Hitchcock / Truffaut

Hitchcock / Truffaut François Truffaut
Alfred Hitchcock




Resenhas - Hitchcock/Truffaut


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Guilherme.Monteiro 06/06/2020

Um baú de tesouros para os cinéfilos
Que pérola de livro !
Uma série de entrevistas realizadas ao longo de anos pelo cineasta e crítico francês François Truffaut com o mestre do suspense Alfred Hitchcock, destrinchando desde do início de sua carreira no cinema até os últimos anos de sua vida. Essa obra é um monumento, pois Truffaut conduz magistralmente essas entrevistas em ordem cronológica e aborda todos os filmes feitos por Hitchcock, e esse entrega toda a sua paixão por cinema explicando detalhadamente seus filmes, curiosidades de produção e bastidores, suas influências, suas técnicas, sua definição de cada cena/filme e toda a sua visão sincera, não só de sua obra, mas do cinema em geral.
É uma obra de arte e uma baita aula de cinema e com dois mestres da sétima arte como professores, não da pra ficar melhor do que isso.
Leitura obrigatória para quem gosta/ama cinema.
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Aninha Terra 30/05/2010

Partilha entre Cineastas
Truffaut entrevista Hitchcock, quer coisa mais interessante para um cinéfilo? Convencer um amante do cinema a ler esse livro é muito fácil, já que temos transcrito em mais de 300 páginas um longo diálogo entre dois personagens fundamentais na arte do olhar. No entanto, vale ler não só pelo interesse em cinema, também pelo teor filosófico e conceitual sobre as Artes e o fazer-se artista. Entender a engenhosa mente de Hitchcock, o amor de Truffaut pelo cineasta inglês é uma das melhores coisas. Uma leitura dinâmica para tardes de elucidações sobre o suspense e a vida de um artista.
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Ricardo de Andrade 24/07/2020

Conversa entre gigantes
Hitchcock/Truffaut é obra indispensável para os cinéfilos e aspirantes a cineastas, já que se trata de uma longa conversa, quase informal, entre dois gigantes da história do cinema.

Neste livro, Truffaut entrevista Hitchcock focalizando a respeito de sua carreira e analisando filme por filme do mestre do suspense. Por se tratar de uma conversa, a leitura é bem fluída e até simples de entender. Aprende-se muito neste livro não só pelos ensinamentos e leis inerentes ao cinema que ambos os cineastas apresentam, mas também por algumas visões ultrapassadas e até equivocadas de um diretor que já estava chegando ao final de sua carreira. Essas passagens acabam por nos causar certas reflexões. Polêmico pelo modo como tratava seus atores, Hitchcock nesse livro, reitera seu jeito duro (e praticamente abusivo se visto na ótica da contemporaneidade) com os atores e não poupa críticas para os profissionais em que não gostou de trabalhar. Mas Hitchcock também não deixa de ser autocrítico em muitos momentos e faz muitas observações pertinentes sobre os erros que cometeu em suas obras. Truffaut faz as perguntas certas e procura não deixar escapar nada ao cineasta, apesar de eu acreditar que em certas obras mais importantes de Hitchcock, Truffaut poderia ter se aprofundado mais. No mais, é importante alertar ao leitor que esta não é uma obra biográfica sobre Hitchcock e sim uma longa entrevista de Truffaut com Hitchcock a respeito de toda a carreira do diretor até aquele momento.

Recomendo!

Obs: A edição deste livro feita pela Companhia das Letras é simplesmente impecável.
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Paulo 29/09/2013

Os feriados prolongados favorecem as viagens para descansarmos e visitarmos a família. O último feriado me proporcionou além desta satisfação, a leitura na íntegra daquele que é o registro definitivo a tratar da obra do maior mestre do suspense em todos os tempos que, por coincidência, morria há exatos 31 anos. HITCHCOCK TRUFFAUT – ENTREVISTAS foi idealizado pelo também cineasta François Truffaut durante os anos 1950 e 1960 quando Alfred Hitchcock era considerado, pela crítica norte-americana, mediano e comercial.
Para mudar a opinião dos céticos Truffaut propôs a Hitchcock uma série de 500 perguntas tratando exclusivamente de sua obra e que por fim geraram 50 horas de entrevistas em que, numa conversa franca e sem censura, o diretor francês questiona o colega inglês sobre seu começo de carreira, as experiências na direção e o desafio de conduzir estrelas em seus filmes.
Lançado pela primeira vez em 1967 o livro foi revisto em 1983 ganhando então sua edição definitiva, hoje esgotada no Brasil. Recheado de fotografias e com texto irretocável de François Truffaut, HITCHCOCK TRUFFAUT oferece ainda um apanhado com a filmografia de Sir Alfred incluindo a ficha técnica de cada um dos seus filmes e um índice remissivo que facilita a pesquisa detalhada.
Fica a dica para uma ótima leitura de um livro que ajudou a converter Hitchcock em um dos mais celebrados realizadores do cinema mundial e pôs um carimbo de cult em suas obras. Hitchcock/Truffaut: Edição Definitiva (François Truffaut e Hellen Scott), Companhia das Letras, 2004

site: http://sequelacoletiva.wordpress.com/2011/04/29/livro-hitchcocktruffaut-edicao-definitiva/
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rdgsrafael 07/01/2021

O homem está morto, mas seus filmes mais vivos do que nunca.
Hitchcock filmou imagens que jamais sairão da minha mente, seja o assassinato no chuveiro de Psicose ou a cena no hotel em Um Corpo que Cai. Digo de passagem que esse livro é, para mim, mais que um livro: é um tesouro. Um tesouro não só por revelar o processo criativo de um dos maiores gênios da indústria cinematográfica, mas por revelar facetas desconhecidas, não só do próprio Hitchcock, mas de Truffaut, que inevitavelmente tomava uma posição de discípulo, mostrado claramente nas ilustrações que o livro carrega: nelas, Truffaut parece um menino, admirando como ele mesmo diz o "Oráculo".

