Um beijo de colombina

Um beijo de colombina Adriana Lisboa




Resenhas - Um Beijo de Colombina


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Sabrina 15/01/2024

Que lindeza de livro, poético, profundo, triste. Fui devastada pela leitura, consumida? e aí: plot twist! uma reviravolta muda tudo. E depois, muda de novo. Pra ficar dias com ele na cabeça, surpreendida e intrigada. Amei.
Luciana Luz 21/01/2024minha estante
Muda e muda de novo. Esse livro é fantástico!


Sabrina 24/01/2024minha estante
Maravilhoso! Obrigada pela indicação, Lu ?




Pedro 11/10/2015

Uma bela escrita
Oito meses, no bairro carioca de Vila Isabel. Foi o tempo que durou o relacionamento de João, um professor de latim que nunca se viu escrevendo ficção, com Teresa, uma escritora que publicou dois livros por uma editora pequena e ganhou fama com um livro publicado por uma editora maior. Eles se conheceram em uma festa e daí em diante, passaram a conviver juntos por oito meses. Certa noite, Teresa saiu para nadar nas águas de Mangaratiba e não retornou, deixando meses de pesquisa sobre a vida e obra de Manuel Bandeira que iriam servir para estruturar seu próximo romance no computador inacabado. Sem explicação, o corpo de Teresa desaparece e ninguém sabe dizer o que aconteceu. Teria alguém a matado e enterrado o corpo?, Teresa se afogou no mar assim como diz o poema "Cantiga" de Manuel Bandeira?, Será que o narrador enlouqueceu e a matou? Ou ela fugiu com a ex-namorada Teresa II?

"Nas ondas da praia
Nas ondas do mar
Quero ser feliz
Quero me afogar." - Cantiga, Manuel Bandeira

Sem entender o motivo do desaparecimento, João, vai reencontrar amores e rever os seus últimos meses na companhia dessa mulher, passeando por entre ruas do Rio de Janeiro assim como também começa a dar continuidade a obra deixada pela companheira.

(Re)Publicado pela editora Alfaguara, Um beijo de Colombina, narrado em primeira pessoa por João, é um livro delicado, com um texto bem escrito e claro, onde a autora se utiliza da própria arte da escrita em si para estruturar o romance. Adriana Lisboa cria personagens muito humanos, sem pieguice ou nebulosidades que chegam a cativa o leitor e abre as portas do mar para ele ir navegando por suas descrições riquíssimas da cidade maravilhosa do Rio de Janeiro que dão um destaque a mais a obra. Outro ponto que enriquece o livro são as lembranças pescadas por João de sua infância, adolescência e vida adulta.

O romance se mistura com poesia; os capítulos recebem títulos dos poemas de Manuel Bandeira e há uma intertextualidade enorme com a vida e obra do poeta que até mesmo eu que não conheço muito acerca consegui apreciar de forma gostosa e com um gostinho de quero mais tanto da Adriana, quanto do Bandeira.

Senti uma certa angustia e tristeza ao ler Um Beijo de Colombina e me vi muito retratado na pele do João. Em determinado momento estava achando a narrativa extremamente bela e delicada, tanto é que dei tempo à leitura, lendo devagarinho, aproveitando os detalhes que eram apresentados. Achava que iria ficar por isso mesmo, um texto gostoso, mas acabei sendo sacudido ao ler algo que não estava esperando e isso só confirmou o meu gosto por essa obra incrível. Com toda certeza irei querer reler e claro, apreciar os poemas do Bandeiras que são todos citados em uma nota no final do livro.
Para quem gosta de um livro curtinha, mas com uma vastidão em seu conteúdo, irá apreciar muito bem este livro.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br/2015/09/resenha-102-um-beijo-de-colombina.html
Renata CCS 06/11/2015minha estante
Parece-me ser esta uma história deliciosa, simples e cativante!




laís angeiras 04/07/2009

adorei! uma historia diferente, que mistura um pouco de poesias de manuel bandeira na narrativa..
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Lilix / outrasbagatelas 23/12/2009

Descobrir Adriana Lisbôa foi uma ótima surpresa.

