A corrupção da inteligência

A corrupção da inteligência Flávio Gordon




Resenhas - A Corrupção da Inteligência


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Mauricio186 15/09/2017

Terra arrasada
O texto me pareceu um pouco prolixo, especialmente no início, e sem muita preocupação com uma estrutura geral, um encadeamento bem planejado - os assuntos vão se sucedendo sem muito rigor. Porém, no que mais importa (seus argumentos) o livro é simplesmente brilhante, além de temperado com tiradas que logo se tornarão clássicas. Um leitor esquerdista vai se sentir numa sala do DOI/CODE, sendo torturado por afogamento, sem tempo de respirar entre argumentos e fatos demolidores. Lembrei o tempo todo dos meus anos de UERJ, e minha memória confirmava cada página. Leitura obrigatória.
Cristiano.Santos 23/05/2020minha estante
Estou relendo e vendo o quanto esse livro esclarece a nossa situação com muita precisão.


Mauricio186 19/06/2020minha estante
Legal, um dia vou relê-lo - quando começar a notar uma clara mudança desse cenário. Por hora, poucas novidades.


Loren 26/03/2021minha estante
Legal vou ler tbm.


Alê | @alexandrejjr 17/05/2022minha estante
Esse comentário sobre o livro é asqueroso, desrespeitoso e profundamente ofensivo. Inacreditável...


Ricardo.Costa 19/02/2024minha estante
Não achei prolixo. Talvez estejamos muito acostumados com a linguagem jornalística, seca e sem vida. Já com respeito à falta de encadeamento, isso talvez se explique pela natureza ensaística dos textos.




