Memórias da Emília

Memórias da Emília Monteiro Lobato




Resenhas -


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Thaís Inocêncio | @thais_inocencio 08/08/2018

Uma aventura nostálgica
Monteiro Lobato se tornou uma figura tão polêmica que ficou muito difícil falar sobre ele. Embora eu queira, aqui, destacar a sua obra, não é possível dissociar o autor de sua criação, certo?! Então, por que seria possível dissociar o autor de sua época? Na minha concepção, em seus livros, Lobato apresenta retratos da sociedade de um século atrás, em que era comum caçar animais e usar adjetivos como "negra beiçuda". Incomoda? Que bom! Felizmente, evoluímos. Mas não fizemos isso apagando os rastros de nossa história, e sim falando sobre ela!

Terminada a lenga-lenda, o fato é que foi com as crianças do Sítio do Picapau Amarelo que eu cresci. Foi esse senhor que me fez gostar de ler e buscar entender o mundo (e o fez muitas vezes através dos olhos de Emília, por isso este é meu livro preferido do escritor). Então, reler esta obra foi um deleite!

O livro começa quando Emília, a boneca de pano falante, decide escrever suas memórias. Mas, sem saber por onde começar, ela resolve terceirizar o serviço e o repassa para o Visconde de Sabugosa. Ele, por sua vez, decide contar a história de quando Emília trouxe para a Terra um anjo de asa quebrada. Na ocasião, a notícia dessa presença divina no Sítio chamou a atenção do mundo todo e as crianças da Inglaterra viajaram até o local para conhecê-lo.

A partir daí, são feitas muitas referências à literatura universal. Para se ter uma ideia, a bordo do navio inglês estão Peter Pan, Capitão Gancho, Alice (a do país das maravilhas) e até Popeye! É encantadora a forma como as situações mais inusitadas parecem perfeitamente normais dentro desse universo. E como, nele, as crianças valorizam o brincar.

No decorrer do livro, Emília ainda filosofa sobre a vida e a morte e demonstra outras visões de mundo que, talvez, só os adultos tenham dimensão da profundidade. É preciso destacar, também, a beleza dessa edição, que reúne algumas das primeiras ilustrações feitas para a obra de Lobato. A nostalgia bateu forte aqui e eu me apaixonei, de novo, pela história - essa é a magia de (re)ler!
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Maria.Eduarda 21/11/2020

Foi uma leitura muito leve e fácil, me lembrei da minha infância.
A única problemática são as várias falas racistas de Monteiro Lobato.
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Tamy 18/08/2023

Gostinho de infância... ??
Memórias da Emília, uma leitura divertida e regada de nostalgia, uma viagem à infância. E aqui Emília deixa claro o quão única ela é, uma personalidade nunca vista antes, capaz de ir da mais inusitada ideia ao pensamento mais filosófico, que a gente não espera vindo de um serzinho como ela. Chamando o Visconde ela inicia a empreitada na escrita de suas memórias e a partir daí, serão vários momentos divertidos e com a total cara de Emília, a Marquesa de Rabicó. 


Agora um parênteses aqui: sei de toda a polêmica que há em relação às obras de Monteiro Lobato, porém assim como dizem que não há como separar o autor da obra, também não dá para separar o autor do seu tempo. Os termos usados nos incomodam? Sim e que bom que isso acontece, sinal que evoluímos! Mas não dá para negar que esse linguajar existiu (e ainda existe) no Brasil e não é "queimando/proibindo a obra" que iremos fazer as coisas mudarem? 
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Louise Rodrigues 17/10/2022

tudo que eu nao esperava...
Nunca li nada tão racista na vida. E a Emilia é uma boneca detestavel,pqp. Quem é Anabelle na fila do pão? rs
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Robson183 30/06/2021

