As Estações do Medo

As Estações do Medo Pablo Madeira...




Resenhas - As Estações do Medo


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Kelly Midori @kemiroxtvliterario 13/04/2019

Resenha: As Estações do Medo
As Estações do Medo é um livro de terror, suspense e mistério escrito pelos autores Paulo Madeira, Renan Melin, Helena Dias e Lucas França sendo de literatura nacional. Recebi o livro em parceria com a escritora Helena Dias mais alguns marcadores. Conheci ela pela resenha que eu fiz do livro Canção das Profundezas que ganhei no sorteio da booktuber Tati Durães.









Conteúdo do livro, lele é dividido em quatro partes cada uma estação do ano diferente: primavera, verão, outono e inverno como tema principal o terror em Fontesville onde coisas assustadoras acontecem onde o personagem principal tem o nome de Adam ele é um garoto estranho que vive com a mãe dele e vão para Fontesville para saber mais vou deixar um suspense no ar.







Minha análise é um ótimo livro de terror e muito fácil de se ler por ser um livro dividido em quatro partes uma única coisa que eu não gostei muito foi que eu não gostei das partes de canibalismo numa parte mas sem ser isso é um livro incrível de terror que com certeza vale a pena ser lido e pode ler até em maratonas e indico para entrar nas estações do medo, encare também a cidade Fontesville! Mas cuidado dizem que é perigosa mas uma você terá uma grande aventura!





Quote:
" O RITUAL estava iniciado, e eu podia sentir os fios espessos de sangue descendo pelos meus ouvidos a cada repetição do cântico." - Helena Dias (Outono)


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site: https://kemiroxtv.blogspot.com/2019/04/resenha-as-estacoes-do-medo.html
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Aricia 23/01/2019

Deliciosamente aterrorizante!
...algo temeroso sempre poderia acontecer na vida dos dois - ou na de qualquer um, afinal, a própria palavra já nos fala: vida. Ela nos dá medo todos os dias, não importa a estação."
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Karini.Couto 30/09/2018

Estações do Medo trás quatro contos de autores nacionais e os mesmos se interligam de maneira intrínseca, levando o leitor a ansiar por cada página virada, pois a curiosidade é minha fiel companheira e foi impossível parar até ter virado a última página. Cada autor tem sua característica bem acentuada de escrita que diferencia uma da outra e ao mesmo tempo completam-se trazendo ao leitor um verdadeiro "show de horrores" no sentido bom, ou seja, contos que mexem com a imaginação do leitor, contos despudorados de empatia ou beleza.. Contos macabros, insanos e cruéis! Estão preparados para Fontesville? Confesso que geralmente tenho meus receios com autores nacionais e principalmente contos vindos dos mesmos, mas aqui, nesta obra eu fui surpreendida e mais uma vez tive a certeza no quanto valeu cada momento que passei lendo esta obra.


Falando do prefácio, algo que não costumo mencionar com frequência, pois nem sempre me empolgam ou merecem uma atenção especial... Mas em Estações do Medo preciso dizer que a Ananda Veloso, autora da trilogia Círculo dos Imortais (que ainda não li, mas já quero ler), consegue de maneira intrínseca captar completamente o que estaria por vir nas páginas adiante e por o leitor completamente absorto por suas palavras que menciona inclusive um autor que eu simplesmente amo, que é Edgard Allan Poe.


"Ao ler os contos desta obra, senti-me inevitavelmente perturbada por cada história... São viscerais cada um destes textos. São arrepiantes, essencialmente malignos. Fez-me questionar até onde o Mal era sobrenatural, ou se de fato não era uma ação conjunta, humano e quimérico em sublime harmonia..."

Por Ananda Veloso.

E foi a partir deste prefácio e pelo início do conto de Pablo Madeira que eu não resisti; e uma leitura que seria apenas minha, particular, se tornou uma leitura realizada por mim e pela minha filha Ana Júlia, que adora contos de terror e se sente tão atraída quanto eu pelo sobrenatural, pela mente humana e por contos que nos deixam arrepiadas.


Primavera:


"Porque está gritando? Eu ainda nem te cortei..."