Marco 09/10/2017

"Lula e os Brasileiros".
A obra de Flávio Gordon é para realidade tupiniquim o que a série de palestras ministradas por Eric Voegelin, "Hitler e os Alemães" (condensadas em um livro) foi para o povo alemão. Qual seja: um esforço não só para explicar a insana realidade totalitária (ou "pós totalitária") corruptora na cultura brasileira, mas também exorcizar esse fechamento da alma, essa corrupção da inteligência dos indivíduos e das instituições que representam, que acabaram por permitir o arrasamento do que hoje é o Brasil pós-PT. Um país feio, violento, grotescamente corrupto e burro.
O autor mesmo admite com ironia que o título do livro deveria ser esse que coloco em minha resenha, pois busca - assim como Voegelin com o nacional socialismo - compreender (mediante um esforço anamnésico) como tudo isso foi possível. Como um ser medíocre como Lula e seus asseclas, sucedido ainda por uma mulher com claros problemas cognitivos e de dicção, alçaram e mantiveram o poder por 13 anos, ainda conseguindo encontrar sólidas trincheiras defensivas nos meios acadêmicos, intelectuais, midiáticos e de boa parte da população brasileira, mesmo com todos os escândalos de mensalões e petrolões, no maior casso de corrupção de um "regime democrático" em toda história do mundo ocidental.
Para isso, Gordon ressalta que utilizará de uma linguagem clara, sem floreios, onde os termos correspondem com a realidade e expressam o que realmente são. Para inteligências mais sensíveis que se ofendem com facilidade (ou fingem se ofender e passam a acreditar nisso), o autor pode até parecer, em alguns momentos, grosseiro e intransigente. Mas há de se esclarecer a necessidade da linguagem direta: é um processo de desintoxicação para o autor, assim como para aqueles que buscam um lastro de sanidade em meio ao asilo cultural em que vivemos. Isso ocorre, pois em regimes e culturas totalitárias, a linguagem passa a ser deturpada em prol de uma causa, sendo utilizada como um gatilho que ativa emoções não correspondentes ao real, podendo estas serem canalizadas e guiadas para um fim específico. É a "novalíngua" Orwelliana atuando de forma inconsciente no imaginário popular.
Exemplo: O fato de grupos feministas utilizaram-se de palavras como "o direito reprodutivo da mulher" para se referir ao aborto. Não precisa ser muito inteligente para perceber, que na realidade, o ato de abortar trata do exato oposto pretendido pela camuflagem do termo.
Em outro insight brilhante, Gordon cita Karl Kraus e sua constatação sobre a linguagem no terceiro Reich. Sendo o povo alemão dono de uma tradição marcial e militarista, Kraus percebeu que toda as metáforas advindas dessa mesma tradição ("deitar sal nas Feridas Abertas", "colocar a faca na garganta", "agir com punho firme") passaram por uma grotesca literalização. E, sendo o Brasil o país da piada pronta, com um povo tradicionalmente irreverente e brincalhão (a nossa amada "Zoeira"), um dos efeitos constatados e visíveis em toda essa insânia moderna, é o fato de se levar a sério o que era uma piada, o que era ridículo e absurdo.
Mediante o exposto, fica clara a necessidade de ser dar nome aos bois: Se Flávio chama Lula e outros intelectuais medíocres pelo que realmente são, não é de forma gratuita. O efeito é quase terapêutico, afinal, como ele mesmo diz, não há nenhuma virtude ou genialidade proveniente de Lula. O que chama a atenção são seus vícios. Suas "virtudes" alardeadas são frutos de um desejo mimético de projeção de nossa classe intelectual, parada no ano de 1968 e ainda ansiosa por uma revolução total.
Aqui o autor explicará de forma extremamente didática o caminho percorrido por nossa esquerda, engajada em uma vitoriosa guerra cultural pela hegemonia cultural absoluta, mediante o uso da estratégia gramsciana de poder, a fim de tornar o Partido um Príncipe Moderno, sempre correto, sempre representante do devir histórico e, portanto, último juíz de valores absolutos.Pode-se entender como o projeto petista de poder (utilizando-se da corrupção não como um fim [como se isso não fosse grave o suficiente], mas como um meio) subverteu e corrompeu todo espírito e moralidade em prol de uma causa, com a ajuda de seus intelectuais orgânicos.
O resultado é a catastrófica distância intransponível entre a elite intelectual do país e o povo que diz ela representar. Não à toa presenciamos esse comportamento trapalhão e perigoso de nossa classe falante, caracterizado por atos contraditórios em um misto de elitismo esnobe com o anseio de querer fazer parte E de ser o representante das classes mais pobres. Todo mundo já presenciou esse fenômeno até mesmo na sua forma micro-social: quem nunca viu nossos progressistas dispensarem um tratamento condescendente às classes mais pobres ou pertencentes à determinada minoria, como se estivessem se referindo a um deficiente mental ou doente terminal, ansiando por dirigir suas vontades atrás de um teclado. Isso até estarem estes de acordo com a pauta do Partido e sua Hegemonia. Caso desprendidos desses cacoetes, nossos progressistas não pensam duas vezes em tachá-los de burros, inimigos (fascistas) ou de trabalharem em prol das elites (sendo a elite nossa própria esquerda), mediante o uso da titularidade acadêmica.
O livro conta com uma imensa bibliografia e citações a fim de fundamentar o que defende o autor. E ele faz isso com maestria e de forma simples, explicando – quando necessário – as idéias que adquiriram concretude em nossa cultura e seus autores, como também as conseqüências destas para o panorama atual.
Prestes a concluir, devo dizer que “A Corrupção da Inteligência” trata-se de leitura obrigatória para o Brasil. Temos aqui um esforço intelectual genuíno de compreensão da falsificação da realidade por uma cultura totalitária, que se utiliza não da censura e da violência física (muitas vezes usa diretamente) como motor de um movimento de mentalidade revolucionária, mas sim a ocupação dos espaços públicos (universidades, jornais, televisão, cinema, música) a fim de moldar o imaginário brasileiro nos ditames do Partido Príncipe. Por isso, mesmo não sendo obrigatório para compreensão da obra, recomendaria também que antes fosse lido “Hitler e os Alemães” de Eric Voegelin. Como já dito anteriormente, Flávio Gordon é muito didático ao explicar idéias filosóficas e até mesmo História. Ocorre que a leitura anterior de Voegelin e sua obra podem abrir um vislumbre no que representa o livro de Gordon, uma vez que a imaginação moderna consegue compreender facilmente a monstruosidade que é o nazismo, mas não o projeto de poder em vias de um socialismo sul americano culminando com a homogeneidade e o esmagamento das consciências individuais de todo um povo.
Entendido isso e munido de uma cura quase terapêutica, o leitor poderá entender que tal estado de coisas é possível não apenas pelos seus agentes preponderantes e diretos (intelectuais conscientemente engajados com um mundo totalitário, políticos, militantes), mas também por pessoas comuns que pecam por omissão. A “descorrupção” da inteligência, da alma, do espírito de uma sociedade doente, deve então começar pela consciência individual de cada um. Só para citar um exemplo de um caso pessoal, recordo-me de quando o blogueiro e (intelectual orgânico) Leonardo Sakamoto escreveu um artigo afirmando que, “ostentação deveria ser crime”, dando a entender que aquele que comete latrocínio é levado a fazê-lo por ser uma vítima de classe, e, portanto o culpado é aquele que ostenta um carro, relógio, celular...
Essa publicação bateu um recorde de compartilhamentos no meu feed do facebook pelos meus amigos progressistas. Quando alguém tentava discordar, era sempre de forma respeitosa, querendo debater com ressalvas a tese ali exposta. Eu fiquei pasmo. Não precisa ser um gênio para perceber que aquilo era uma completa idiotice, e quem escreveu tal absurdo deveria ser relegado ao ostracismo jornalístico, e aquele que defende tal tese deveria tomar vergonha na cara. A mera hipótese da discussão séria dos temas expostos comprovou que tal atitude poderia um dia ser levada a sério pela nossa classe pensante. Observando isso e diversos casos semelhantes na minha vida, constatei o mesmo que Flávio Gordon: essas coisas acontecem, pois o indivíduo comum sente medo. Não o medo físico de tomar uma surra, ser morto, etc (e isso muitas vezes ocorre), mas sim aquele medo característico dos regimes totalitários, que chega a ser psicológico (e patológico). O medo não de ESTAR errado, mas sim de SER ERRADO. Medo de não ser bom, de ser mau diante dos olhos da cultura dominante e ser relegado ao isolamento físico e espiritual, que viola de forma brutal a consciência individual diante de um peso monstruoso e coletivo.
Portanto, repito: “A Corrupção da Inteligência” é leitura obrigatória. A limpeza da consciência se dá buscando compreender como tal estágio foi atingido e dando o devido nome aos bois.

