Giuliana Sperandio 26/01/2018
Jovem e descontraído.
O livro Sem legendas tem um enredo com um cenário jovem, descontraído.
Os personagens são bem reais e ao mesmo tempo peculiares, a mocinha é daquelas anti-clichê e empoderada, que faz o que quer sem arrependimentos.
Sabe o estereótipo do pecador galinhão? Aqui é a Alice, a personagem principal que tem esse papel, o que nos faz analisar como a sociedade vê como normal alguns comportamentos quando se trata de homem, e crucifica quando é mulher... Eu mesma me vi com preconceitos em relação a personagem, se eu gostei dela? Hum, no final sim, acabei tendo um pouco mais de empatia, contudo não sei se seríamos amigas, pois ela acaba por ter tipos de atitudes que não curto.
Já o mocinho, Timi é daqueles caras legais e bacanas que acabam sofrendo por serem tão gente boa, ou seja, se vê que propositalmente a autora inverteu os papeis no livro, o cara é mais cavalheiro e até romântico, e a mulher é quem foge de sentimentos e relacionamentos.
Alguns pontos me incomodaram na leitura: a revisão por exemplo, que a autora já explicou que na época teve que fazer sozinha e acabou deixando passar, então quando lerem, já aviso que existem erros tanto gramaticais, quanto de digitação.
E também o fato de os jovens sempre aparecerem bêbados e dirigindo, é comum isso? É. Mas na minha humilde opinião ela deveria ter colocado algum personagem que questionasse tais condutas, a única que questionava, a Estela era a antagonista, portanto era tratada como chata da turma.
No mais, a história fluiu bem. Eu fiquei curiosa para terminar, e quando termina... Bem, vamos ter que esperar o livro dois, onde espero maior amadurecimento nos personagens principais.
A escrita da autora é leve e fácil de acompanhar. É um livro hot, contudo não chega a ser exagerado, ou seja, tem uma pitada de pimenta no enredo, que para quem gosta dá um quê a mais. Porém quem não curte, pode passar batido sem que afete a história.
O livro aborda temas como amizade, amor e preconceito.
site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2018/02/clube-do-livro-papeando-resenha-sem.html