(A hora do pesadelo)


O conto de Pablo Madeira trás de maneira crua e direta a história de uma mãe que vive um fracasso na relação tendo se separado do marido. Ela coloca a culpa em diversos momentos no filho, que é esquisito, pois não tem o hábito de rir, falar ou demonstrar sentimentos, ainda que tenha sido investigada sua "estranheza", os médicos insistem em dizer que está tudo ok com o garoto. Seu ex a culpou pelo estado do garoto, maiores detalhes, apenas quando lerem, mas deixo claro que foi injusto. Um dia seu ex marido passou a chegar mais tarde e por fim a estava traindo e se separaram. Percebemos a frustração de Clarice em diversas cenas do conto com relação a essa separação e muitas vezes culpando seu filho por todo fracasso.


"... Clarice tentou de tudo, mas o menino não parecia nunca querer sorrir ou conversar e até chegou a brigar com os psicólogos, que garantiam que ele não era autista, o que ela acreditava ser uma possibilidade... Clarice tentou de todas as formas possíveis engravidar novamente, para dar um filho "normal" para Marcos... No fundo, ela sabia que a culpa do seu casamento ter fracassado não era do garoto, por ser estranho, mas não conseguia deixar de imaginar que ele era o motivo pelo qual seu esposo estava procurando outra mulher; para ter o filho perfeito - aquele que ela jamais conseguiria ter."


Porém, Clarice decide ir com seu filho Adam para um Chalé em Fontesville, um lugar praticamente fora do mapa; lá ela espera encontrar um pouco de paz e quem sabe colocar os pensamentos no lugar. Só que a viagem não sai nada como planejado. Ela pega um atalho indicado por um senhor, dono de uma lanchonete, que por sinal, apesar de tanta limpeza com o local e manter uma aparência limpa e arrumada, possui um hálito podre esquisito, que só pode ser problemas estomacais, segundo nossa protagonista.


Sério.. Clarice foi muito ingênua, quando percebeu em que enrascada se meteu, ela até que me surpreendeu com sua disposição de fazer o necessário para salvar o filho ao qual culpava por tanto e se mostra maternal e disposta a tudo para salvar a vida de seu filho; consegue se mostrar inteligente e perspicaz, mas acho que no fim nada disso importa. Aqui neste conto, percebemos o que foi falado no prefácio, sobre distinguir mal e sobrenatural.. Sobre o âmago das pessoas e o que elas podem guardar dentro de si.

Eu gostei do conto de Pablo Madeira o autor conseguiu nos prender à leitura (minha filha e eu) e ficamos envolvidas em toda aquela maldade insana e situações atípicas. Pensando exatamente o seguinte: "o que diabos aconteceu?". Demos uma pausa de algumas horas e então prosseguimos para o próximo conto..


Verão:


Neste conto de Renan Merlin, ele nos trás Eidan, um jovem recém-formado em busca do seu grande furo jornalístico. Após ver várias notícias em uma busca na internet encontra casos de mortes inexplicáveis e recentemente desaparecimentos de estudantes pela região de Fontesville, a que mais lhe chama atenção é a de um incêndio envolvendo a família Bolton, caso que ocorreu a quase duas décadas e ainda permanece sem explicação - neste incêndio sete membros da família Bolton morreram e um mordomo que por acaso era o avô de Eidan e mordomo da família. Então de cara percebemos que não se trata apenas de um trabalho para ter um grande furo, mas de um rapaz em busca de respostas para algo pessoal. Logo que chega em Fontesville, ainda na estrada seu rádio sai de sincronia e um barulho louco vindo do mesmo quase lhe causa um acidente, por sorte não atropelou ninguém e nem se machucou, porém ao seguir adiante, avista uma criança amedrontada atravessando a estrada às pressas e vai conferir, percebe que o menino parece estar absolutamente assustado, todo maltrapilho, demonstrando enorme medo, ele tenta dialogar com o menino sem muito sucesso, quando um tiro acontece e então o menino aceita entrar no carro de Eidan rumo à Fontesville, e o menino então consegue sussurrar seu nome muito assustado, Adam.


Sim minha gente! O filho de Clarice do conto anterior. Aí a pessoa aqui fica ainda mais intrigada, pois além de amar contos, adoro quando eles se interligam de maneira complementar e nos trás aquela sensação de suspense e terror pelo que mais está por vir e o que esperar (nada de bom, tenho certeza - pois, assim como gosto, não vi finais felizes antes e espero que continue assim rsrs). Aqui já comecei a sofrer por Adam, mais uma vez.. E mais tarde por Eidan, pois já deu para imaginar que nada nessa história poderia ser feliz! Não indo para Fontesville! Depois de toda insanidade do conto anterior.


