Em busca de Watership Down

Em busca de Watership Down Richard Adams




Resenhas - Em Busca de Watership Down


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17/04/2024

A história começa em um viveiro de coelhos selvagens, onde Avelã escuta os relatos de seu amigo Quinto, que tem estranhos sonhos proféticos. Quinto conta sua premonição de que os humanos destruirão toda a região daquele viveiro, e de que eles serão todos mortos no processo. Alarmado, Avelã então decide migrar para se estabelecer em algum outro lugar, mas, tendo apenas os ?sonhos? de Quinto como argumento, ele só consegue convencer nove outros coelhos a partir.

Tem início então uma longa viagem em busca de um lugar para construir o novo viveiro. A terra prometida, Watership Down, é um lugar farto de alimentos e seguro contra inimigos, onde uma nova comunidade de coelhos poderá surgir e se expandir. Mas o caminho até lá é cheio de ameaças e armadilhas, e os coelhos contam com a liderança e inteligência de Avelã para manter o grupo vivo e protegido.

Os personagens são planos ? Avelã é o líder, Quinto é o profeta e Topete é o guerreiro, por exemplo ?, mas apaixonantes. Em uma aventura após a outra, cada um dos coelhos vai mostrando o seu valor, e o envolvimento do leitor com o grupo só cresce. Uma leitura que começa com ?olha que bonitinhos os coelhinhos? vai surpreendendo e ultrapassando expectativas, até que o leitor se surpreende vibrando e torcendo diante de uma batalha épica de coelhos bons contra coelhos maus, em meio a uma tempestade de trovões. Isso sem contar que você se envolve tanto com os coelhinhos, que começa a procurar lógica nas ações deles, e se revoltar com erros como ir fundar um novo viveiro e esquecer de levar fêmeas! É muita tensão para o pobre leitor, mas sobrevivemos.
Em busca de Watership Down é uma aventura escrita para crianças de outros tempos, portanto tem um texto bastante denso, com vocabulário complexo para as crianças de hoje em dia e uma narrativa bastante descritiva. Mais ou menos como As crônicas de Nárnia. Mas, diferente da obra de C. S. Lewis, os animais no livro de Adams não têm habilidades humanas ? não constroem objetos nem falam a língua das pessoas. E a participação humana na história é bem pequena. Nesse aspecto, seu livro lembra bastante o desenho Os animais do Bosque dos Vinténs (também baseado em um livro infantil).

Adams, que pesquisou bastante sobre a anatomia e os hábitos dos coelhos, fez questão de que seus personagens não fizessem nada que fosse cientificamente impossível para esses roedores. Aliás, apesar de conversarem entre si e terem certo nível de antropomorfização (o mínimo necessário para contar a história), os coelhos da história são animais bastante reais, e há inclusive partes da trama determinadas por seus instintos e animalidade. Um exemplo é o fato de eles preverem que, quando uma fêmea entrar no cio, eles brigarão por ela, e saberem que não podem usar de racionalidade e autocontrole quando chegar esse momento.

Apesar de suas limitações e o realismo com que são descritos, esses coelhos possuem religião, uma interessante mitologia ? com lendas que eles contam uns aos outros, intercaladas à narrativa principal, e que são algumas das partes mais poéticas e divertidas do livro ? e até um idioma próprio, explicado num glossário no fim do livro. O autor criou termos específicos para palavras que seriam necessárias aos coelhos, mas não aos humanos, como ?silflay?, que significa ?subir à superfície para comer?.

Watership Down foi adaptada para uma série de animação em 1978, e ganhará uma nova versão em uma minissérie produzida pela Netflix. Para quem quiser se preparar antes de assistir ao desenho, a editora Planeta reeditou o livro em uma elegante edição de capa dura para agradar os olhos. A minha única crítica é que algumas das epígrafes (há uma em cada capítulo) não foram traduzidas, deixando frases em francês ou inglês que o leitor pode não conseguir entender.

