Resenhas - A Menina que Roubava Livros

tjcarvalho 15/04/2024

"Os seres humanos me assombram."
Existem muitas coisas que gostaria de citar sobre esse livro. Mas é impossível colocar em um texto só, é uma experiência única.
Dor.
Eu senti dor lendo esse livro do começo ao fim.
Do que eu poderia falar?
Dos judeus que tinham sim, a ânsia de sobreviver. Dos alemães que eram pessoas boas. Poderia dizer muitas coisas, mas o principal é: o poder das palavras.
Pensar na possibilidade que nesse tempo existia sim pessoas boas e que iam contra a ideia nazista, me assombra. Não foi um surto coletivo, foi a persuasão das palavras, a sabedoria de saber usar elas corretamente, (ou não).
Você sabe o peso das palavras? Elas doem.

Jô 15/04/2024

Nesta obra, narrada pela morte, a trajetória de Liesel Meminger é contada por um narrador doentio e surpreendentemente simpático. Percebendo que a menina que roubava livros havia escapado de sua captura, Reaper se apaixonou pela garota e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de Sobrevivente: Sua mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e seu irmão para uma cidade suburbana alemã pobre, onde um casal está disposto a adotá-los por dinheiro. O menino morreu na estrada e foi enterrado por um coveiro que havia deixado seu livro na neve. Este é o primeiro de uma série que a garota roubou ao longo dos anos. A única ligação com a família é a obra, que ela ainda não sabe ler. Perturbada pelos pesadelos, compensa o medo e a solidão da noite com a conivência de seu pai adotivo, um bondoso pintor de paredes que lhe dava aulas de leitura. Liesel, alfabetizada sob os olhos cegos da madrasta, traduz urgência em literatura. Enquanto queimava livros, ela os roubava ou os lia na biblioteca do prefeito.

Isa 15/04/2024

A Menina Que Roubava Livros
Acabei de fazer os cálculos do tempo que eu levei pra ler esse livro e vi que foram quase 10 dias, mas li dois terços dele só hoje.
Acho que ainda não sei descrever o que eu senti lendo esse livro, foi uma experiência que não lembro de já ter sentido, algo novo.
Durante dos dois terços que li hoje tenho certeza que li bom parte dele chorando ou atônita de choque.
A história da nossa menina que roubava livros, do nosso acordeonista, do nosso Jesse Owens alemão e de uma mulher de boca levemente suja junto com o tom filosófico e romântico do livro, com uma pitada de história e um punhado de caos que faz você sentir que realmente está sentado ouvindo as histórias que a própria morte guarda no bolso me fez sentir coisas que espero que muitas outras pessoas tenham o privilégio de sentir um dia.

.Igor 14/04/2024

Tentarei começar esse pequeno texto sobre "A menina que roubava livros" de uma forma mais tradicional, pra variar um pouco.

Seu enredo, com um leve spoiler, é o seguinte: ao perceber que a pequena Liesel Meminger, uma ladra de livros, lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. A mãe comunista, perseguida pelo Nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. 

O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de paredes que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. E em meio a livros roubados e à uma vida às sombras da Segunda Guerra Mundial, vamos acompanhando a trajetória de Liesel na Rua Himmel.


Vai ser difícil falar sobre esse livro, mas vamos lá. Ao situar a história durante a ascensão do Nazismo ao poder e entregar à Morte o papel de narradora, Markus Zusak deixa claro que essa história é trágica. Ele poderia facilmente ter enveredado pelo caminho da ficção histórica militarista, com personagens heroicos e grandes batalhas, mas a história da Liesel é tudo menos isso. É nos mostrado um lado raramente lembrado daquela época: durante o período que vai de 1937 a 1943, cerca de 90% da população alemã apoiava o Nazismo; nós passamos a conhecer algumas pessoas que fazem parte dos outros 10%. E a vida para essas pessoas não é fácil.

Nos primeiros anos do Terceiro Reich, era dito às pessoas que deveriam queimar tudo o que representava o período diretamente posterior à Primeira Guerra; livros, quadros, qualquer coisa que lembrasse "o período vergonhoso" da história alemã. Como resultado disso, enormes piras foram feitas nas cidades, despertando todo tipo de reação das pessoas: as de apoio e júbilo eram mais que incentivadas, enquanto qualquer opinião contrária era severamente punida, às vezes com viagens só de ida para os campos de concentração.