Bom.. Os dois seguem rumo a delegacia da cidade onde o menino é deixado ainda que contra a vontade de Eidan aos cuidados da polícia local. Ele promete a Adam que irá ficar por perto.. Saindo da delegacia ele tenta achar um local para se hospedar sem sucesso e se depara com várias estátuas de corvos que olham para a mesma direção, resolvendo seguir os corvos encontra um orfanato e em seguida vê os policiais que lhe atenderam na delegacia deixar Adam no local com uma mulher irônica chamada Vivian. Não tem muito o que Eidan possa fazer, e Luca, o policial mais novo e gato, um dos únicos que parece minimamente educado naquela cidade de loucos e desaforados, lhe encaminha ao hotel local, onde é bem recebido pela recepcionista Kate, que também é uma das poucas pessoas educadas e gentis naquela cidade de gente estranha (tudo estranho). A essa altura, Eidan já havia demonstrado a Luca seu interesse real em estar ali e recebido o aviso para deixar a história do incêndio dos Bolton de lado, pois ele não iria querer se meter em problemas.. Mas claro que nada vai fazer Eidan mudar de ideia e ele dá prosseguimento a sua investigação, ao mesmo tempo em que acaba se envolvendo intimamente com o policial Luca. Porém o que estava por vir, nem Eidan e nem eu estávamos preparados.. Pois as descobertas que faz sobre o incêndio e o que de fato aconteceu no passado e o que está prestes a acontecer mudará o curso da história da vida de Eidan para sempre..


O medo é algo irracional que te pega de maneira súbita e te faz sentir uma adrenalina que faz com que você se torne insanamente ágil e ao mesmo tempo não perceba em que tipo de merda está se envolvendo, até que seja tarde demais.. Por este conto, ter cenas mais hot (sexuais) eu limitei o que lia em voz alta para a minha filha. Para finalizar, o autor conseguiu transmitir sua história e deu força a Eiden, um personagem que tem voz, personalidade e não mede esforços para obter respostas. Gostei muito do personagem criado e ainda que esperasse pelo final que ele teve, eu torci o tempo inteiro, por mais bizarro que fosse, pela sua história com Luca e por ele de alguma maneira conseguir sair de toda aquela loucura. Mas o passado se repete de certa maneira e tentando replicar as ações de seu avô, Eiden se depara com o inesperado. Estão curiosos? Se não estão ainda, deveriam! Além de terrivelmente assustados, pois uma coisa vos digo, não tem nada bom até aqui, só medo, terror, insanidade, loucuras, pessoas ruins e quem sabe algo sobrenatural à espreita!



Outono:



Helena Dias abre o conto com as gêmeas Samantha e Sabrina, o que para mim já soou um tanto quanto macabro, tendo tido um lance assim de gêmeos no conto anterior.. Mas aqui a história é um tanto diferente. Durante uma limpeza na casa, feita pela mãe das meninas, com intuito de se livrar das tralhas deixadas pelos moradores anteriores da residência.. As gêmeas acham uma tábua Ouija, e não veem a oportunidade de poder usar a mesma, afinal, esse tipo de coisa sempre atraem crianças, jovens e até adultos. E ao irem para o porão invocam algo, só não imaginavam o que as coisas saíram completamente ao controle e aí em meio ao cheiro estranho de queimado e a sensação de terror ambas após insistiram no nome de que espírito estava por ali, descobre que se chama Moira. De começo elas acharam ter sido apenas uma besteira das duas.. Afinal elas viviam brincando com lendas urbanas.. Foram para a cama conforme seus pais mandaram, no dia seguinte seria o aniversário delas.. Naquela noite antes de dormirem, ambas tentaram entender o que aconteceu no porão, e não conseguiram, decidindo que a partir daquele momento elas abririam mão dessas besteiras de terror e ficariam com as comédias, mas no dia seguinte quando os pais entram no quarto levando a bandeja de café da manhã, como tradição de todos os aniversários, ninguém, nem mesmo eu, estava preparada para a cena descrita. Uma delas havia morrido e a outra que sobrevivera estava tão apavorada quanto seria possível estar em uma situação assim. Sua irmã, morta na cama ao lado, drenada em cada gota de sangue pelos seus pulsos, seus olhos, duas bolas sem vida.. A irmã que sobreviveu teve sua boca costurada e sua expressão, ainda que apenas narrada e não um retrato, ficou nítida em minha mente. Isso tudo ocorreu na primavera, dezembro de 2007.


