Michel Marx 26/06/2012minha estanteTem Spoiler.
Bom, a maioria dos comentários que leio são de pessoas que tiveram uma impressão do livro totalmente diferente da minha.
Quando vi o filme tinha uns 10 ou 11 anos de idade, de lá pra cá peguei o hábito de ler e 5 dias atrás o achei na biblioteca da escola.
À princípio não gostei do final, a história se vende como um livro que ''todos já sabem o final'', ou seja, na lógica do ''senso comum'', Christiane deveria morrer no fim do livro, mas, não foi isso que aconteceu.
Pra mim, a mensagem que o livro trás não é a de ''drogas matam'', ou de ''não use, nem para experimentar''. Pra mim a mensagem do livro foi algo como ''A sociedade é um lixo, você pode se adaptar à ela e nunca ser feliz, ou pode se acovardar como essa menina fez e sofrer, entretanto, ter alguns momentos de prazer''.
Quer dizer, o que Cristiane mais quis no livro inteiro foi se acovardar dos problemas que a sua fase, a adolescência, encontra. Querendo ou não, a adolescência é uma fase de muitos conflitos sobre sua verdadeira essência. É o momento em que o indivíduo se pergunta, ''quem sou?'', ''o que quero ser?'', ''para que vivo?'', ''pelo que eu luto'' ou ''qual o sentido da vida?''. As respostas que esse adolescente encontrar nesta época, dirão quem ele vai ser. Christiane fez diferente, quis se colocar numa espécie de ''mundo paralelo'', de modo que não fosse necessário que enfrentasse estes problemas. Preferiu muito mais ser ''como os outros'' do que procurar sua própria essência dentro de si própria.
Enfim, a impressão que tenho do livro é bem ruim em relação ao que a maioria vê, não sei se estou certo, mas, certo ou errado, só existe uma verdade, esta talvez nunca a conheceremos.
No mais, gostei da resenha, bastante informativa e imparcial quando precisou ser.