Marcella.Pimenta 24/07/2022
A universidade é uma fábrica de militantes e "intelectuais"
O autor mistura passado (o regime militar) e presente (até os anos 2010) para demonstrar como a ideologia comunista se infiltrou nas universidades brasileiras para formar idiotas úteis.
Daí que hoje se vê aos montes profissionais de todas as áreas que militam em prol da causa sem consciência disso (ou com plena consciência do mal que causam) e influenciam as massas cobertos pelo manto do diploma.
Jornalistas que distorcem a linguagem, médicos que não podem dizer que obesidade é doença e "intelectuais" que rebaixam a língua portuguesa para torná-la "acessível".
Hoje é muito nítido o uso da universidade para formar militantes ao invés de profissionais qualificados que vão servir à sociedade.
No entanto, para Chico Anysio, isso já era claro nos anos 80, como demonstrado pro meio do personagem Washington, estudante universitário. Há 4 anos no 1o período da faculdade, ele vende bolos para metalúrgicos sem sê-lo, pois "é a favor da causa operária no poder", e, quando perguntado pelo pai o que faz da universidade, responde "eu milito".
Este é um retrato cômico da "intelligentsia" brasileira descrita por Gordon: a elite que defende a favela da sua mansão no Leblon, que fala mal do capitalismo e quer o fim da fome comendo hambúrguer do McDonalds, e que é a favor do desarmamento enquanto sai às ruas com seguranças armados.
As referências a outras obras (leiam as notas de rodapé) apontam o caminho que percorremos até aqui. No fim, é um livro que explica parte da nossa realidade política, cultural e intelectual.