Fabrício Lôbo 02/08/2017minha estanteComo não consigo editar a resenha acima... Texto editado.
''É RUIM, MAS É BOM'' NUNCA FEZ TANTO SENTINDO
Eu poderia facilmente avaliar em 2,5 mas o skoob não permite. Não conhecia a escritora Deborah Moggach até conferir o trailer da adaptação de seu livro que está com estreia marcada para o segundo semestre de 2017 (25 de agosto nos EUA/ 14 de Setembro no Brasil). Até cogitei ser uma deliciosa junção de ''Perfume - a história de um assassino'' e ''Os miseráveis'' que enaltece a 3ª arte (pintura), e me peguei apaixonado pela trama em suas 100 primeiras páginas. Como Moggach desempenha um ótimo papel na escrita e descrição,o leitor é facilmente transportado para Amsterdã de 1600 e cacetadas, visualizando com primor um acontecimento histórico que marcou o lugar por conta da comercialização de uma cobiçada flor. Até aí tudo ok. Um romance de época promissor, aparentemente clichê - visto o trailer - mas extremamente contagiante. O problema deste livro não está na escrita ou no ritmo da história( Capítulos curtos e ágeis) e sim no desenvolvimento da mesma. Que terror! Tamanha a incapacidade de encontrar saídas, justificativas plausíveis para seus personagens, em sua maioria beirando a burrice, ao irreal. Tirando passagens de sexo, parece que uma criança a ajudou com as ideias para a trama, e com ''A febre das tulipas'' eu passei a ter discernimento que uma ótima escrita e uma ótima história necessariamente não andam juntas. E se não fosse por soluções tão ridículas o final com seu ar de ''Dom Casmurro''( gerando dúvidas) teria compensado uma narrativa e tanto. Bem ambientado, acredito que o cinema irá captar isso muito bem visto que a fotografia está excelente. Ainda assim pretendo conferir o filme na esperança que eles tenham modificado o roteiro reparando as inúmeras falhas do material original.