Resenhas - Da Preguiça como Método de Trabalho

Evy 12/07/2020

Doce reflexão sobre o cotidiano!
Mário Quintana é um dos meus poetas favoritos! Um doce de pessoa que enxerga a vida através da poesia. Neste livro, que acredito ser o seu "Livro do Desassossego" (Esse é do Fernando Pessoa, um livro lindíssimo que super recomendo e tenho pra mim que alguns autores acabaram seguindo esse caminho do Pessoa e publicaram os seus livros do Desassossego, cito alguns: Ostra Feliz Não faz Pérola é o do Rubem Alves, A Descoberta do Mundo é o da Clarice Lispector)!!

É um livro que contém de tudo um pouco: poesia, frases soltas, trechos, contos, crônicas, diálogos... E tudo isso com o olhar doce e a escrita singela e fantástica de Quintana que nos faz refletir sobre o que foi dito. Tem um pouco de humor, um pouco de saudade, um MUITO de amor em todas as suas palavras. Não é um livro pra ser lido uma vez só, e sim pra ser relido, repensado, tirado da estante pra ler uma página aleatória, reler alguns trechos, enfim... Assim como todo "Livro do Desassossego", um livro sem fim... Pra vida toda!

Amei demais esse livro, que confesso, comprei pelo título que achei bastante instigante! O próprio Quintana o explica:

"Não sei pensar a máquina, isto é, faço o meu trabalho criativo primeiro a lápis. Depois, com o queixo apoiado na mão esquerda, repasso tudo a máquina com um dedo só.
_ Mas isto não custa muito?
_ Custar, custa, mas dura mais".

E ainda completa: "A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda. Não poderia viajar o mundo inteiro".

Perfeito e doce, como Quintana. Super recomendo a leitura!

Alessandra 28/12/2009

Tem muitas passagens interessantes, têm humor, ironia, é um livro de crônicas, opiniões pessoas, no geral é chato, porém vale a pena ler por causa dessas passagens...

Paula 06/01/2015

Quintana em seu mais puro estado
Sou suspeita pra falar de Mario Quintana. Tenho uma ligação com a escrita do autor que, como ele mesmo diz, me faz crer que são os poetas que nos descobrem e não o contrário. Falarei então sobre o livro em questão.
Da preguiça como método de trabalho é a reunião de pequenas crônicas, poemas e pequenos textos dos temas que mais marcam a poesia do autor; morte, Deus, sobrenatural, coisas simples e corriqueiras, poesia, o ato de escrever. Aliás, este último talvez seja meu tema preferido: Quintana escreve brilhantemente sobre o dom da poesia e o processo da escrita.
O livro funciona também como uma espécie de biografia do autor, já que acompanha suas várias fases e conta com trechos de entrevistas suas que evidenciam muitas de suas características. Tive vontade de ler mais sobre sua vida mas numa pesquisa rápida pela internet não achei qualquer biógrafo que tivesse feito tal trabalho. Desconfio que seja porque Quintana e sua vida estão em sua poesia; ambas se confundem. E como ele mesmo diz, "minha vida está em meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão".
Obrigada por ter existido, Quintana.

Henrique Fendrich 12/12/2017

Escorre poesia em toda a sua prosa.

Vittória Brasil 03/06/2018

Um livro cheio de coisas que não entendo
Houve alguns momentos em que senti a poesia de um jeito legal. Poucos momentos, entretanto.
No geral, o livro é um emaranhado de textos sem muito sentido, sem continuidade e sem profundidade. Uma confusão só.
Nada contra quem admira, compreende e respira a poesia de Quintana. Mas não é, realmente, o meu tipo.
Mas valeu a experiência. Foi proveitosa. Isso que importa.

Yuririn 12/06/2022

achei vários textos engraçados e ainda que tenha discordado em alguns pontos, gostei como o Mario Quintana coloca o posicionamento dele sem reservas. Achei meio chatinho o fato de ser frisado várias vezes o quanto o autor não quer leitura dinâmica no livro dele, pois, embora seja vdd que se vc ler refletindo sobre o que está escrito e sobre o que está subentendido tbm dá pra aproveitar mais, já deu pra receber o recado na introdução e na primeira vez em que isso apareceu em um dos textos. Também foi uma pena que não peguei todas as referências do autor, então não aproveitei o livro integralmente, mas acredito que quanto mais bagagem literária e de vida se adquire, melhor este livro pode ficar, além do que nas partes em que fiz as respectivas conexões "pedidas", gostei. No geral, foi bem interessante de ler e é legal que dá pra pegar um pouco da personalidade dos amigos literários dele por alguns dos textos do livro.

DIÓGENES ARAÚJO 19/09/2013

Leve e inteligente
Quintana como sempre, com sua literatura leve e inteligente.
O mundo precisa produzir mais escritores como ele.

Gabriel APN 08/11/2022

Livro com linguagem rebuscada e antiga...
Por mais que esse livro que eu li seja realmente uma edição ANTIGA, atualmente é difícil encontrar dele na sua versão mais atual. Com 359 páginas e muitos poemas, Mário Quintana descreve vários cenários, sentimentos durante o livro, esse livro é muito interessante para quem curte poesia, ele engloba vários gêneros textuais além de poesia, mas há a predominância da poesia. Eu não curto muito poesias, gosto mais de histórias com um enredo construído e personagens, mas o livro é bom sim, e sua versão atual deve ser melhor ainda.