Marc 08/11/2017minha estante
Muito bom. Esse está na minha lista de leitura. Excelente resenha.


Marco 15/11/2017minha estante
Agradeço o comentário, meu caro.




AnaClaraGurgel 01/01/2018

Brilhante.
Não conhecia o trabalho do Flávio Gordon, adquiri o livro por recomendação do Flávio Morgenstern, que disse ser esse o melhor livro de 2017, e posso dizer que concordo.

De leitura relativamente fácil para quem, como eu, está engatinhando pelo conservadorismo, o livro traz uma análise muito profunda, não somente sobre o pensamento de Marcuse, Gramsci et caterva, mas também sobre Freud e Hegel.

É notável que o autor se debruçou sobre tais obras para provar seu ponto: como os chamados ?intelectuais de esquerda? brasileiros se venderam em troca do projeto de poder dessa mesma esquerda, acabaram contribuindo para esfacelar a cultura nacional e dificultar enormemente o resgate econômico, cultural e político do país.

Não há como deixar de notar o cuidado com as fontes, que vão desde citações de livros - aos montes! - a links para YouTube, jornais em formato digital e publicações em redes sociais. As notas de rodapé são riquíssimas e contribuem para tornar a leitura mais interessante (peguei muitas indicações de livros e vídeos nelas, inclusive.

Mas creio que o que mais chama atenção no livro é sua escrita. Gordon apresenta muito cuidado com a estrutura de seus argumentos, análises profundas de autores difíceis de compreender, e o faz de maneira didática, o que demonstra um profundo domínio do tema. Houve momentos nos quais eu li dezenas e dezenas de páginas como quem acompanha um romance policial, sem perceber e sem querer parar também. Devo ter mais de uma centena de post-its colados ao livro agora.

Fico muito feliz por ter conseguido ler A corrupção da inteligência, é uma obra que mostrarei para vários de meus amigos e colegas. Espero que o autor continue escrevendo obras de igual quilate.
George 14/04/2018minha estante
Depois de ler algumas obras de Olavo de Carvalho, fiquei imaginando o que ainda poderia ser dito sobre temas que são recorrentes na obra dele. Assim como você, ouvi falar do livro através do Flávio. Acabei de ler o prefácio do Rodrigo Gurgel que ? somado a sua resenha ? me fez perceber que ainda há muito ser dito.




Renato 05/11/2020

Leia!
Livro essencial para ajudar um pouco a ter uma visão diferente do que se ouve no dia a dia da nossa política.
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Adilson22 14/07/2021

Um livro muito bom, muito simples de se ler, com todas as referências e bastante atual. Explica muito bem o nosso atual cenário político.
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Duda 20/07/2020

A Corrupção Da Inteligência
Além de ser uma excelente leitura para entender o que acontece na vida intelectual e educacional do país, denuncia e documenta como e porquê ocupamos os últimos lugares no ranking mundial de educação.

Uma leitura mais do que necessária no momento brasileiro atual. Flávio Gordon nos leva à raiz dos fatos que fizeram com que nossas "cabeças pensantes" que influenciaram (algumas ainda influenciam) nossa cultura aderissem tão cegamente às ideologias esquerdistas. O que é relatado é sabido por quem acompanha criticamente nossa cultura, a diferença é que o livro nos fornece as comprovações e referências....Aliás, minha única ressalva é o excesso de "rodapés" onde facilmente o leitor se perde.

