Quase Memória

Quase Memória Carlos Heitor Cony




Resenhas - Quase Memória


68 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Roberta 31/03/2021

Não gostei
Foi uma leitura arrastada e cansativa. Lia com a esperança que algo me prendesse e que eu pudesse gostar do livro mas realmente não gostei da leitura.
comentários(0)comente



Cristiano.Goes 22/04/2018

Adorei o livro Quase Memória de Carlos Heitor Cony. Me vi em muitas das histórias no meu relacionamento com meu pai, o qual já nos deixou. Adorei.
comentários(0)comente



sabinesuffert 23/04/2023

Achei o livro em si bem bom, gostei bastante da escrita... só achei meio arrastado em algumas partes
comentários(0)comente



Senhor Wayne 24/01/2018

Não esperava por isso...
Quando comecei a lê-lo semana passada achei que não fosse curtir muito, até que captei a mensagem do livro e foi uma emoção atrás da outra, pois o autor te leva à sua infância(vale a ambiguidade) para falar de sua/nossa família e não propriamente de si. Eu vivi com meus avós que eram da época de Ernesto Cony e vi nas técnicas dele algumas coisas do meu avô e algumas da minha avó e isso para mim foi fantástico, recomendo a todos que tenham parentes idosos próximos a lerem pois é muito gostoso.
comentários(0)comente



@garotadeleituras 23/02/2018

Um convite para abrir a caixinha das lembranças.
Depois de um hiato longo, um sonho com o pai e a doença da sua cachorra Mila, Carlos Heitor Cony lançaria “Quase memórias”, um livro “quase tudo”: quase romance, quase biografia, quase crônica, sucesso imediato em 1995 e prêmio Jabuti em 1996. O livro tem inicio numa recepção de hotel, aonde certo dia o protagonista recebe um embrulho, dentre tantos que lhe chega com frequência, que o fará rememorar fatos da sua vida, principalmente a infância e acontecimentos marcantes ao lado do pai. O pacote como o autor enfatiza durante todo o livro, tem a técnica com o nó peculiar rompido apenas pelo corte e o “cheiro do fazer-se lembrar”, da brilhantina, da alfazema e claro, a manga, marcas registradas do seu Ernesto.

Além do choque inicial em reconhecer as peculiaridades do pai, falecido há dez anos, ocorre uma mistura de curiosidade e saudade, suficientes para colocar o escritor imóvel na sua sala e apresentar ao leitor lembranças particulares; é muito mais do que contar sobre acontecimentos, é o retrato de uma relação plena entre pai e filho, e sobre as memórias que foram construídas e muito bem vividas no cotidiano. O narrador-personagem discorre sobre acontecimentos da infância e juventude no Rio de Janeiro, pequenos acontecimentos que parecem comuns, mas que o tempo pintou com saudade e orgulho essa simpática figura de pai, que sempre tinha a solução para tudo: o dom de aprontar gafes e fazer vergonha ao filho quando é descoberto roubando manga no cemitério, especialista em inutilidades e fracassos como o projeto de fabricar perfumes que quase provocou um acidente no braço do amigo Giordano ou a viagem que nunca aconteceu para a Itália, mas que de alguma forma foi contada como um sucesso para os amigos do trabalho. Era um grande professor de geografia com aula prática para ensinar os pontos cardeais ao nascer do sol ou quando se transformava no melhor construtor de balões nas noites de junho, ritual esse, símbolo de conexão infantil com seu Ernesto. Se a relação era permeada pelo amor e admiração, também houve mágoas quando descobriu segredos não compartilhados, um “quase herói”, que deixou um legado de saudade e fragilidade, mas sempre disposto a fazer grandes coisas todos os dias.