Esta longa história infantil é uma leitura demorada, mas gostosa e recompensadora, que tem mais apelo para adultos amantes de fantasia. A sensação ao fim da leitura é de conhecer um grande clássico e de ter acompanhado uma aventura grandiosa.
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Janaina 15/03/2024

Okayzinho
Desconhecia a existência dessa obra. Li por indicação de uma amiga e fiquei feliz por tê-lo feito. É uma obra sobre opressão, vontade de viver, comunidade e mto mais.
Ainda assim, aspectos como trechos em francês e italiano sem tradução (o livro está em português e eu não sou obrigada a parar a leitura pra buscar uma tradução no Google), longas descrições desnecessárias e uma narrativa que só começa a esquentar depois da metade do livro me desanimaram um bocado.
No final, me apeguei aos personagens e vou sentir saudades.
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Marília 07/02/2024

Achei uma história gostosinha, boa de ler. Um filme de sessão da tarde.
É legal ver a coragem e a união desse grupo de coelhos.
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Mari.Liori 09/01/2024

Muito além de uma simples história de coelhinhos...
Confesso que depois do comecinho do livro, em que li muito rápida e fluidamente, empaquei um pouco lá pro meio. Mas depois que os coelhos encontram Efrafa, eu devorei esse livro.
Me apaguei a praticamente todos os coelhos do viveiro; especialmente o Topete, o Quinto e o Sulquinho.
Por ser um livro voltado ao público infanto-juvenil, eu não esperava que ele fosse tocar em tantos assuntos sérios (como a poluição e a "estranheza" dos humanos e até o autoritarismo), porém ele toca e de maneira muito inteligente, eu diria.
Um livro muito profundo, mas ao mesmo tempo muito divertido. Me surpreendeu muito e muito positivamente.
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Bruno Palmeiras 05/12/2023

O livro tem uma boa ideia ao abordar sobre autoritarismos, violência, individualismo e coletivismo usando coelhos, mas achei que o desenvolvimento da história é bem morosa, mesmo para o público infantojuvenil para o qual ele é indicado. E acho que por ser para este público, as ideias que mencionei acima deviam ser mais claras e diretas.
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Gustavo616 21/11/2023

Um Livro que não apenas sobre coelhos
Em resumo o mundo inteiro será seu inimigo lembre-se príncipe dos mil inimigos/predadores que quando eles te pegarem eles vão te matar mas primeiro eles precisam te alcançar, seja astuto que seu povo nunca será destruído (levo isso como filosofia de vida kkk)
Richard Adams poderia ter escolhido qualquer animal para escrever seu livro mas ele escolheu o coelho por um motivo muito simples, seu simbolismo. Nos dias de hoje o coelho é visto como um símbolo de fertilidade mas originalmente era visto como um símbolo de trickster (um ser basicamente inofensivo mas que com seus truques consegue sobreviver em um ambiente cheio de predadores, no livro eles estão a todo momento sobre pressão de algum perigo iminente). Além da lição sobre deixar um legado que o Hazel (Avelã) e Bigwig (Topete) ensinam
Esse livro é muito completo, tem personagens cativantes (cada um com seus trejeitos Exemplo: Hazel sempre tomando as atitudes certas, Topete sendo impulsivo e explosivo, Amora sempre tirando um coelho da cartola, Dente-de-Leão sempre contando historias)
Esse livro me ensinou muito sobre liderança pois no livro tem apenas 4 warrens (viveiros de coelhos) e 3 desses viveiros tem lideres cada um lidera de um jeito (no final do livro tu descobre qual realmente funciona haha) e um desses viveiros não tem líder (e esse é um dos problemas de lá)
Muitos dizem que os viveiros representam sistemas sócio econômicos (Efrefra cominismo, Cowslip socialismo, Sandlefort um liberalismo e Watership Down o capitalismo/monarquia) mas eu pessoalmente não tenho essa pira
O universo de Watership Down contem uma Mitologia muito interessante onde "Explica" o motivo dos coelhos serem do jeito que são (extremamente frágeis mas rápidos cheios de truques) e essa mitologia é contada de uma maneira simples porem eficaz, todos os conceitos apresentados na mitologia são aplicados/explorados de alguma forma ao decorrer do livro.
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Ana Brison 04/11/2023

Avelã-rah, Quinto e um sonho maluco
Quem começa a ouvir o plano de Avelã e seu irmão Quinto não imagina quão longe eles chegaram e tudo o que foram capazes de construir!