Com livros como o deste jovem escritor é que temos a esperança de que o nosso país está retomando o seu rumo na direção de um caminho melhor, pois até bem pouco tempo ninguém ousava falar sobre o assunto.
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Luiz 12/08/2020

Triste relato
Demonstra a decadência das universidades federais brasileiras que só podem ter algum traço de cultura por se parecerem cada vez mais com circos, mesmo assim com circo de horrores.
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Tuler 03/06/2020

Bom
Livro bem interessante, fala bastante a respeito da pré didatura e pós didatura.
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Alexandre 09/01/2019

O empurrão para o desconfiado...
Tive minha mente corrompida até um ponto de inflexão que me fez buscar sustentação nas leituras de autores de esquerda. Neste caminho, livre de jornalistas e professores universitários - que apenas geram ruídos e distorções nas fontes reais-, encontrei problemas graves de lógica e então percebi que a lamparina da verdade estava em um andar muito acima daquele em que eu me encontrava.

Neste caminho li " A Corrupção da Inteligência", e metade do que aparece lá está respaldado de forma consistente com fontes diretas de autores que já li; a outra metade ainda não consegui ler...

Flávio Gordon possui uma capacidade de síntese poderosa. Ao ler seus escritos sobre Antônio Gramsci - cujos cadernos de cárcere e artigos para jornal tive oportunidade de ler -, vi ali que o autor (Gordon) não me dizia nada de novo, mas fazia uma montagem de todas as ideias que eu carregava sobre o guru sardenho de um modo que eu não faria, em poucas linhas de curtos parágrafos ele deixa tudo límpido de uma forma poderosa e impressionante (é o encaixe prático das teorias do italiano sobre a intelectualidade brasileira).

Li ensaios do Roger Scruton sobre Gramsci antes de ter contato com a obra de Gordon e minha impressão foi que o Inglês "pegou leve". A resposta é simples: Gordon vive no maior laboratório de gramscismo do mundo, Scruton não. O texto do autor é muito superior ao de Roger Scruton no que se refere a Gramsci, isso é indiscutível.

Creio ter encontrado o rastro da verdade por um longo caminho, que pode ser um pouco cansativo...A Corrupção da Inteligência é um presente, um atalho para quem quer chegar incorrompido à outra margem...
Diego 18/09/2019minha estante
gostei muito de sua resenha !




Marcella.Pimenta 24/07/2022

A universidade é uma fábrica de militantes e "intelectuais"
O autor mistura passado (o regime militar) e presente (até os anos 2010) para demonstrar como a ideologia comunista se infiltrou nas universidades brasileiras para formar idiotas úteis.

Daí que hoje se vê aos montes profissionais de todas as áreas que militam em prol da causa sem consciência disso (ou com plena consciência do mal que causam) e influenciam as massas cobertos pelo manto do diploma.

Jornalistas que distorcem a linguagem, médicos que não podem dizer que obesidade é doença e "intelectuais" que rebaixam a língua portuguesa para torná-la "acessível".

Hoje é muito nítido o uso da universidade para formar militantes ao invés de profissionais qualificados que vão servir à sociedade.

No entanto, para Chico Anysio, isso já era claro nos anos 80, como demonstrado pro meio do personagem Washington, estudante universitário. Há 4 anos no 1o período da faculdade, ele vende bolos para metalúrgicos sem sê-lo, pois "é a favor da causa operária no poder", e, quando perguntado pelo pai o que faz da universidade, responde "eu milito".

Este é um retrato cômico da "intelligentsia" brasileira descrita por Gordon: a elite que defende a favela da sua mansão no Leblon, que fala mal do capitalismo e quer o fim da fome comendo hambúrguer do McDonalds, e que é a favor do desarmamento enquanto sai às ruas com seguranças armados.