Depois disso, temos um salto de tempo para verão, fevereiro de 2008, onde se tinha mais uma vez o incidente do orfanato, do conto anterior, pois a cidade ainda estava chocada com os acontecimentos de final de ano e começo de ano.. Na delegacia, como sabemos, o delegado estava foragido e Luca morto, nada mudou para quem já trabalhava lá, pessoas foram substituídas e a vida daquele cara insuportável que ficava atrás da mesa no conto anterior permanecia quase a mesma, pelo menos sua função frustrante na delegacia. Pois ele conheceu Moira e se apaixonou por ela. Ele sabia sobre o ritual das irmãs bruxas, mas jamais imaginou que Moira pudesse ser parte de sua vida.


Não quero dar muitos spoilers, mas digamos que Moira está presente nesses contos desde o início.. lá na primavera.. Até os momentos atuais, ela era um espírito e com o ritual completo, ela conseguiu finalmente se restabelecer e contou toda sua história e tudo que estaria prestes a realizar, algo interrompido fazia anos. Quando eu penso que não poderia mas ter nenhum tipo e surpresa, eis que Moira ainda precisa de Maisha.. Para que tudo possa sair como planejado


"Como essa cidade pode ser tão pequena, mas tão perversa?"

Já forte o suficiente, ela compartilha com seu amante, que encontrou Maisha, sua irmã reencarnada e que já é hora de se reunirem. Com isso, Moira, assume uma nova identidade e vai parar em uma casa de repouso para crianças e jovens de Fontesville e lá, é claro, mais mistérios e coisas estranhas.. Mais uma vez nos reencontramos Adam e também com Sabrina, uma das gêmeas do começo do conto. E tem mais gêmeas na história (bizarro! Essas cozinheiras da casa de repouso).



Bom, não tem mais muito que eu possa dizer que não sejam spoilers imensos, então vou me ater ao fato de que esse conto é esclarecedor e aterrorizante em sua crueldade, maldades, explicações e afins.. Helena Dias com maestria começa a nos dar mais explicações sobre o que está de fato acontecendo nessa cidade bizarra e seus habitantes.. E vos digo nem mesmo crianças são poupadas...


Inverno:


Este é o conto de Lucas França e ouso dizer minha estação favorita no ano todo.. Então conheceremos Kevin e um pouco de sua história.. Que com apenas dez anos presenciou em um hospital o assassinato de um idoso em coma sem poder dizer nada e mais tarde recebeu notícias de sua tia Abigail, que o mudariam para sempre... Kevin sequer pode falar algo, já que havia ficado mudo após o acidente, que não o permitiu sequer dizer adeus aos seus pais. O mais engraçado é que quando tudo isso ocorreu e seus pais morreram ao mesmo tempo, apenas sua tia Abigail estava lá e deu-lhe um caderno para que pudesse expressar ali seus sentimentos, enquanto ele fazia isso, e sua tia materna falava com a enfermeira, notou que um dos blocos de montar com o qual brincava estava manchado, que mais lembravam peças de algo que se quebrou ao invés de um brinquedo para crianças. Kevin era jovem demais para saber o que significava aquele bloco, mancha ou tudo aquilo, de fato sequer poderia se lembrar, pois Kevin não havia nascido naquela época e apenas poucos funcionários daquele hospital conheciam a historia por trás disso. Ninguém poderia imaginar o que ficou para trás, nem mesmo que Kevin segurava um objeto que continha o sangue de um homem que fora esquartejado. Muitas coisas estavam por vir, coisas que ninguém poderia imaginar... Não apenas naquele quarto de hospital, não apenas no hospital conhecido por muitas estranhezas. Enquanto sua tia permanecia distraída com a enfermeira, Kevin recebeu uma visita em seu quarto que estranhamente o fisgou convidando-o a andar pelo hospital. O homem parecia um paciente dali, devido ao seu estado físico, e ao tocar Kevin, foi como mágica, ainda que o menino não quisesse segui-lo, não seria capaz de se livrar daquela pegada e a partir dali ele viveu momentos intensos de terror mudo. E ali Kevin teve contato com um ser estranho que lhe mostrou um terror inimaginável de maneira sorridente e depois foi embora, deixando o menino aterrorizado e só, percebendo que havia urinado pernas abaixo de tanto medo e o homem estranho saiu com uma confiança estranha.. Kevin não sabia quem era e porque aquele contato estranho.. Mas seu futuro estava marcado e com certeza ele veria aquele homem novamente, ainda que desejasse o contrário.


