Quero minha mãe

Quero minha mãe Adélia Prado




Resenhas - Quero minha mãe


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lillimarlene 13/11/2020

Saudades
A descoberta de estar perto do fim traz toda a lembrança da infância e mostra a necessidade de se reaproximar da família.
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Fatori 27/04/2022

'Quero minha mãe' é uma obra literária em forma de prosa, onde a narrativa conta a vida de Olímpia, que em certo momento de sua vida depara-se com uma doença, um câncer.
Convivendo com a doença, Olímpia relata seus momentos desde a descoberta do câncer, até o momento da sua convalescença, onde seus sentimentos misturam-se com a saudade imensa de sua mãe, falecida há muitos anos quando Olímpia ainda era jovem. Olímpia, uma mulher interiorana, religiosa, descobre na fé e nos ensinamentos de sua mãe falecida, os alicerces para passar pelo período turbulento do tratamento de seu câncer.
Narrativa sutil, prosaica, em alguns momentos até mesmo melódica e muito emocionante. É realmente tocante e muito palpável o sentimento de saudade que Adélia colocou nas linhas de sua obra. Saudade do carinho de mãe, saudade da facilidade e ingenuidade da infância ao lado dela. Mais palpável ainda é a beleza que a protagonista encontra dentro de sua fé. Amo as obras de Adélia Prado, pois sinto-me imerso dentro das cenas que crio em minha mente durante a leitura.
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Claire Scorzi 03/04/2009

Faltando alguma coisa
Eu gosto de Adélia Prado, especialmente como prosadora (li um livro de poesias dela e não me fisgou; já o primeiro de prosa - Manuscritos de Felipa - foi paixão direto). Mas neste ficou faltando algo. A idéia central - de uma mulher que descobre-se seriamente doente e teme a morte - podia ter rendido mais, sendo AP uma escritora de peso. Mas ficou só um esqueleto, faltou carne, "recheio" para o livro; as anotações da personagem ficam soltas, sem profundidade; claro que se pode escrever um livro sem "ordem", e há alguns ótimos ("Ardil-22" que li recentemente, é um deles); porém nesse caso específico acabou soando como se a autora perdesse a inspiração ou o interesse pela narrativa. Não deu pra marcar, impressionar; o estilo descuidado-espontâneo-saboroso de Adélia está presente, mas para ser um livro dela é pouco.
Marci 17/05/2017minha estante
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Letícia 17/11/2018minha estante
Concordo... Senti a mesma coisa nessa obra dela. A única coisa de diferente é que prefiro a poesia.




Ercília 28/06/2023

"O homem pôs o chapéu e saiu. A mulher pegou a sombrinha e saiu, que antiguidade! Usava-se muito sombrinha e chapéu. Padre ainda adora guarda-chuva, resquício quase canônico das batinas de antigamente. Quando nos casamos, Abel tinha um sobretudo e um chapéu do mesmo tecido, composição alinhada, muito bonita, virava um artista vestido pra me matar. Não tenho um retrato dele com a roupa. Onde foi parar? Com certeza deu para algum pobre, por influência minha, que só agora me dou conta de minha enorme pobreza. Tantas coisas gostaria de recuperar, a aliança de minha mãe, um anel fino ? oitavado, como dizia o pai ?, um cordãozinho com um pingente em forma de livro, um brilhantinho na capa, um anel que meu avô me recomendou derreter e fazer o anel de formatura. Chega a doer. Preciso curar-me, colocar meus tesouros em outro lugar."

Esse livro é um pequeno e humilde presente. Parece uma avó contando histórias e escrevendo um diário. Foi uma honra encontrá-lo e lê-lo. Fica o lembrete para honrarmos com carinho os idosos, suas memórias e legados. Vamos falar com nossos sotaques e trejeitos regionais, cuidar de plantinhas e fazer tapetinhos de retalho como eles!
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thaisdandaro 27/05/2021

reli
um livro pequenininho de 84 páginas, né? não. ele é imenso!
a Adélia explora o poder de juntar palavra e formar frases de um jeito bonito. ela coloca poesia na prosa. dá imensidão pra frases curtas. conta sobre a aproximação da morte com um sentimento de saudosismo das vivências.

a sensação é ler um livro que é um retrato em sépia que traz lembranças de um lugar que já existiu e já foi especial.
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Ize 11/07/2023

Caminhando para o recomeço
Esse é um livro que carrega muito, leva muito e traz muito do que todos nós temos medo. Querer colo e aconchego quando o mundo está prestes a acabar, pra mim é que se tem de mais humano. Bonito é ver como essas sensações primárias são trabalhadas, fazendo intersecção com as reflexões da nossa sociedade e do que nos torna mulheres.
Adélia com certeza acertou muito aqui.
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Alessandra 27/03/2024

Quero mais prosa com Adelia Prado...
Foi meu primeiro contato com a autora, é bem gostosinho de ler; tem uma linguagem brasileirês de prosa meio amarga/doce de fruta madura do interior.

Gostei do drama porque me passou a vibe de que a personagem tá rindo da própria cara kk

"Foi transcendente. Não terereve perigo nenhum." p. 53

Esse é daquele tipo de livro que te faz pensar ~verdades nua e crua mas te dá quentinho no coração ?????
É pra ler pensando no que se já se foi, mas sem perder de vista o que temos/somos agora.

Quero ler maisss de Adélia
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