As referências a outras obras (leiam as notas de rodapé) apontam o caminho que percorremos até aqui. No fim, é um livro que explica parte da nossa realidade política, cultural e intelectual.
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Daniel.Victor 11/05/2022

O roubo do intelectualismo
Não gosto muito de leituras sobre o campo político, pois a mesma é polarizada. Dei uma chance à essa obra, e não me arrependo. Aqui temos um livro com viés ideológico de direita, muito bem escrito, e ao mesmo tempo impactante. O autor faz um resgate histórico/filosófico sobre diversos temas, como por exemplo o marxismo, o marxismo italiano, governos de esquerda anteriores, panorama sobre o jornalismo atual, as universidades públicas, etc. Vale ressaltar que o autor deixa link de tudo o que ele coloca, dando mais credibilidade à obra. Não é um tipo de leitura que é afável, mas recomendo para quem tem interesse.
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Ivan 13/06/2020

Extremismo
O livro demonstra com evidências históricas como um assunto de esquerda, visto como "justo" e "libertário", se levado ao extremo pode causar a destruição de uma geração e de seu país, mas também defende demais o neoliberalismo e certas filosofias destrutivas ao bem estar social como a do nosso desgoverno atual.
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Patricia.Leal 10/04/2019

Recomendo
Excelente livro, todos devem ler para saber como começou a idiotização da população e qual o interesse nisso! Amei a leitura!
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pedrocipoli 25/10/2017

Uma radiografia de nossa classe intelectual
Uma radiografia de nossa classe intelectual, atualmente "merecedora" desta denominação mais por posicionamento ideológico do que mérito, propriamente. Como diz Flávio Morgenstern, quando dizemos "intelectual" temos uma pessoa inteligente e culta em nosso imaginário, mas significa apenas "alguém que trabalha com ideias". Mais do que isso, não quer dizer, necessariamente, que se trata de um bom intelectual. Basta imaginar Marilena Chauí como um representante típico.
O livro passa por diversos temas, todos devidamente referenciados. Das mentiras contadas sobre a ditadura militar, um verdadeiro estudo de caso de construção de narrativa, chegando na "democratização" das universidades, atualmente mais preocupadas em piquete, destruição e manifestação do que ensinar (e, caso ensino algo, deve-se a um "professor fascista que não entende que conhecimento é menos importante do que aderir aos ditos 'movimentos' e 'coletivos sociais'.
Para quem é o livro? Para todos que ainda acreditam que Caetano Veloso (artistas, de forma geral) e cultuadores de diploma são intelectuais honestos ("intelectuais" já é pedir muito. "Honestos", então...).

Destaco aqui trechos marcantes do livro que tenho certeza que aparecerão como referência de autores no futuro. Certamente não "estragam" a leitura do livro, mas mesmo assim colocarei como "contendo spoilers" (peço desculpas por quaisquer erros de digitação).

"Essa linguagem ideológica, sustentada sobre a proibição de perguntar, é um dos traços mais característicos do ambiente intelectual marxista e esquerdista de modo geral."

"Artistas e intelectuais destinados, portanto, a romper com sabe-se lá o quê, progredir sabe-se lá para onde, e a nutrir uma revolta sem objeto, que produziu um sentimento de profundo niilismo e degradação espiritual."

"A imaginação moral da "elite" cultural brasileira estreitou-se de tal maneira que a medida última de justiça ou injustiça, de heroísmo ou covardia, de bem e mal, de belo e de feio, passou a corresponder ao posicionamento adotado em face das fúteis polêmicas midiáticas do dia, as quais giram sempre em torno das mesmas temáticas artificialmente criadas pela mentalidade progressista, todas de uma banalidade acachapante, nas quais sentir-se bem é confundido com fazer o bem, e o gosto passa por senso de justiça."

"O fulano já não é apenas homossexual: ele é agora um combatente da causa LGBT contra a perversa heteronormatividade. Sicrano não é apenas alguém que não come carne: ele é um vegetariano militante em luta heroica contra o holocausto animal. Beltrano já não anda de bicicleta simplesmente, ele é um ciclista enfrentando o reacionário e retrógrado sistema de locomoção urbano."

E certamente não posso deixar de registrar a importância dessa nova geração de autores, como Flávio Gordon, Flávio Morgenstern, entre outros, verdadeiros amantes da liberdade e, principalmente, da realidade, não se perdendo em cacoetes ideológicos, além de estudarem muito antes de falar sobre qualquer assunto.
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Rubens Caló 07/01/2020

O livro faz parte de um rol onde todos os brasileiros deveriam ler deixando de lado a qual lado toma-se partido politicamente falando. Obviamente por ser uma leitura que traz fatos, referencias e uma postura enérgica quanto aos últimos anos de governo e contra fatos não há argumentos, a esquerda se sentirá esmagada lendo um livro destes, como já é de praxe não haver quaisquer argumentos quando o debate vai além de uma gritaria "fascista" do lado esquerdo.

Flavio Gordon trás de maneira empolgante os fatos e nos detalha o formato de governo que busca o populismo perante a falta de disseminação da educação para que seja mantido sua platéia sempre ao seu lado. Como falei, embasado em fatos históricos e atuais.
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