Vale: Teresa, Teresa...
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Ladyce 22/09/2017

Gosto imensamente da poesia de Manuel Bandeira. Acho-o, se não o maior poeta do século XX, certamente entre os três mais importantes poetas brasileiros da época. Acredito ter lido quase toda sua obra. Um atrativo a mais para o livro Um beijo de Colombina de Adriana Lisboa é que Manuel Bandeira está presente, ou melhor, é a alma, do romance. Por isso tive grandes expectativas ao abrir o livro.

Adriana Lisboa, por outro lado, só conheço de um livro anterior: Rakushisha. Por ele, a autora passou a figurar no rol de escritores/ poetas favoritos, pois me lembro de sua prosa delicada, cheia de surpresas e inusitadas visões dos temas do cotidiano.

Acreditei, portanto, quando escolhi a leitura desse livro, que iria ter dupla apreciação, que iria ter deleite ao quadrado. A prosa de Adriana Lisboa continua límpida, delicada, mesmo nesta obra, que não é tão poética quanto minha memória atribuía a ela. Manuel Bandeira continua um dos grandes poetas brasileiros de todos os tempos. Mas o poeta Manuel Bandeira perdeu-se nesse texto e Adriana Lisboa não mostrou a mágica de sua prosa-poética vista em outras de suas obras .

A trama se desenrola a partir de um casal de namorados, num relacionamento recente, em que de repente, a namorada, Teresa, morre afogada. Para melhor entender o que acontece o rapaz revê a história deles até o afogamento em Mangaratiba (RJ). Aos poucos um retrato mais detalhado de Teresa, jovem escritora às portas de um sucesso literário retumbante, começa a se firmar e surge a dúvida: teria ela, excelente nadadora , sofrido um golpe do acaso? Ou o afogamento teria sido deliberado, um suicídio?

A narrativa corre bem pelo primeiro terço do livro, para se perder e chegar a um final quase forçado, como se tivesse sido planejado de antemão e encontrasse dificuldade de desabrochar. O mistério sobre a morte de Teresa, que poderia ser visto como um gancho para puxar o leitor a cada página não parece tão importante nem para o leitor, nem para o namorado narrador. Não vi na trama secundária, seu envolvimento com uma antiga namorada, qualquer propósito a não ser o de lembrar o lugar de residência de Manuel Bandeira.

Enfim, uma ideia boa, com uma narrativa leve, que tinha tudo para ser mais do que só agradável, que infelizmente não chegou a encantar essa leitora. Uma oportunidade perdida. Adriana Lisboa continua com uma bela prosa, mas quase não chega ao que se propõe.
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Cleo 25/12/2022

Pra mim não deu
O livro começa muito bem, os primeiros capítulos seguem uma clássica forma charmosa. O casal jovens das humanidades, cada um com suas estranhezas, um início de relação ao mesmo tempo banal e com um toque de pitoresco, a efervescência veloz de se apaixonar na vida adulta e logo coabitar com aquela nova pessoa. E até uns capítulos depois do baque da morte da personagem, quando o protagonista que a gente vai descobrindo que se acha um merda (clássico) e começa ele mesmo em incursões literárias metatextuais? Ainda assim charmoso.

Mas a partir daí como pode o narrador ficar tão chato e, principalmente, tanto sexo pra quê? Sexo não me deixa chocada, só é às vezes desnecessário na história, e foi muitas vezes. Esses parágrafos todos poderiam ser usados pra desenvolver a tal intertextualidade com o Manuel Bandeira, que ou é meio rasa ou é tão profunda que passou batida por mim.

O final parece muito criado às pressas. Parte da graça da ficção de mistério é poder ao menos supor os acontecimentos, né? Voltar e encontrar pistas ali. Não as há muito. Também porque narrador personagem nem se dá muito trabalho de investigar, tá muito ocupado conversando com o cachorro (a outra parte boa do livro).