Apesar de longa, a narrativa construída é rica em detalhes e quase posso imaginar as filhas do autor empolgadas com sua construção.
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tatsu 25/10/2023

(Escrito no dia 30/07/2020)
Muito massa. De verdade. Não me entusiasmei muito com a história no início, principalmente porque não tenho tanto interesse em fantasia, mas ela foi me cativando a partir do fim da primeira parte (não me lembro exatamente o porquê) ? só ficou mais legal. Gostei muito dos profundos detalhamentos do autor quanto aos espaços rurais, a linguagem peculiar, o aprofundamento no conhecimento sobre coelhos e a visão diferente dele sobre o mundo. Apesar do aprofundamento psicológico em alguns personagens, senti falta de menos linearidade. Também senti uma certa negligência quanto a alguns personagens. Eu não conhecia a maioria dos vegetais citados nas caracterizações dos cenários, mas isso não influenciou tanto na minha compreensão. Até gostei de pesquisar sobre.
Acho que foi o maior livro que já li. Passei o livro todo achando que seria uma história previsível e sem graça, mas ela fica cativante e Richard Adams tinha algumas sacadas estratégicas para isso. A colocação do mapa me ajudou muito a ter uma visão melhor do enredo. Só achei que o grupo de coelhos poderia ter um pouco mais de complicações e derrotas. Só mais um pouco. E serem menos racionais. Mas a história toda foi incrível! Mostrou a importância do trabalho em equipe.
- Kemaar
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mellon0 21/07/2023

Fala sério irmão é um livro sobre coelho
Não ironicamente a melhor obra infantojuvenil da literatura ? ?????????????????????
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Ratinha de Biblioteca 20/07/2023

Livro Infantil?!
Sério, este não é um livro fofinho sobre coelhos! Eles são mortos por humanos, raposas, gatos, cães, outros coelhos... É bem sinistro em algumas partes, então, talvez para pré-adolescentes!
A primeira parte do livro há bastante descrição da vida de coelhos selvagens: hábitos e comportamento. É arrastada história. Mas, a medida que avança o enredo, há a parte distópica do livro, e bem mais interessante.
Excelente para reflexão!
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Pedro 17/07/2023

Que história incrível!
Uma narrativa em que todos os personagens são coelhos, com seu idioma, costumes, mitologias e intrigas. Perfeito!
Tocante, engraçado, te deixa ansioso constantemente, mas da melhor maneira possível.
Um livro para todos.
Que achado!
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skuser02844 24/05/2023

Livro sensacional
Esse é um livro daqueles que você pega pra ler com muita curiosidade, afinal é um livro sobre coelhos. Isso mesmo, coelhinhos fofinhos e bonitinhos!!! Mas o que há para se saber sobre eles? De acordo com o autor, muitas coisas, em especial coisas que jamais imaginaríamos procurando sobre esses animais na internet. É algo fantástico ver o mundo através dos olhos desses pequeninos peludos, principalmente quando o autor apresenta a cultura que permeia a sociedade desses animais, tornando-os semelhantes à nós, humanos. Os mitos e crenças dos nossos coelhinhos são realmente muito curiosos e interessantes, do tipo que faz você querer saber muito mais sobre eles. Além disso, também é um livro que fala sobre opressão e faz isso de forma muito sutil e bem trabalhada. No mais, lembro que me emocionei ao finalizar a leitura, então recomendo para todos.
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Denise.Marreiros 04/05/2023

Entendo o motivo da aclamação,mas não foi para mim. Achei muito longo e cheio de descrições que me faziam perder o interesse pela história. Foi incrível o que esses coelhinhos simpáticos fizeram e toda a evolução que vi diante dos meus olhos, mas em muitos momentos eu só queria que o livro acabasse logo.
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DominicSReynaldo 20/04/2023

Eu amo fantasia infantil
Leitura do #ReadingChallenge
Tema 24- Um livro com coelho na capa
Eu sempre fui muito fã de fantasias para o publico infantil, principalmente quando o autor não substima o publico alvo e entrega obras grandes e memoraveis.
Muitos reclamam da forma que é contada a história, e é por isso que ler o prefácio é importante. Essa não era uma história pensada para ser um livro, e isso fica tangivel no excesso de descrições e poucos dialogos. É o tipo d elivro que você lê pra alguém, mais do que pra si mesmo.
Foi, de fato, uma grande de muitos atos grandiosos
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