Sol e Sonhos Em Copacabana

Sol e Sonhos Em Copacabana Aliel Paione




Resenhas - Sol e Sonhos Em Copacabana


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Aline ig @escape.abacharel 31/08/2023

Nacional que parece um clássico da literatura!
Sol e sonhos em Copacabana narra a história de Jean-Jacques Chermont, um francês que trabalha na embaixada e é transferido para o Rio de Janeiro. Lá, ele começa a ver as maravilhas da cidade e desse nosso país tropical.

É então que ele conhece Verônica e se apaixona perdidamente por ela, uma bela morena diferente de todas as outras mulheres que ele já viu. Porém, Verônica é amante do senador Mendonça, uma importante e influente figura, que exige exclusividade no relacionamento com Verônica.

Mesmo assim, Verônica e Jean-Jacques passam a viver um amor proibido juntos. A trama é repleta de romance, ciúmes, traições. Um romance digno de ser comparado com os clássicos como Dom Casmurro. Aliás, em algumas questões, lembra bastante desse clássico.

Achei que o final do livro apresentou muitas histórias em pouco tempo... Lá pro final, a narrativa começa a se tornar não-linear. No começo acompanhamos uma história mais linear. Mas pro final, temos Verônica no futuro, mas há vários flashbacks de quando ela era mais nova, de sua separação de Jean-Jacques. E seu destino com sua filha, que em momentos narra a história dela pequena e depois quando ela já está crescida.

São muitas histórias em um mesmo livro, mas não acho isso ruim. Achei a narrativa envolvente e ficava curiosa para saber o que ia acontecer com os personagens. Por esse motivo, achei que a leitura fluiu muito bem para mim. Li rapidamente esse livro que tem quase 400 páginas. Li em uma semana de tão fluido que foi. As páginas passavam sem que eu percebesse, de tanto que a história me prendia.

Esse livro faz parte de uma trilogia e em breve irei falar mais sobre o livro 2 e 3 aqui no meu bookstagram!

Média: 4 estrelas

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CuraLeitura 05/01/2019

Resenha do blog CuraLeitura
Sol e Sonhos em Copacabana é um romance que se passa no início do século XX, entre os anos de 1901 e 1918. Ele narra a história de Jean-Jacques, um francês que vem para o Rio de Janeiro para trabalhar na embaixada econômica francesa e é um poeta, um artista, um amante da vida e das coisas belas.

Jean-Jacques é aquele tipo de pessoa simpática, simples e que encanta a todos com sua visão da vida e da forma de viver. Faz amigos facilmente e se torna muito amigo de Euzébio, um condutor de carros/charretes, que o leva aos lugares.

Em uma noite de domingo, Jean-Jacques visita o famoso cabaré Mère Louise e lá conhece Verônica, por quem se apaixona perdidamente. Verônica, apesar de corresponder à paixão, é dependente financeiramente do amante, o senador Mendonça, que dá a ela e a sua mãe uma vida de luxo e conforto.

Verônica é jovem e, apesar de apaixonada por Jean-Jacques, não sabe como proceder, pois ele a pede em casamento e a convida a ir morar na França. Entre encontros escondidos do senador e ajudados por Madame Ledoux – a francesa gerente do cabaré –, o casal decide passar uma temporada na França, longe de todo esse conflito.

Um dia antes da data da viagem, Verônica conta para Jean-Jacques que está grávida e dá a ele um anel de ouro que pertenceu a seu pai, o Barão Gomes Carvalhosa.

No dia e hora marcados para embarcarem, Verônica não aparece. Foi para São Paulo com sua mãe pela manhã. Jean-Jacques volta para a França desolado e lá permanece até 1918, quando recebe uma carta convidando-o a retornar ao Brasil e reencontrar o seu passado. A carta foi enviada por Henriette, que se diz sua filha e quer conhece-lo.

Sol e Sonhos em Copacabana é um livro repleto de reflexões sobre a política brasileira da época que se encaixa perfeitamente aos dias atuais. Na verdade, lendo o livro e estas reflexões, percebemos como chegamos neste ponto atual.

“[...] – Concordo que a maioria de nossos homens públicos de fato se assemelha a... – Procurava a palavra com visível prazer, esquadrinhando o espaço rapidamente. – Como eu poderia defini-los? Sim! – exclamou de supetão. – A um bando de putas, a um puteiro, e você sabe o que isso significa – repetiu, alteando a voz, irradiando inusitado prazer em fazê-la ouvir a metáfora, dando uma risadinha seca. – É a palavra certa pela qual vocês poderiam caracterizar a nossa classe. Cada um de nós lá tem seu preço, e um alto preço. Existem, é verdade, algumas raras exceções – interrompeu-se um segundo, pensativo – mas é o que predomina, é onde chafurdamos nós, fermentando putrefados no pântano dos vossos valores morais. Mas somos uma pequena porção de vocês – comentou, sorridente.”
p. 250

O livro é dividido em duas partes, a primeira narra a história basicamente sob o ponto de vista de Jean-Jacques, e a segunda conta o que fez Verônica tomar a decisão de abandoná-lo e o que ela fez nos anos a seguir, bem como o nascimento e vida de Henriette.

É um livro forte, tanto com relação aos aspectos políticos e ao capitalismo, como com relação aos sentimentos e a quê estamos dispostos para viver um amor. Quanto vale o amor? Quanto vale estar ao lado de quem amamos? Para Jean-Jacques vale abrir mão de seu emprego, de seu status social e talvez até de sua vida. Para a Verônica de 1901 o luxo, conforto, o status e a influência falam mais alto. Para a Verônica de 1918, mais madura, vale absolutamente tudo.

A leitura do livro foi bastante fluida, o enredo prende o leitor e as personagens nos cativam. Em meados da metade do livro eu tomei um choque com um acontecimento, que a princípio eu jamais pensei que fosse acontecer, mas a segunda parte do livro se mostrou tão interessante quanto a primeira.

Quanto vale o ódio e o desejo de vingança? Até onde uma pessoa é capaz de ir e o que ela é capaz de fazer para ver alguém sofrer?

O livro tem romance, drama, problemas familiares, lições de amizade, amor, caráter...

O autor tem uma escrita mais rebuscada, mas em momento algum incompreensível. Pelo contrário, a beleza de suas palavras incrementam a narrativa e nos transporta para a Copacabana de 1901, para o modo de vida da época. As descrições de cenários são extremamente detalhadas, tanto que às vezes esse detalhamento se torna um pouco cansativo, mas nos faz adentrar no local descrito.

A revisão do livro está muito bem feita e o material do livro é de boa qualidade. A capa é simples, mas com um toque de antiguidade, referentes à época do enredo. A diagramação também está muito bem feita e a fonte e o espaçamento em tamanho confortável. As páginas são levemente amareladas.

Foi uma leitura muito interessante, instigante e que me fez conhecer um pouco mais sobre o Brasil da velha república e ter meus valores morais reforçados. É um livro que faz o leitor repensar seu modo de vida e a forma como olhamos para as coisas.

Indico para todos, menos para menores de 16/18 anos por conter cenas de sexo e palavras um pouco pesadas.

site: www.curaleitura.com.br
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