spoiler visualizarCici 27/12/2022
Imediatamente tenho crise de ansiedade
Este é meu primeira romance dark. Mas minhas caras leitoras, eu realmente fui de coração aberto, pois eu comecei minha vida de leitora lendo muitas fanfics sobre o assunto de máfia no anime spirit e wattpad. Eu sabia (ou achava que sabia) o que estava me esperando, estava pronta pra passar pano. Entretanto esse livro se superou de tão ruim.
A escrita do livro é péssima! Crianças escrevem fanfics melhor que isso. Peca na ausência de descrição, excessos de diálogos, conclusões óbvias ou em não omitir informações desnecessárias. Por exemplo, o personagem conta algo vivido no passado, e ao invés da autora cortar a explicação no diálogo, ela repeti tudo de novo.
Abriela é uma mocinha tão boba e sem empatia que torna tudo inverossímil. Ela descobre que não pode ter filhos e isso era um grande sonho na vida dela. A mulher aceita isso em uma tarde, não é algo gradativo. Uma TRAIÇÃO do marido que resulta em uma gravidez. A personagem poderia até aceitar a criança com um tempo, mas não na mesmo hora. Pelo amor de Deus, que ser humano ia descobrir que não pode ter filho e praticamente no mesmo momento descobri que a amante tá grávida aceita isso? Tantos sentimentos podem surgir disso, a raiva, revolta, se sentir injustiçada. Mas nada disso foi abordado nesse livro.
O personagem principal trata o filho fora do casamento como se fosse um presente a esposa, como se fizesse um favor. E o pior, ela fica grata! Como se lucca fosse um monji budista por não matar o filho.
A cena do parto é tão ridícula que seja ser cômico. A mulher não deixa a mãe biológica em nenhum momento olhar a criança, praticamente rouba. E aí o esposo diz que vai matar a prostituta e Abriela falta só falar "tá bom, amor". E se você acha que em algum momento passou remorso por ela, esqueci.
Remorso não é só o que nossa mocinha não tem. Amor pela família também passa longe. Abriela perdi o irmão e é como se nada tivesse acontecido. E digo mais, não só por ela, como ninguem da família. Vale ressaltar que no início do livro ela destacou a importância da família, mesmo ele não sendo o mais próximo. Eu já vi pessoas sofrerem mais quando seus times perdem o campeonato do que Abriela pelo assassinato do irmão.
E isso já abri outro ponto. Nada é desenvolvido nessa história. O irmão de abriela traiu a máfia. Mas a autora poderia colocar isso aos poucos, como os motivos que levou ele a trair e NADA.
O cunhado tem uma paixao por Abriela, mas o negocio também é do nada.
Tem um detetive que quer prender o personagem principal e é o mesmo que nada. Me digam vocês, leitoras, em algum momento vocês sentiram medo do fulano ser realmente preso? Ele é tão bobo quanto um vilão de um filme da Disney. Ameaçou tanto pra nada. Levou o cara pra responder um investigatório na delegacia e pra quê? E mais uma vez eu digo: nada! Em nenhum momento isso veio realmente ser uma questão importante na trama. Então por que botou? Só me parece uma coisa pra encher linguiça.
Como abriela se apaixonou por um homem que só fodi ela? O cara não tem o mínimo de diálogo e ela já tá ali dizendo que o ama. A solução pra ela curar os traumas do marido é simplesmente transar com ele nos lugares que o fez mal. Gente, Freud perdeu essa teoria aí.
E por fim, mas não menos importante, nós temos o mocinho dessa história. É a parte mais cômica da história. O menino que com menos de 10 anos se tornou O MELHOR homem da MÁFIA com facas. Uma crueldade sem escrúpulos, não polpa ninguém.
Talvez você esteja se perguntando, se você não gostou de nada, por que leu até o final? Bom, fica aí o questionamento. Será que eu gosto de me torturar igual Abriela?