Primeiro Mataram Meu Pai

Primeiro Mataram Meu Pai Loung Ung




Resenhas - Primeiro mataram meu pai


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Henrique Fendrich 27/08/2020

Esse é mais um daqueles livros que contam uma história real tão chocante que a própria discussão sobre os méritos literários perde a sua relevância. Entretanto, ressalto que, entre as várias mulheres narradoras de trágicas histórias de guerras e perseguições, Loung Ung figura entre as mais hábeis.

Nota-se que ela possui conhecimento de técnicas narrativas, a começar pela acertada estratégia de contar no presente, e não no passado, o drama de sua família durante o genocídio no Camboja. Essa “presentificação” se torna muito interessante porque ela nos coloca sob os olhos de uma garotinha de cinco anos, pois era isso que Loung Ung era quando todo aquele horror começou.

Absurda por si só, a guerra vira um despropósito ainda maior quando confrontada pelo olhar de uma criança que, com toda a razão, não vê sentido algum naquilo que se passa ao seu redor. Ao mesmo tempo, essa estratégia contribui para que percebamos, em um grau ainda maior, toda a crueldade envolvida em eventos lastimáveis como esse no Camboja.

Tem perseguição, tem fome, tem medo, tem assassinato, tem tortura, tem tentativa de estupro, até ataque de piratas tem durante a história. É admirável que Loung Ung tenha sobrevivido a tudo o que relata no livro e que hoje tenhamos a oportunidade de conhecer mais de perto o que foram aqueles anos de horror.

E não se pense que tudo isso se resume a um Oriente distante, sempre envolvido em conflitos, e que não nos diz respeito. Se levarmos às últimas consequências muitos dos sentimentos que cultivamos aqui mesmo, no nosso privilegiado Brasil, será um ambiente de horror como o do Camboja que atrairemos sobre nós.
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iammoremylrds 06/01/2022

é um livro muito pesado e muito bem escrito, além de ser muito necessário, principalmente por tratar de fatos históricos que poucas pessoas sabem da existência, é muito difícil de se digerir...
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Mari.Vasconcelos 25/06/2023

Extremamente dolorido
Camboja, 1975
A família de Loung, composta de pai, mãe, três filhos e quatro filhas vivia uma vida agradável de classe média. Até a invasão e controle do governo comunista do Kmer Vermelho; o pai, agente militar trabalhando para o governo até então, se tornaria junto com a família, carta marcada para extermínio.
O Kmer Vermelho entendia que pessoas com o mínimo de informação ou educação não poderiam viver sob o novo regime, pessoas eram massacradas até se usassem óculos (remetia à inteligência) ninguém tinha permissão para pensar, escolher, opinar, ter qualquer traço de personalidade... pregavam a "igualdade"...
Loung e a família viveram em campos de trabalhos forçados e ela, dos cinco aos nove anos presenciou atrocidades que a fizeram perder a inocência: inanição, violência, abusos, doença, morte... a vida humana ou a morte de um ser humano era tratado com o mesmo grau de frieza, um número...
a menos...


Trata-se de uma auto biografia, consta que virou filme, mas acho que o que aconteceu nesse período deveria ser mais falado nas escolas, em livros, assim como o período do Holocausto é tão abertamente discutido.
Vou ver o filme e tentar conseguir subterfúgios de uma melhor compreensão sobre esse assunto pq nem sempre a gente pode fechar os olhos e fingir que "coisas" não aconteceram.
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Frauboll 22/09/2022

Um dos livros mais tristes que já li!
Conhecia apenas por alto a história do reinado de terror do Khmer Vermelho no Camboja e me interessei por esse livro. Primeiramente, é muito bem escrito. Me impressionou o lirismo e a sinceridade da autora aos descrever seus sentimentos e pensamentos. A coragem também, de rememorar tudo isso e nos relatar. Acho que só por isso, e para honrar a memória das vítimas, esse livro deveria ser lido. A história é impressionante, surreal. Revoltante e tristíssima. Me impressiona que alguém tenha forcas para continuar vivendo depois de ter passado por tudo que a autora passou, ainda mais na infancia.
O comunismo, aonde quer que seja tentado só traz morte e sofrimento. É a ideologia mais macabra que o ser humano já inventou. Qulquer um que defenda isso deveria ser obrigado a encontrar as vítimas desse sistema desumano, duvido que teriam coragem de defender essa ideologia maligna na cara das vítimas.
Desejo a autora que ela tenha uma vida feliz depois de todo esse sofrimento e que o Camboja consiga se recuperar e que os respons´veis ainda vivos por esse genocídio sejam castigados como merecem. O mais importante de tudo, é nao esquecer e divulgar essa história!
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Mayra247 12/05/2020

PRIMEIRO MATARAM MEU PAI
Que história incrível. Uma leitura extremamente prazerosa, e apesar de cada situação infeliz, é daqueles livros que não travam a leitura.
Histórias como esta, que retratam o genocídio de pessoas inocentes e a ditadura bruta, é chocante, mas muito necessária. Amei conhecer um pouco da cultura de Camboja.
Um livro triste e belo, como são alguns sobre os campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, ou mesmo livros que retratam as dificuldades de imigrantes (como o livro Pequena Abelha).
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Reccanello 22/07/2023