Quando as crianças atingiam os 10 anos de idade, eram obrigatoriamente entregues para Juventude Hitlerista, uma instituição que visava treinar esses jovens para os interesses do partido. Alemães que não fossem filiados ao Partido Nazista eram tratados pouco melhor que judeus e comunistas, vistos sempre com desconfiança e raramente conseguiam emprego em algum lugar. E isso tudo antes da guerra propriamente dita começar. A partir desse momento, a população, especialmente aqueles 10%, fica presa entre dois lados de um torno: a sombra aterradora e sempre presente do Führer e os cada vez mais comuns ataques dos inimigos da Alemanha.

Foi uma época horrível, e a Morte, nossa fiel narradora, não nos deixa esquecer as atrocidades que foram cometidas naqueles anos. Mas não se deixem assustar por isso. Ela é bem delicada e gentil, sempre cuidando das almas daqueles que ela tem que levar, e talvez seja uma das narradoras mais incríveis que já conheci.

É por ela que conhecemos a vida de Liesel, essa garota que escapou do alcance da sua narradora tantas vezes que ganhou sua admiração mais sincera. Essa jovem é incrivelmente bem construída como personagem, mas nunca em detrimento daqueles ao seu redor. Seu pai adotivo, Hans Hubermann, é definitivamente a melhor pessoa que já cruzou o olhar desse leitor que vos fala, e ser uma pessoa boa sempre traz seus problemas, especialmente naqueles anos tão conturbados; ele não é só o pai de Liesel, mas seu amigo e companheiro, sem sombra de dúvida a pessoa mais importante na vida daquela mocinha e ela tem a mesma importância para ele. Sua esposa, a sra. Rosa Hubermann é rígida e bem desbocada mas, do seu próprio jeito truculento, ama a família com todas as forças e é uma das personagens mais fascinantes do livro. Há muitos outros personagens, e um deles, em especial, tem uma importância gigantesca na vida da família Hubermann, mas não falarei dele aqui.

Existe uma alegoria artístico-literária, registrada pela primeira vez no fim da Idade Média, por volta de 1424, chamada "danse macabre", a dança da morte. Apesar do nome fortuito, ela simboliza a democracia da Morte: ela não se importa com classes sociais ou credos religiosos de qualquer tipo, trata a todos da mesma forma e leva-os no fim. Lembrava a todos da fragilidade e efemeridade da vida. Esse livro me lembra muito essa danse, mas ele consegue acrescentar algo importante: a celebração e importância da vida, especialmente nos tempos mais difíceis.

A chegada de Liesel Meminger à casa dos seus pais adotivos Hans e Rosa Hubermann na rua Himmel é o ponto de partida para algo que simplesmente não tenho palavras descrever adequadamente, exceto dizer que é uma história belíssima. Então antes que o risco de estragar de alguma forma esse livro com essas palavras capengas aumente mais ainda, encerrarei esse texto por aqui. Aos que ainda não leram, procurem "A Menina que Roubava Livros" e o leiam, tenho certeza que, apesar de emergirem ao final da sua jornada emocionalmente instáveis e provavelmente arrasados, irão gostar muito desse livro!

aline_aurelioo 14/04/2024

Expectativa alta
Li esse livro com a expectativa lá em cima. Então acabei me decepcionando um pouco com a leitura, esperava um pouco mais de detalhes da guerra, e achei que muitos capítulos se passaram sem grandes acontecimentos, o que acabou sendo muito enrolado pra mim. Adorei Rudy e Lisie, e também seu papai. No contexto geral gostei, mas a nota se deve a enrolação. Não gostei que alguns fatos foram antecipados, como a descrição da morte dos personagens, e depois demorou muito pra ela de fato acontecer, achei sem necessidade revelar as mortes antes dos fatos acontecerem, pra mim isso tirou um pouco do brilho..