Talvez a maior característica que descreva Hitchcock seja esta: um homem que ao ver que não podia controlar as circunstâncias que a vida lhe colocava, decidiu controlar a audiência nas salas de cinema, colocando tudo o que lhe foi reprimido em vida na tela. Esta é a maior razão pela qual os filmes de Hitchcock permanecem vivos até hoje: pelo controle e manipulação que elas exercem nos espectadores - que embora, talvez hoje, estejam mais acostumados com o bizarro, sempre se surpreendem ao ver que Norman Bates, era na verdade a sua própria mãe; ou ao ver James Stewart tentando ressuscitar Kim Novak em Um Corpo que Cai.

Hitchcock morreu velho, mas sem o sucesso que tinha quando se mudou pra Hollywood. Era a decadência de um astro, que se via por completo derrotado pela velhice, pela doença e por um certo fracasso. O homem está morto, mas seus filmes mais vivos que nunca.
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guiiiii.xs 23/02/2024

Esse foi meu primeiro livro de cinema que eu comprei e eu sempre tento revisitar ele pq ele sempre pode e tem a me oferecer muitas visões sobre cinema e arte no geral.

deixo aqui minha passagem favorita do livro:

"Então a tia se afastaria com cara muito triste e iria se sentar no seu canto. Todos os convidados ficariam encabulados, muito constrangidos com essa história. Um pouco mais tarde, a tia se levantaria e viria em minha direção com um olhar de extrema súplica e eu lhe diria bem alto: "Não, não, não adianta me olhar assim... E a sua atitude constrange todo mundo", e a pobre velha diria: "Oh, oh!". Todos se sentiriam realmente encabulados, não saberiam mais onde pôr os olhos e minha falsa tia começaria a chorar baixinho. Finalmente, eu lhe diria: "Escute, você está estragando a nossa noite, vá embora, volte para o seu quarto". Nunca fiz essa brincadeira, pois tenho muito medo de que alguém bata em mim."
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marcos julio 12/10/2020

Dois homens apaixonados.
Li a primeira vez este livro nos anos 80, na edição da editora Brasiliense. Voltei a tomá-lo esse mês de outubro de 2020 motivado por um curso que estava fazendo sobre Hitchcock. E o fascínio do texto continua o mesmo. A conversa dos dois grandes cineastas nos mostra não só a construção de um filme, o que é fazer cinema, mas também o que é de fato contar uma história por meio de imagens em movimento. Paixão talvez seja a palavra chave que une Truffaut e Hitchcock. Paixão pela arte, pelo ser humano, por suas emoções e anseios.

É fascinante como Hitchcock aponta tanto as qualidades quanto os defeitos de seus filmes, fazendo um balanço de sua carreira que começa nos anos vinte, em filmes mudos na Inglaterra e passa ao sonoro, depois se muda à meca do cinema, Hollywood, passa ao cinema em cores, experimenta a televisão, experimenta gêneros, experimenta formas, sempre buscando o novo, nunca se repetindo, jovem e bem pouco acomodado.

A edição da Brasiliense, no entanto, não foi das melhores, Há várias problemas com o texto e com a tradição que muitas vezes chega a incomodar. Não conheço a da Cia das Letras mas, acredito que tenha resolvido todos esses problemas. Mas ela me lembra um pouco também os filmes de Hitchcock, obras primas às vezes impuras.

Obrigatório para quem se interessa por cinema além do banal que hoje impera, só decepciona um pouco pelo fato de que vemos o cineasta Alfred Hitchcock mas o homem parece não querer mostrar-se, que talvez diga que sua obra baste.


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malusguidugli 11/02/2022

?Hitchcock [?] intensificou o cinema.?
É incrível acompanhar a carreira de Hitchcock e saber suas opiniões a respeito dos próprios filmes, os erros e acertos ao longo de mais de 50 anos de carreira. Truffaut conduz a entrevista muito bem, fazendo com que seja uma conversa fluída e ótima de ler. Ele emite suas opiniões sobre os filmes de Hitchcock, o que rende análises e debates muito interessantes entre os dois.

A grandeza de Hitchcock e a admiração de Truffaut pelo mestre do suspense transbordam nas páginas. Uma leitura lindíssima.
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Joao.Hippert 05/02/2024

Sempre tive um pouco de receio de ler o livro sem ter visto todos os filmes de Hitchcock, mas resolvi dar uma chance nesse início de ano.

De fato o conhecimento previo dos filmes é bem relevante (e o fato de eu ter visto mais de 20 me ajuda), mas creio que não seja algo tão indispensável assim. Os filmes discutidos na entrevista servem como base para uma discussão sobre cinema, sobre o ato de filmar, sobre as regras especificas que Hitchcock adotada para cada montagem.

É uma obra de cabeceira mesmo, porque Truffaut se mostra um entrevistador fora da caixa, com espírito crítico e muita sensibilidade visual para debater com Hitchcock sobre os filmes. E o epílogo que ele escreve após a morte de Hitchcock é muito emocionante.

Leitura fluida, informativa e que rememora a carreira de um dos grandes, através do relato e condução de outro gigantesco.
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