A estupidez da guerra...
A guerra é uma coisa estúpida, e sua estupidez fica ainda mais evidente quando mostrada pelos olhos de uma criança. Mesmo uma visão inocente de uma criança consegue ver a total falta de sentido, a burrice, a crueldade, a corrupção e a malignidade do regime comunista instaurado pelo Khmer Vermelho no Camboja, cujo rastro de sangue e ódio se sente até hoje naquele país. Que sirva de aviso para todos os que simpatizam com as ideias de Marx, Lênin e Mao.
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Sarah587 25/04/2022

Emocionante
Livros com relatos da guerra sempre mexem muito comigo, ainda mais com tanta riqueza de detalhes, eu tento visualizar e fico aflita, da tristeza, angústia. E assim que acabei de ler o livro fui assistir ao filme, experiência única.
Imaginar tudo que a Loung e outras pessoas passaram é dolorido demais. Loung teve sua infância tomada a força e foi obrigada a trabalhar, tudo por um regime autoritário.
Me marcou muito esse relato, é muito importante para a gente entender e tomar conhecimento da história de outros lugares.
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Edna 07/02/2021

A crueldade do comunismo
"Você sabe que as estrelas são velas no céu. Toda noite, os anjos saem para acendê-las para nós. Eu queria estar lá em cima com elas e os anjos."

A autora narra a própria história e de sua família, narra no presente pelos olhos de quando iniciou aos cinco anos de idade, a  ainda moravam em Phnom Penh capital  do Camboja, a cultura de um povo e de uma família de  nove pessoas, dentro da cultura e de como eram felizes até o país foi ser tomado pelo regime comunista e o drama que enfrenraram  porque o Pai trabalhava para o governo anterior.

Expulsos de suas casas, de sua cidade, despojados de seus pertences, são remanejados para os campos único trabalho considerado útil pelo regime, médicos, professores, qualquer profissão,  cultura, funcionários públicos, qualquer ciências da inteligência ou seja a sabedoria é abominada e são executados.

As minhas impressões não tem intensão de chocar o leitor apenas relatar em um pequeno resumo essa história triste dessa família e o que é viver um regime comunal, onde o trabalho braçal para os homens, mulheres só são úteis para gerar mais filhos pra o regime, as crianças trabalham assim que começam a andar, todos mal alimentados, a fome é uma constante, deficiência e doenças não são permitidos.

Sem escolas, única vestimenta permitida é o uniforme do partido, e se você pensa que isso é spoiler não imagina que a cada três páginas vai se deparar com crueldade inimagináveis; o comunismo é mais cruel em determinados locais e a pequena Loung e família foram para um local considerado um dos mais violentos durante
esse período negro que resultou no genocídio sob o regime de Pol Pot com mais de 2 milhões de mortos entre 1975 à 1979 mas história segue ate 1980 após conseguir se refugiar e a dura luta para reunir a família, um dos maiores desafios dos refugiados,
até primeira publicação do livro em 2000 e publicado em 2017 pela @harpercollinsbrasil

Viver essa guerra narrada pelos olhos de uma criança que presenciou todo o horror e absurdos sem propósitos dilacerou meu coração.

Mas saber que Ela tirou forças de tudo para trabalhar como Ativista e desenvolver Ações
pelos direitos humanos, nascida no Camboja, e como  porta-voz nacional da Campanha por um Mundo Livre de Minas Terrestres.

Indico à todos, é doloroso sim, mas é história e o comunismo, a terrível ideologia desenvolvida por mentes nefastas, contado pelos olhos de quem viveu para que possamos sentir repulsa até em pronunciar a palavra.

#Bagagemliterária
#Primeiromatarammeupai
#Loungung
#resenhaednagalindo
#Impressões
#bookstagrammer
#história
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Cau :) 20/04/2021

Narrado pela própria autora, o livro conta o que ela vivenciou quando, na década de 70, o partido comunista do khmer Vermelho tomou o poder no Camboja O interessante é que a história é contada no tempo presente, ou seja, pelo olhar da criança de 5 anos que ela era quando tudo começou. Loung Ung e sua família foram expulsos de casa e levados para o campo, junto com o resto da população (em torno de 2 milhões de pessoas) para trabalharem nas piores condições. Passaram fome, perderam seus bens, sua dignidade, e muitos morreram por falta de comida, doença ou foram executados por terem muito conhecimento, por cometerem o menor erro ou mesmo sem motivo. Aproximadamente 1/4 da população foi dizimada. O regime do ditador Pol Pot durou anos e a crueldade sofrida por essas pessoas é indescritível. As crianças eram treinadas para se tornarem soldados e passavam por uma espécie de lavagem cerebral, sendo instruídas a matar, inclusive, a sua própria família, se necessário. Uma história dura, pesada, mas extremamente bem escrita. A força de Loung é incrível, e hoje em dia ela vive em Ohio com o marido, é ativista e palestrante dos direitos humanos e luta pelo combate às minas terrestres espalhadas no Camboja pelo khmer vermelho.
O livro gerou um filme, disponível na Netflix e dirigido por Angelina Jolie, mas não chega nem perto da qualidade do livro.