Sua tia Abigail, assumiu a responsabilidade por seu sobrinho e resolveu mudar-se da capital para uma cidade mais tranquila, Fontesville, onde ela cresceu e acreditava ser o melhor para seu sobrinho. Sua tia era herdeira de seu falecido marido e ao chegar na cidade ficaram na casa de uma antiga amiga, só que ali, Kevin reencontrou o misterioso homem do hospital, fazendo-lhe promessas de que se divertiriam muito juntos.. Em outro dia, ao passar com sua tia por uma banca de jornal se depararam onde resolveram comprar um jornal para estarem a par das notícias locais.



"ORFANATO MAL-ASSOMBRADO?

História de um jovem chamado Eidan..."

"DESAPARECIMENTO NA CASA DE REPOUSO PARA CRIANÇAS E JOVENS DE FONTESVILLE.."



Após isso, eles foram com o corretor de imóveis até o local que seria sua casa. Um castelo, não exatamente um castelo ou um lugar acolhedor, mas um lugar que já me deu frio na espinha só de imaginar.



Essa história, mais uma vez nos trás personagens já velhos conhecidos e situações novas, mas que se complementam com as outras.. Nos deixando em um estado de pura ansiedade pelo que possa estar por vir.



Todos os autores souberam de maneira nítida, clara e crua destrinchar o terror do ser humano, ou mente humana e até mesmo sobrenatural que parece estar à espreita, ainda que pensemos em seres insanos e obcecados.. Em muitos momentos foi possível sentir o medo rondando os personagens, assim como o mal à espreita e a vontade que dava era gritar para aqueles personagens, os não loucos, ou as vítimas, ou se preferir, os não "possuídos", seja pela insanidade ou outra coisa, que corressem para bem longe..

Gostei muito dos contos.. Em um ou outro ponto eu esperava um algo mais ou algo diferente um pouco.. Mas confesso que ainda assim, fui completamente surpreendida pela criatividade dos quatro autores e todos souberam nos dar início, meio e fim para aquilo que comecei achando ser apenas mais um conto de terror.


Gostei de todos os contos.. Mas acho que o desfecho de tudo foi o que mais me chamou atenção e ouso concordar plenamente..


".. algo temeroso sempre poderia acontecer na vida dos dois - ou na de qualquer um, afinal, a própria palavra já nos fala: vida. Ela nos dá medo todos os dias, não importa a estação."



E com essas palavras retiradas do livro, finalizo essa "imensa" resenha, que tentei muito diminuir, mas se descrevesse menos, não atingiria o objetivo de demonstrar minha satisfação com a leitura e nem despertar a curiosidade dos amantes do gênero. Vale a pena checar por vocês sobre o que estou falando! Espero que Fontesville lhes tragam uma experiência tão inesquecível, quanto nos trouxe.


A edição da Xeque-Mate arrasou. Trazendo um livro com valor acessível e muito bem acabado, revisado e com uma aparência interna digna de livros "caros" e não tão relevantes.



site: http://www.alempaginas.com/
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Roberta Costa 23/05/2018

Perturbador, Intenso
As Estações do Medo é uma antologia composta por quatro contos que se interligam, cada um deles escrito por um autor. A combinação não podia ter dado mais certo, e fomos nós, leitores, quem ganhamos. Neste livro conhecemos Fontesville, uma cidadezinha perdida no mapa e com moradores pouco hospitaleiros, principalmente com forasteiros curiosos que tentam descobrir os mistérios do local.
Os personagens criados instigam nosso imaginário, visto que, muitas vezes não sabemos até que ponto são realmente bons, ou maus, dependendo do ponto de vista. A descrição das cenas é um caso à parte, que tornou tudo ainda mais visceral, real, até mesmo perturbador. O final do livro me surpreendeu, realmente esperava algo bem diferente. Mas não se preocupem, foi uma boa surpresa! O mal sempre vence?
Mesmo sendo contos de autores diferentes, cada um com sua forma pessoal de escrita, a conexão entre eles foi impecável, dando ritmo, continuidade e um nível de suspense à história que prende qualquer leitor fã de suspense e terror.


site: http://livrosdabeta.blogspot.com.br/2018/04/resenha-as-estacoes-do-medo.html
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Sah Ollie 21/01/2018

