Leilane 10/10/2017
“K-POP – MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA” É PARA DEIXAR DE SER LEIGO E VIRAR FÃ
Já ouviu falar de K-Pop? Quer se aprofundar e tirar todas suas dúvidas deste universo? Parabéns, com “K-Pop – Manual de Sobrevivência” você está apto para conhecer mais da cultura coreana e todas as nuances desta indústria tão única e gênero musical tão cativante que é o K-Pop.
Sou uma pessoa que sempre gostou de pop (Hanson marcou minha adolescência e deixou minha mãe mais pobre, muito dinheiro gasto em revistas, CDs etc.; rs de nervoso), hip hop, rock e eletrônico. Meu primeiro contato com K-Pop foi como de muitas pessoas com Gangnam Style do PSY, mas foi em 2013 com o jogo Dance Central do Xbox que tinha “I’m The Best” do 2NE1 que realmente comecei, além de dançar (aprendi a coreografia do Dance Central e do MV), a escutar e admirar este estilo que combinava perfeitamente meus estilos de música favoritos, mas com algo ainda mais cativante.
Entretanto, apesar de escutar bastante as músicas deste girl group e algumas outras de K-Pop sugeridas pelo Youtube, demorei para me render totalmente. Foi depois do debut do girl group Blackpink no ano passado que fiquei mais viciada e me tornei imediatamente uma Blink (Lisa biased, Jenny de bias wrecker), e finalmente comecei a procurar com mais afinco sobre K-Pop, o que me levou ao meu grupo utt, BTS (sou Army, Suga biased, Jungkook e V de bias wreckers, mas que ama Jimin, J-Hope, Rap Monster e Jin na mesma medida; sério, nunca achei que sentiria tanto amor por um boy group depois de Hanson; por coincidência ambos têm música chamadas Save Me, acho que era destino) e a escutar e admirar muitos outros grupos, apesar de não me considerar parte dos fandoms, como: Big Bang, EXO, Kard, Monsta X, KARD, Blanc7 e muitos outros.
Eu já conhecia a Babi Dewet como escritora desde 2014, mas passei a acompanhar mais o canal e o trabalho dela na divulgação da cultura coreana quando comecei a procurar mais sobre K-Pop e fiquei extasiada quando ela anunciou que este livro seria lançado, pois apesar de ter muitos canais de Youtube, sites e blogs, estava faltando livros sobre o tema – e esta fã de livros precisava de um de K-Pop. E o fato de a Érica Imenes e a Natália Pak do Portal SarangInGayo também entrarem no projeto como autoras, já deu para saber que teria ainda mais conteúdo exclusivo e muito bem embasado, afinal, o portal existe desde 2008 e já recebeu muitos prêmios do governo sul-coreano pela divulgação da cultura no Brasil.
O livro é o primeiro da nossa nova parceria com a Gutenberg e tem uma capa arrasadora trabalhada no holográfico que representa bem a cara do K-Pop: cheio de nuances e impactante. As autoras fizeram quase que um “resumão” daqueles que tem tudo que vai cair na prova, mas ao mesmo tempo te torna uma pessoa mais engajada no assunto, com história da Coreia e do K-Pop, como funciona esta indústria musical e como tem sido o fenômeno no Brasil e no mundo, além de expressões, curiosidades, culinária e um pouco sobre os dramas coreanos. E também trouxeram entrevistas e crônicas com suas experiências pessoais com idols e rappers que já passaram pelo Brasil; um conteúdo super exclusivo trazido por essas autoras incríveis que já têm bastante tempo de estrada no meio.
Como já estou inserida no universo, para mim este livro foi uma excelente forma de validar o que já conhecia e me aprofundar mais ao mesmo tempo. Eu estudei na Liberdade a maior parte da minha vida, um total de 14 anos do ensino básico até o superior, e sempre tive amigos de origem asiática, de modo que pude entender com mais naturalidade as diferenças entre os países deste continente e como expressões generalistas são ofensivas, mas nunca soube, por exemplo, o quão historicamente complicada foi a relação entre Coreia do Sul e Japão que elas abordam no livro. Então, assim que lerem este livro, façam um favor ao seu amigo ou parente que ainda fala aquela frase descabida “é tudo igual” e lhe dê uma lição de história sobre o quanto os anos de domínio cultural deixaram um impacto no coletivo cultural dos coreanos. Mas independente disso, respeitar as diferenças é uma das principais características de um ser humano melhor (#ficaadica e coração estilo coreano com indicador e polegar para todos com muito sarang).
Dentre tantas coisas que amei deste livro, destaco o glossário com expressão e palavras úteis que é essencial para os fãs de K-Pop, já que além do coreano ser totalmente diferente do português e ser necessário aprender hangul para entendê-lo, muitas das expressões são em inglês, mas mesmo que você saiba inglês, você não o entenderá (vide vídeo do Buzzfeed sobre nativos do inglês tentado adivinhar os significados e falhando), pois este meio tem um vocabulário próprio que todo fã tem de conhecer (e vai ajudá-lo a entender as expressões que utilizei nesta resenha). Como estou aprendendo coreano com aplicativos e canais de Youtube, só senti falta de ter os termos também nos caracteres do hangul (ㅠㅠ), além do romanizado, entretanto, o lado bom é que posso treinar e escrever em lápis em hangul do lado.
Adorei demais conhecer mais a fundo a história do K-Pop, o quanto este universo é forte e que a indústria está inserindo cada vez mais controles regulatórios para evitar cláusulas abusivas em contratos, pois, por mais que o ramo seja competitivo, os idols precisam ter mais poder de decisão em sua própria carreira.
Também amei todas as curiosidades dos grupos, dos idols, sobre a Coreia, sobre os dramas coreanos (como eu escolhi entrar em um buraco de cada vez, até hoje não me rendi ao K-Drama, mas sei que em breve o farei e já tenho a listinha incrível delas para começar) e as receitas de pratos coreanos que são uma delícia! Amo bulgogi, já comi em alguns restaurantes de SP e é favorito, pois minha genética aparentemente é anti-pimentas (os pratos coreanos podem ser bem picantes, então sempre pesquise antes e prove aos poucos para saber quais você realmente pode comer), mas este não é picante e estou morrendo de vontade de preparar em casa.
E antes que eu escreva outro livro para falar o quanto totalmente Daebak é este livro, preciso dizer que esta Army (denominação dos fãs de BTS) amou que esses homens maravilhosos ganharam entrevista e crônica no livro, só senti falta da menção ao TOP Social Artist da Billboard de maio de 2017 e também de mais detalhes de outros grupos que vieram em julho como sobre KARD dançando Anitta no show aqui de São Paulo e como foi a interação da Érica com o Blanc7 no show no qual ela foi MC. Mas entendo que o livro já estava nas fases finais e não deve ter dado tempo de adicionar essas informações, por isso já fico na torcida pelo próximo livro, afinal o K-Pop ainda tem muita história para contar e com a força que a Onda Hallyu ganhou no Brasil este ano, nada mais justo do que em breve termos o segundo da série K-Pop escrito pelo nosso #TEAMKPOP querido de novo. Hwaiting! E Daebak Naseyo com ““K-Pop – Manual de Sobrevivência”!
site: http://lerimaginar.com.br/2017/10/k-pop-manual-de-sobrevivencia-e-para-deixar-de-ser-leigo-e-virar-fa/