Murphy 23/04/2024
"Entendendo que o tempo sempre leva as nossas coisas preferidas no mundo e nos esquece aqui, olhando pra vida sem elas.”
Se eu pudesse resumir esse livro em uma única palavra, seria: DOR. Porque eu senti pela personagem, carreguei o peso da dor dela, da dor dela de ser menina, de ser mulher, de ser mãe e de ser filha. Essa história conseguiu incrivelmente tocar a profundidade da minha alma, Ela dilacerou meu ser, o trouxe para superfície e depois o dissecou.
Não sei explicar de que maneira tudo isso aconteceu... Talvez tenha sido a escrita, que soou como algo familiar e acolhedor, mas quando o enredo foi se desenvolvendo, se mostrou cruel e dolorido. Ou a história, que se inicia com a inocência da infância e termina com a triste realidade do que é a vida.
A única certeza que eu posso dizer para vocês, é que eu chorei. Chorei no começo, no meio e no final. Derramei lágrimas e mais lágrimas por alguém que eu não sabia o nome, não tive descrição nem da aparência, mas conheci a história e sofri com a crueldade de seus relatos. E minha nossa, meus amigos leitores, como eu fiquei mal, o enredo traz vividamente a complexidade dos sentimentos da personagem diante de suas perdas, suas emoções, suas vivências, tristezas e dores. E é possível viver cada palavra deste livro. É possível morrer a cada palavra que foi digitada nessas páginas. Não sei ao certo quantas vezes morri com essa personagem, nem sei direito como cheguei no final, mas sei que doeu, e doeu tudo.