O homem revoltado

O homem revoltado Albert Camus




Resenhas -


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Julio.Argibay 27/02/2024

Homem
O Homem Revoltado - Albert Camus é uma obra filosófica de um dos expoentes do existencialismo. O livro é polêmico, pois coloca o ser humano acima das revoluções.
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Mano_jp 07/02/2024

O homem revoltado
"Carregamos todos, dentro de nós, as nossas masmorras, os nossos crimes e as nossas devastações. Mas nossa tarefa não é soltá-los pelo mundo, e sim combatê-los em nós mesmos e nos outros."
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Marion 08/07/2023

Filosofia
Achei que o livro era ficção, mas era filosofia. Camus analisa as aplicações morais e existenciais da evencia humana.
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Luiz 09/01/2022

A Revolução instrumentalizou a genuína Revolta
Livro: O Homem Revoltado
Autor: Albert Camus

Camus escreve esta obra ao começar a questionar o próprio movimento da esquerda europeia, do qual ele também faz parte, ao perceber que diversos intelectuais ao se afirmarem progressistas e humanistas, simplesmente faziam "vistas grossas" pra o movimento marxista e o desastre da Revolução Russa no regime Stalinista.

O livro se debruça na investigação histórico-filosófica de como o sentimento de Revolta foi ao longo do tempo sendo contaminado ao ponto de tornar-se Revolucionário, ao passo que o na consequência última tudo termine nos campos de concentração. Assim, o Nacional-Socialismo, o Fascismo e o Comunismo Russo, são frutos direto do movimento intelectual de Revolta Metafísica que busca negar Deus,a criação e a moral para dar lugar ao Iluminismo, historicismo e o niilismo. O espírito revolucionário nada mais faz do que instrumentalizar o sentimento de revolta para justificar seus próprios métodos.

"A revolução contemporânea acredita inaugurar um novo mundo quando não é mais que o resultado contraditório do mundo antigo."
(Albert Camus, p. 353)

Tudo começa quando um genuíno sentimento de revolta ao reivindicar ao que lhe é negado, passa a revoltar-se contra um Deus e a sua realidade, na busca de se reafirmar, elimina-se Deus transformando-se nele próprio, mas ainda sim é necessário eliminar tudo o que represente aquele Deus, nisso rebela-se contra a igreja, os reis, a nobreza, a burguesia, inclusive a moral presente... tudo temperado a luz da racionalidade, o antropocentrismo, o niilismo, a história, a ciência... o que originalmente era revolta, torna-se revolução, que instrumentaliza a própria revolta no intuito de alcançar a tão sonhada utopia terrena, a revolução, ao negar tudo que lhe deu origem subverte e corrói qualquer coisa para se justificar, neste ponto o terror é a consequência real dos meios justificados pelos fins.

"[...] o estranho é aterrorizante crescimento do Estado moderno pode ser considerado como a conclusão lógica de ambições técnicas e filosóficas desmedidas, estranhas ao verdadeiro espírito de revolta, mas que deram origem, no entanto, ao espírito revolucionário do nosso tempo. O sonho perfeito de Marx e as poderosas antecipações de Hegel ou de Nietzsche acabaram suscitando, depois que a cidade de Deus foi arrasada, um Estado racional ou irracional, mas em ambos os casos terrorista."
(Albert Camus, p. 234-235)

"O pensamento histórico devia livrar o homem do julgo divino; mas essa liberação exige dele a submissão mais absoluta ao devir. Ocorre-se então para a permanência do partido, como antes se corria para o altar. Por isso, a época que ousa dizer-se a mais revoltada só oferece uma escolha: conformismo. A verdadeira paixão do século XX é a servidão."
(Albert Camus, p. 304)

A crítica mordaz de Camus à estes movimentos resultaram num verdadeiro linchamento intelectual e moral, principalmente por Sartre, que era marxista e partidário do Comunismo Russo. Livro que apesar de demasiado longo em alguns pontos possui incrível lucidez para analisar filosoficamente as teorias e a literatura concernentes ao tema.

"[...] o Nacional-Socialismo é apenas um herdeiro transitório, a decorrência irada e espetacular do niilismo. De outro modo, lógicos e ambiciosos serão todos aquelas que, corrigindo Nietzsche com a ajuda de Marx, escolherão dizer apenas sim apenas à história, e não mais à criação com um todo. O rebelde que Nietzsche fazia ajoelhar-se diante do cosmos passará a ajoelhar-se diante da história. Que há de espantoso nisso? Nietzsche, pelo menos em sua teoria da super-humanidade, e antes dele Marx, com a sua sociedade sem classes, substituem ambos o além pelo mais tarde."
(Albert Camus, p. 110)
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Felipe 12/08/2021

Longe da qualidade e profundidade de O Mito de Sísifo, ou até dos romances A Peste, e o Estrangeiro, "O Homem Revoltado" se perde em suas críticas ao niilismo e ao comunismo.
O problema não está em ter uma opinião sobre os temas mas em não desenvolver ideia alguma de caminho a ser tomado. São capítulos e mais capítulos sobre o que ele NÃO acha certo. Já acostumado com Camus, esperava um "Fundamentos de motores e Eficiência em automóveis" e recebi centenas de páginas de "Você sabia que um carro sem rodas não anda?".