Tem medo de cidades cercadas de mistérios? Espere até conhecer Fontesville!
As estações do medo é um livro que envolve o leitor com sua atmosfera fúnebre logo no primeiro conto, que se passa na primeira estação do ano. Aliás, os contos são divididos por estações e cada um possui sua própria história nefasta apesar de estarem interligados. Fontesville é o cenário perfeito para os personagens sinistros e as situações de horror que nos são apresentadas. A impressão é que, assim como os personagens, estamos fadados a viver naquela cidade amaldiçoada, não importa o quanto tentamos escapar. E foi assim que me senti lendo este livro, e o engraçado de tudo (se é que posso dizer assim) é que eu não queria sair de lá rs. É como se o mal tivesse decidido criar raízes em Fontesville e fizesse da cidade sua área de recreação, e os moradores, apenas peças de suas brincadeiras macabras.
A Primavera é brutal, o Verão é sufocante, o Outono é de arrepiar e o Inverno é sepulcral. Ambos se completam de maneira engenhosa e entregam ao leitor uma curiosa e instigante coletânea de horror sobre o mal que habita em uma cidade quase esquecida, assim como os segredos malignos que ela guarda.
Recomendo muito!
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Thamyres Andrade 11/01/2018

Um livro pra quem tem estômago forte
Ok, sou cagona. Confesso.
Morro de medo de tudo e não tinha tanta certeza se conseguiria terminar esse livro. Mas enfiei na cabeça que queria ler e lá fui eu.
Resumidamente, em Fontesville, uma bizarra cidade afastada de tudo, coisas muito estranhas acontecem com forasteiros. Buscando esconder acontecimentos estranhos do passado, a pequena população do local é extremamente rude e não gosta de olhares curiosos. Mas infelizmente sempre tem um desavisado no caminho.
A obra é constituída por 4 contos de terror que acontecem em diferentes estações do ano. Indo muito além de uma antologia qualquer, durante toda a narrativa as histórias e os personagens se interligam. Por esse motivo, pra mim, é um romance escrito em parceria por 4 autores.
Bom... falando neles, é perceptível que cada um possui seu próprio estilo de escrita e características que se destacam. Enquanto um conto me provocou um nojo absurdo pela descrição detalhada de determinadas cenas, o outro me fez cantar junto com o padre Marcelo Rossi e fazer o sinal da cruz sem parar.
É claro que sempre tem uma história que preferimos mais, seja pelos acontecimentos, pela forma como nos faz sentir ou, ainda, pela fluidez da leitura. Mas, de modo geral, acredito que todos eles conseguiram cumprir os papeis aos quais se propuseram.
Particularmente, devo ressaltar que o final fugiu bastante do que eu esperava. Não sei definir por enquanto se isso é positivo ou negativo. Além disso, no início, as transições entre um conto e outro não soaram tão harmoniosas, digamos assim. Do primeiro pro segundo, por exemplo, somos levados a ambientes bem distintos, por mais que tudo se passe na mesma cidade. Demorei um pouco mais do que deveria pra conseguir assimilar a ligação entre as narrativas e esse foi um dos motivos de não dar 5 estrelas. Mas óbvio que isso é algo ajustável e totalmente aceitável, visto que foi o primeiro trabalho em conjunto dos autores. Inclusive, fiquei curiosa pra conhecer outros títulos publicados por eles, de tão envolvida que Fontesville me deixou. Devo dizer que devorei todas as páginas em pouco mais de duas noites.
Mesmo que eu pudesse ter pensado em destinos/atitudes diferentes para alguns personagens, achei que, num apanhado geral, tudo foi bem conduzido e explorado.
"As estações do medo", sem dúvida, cumpre o que promete. Te arrepia dos pés ao último pelo da nuca e causa inúmeros calafrios.
Se estiver na dúvida sobre comprá-lo ou não, posso facilmente te ajudar: compre.
Mas se estiver pensando em comprar e ler durante a noite, só tenho a te desejar boa sorte.
Nota 4.
Gabriel 12/01/2018minha estante
Foi corajosa, nem sabia que gostava desse tipo de leitura.


Thamyres Andrade 13/01/2018minha estante
Tenho me aventurado mais em suspense/terror ultimamente e tenho curtido, Gab.


Gabriel 14/01/2018minha estante
Eu não seria capaz. HAHAHAHA


Thamyres Andrade 15/01/2018minha estante
Haha, tenta. Vai que vc gosta.
Qual teu estilo literário favorito?


Gabriel 18/01/2018minha estante
Não tenho preferências, mas gosto de aventura.




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