Essa é uma história rápida e que a cada linha lida você vai sentir o gostinho da infância.
A leitura me transportou pra um lugar muito especial da minha memória e me deixou com gostinho de quero mais. O autor criou uma obra fluida, rápida e com ensinamentos e valores bastante profundos. Não fosse pelo racismo estruturalizado na obra, ela seria incrível. Mas, emília xingando tia nastácia me cortou o coração e só continuei porque levei em consideração o período em que a obra foi escrita, era um Brasil ainda mais racista do que é hoje, mas realmente essa falas preconceituosas incomodam bastante. Porém, lendo e refletindo conclui para mim mesmo que talvez se Monteiro Lobato fosse escrever essas histórias hoje ele teria muito mais cuidado e responsabilidade com esses temas, pelo menos perfiro acreditar nisso. Longe de mim querer passar pano e fingir que nada aconteceu, porque aconteceu sim!! Ele foi racista!! Mas a obra não pode, não deve, e eu espero que não seja julgada apenas por esse ponto negativo (que é bastante relevante) quando ela tem vários outros pontos positivos.
Não concordo com tudo no livro, mas no geral é uma leitura encantadora (com ressalvas).
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Ãlvaro.lis 08/03/2022

Esse livro explora bastante a relação da Emília e do Visconde. Além de conhecermos melhor a boneca mais travessa do mundo!
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Deza 15/03/2022

Mais uma bela obra infanto-juvenil
Que graça de livro, amei! História meiga, leve e divertida que me arrancou muitos sorrisos. Recomendo para todas as idades!
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Delair.JAnio 20/07/2022

A boneca de pano
Emilia a famosa boneca de pano de Monteiro Lobato.

Nesta história vemos as travessuras e a sabedoria dessa boneca. Temos alguns relatos de acontecimentos no sítio, que Emília que registrar da sua forma. "O autor colocar o que quer", ela muda a história ou tenta e Visconde coloca no papel. Ri muito e achei a história bem construída.
Vale muito a pena se deliciar com este livro.
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Cristiane 20/07/2023

Meu favorito do autor!
Concluo aqui minhas releituras de obras do Monteiro Lobato, com o coração aquecido, pois esse livro é o meu favorito do autor.
Sei que muitas atitudes da personagem Emília são desconfortáveis e nada corretas... São questões delicadas, que até magoam, pois Emília nada mais é do que a criação de um autor que fez parte de minha infancia, e tudo que ela disse e falou, são criações dele...
Apesar dos pesares, é inegável, e seria hipocrisia minha negar o fato de que tal escritor contribuiu muito para que eu me tornasse a leitora que sou hoje, e isso tem um peso enorme.
Sobre a obra, ela é emocionante do início ao fim, pois as memórias da boneca, narradas pelo Visconde são carregadas de aventuras e de peso, que representam tudo o que o Sítio carrega em seu contexto geral.
Uma leitura que desperta muitas lembranças boas, dando um gostinho de infancia para a vida adulta.
Muito bom!
Recomendo, com todo o meu amor!
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Karin 28/10/2017

Uma boneca muito da espevitada!
Para começo de conversa, descobri o lançamento do livro no catálogo da Globo Livros e ficou logo animada para adicionar esse novo livro na minha pequena coleção de livros do Monteiro Lobato. Tenho os primeiros livros dessa edição especial publicado pelo selo Biblioteca Azul: Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho e O saci. Essas edições são especiais de colecionador, em capa dura e limitadas. Eu já estava me preparando para comprar o meu exemplar quando descobri que ele estaria na lista de pedidos da parceria da Globo Livros / Globo Alt. Não pensei 2x e logo escolhi o meu exemplar.
Nunca havia lido nada do Monteiro Lobato. Conheço sua importancia para literatura brasileira, mas por conta do destino não fui apresentada a sua obra até então. Fui de uma geração que viveu a infância e início da adolescência entre as duas edições do programa Sítio do Pica Pau Amarelo. Então não tive a oportunidade de vivenciar o mundo fantástico criado pelo Lobato.




site: http://www.karinparedes.com/memorias-da-emilia/
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regifreitas 23/11/2017

Das novas edições, lançadas agora pela Biblioteca Azul, em capa dura e com as ilustrações originais das obras, esta foi a que menos gostei. Não me empolgou tanto como as outras, mas não deixou de ser uma leitura muito divertida também.

