Carol 20/01/2020
Nessa obra, André Luiz acompanha um grupo de trabalhadores espirituais na tarefa de assistir o desencarne dos Obreiros, indivíduos encarnados que possuem méritos pelo tempo dedicado ao serviço no bem. Antes de atingirem a Crosta, a equipe espiritual para nos umbrais mais pesados e se estabelece na Casa Transitória Fabiano de Cristo, instituição dedicada ao auxílio dos irmãos sofredores daquelas regiões e também à hospedagem de trabalhadores em serviço na Crosta. A casa é transitória pois, de tempos em tempos, é necessário que ela mude de lugar, devido à passagem de um “fogo purificador”, como é chamado no livro, um fluxo energético que atravessa as regiões dos umbrais pesados para dissipar as energias negativas acumuladas pelas mentes sofredoras e persistentes no mal. Segundo a descrição do livro, esse fluxo se assemelha a raios, fazendo parecer que queima as energias deletérias por onde passa, daí a analogia com o fogo.
Durante a passagem pela Casa Transitória, André tem contato com um caso de um padre que permanece nas regiões de sombras. Esse irmão encontra-se revoltado por estar nessa situação de sofrimento, pois, segundo diz, lhe haviam prometido o Céu ao ser ordenado, quando na experiência física. Acreditando-se salvo através da batina, cometera muitos erros e acabou envenenado por um homem que se acreditava traído em sua dignidade. Assim foi que encontrou-se no umbral, após o desencarne. Neste momento, entra em ação outro padre, dedicado ao esclarecimento das almas que se dedicaram à religião católica. É interessante notar a dualidade neste ponto da obra, mostrando que não é a crença que fará diferença nos destinos dos homens após a morte, mas sim sua conduta enquanto encarnados. Quantos de nós não julgamos os irmãos de caminhada pelas suas crenças? Estaremos nos conduzindo melhor do que eles para poder julgá-los? Onde nos encontraremos após a morte?
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