"Você sabe que as estrelas são velas no céu. Toda noite, os anjos saem para acendê-las para nós. Eu queria estar lá em cima com elas e os anjos"

"Na tarde seguinte, sentada com Kim nos degraus fora da nossa Cabana, penso em como o mundo tem a sua beleza, mesmo que eu não sinta alegria em estar viva. Está escurecendo e o pôr do sol colore o horizonte de vermelho, dourado e roxo, e o céu parece mágico. Talvez existam mesmo Deuses vivendo lá em cima. Quando descerão para trazer paz à nossa terra? Quando volto os olhos para o chão, vejo dois homens de preto caminhando em nossa direção, com os rifles pendurados tranquilamente nas costas. Os Deuses estão brincando com a gente. Como podem ser tão cruéis e ainda assim fazer o céu ser tão lindo?(...)Os deuses são injustos ao nos mostrar beleza quando sinto tanta dor e angústia"
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Ray 30/03/2021

Livro incrível, me fez chorar diversas vezes em pensar que isso foi/é a realidade de muitos, ótimo livro.
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Pérola XP 01/08/2020

Uma lição de vida
Um livro de difícil leitura, como todos os livros que abordam a temática guerra o são. Senti o choro preso na garganta diversas vezes, e não parava de pensar o que eu faria se estivesse no lugar da protagonista. Uma mocinha tão jovem que teve que encarar as crueldades da vida tão cedo. Esse livro me fez pensar bastante sobre a vida, e apesar de não ser um livro feliz, com histórias de romance e triunfo, é uma história real de determinação, fé, força e coragem. Amei.
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Adélia 24/02/2022

Uma das maiores belezas da literatura é nos permitir viver diversas vidas em uma. Mas algumas dessas vidas que lemos não queremos nem pro nosso pior pesadelo. E a história, vale ressaltar que real, de Loung Ung é uma dessas. É difícil do início ao fim, é triste do início ao fim. É uma história de sobrevivência e nostalgia de uma criança que não pode ser criança. Mas livros difíceis são essenciais para que nos como sociedade não permitamos que mais ninguém tenha que passar pelo que os Cambojanos passaram durante o governo do Khmer Vermelho.
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Rê Lima 31/03/2021

Que livro triste e difícil, gente! Comparado aos livros sobre o Holocausto. Dolorosos, porém necessários.
Clau Melo 01/04/2021minha estante
Vi o filme... Muito triste ..


Rê Lima 01/04/2021minha estante
Quero ver o filme. Tá na Netflix, né?




Paty 21/03/2020

Leitura incrível
Livro tão bom quanto o filme.
.
Aliás, recomendo os dois.
.
#LoungUng narra a trajetória de sua família durante o regime ditatorial do Khmer Vermelho no #Camboja
.
Intenso. Duro. Crú. Pesado. Triste. Verdadeiro.
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Vianna 29/03/2020

sensivel e informativo
Primeiro mataram meu pai é uma exposição dura e corajosa do genocídio cambojano através dos olhos marejados mas resolutos de uma menina de sete anos, Loung (Sareum Srey Moch), e seus irmãos. A escrita do livro não é difícil, e a autora consegue expressar de maneira surpreendente a inocência de seus pensamentos quando criança.

O livro é um relato pessoal da autora Loung Ung de suas experiências durante os anos comunistas no Cambodia.
O livro começa apresentando o momento histórico em que o exército Khmer Rouge - nome popular dado aos seguidores do Partido Comunista da Kampuchea - apoiado pelo Vietnã do Norte, invadiu Phnom Penh (Capital do Camboja) em abril de 1975.
Em questão de dias, muitas famílias foram deslocadas, separadas, e assassinadas. Aquelas que apresentavam alguma conexão com o antigo governo ou que possuíam posições privilegiadas, como era o caso da família de Loung, teriam o destino mais cruel. Assim, a protagonista da história nos conta a trágica fuga de sua família; e não só do abandono de sua casa, mas também de sua identidade, de sua verdadeira educação, e de seu antigo privilégio.
Ao decorrer da história, por sua resiliência e determinação a garotinha com apenas oito anos acaba sendo treinada como criança soldado, enquanto sua família é enviada para os campos de trabalho. Muitas dinâmicas familiares, situações políticas complexas, e momentos que trazem forte emoções são abordados nas páginas do livro.

Diversos capítulos me deixaram sensibilizada ao entender a história do genocídio através do olhar de uma criança; o relato das memórias da pequena Loung nos faz empatizar com as crianças que já fomos, e nos traz o conhecimento de uma atroce realidade da infância de muitos, que muitas vezes é ocultada e esquecida nos livros de história.


site: @leiologoexistoo (instagram)
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