Alice2418 14/04/2024

Emocionante
Já li umas 3 vezes, e sempre é como a primeira vez, as mesmas emoções com a história, o sofrimento dos personagens, o amor entre eles. Você vive dentro da história

Mariana113 13/04/2024

LIVRO INCRÍVEL
Adoro a maneira q ele retrata as coisas, simplesmente amei, segundo livro do final triste q eu li e eu amei

Cintia.M.L 13/04/2024

O livro é muito bom! É uma história sensível contada por um personagem peculiar, a morte, e através dela percebemos que o ser humano é capaz de tantas coisas (boas e más). O livro também é uma viagem sobre a vida cotidiana dos alemães nos acontecimentos da II Guerra Mundial. Não tem como não se emocionar.

lilyanmarques 11/04/2024

Mudou minha vida
Não tenho palavras para descrever todos os meus sentimentos durante esse leitura.
A narração sensível que conversa com o leitor diretamente nos toca de uma forma diferente dos livros usuais.
A sensibilidade e indiferença, em alguns momentos, dessa narradora inevitável cria uma atmosfera completamente envolvente e familiar.
Em alguns momentos, me senti parte da família Meminger e senti como eles sentiram tudo que passaram
Este livro é, definitivamente, uma obra prima.

Rei de Maceio 10/04/2024

Recomendo
É como diz a contra capa.
"Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler."
Os horrores da guerra na visão de uma minina que amava ler.

bela 08/04/2024

Coração partido
A minha edição deste livro não é muito boa, por causa do espaçamento. É um livro bem longo, mas muito bem traduzido, eu acho. A linguagem é lírica, com muitas metáforas que encantam. Mesmo se tratando de uma história pesada, a forma como ela é contada, é muito bonita e comovente.
Tudo acontece durante a 2ª Guerra Mundial. É um pequeno recorte do que acontecia na vida das pessoas, as consequências inevitáveis e horríveis.
Terminei a leitura com o coração partido.

Gabixz 08/04/2024

Apenas n gostei, achei o final ruim, mesmo n sendo um livro de romance todos esperam o final feliz, coisa que n tem nesse livro

Carol Martins 08/04/2024

Aí eu amei muito! Fazia tempo que não lia livros passados na época do nazismo!
Me apeguei muito a Liesel e Rudy e vou sentir muita falta deles! Agora quero ler outros livros do autor, pois todo mundo fala que são todos incríveis! ??

Kim 07/04/2024

Cativante
Sem palavras para descrever esse livro, considero um clássico necessário para qualquer leitor.
A escrita não é tão desenvolta e não se trata de uma leitura leve, aborda temas pesados e personagens complexos, mas de certa forma, é uma leitura triste e marcante.
Apenas leiam.

Rhana8 07/04/2024

Nunca li nada igual,tanto a ideia quanto a forma que ela é desenvolvida é inteligente e diferente de tudo que já li. O fato de que a morte é escolhida para narrar essa história que aconteceu em um período tão trágico é genial. Os personagens cativam a sua atenção,todos muito únicos e muito bem desenvolvidos. A estética que o livro passa também me parece um dos fatores mais importantes pois ele cria esse ambiente que ele quer passar,um ambiente sujo,triste e muita das vezes perigoso,mas que em alguns momentos pode ser feliz e divertido,um exemplo é quando a Liesel joga futebol com o Rudy. A narração também é impecável e captura sua atenção facilmente. Acho que a única coisa que não me agradou muito foi o fato do livro ser desnecessariamente grande. Obviamente são muitas histórias para contar sobre Max,Liesel,Rudy e até os pais adotivos mas em várias partes do livro coisas que eu não precisava saber são descritas repetitivamente,como a rotina normal do dia a dia deles. Mas compreendo que isso possa acontecer para criar uma sensação de conforto no leitor quanto a rotina de Liesel,ver ela indo pra casa,conversando com a mãe adotiva,brincando com o Rudy e etc.
Outra coisa que admiro é o desenvolvimento da personagem Liesel em si,por mais que não pareça,pode ser muito difícil construir uma personagem ainda criança,é difícil saber o que se passa na mente de uma criança,quem dirá escrever sobre uma.

Chorei muito no final,confesso que fiquei muito triste com a morte principalmente do Rudy,mas compreendo.