas os atores e o cenário.