luizdamilton 23/06/2021
Muito bom, mas as expectativas eram altas
Cheguei aqui a partir de uma frase do Alan Watts no Facebook e fiquei curioso com a premissa de ter observado o drama que já estávamos caminhando como sociedade repleta de ansiedades ainda em 1951.
Empolgado com a leitura, me decepcionei um pouco nos textos de apresentação. Os autores se referem a Watts como um "entertainer" e um orador da filosofia oriental para o ocidente. Isso não é um demérito, afinal os textos de Watts realmente são muito conhecidos e permeiam a cultura pop atual, porém fiquei um pouco frustrado ao reparar que o livro não desenvolve tanto os temas, embora os apresente muito bem. Apesar disso, as questões são pertinentes e muito válidas.
Só para deixar algumas referências, o livro me lembrou muito o filme Lucy, do Luc Besson de 2014: "A vida nos foi dada um bilhão de anos atrás. Agora você sabe o que fazer com ela." - "I AM EVERYWHERE" ("ESTOU EM TODA PARTE").
E também achei relações com a série "His Dark Materials" da HBO (ainda não li os livros), quando o autor fala sobre a nota musical que é a vida, que começa e termina nela mesma, e a relação da alma com o todo. Também no trecho: "(...) quase todas as melhores ideias vêm quando o pensamento para".
Gostei de conhecer os temas, mas fiquei com vontade de saber um pouco mais. Apesar disso, o livro é um refresco na ansiedade de fato, ao mostrar que tudo é passageiro e que está tudo bem em simplesmente sentir a vida, sem necessidade de seguir um roteiro.