Enfim, talvez o clássico aqui seja: é bem escrito, mas não é pra mim.
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Nícolas 28/10/2012

Como canta Pitty, "há tanta beleza no mundo, eu só queria enxergar". Ela não está na estética de uns lábios cirurgicamente alterados, nem no tecido de um Dolce&Gabana, nem numa réplica de cristal da Torre Eiffel. Ela está nas coisas simples que estão "lá", todos os dias, e você não percebe.
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Fernanda 12/09/2014

Um livro com muita metalinguagem, algo de que eu não gosto, mas que funciona muito bem. Um homem narra a história de uma companheira logo após sua morte por afogamento. Ela era escritora, ele nunca havia escrito nada. Mas para fazer a dor passar, resolve contar a história do casal. Como recurso ele usa poemas de Manuel Bandeira, um antigo projeto de Teresa. Todos os capítulos têm nomes do poemas de Bandeira, assim como a narrativa da autora se confunde com textos dele. Apaixonante.

site: http://duosimplicantes.blogspot.com.br/2014/09/belo-belo-tenho-tudo-quanto-quero.html
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Claudio 17/11/2015

O jogo entre poesia e prosa
Entrei no mar de Mangaratiba e sumi no mundo junto a Teresa. Ou seria no mundo de Teresa? Ou no mundo do professor de latim? Ou de ambos? Certamente no mundo de Manoel Bandeira!
O jogo entre poesia e prosa é a maior virtude desse livro, o primeiro que li em que isso foi bem executado (a metalinguagem quando bem feita pode ser uma dádiva). Deu vontade de ler Manuel Bandeira, certamente quem é fã ou já leu Estrela da vida inteira deve ter uma percepção completamente diferente deste livro.
Um beijo de colombina, um livro pesado, carregado no drama psicológico de uma relação de amor marcada por uma tragédia (?), uma verdadeira história de pierrot.
O texto de maneira geral é dinâmico o suficiente para nos fazer vivênciar toda a experiência. Mas, citando outro poeta, tinha uma pedra no meio do caminho e em um determinado momento o texto fica descritivo de mais, depressivo de mais ou talvez tenha sido eu que tenha ficado assim (vai saber?), mas perdi um pouco o rítmo e, por isso, não cheguei tão empolgado assim no fim.
E por falar no fim, talvez tenha sido o final triste mais feliz que já li. Ou seria o final feliz mais triste? Não sei, ainda estou confuso, só sei dizer que foi muito bom!
Mudando de assunto, a Alfaguara deveria ter escolhido uma foto mais representativa para a capa, por exemplo, uma foto de Vila Isabel... Só para deixar registrado mesmo.
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Ramon 04/10/2016

Só não li da autora até agora "Azul Corvo", e esse foi o de que menos gostei. O argumento do livro é bom, mas a história foi perdendo o interesse do meio para o fim, até que, no último capítulo, houve uma compensação. O narrador do livro vive com uma escritora que, em uma das vezes em que vai nadar no mar, desaparece, e ele passa a vivenciar um processo de luto por essa perda. Para tentar superar, começa também a escrever. O livro, por isso, tem vários trechos metalinguísticos bacanas, em que o ofício da escrita é objeto de reflexões e de comentários. Os capítulos são organizados em referência a poemas de Manuel Bandeira, cujas vida e obra têm presença preponderante no romance. Se não gostar de "spoiler", pare de ler aqui...

Recorde-se que Manuel Bandeira contraiu tuberculose na juventude e teve a morte como certa para pouco tempo à frente, mas foi um dos escritores mais longevos de sua geração. Esse é um dos pontos em que a biografia do poeta toca a trama do livro.
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Luciana Luz 08/08/2023

Fascinante
Que livro foi esse?!
E quando vc pensa q se surpreende com o final...se surpreende de novo!
Que beleza, que poesia, do início ao fim!
Precisava apenas deixar registrado, das melhores leituras que já fiz.
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lua 17/08/2023

Sensacional
Uma grande amiga me emprestou "Um beijo de colombina" dizendo ser o seu livro favorito. E agora a entendo. O livro realmente é digno de marcações, post-its com comentários e tudo o mais.
Eu como carioca, amei os cenários em que se passam a trama, e como leitora amei mais ainda Teresa, João, Marisa e Boy. Os personagens são tão vivos e humanos que creio talvez esbarrar com algum deles na rua.
Adorei o fluxo de consciência e as reviravoltas. Adorei as referências externas de arte. Adorei tudo!
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