Pandora
01/10/2017Uma declaração de amor ao pai. Esta quase memória é um apanhado de fatos, personagens (alguns fictícios), situações, rituais, histórias - e são tantas! - que Cony presenciou, viveu ou ouviu de seu pai. E que pai! Singular, excêntrico, otimista, criativo, apaixonado, ele vivia cada dia de uma maneira única e emocionante!
"Amanhã farei grandes coisas!"
Curioso que este livro tenha tido como cenário inicial o hotel Novo Mundo, no Flamengo, onde me hospedei com meu pai, ele também um homem singular, do tipo ame-o ou deixe-o... que eu admirava e que me envergonhava ao mesmo tempo, porque parecia fazer o que queria o tempo todo, com uma alegria de viver invejável, mas que se colocava - e a nós também - em algumas situações embaraçosas. Com ele a vida era rica, havia sempre novidade, havia sempre alegria e havia excessos de humor. Por isso nas páginas finais eu senti uma identificação muito grande com estas memórias e comecei a me emocionar até chegar às lágrimas.
Um livro como a vida: a gente ri, a gente chora. E a gente agradece por ter vivido.