Aqui, como o título já diz, a boneca Emília se põe a escrever suas memórias - embora sendo o Visconde quem escreva a maior parte do livro, como uma espécie de ghost writer da boneca. E como é a versão da Emília, essas memórias têm bem a cara dela. Além de contar o que houve, ela também se põe a contar “o que devia haver”, imaginando aventuras que nunca ocorreram, criando, assim, um novo gênero denominado por ela como “memórias fantásticas”.

São várias historietas envolvendo um anjo que caiu do céu, Alice do País das Maravilhas, Peter Pan, o marinheiro Popeye e o Capitão Gancho, além de todos os velhos personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Destaque para o belíssimo capítulo final, esse sim escrito por Emília, intitulado como “Últimas impressões de Emília. Suas ideias sobre pessoas e coisas do Sítio de Dona Benta”, no qual ela faz uma bela descrição do Sítio e seus moradores (animados e inaminados). Só ele já vale a leitura da obra!
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/04/2019

A edição em capa dura reúne algumas das primeiras ilustrações feitas para a obra de Monteiro Lobato. No livro, a boneca de pano mais famosa da literatura brasileira conta com a ajuda do sábio Visconde de Sabugosa para montar um livro de memórias. Misturando fatos reais e invenções, Emília filosofa sobre a vida e a morte, expressa suas visões de mundo e dá palpites sobre todos os assuntos do Sítio. Além disso, relembra suas aventuras com o anjinho da asa quebrada, com Popeye e o Capitão Gancho e a visita aos estúdios da Paramount Pictures, em Hollywood.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788525064752
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 02/11/2019

Um grito de subversão
Sempre que leio um livro procuro entender o contexto histórico antes de julgar um autor. Nos últimos anos, Monteiro Lobato vem sendo atacado de todas as formas por causa de algumas expressões de cunho racistas que usava em suas obras. Mas, penso que um autor quando escreve, ele retrata, de um jeito ou de outro, uma época com seus costumes, culturas e tradições. E para que serve um livro, senão para refletirmos sobre os nossos atos e melhorá-los? A literatura nos torna mais humanos à medida em que refletimos, expurgamos o que não presta, extraímos o que há de bom e agregamos isso ao nosso viver.

Partindo desse ponto, negar Monteiro Lobato é negar um mar de ricas reflexões arraigadas em suas obras. Emília, por exemplo, é a personagem da rebeldia, do grito de liberdade, da autoafirmacão feminina num tempo em que as mulheres eram criadas somente para o lar. Ela é astuciosa, audaciosa e cheia de falas brilhantes que nos levam a pensar sobre as mais diversas questões, do banal ao complexo. Ela nasceu para dizer que a mulher pode, sim, ser o que ela quiser.

Além disso, essa obra, apesar de ser voltada para o público infanto-juvenil, não subestima seus leitores. Do contrário, ela traz um vocabulário rico, que não chega a ser rebuscado, mas é de uma elegância sem tamanho. A narrativa enaltece uma infância criativa, imaginativa, de descobertas e aventuras. E de forma inteligente, o autor ainda nos brinda com várias referências às culturas universais.

Sou suspeita para falar da Emília, a boneca mais subversiva de toda a história. Apesar da agressividade (que alguns humanos realmente merecem), ela é espetacular, de humor ácido, mas de grande coração. Assim, como eu, um docinho... de limão sem açúcar.

"Dizem que não tenho coração. É falso. Tenho, sim, um lindo coração - só que não é de banana. Coisinhas à toa não me impressionam; mas ele dói quando vê uma injustiça. Dói tanto, que estou convencida de que o maior mal deste mundo é a injustiça."
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Clau Melo 05/03/2024

Saudades do Sítio do Pica Pau Amarelo
Quanta saudade do Sítio do Pica Pau Amarelo.

Época maravilhosa...

Adorei a leitura! Super divertida!!!
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