A escrita de Camus é sempre convidativa e irônica, mas nem ela é forte o suficiente para segurar as voltas, as repetições que o livro toma para martelar o mesmo prego. Sobra de interessante no primeiro momento a sua crítica ao assassinato de qualquer gênero e a hipocrisia da pena de morte. Agora O Homem Revoltado sou eu por ter atrasado minha meta e perdido dinheiro.
Marcos.Azeredo 26/10/2021minha estante
Bom escritor, mas prefiro o Sartre.




pedrocipoli 16/02/2019

“No século XX, o poder é triste”
Apesar de estar “familiarizado com a escrita de Camus” (aspas necessárias aqui), “O Homem Revoltado” é um livro que realmente surpreende. A análise feita do homem revoltado é dura e honesta, criticando tanto o capitalismo quando o socialismo (mais este). Aliás, é interessante (e precisa) a argumentação de Camus de que o “socialismo científico” de Marx não tem nada de científico, sendo utópico quanto qualquer outro.
Da mesma forma o autor nota, isso em 1951, que a tendência de um regime revolucionário é descambar em um estado policial, em um regime totalitário (a série “Trotsky” mostra bem isso). A promessa de liberdade vira tirania rapidamente:
“Partindo da liberdade ilimitada, chego à tirania ilimitada.”
O niilismo, um conceito explorado amplamente aqui, é impecavelmente abordado:
“O pensamento histórico devia livrar o homem do jugo divino; mas essa liberação exige dele a submissão mais absoluta ao devir. (…) A verdadeira paixão do século XX é a servidão”.
Ou seja, explora corretamente a afirmação de Nietzsche de que “Deus está morto” da forma correta, já que poucos enxergam o perigo desta ideia. Afinal, se “Deus está morto”, o que colocaremos no lugar? Esse é um dos pontos mais interessantes abordados no livro, e Camus não se intimida em comparar as ideologias revolucionárias com “religiões”. Religiões civis, no caso, como Vladimir Tismăneanu, já que incluem atos de fé sem qualquer evidência, promessa da “Terra prometida” ou de “tempos áureos”, incluindo aí tanto o Nazismo quanto os regimes Comunistas.
Não há preocupação em ser partidário aqui: Camus é bastante democrático em suas críticas. Críticas fundamentadas, naturalmente, ainda que tenham deixado pessoas como Sartre horrorizadas. O mesmo Sartre que negou os genocídios e horrores da União Soviética o máximo quanto pode, ainda que fossem amplamente documentados.
Camus parte dos gregos e passa por Sade, Dostoievski, Rousseau, Bakunin, Hitler, Mussolini, Marx, Comte, Lenin e Hegel para analisar o conceito do “homem revoltado”. Aborda outras que eu não conhecida, como Stirner e Saint-Just, além de analisar eventos históricos como a revolta de Espártaco e a Revolução Francesa, além de movimentos como o Surrealismo.
O parágrafo acima dá uma ideia da profundidade do livro. São 400 páginas de um conteúdo denso, por vezes cansativo, que deve ser estudado. Não é um livro para praticar “leitura dinâmica”: deve-se lê-lo, interpretá-lo e pesquisar sobre cada tópico abordado. É um material e tanto não apenas para quem quer estudar o assunto, mas também como um excelente ponto de partida para quem quer realizar pesquisas futuras. Tenho um sistema de marcação de trechos que tenta minimizar o desgaste do livro, mas é possível editar um segundo livro com a quantidade enorme delas neste aqui.
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Sobre a edição: apesar do preço, a obra é bastante espartana. Não encontrei erros de edição, mas também não senti nenhum esforço extra, nenhuma tentativa de “algo a mais” por parte da Record para um livro tão importante. Uma edição futura poderia incluir, por exemplo, comentários sobre os eventos envolvidos, panoramas históricos e outros pontos para engrandecer a leitura. Quem sabe capa dura. Há apenas uma introdução, o que certamente não ajuda a popularizar os livros de Albert Camus no Brasil.
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Vale a leitura? Sim. Compre. Leia agora mesmo. Certamente é um dos livros mais importantes do século XX. Um longo ensaio que, assim como os de George Orwell (concorde-se ou não. Aliás, curiosamente ambos morreram com 47 anos), oferecem um panorama inigualável sobre o extremismo ideológico que foi este século. E sabendo, bom, tentemos não fazer o mesmo com o século XXI.
guimaraesalysson 07/08/2023minha estante
Bom Review




Suka - Pensamentos & Opiniões 28/12/2017

Mais um livro de Camus para refletir, de leitura intensa, é necessário conhecimentos de autores como Nietzsche, Dostoiévski, Sade e outros.
Ele nos trará um ensaio a respeito da revolta do homem, iniciando-se com as reflexões baseadas nos filósofos citados anteriormente e mais a frente ele falará sobre as revoltas do século XIX e inicio do século XX.
É um livro para pessoas que estão ativas na sociedade, políticos, sociólogos, filósofo ou aqueles que gostam de mergulhar nesse mundo da filosofia.

site: http://www.suka-p.blogspot.com.br
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none 30/10/2017

Leitura necessária
Livro necessário nesses tempos de combates sinistros (enroladinhos x perdidinhos), ideologias furadas e absolutismos terroristas de parte a parte. Camus aponta soluções com lucidez. Tudo o que precisamos neste século XXI. O livro não é nada anacrônico, nem revisionista nem panfletário, foi escrito para quem sobreviveu ao pós-guerra, início da guerra fria, no período quente dos choques de opiniões. Sartre surtou com Camus e este livro, muitos ditadores e absolutistas o ignoraram, a verdade dói. Não ignoremos mais Camus e este livro.
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