Amanhã... Amanhã vou guardá-lo tal como o pai o deixou. Quando digo “amanhã” nesse tom (amanhã...) penso nele quando dizia, cada noite antes de dormir: “Amanhã farei coisas grandes.” Mesmo quando não fazia nada, para ele o viver, o chegar à outra noite e se prometer que no dia seguinte faria grandes coisas era, em si, uma grande coisa. (p.264)

Quase memória foi o primeiro livro lido do autor, gostei do estilo da escrita e pretendo conhecer outras obras, - falecido agora em 2018 (durante a leitura), com um legado incrível segundo a crítica -, Cony fará falta. Esse é o tipo de livro que conforme você tende a acumular lembranças, mas você se identifica com a mensagem. Através das reminiscências, somos convidados a lembrar daquilo que nos “formou” e o que acumulamos durante a caminhada. O autor foi extremante feliz ao misturar fantasia e realidade, justapondo entretenimento e emoção, de forma leve e amorosa, uma homenagem linda ao pai e ao passado. Recomendo a leitura!
comentários(0)comente



Lilian 30/01/2023

O talento do escritor
O livro mostra o enorme talento do escritor, pois são quase 300 páginas do personagem olhando para um embrulho e divagando sobre as memórias e a gente gosta!
comentários(0)comente



Pedro Daldegan 15/03/2018

"Era a letra do meu pai. A letra e o modo. Tudo no embrulho o revelava, inteiro, total."
Não foi fácil ler Quase Memória. O personagem se parece demais com meu pai, e foi preciso eu parar a leitura de vez em quando para repensar as memórias que eu guardo dele, e interpretá-las de um jeito mais maduro. Contudo, ao contrário do personagem principal deste livro, meu pai encontra-se vivíssimo, e ainda faz seus malabares, me entregando vez ou outra um pacote já aberto e sem laço.

Apesar do livro ser sobre memória, são retratadas somente as memórias que o autor tem do seu pai. E somos arrastados para memórias doces como mangas, aos casos surpreendentes sobre criação de perfumes e jacaré, até passar por histórias engraçadíssimas que possuem relação com a política do nosso país.

Portanto, leia devagar, reflita sobre como você lida com seu tempo, o que quer fazer da sua vida, sobre sua coragem, e sobre o quanto você às vezes cede pelo bem do outro. Faça do livro uma viagem para suas próprias memórias, pois com certeza vale a pena a passagem.
comentários(0)comente



Wendell.Vita 26/01/2019

Lindíssima história
Sensibilidade , eu acho que seja a palavra que melhor define esse livro. Vencedor do prêmio Jabuti de 1996, o livro marcou o retorno do jornalista Carlos Heitor Cony como romancista após 20 anos. Tudo começa quando o personagem central, no caso o próprio autor, recebe em embrulho muito bem embalado e amarrado. Nesse não existe sinais de quem foi o remetente, mas o jeito da dobradura, o tipo de nó da amarração, a caligrafia com a qual foi escrita seu nome, tudo lembra seu pai, Ernesto Cony. Todavia o que instiga-o é quem entregou esse pacote, uma vez que seu pai já havia falecido há 10 anos. A partir de então Cony mergulha nas lembranças do pai desde as travessuras da infância dele roubando mangas no cemitério do caju no RJ até e sua velhice. Vamos passar por períodos políticos intensos:populismo, ditatura, redemocratização. Conhecer bastidores nunca contados em livros de história. Vamos rir com o lado inventivo e supersticioso do pai, mas também refletir e se emocionar com seu afeto e dedicação na hora da educação. Vamos viajar de ônibus, trem, navio. Passaremos por SP, RJ e Niterói, que fique registrado rsrs, MG, Recife e até no exterior. Teremos chegadas e partidas de todas as formas também. Ernesto Cony não foi um santo, como todos, mas tentou fazer o melhor para sua familia e seu país. Lendo esse livro senti um afago, lembrei muito do meu pai, que não tem insta para marca-lo. Lembrei dos momentos em que esperava-o chegar do serviço no fim da tarde para tomar café, das idas ao clube do bairro para brincar ou nadar na piscina, dos sábados lavando o velho fusca branco na garagem de casa, dos churrascos e que diga-se de passagem meu pai é craque. Em fim muita coisa passou na minha cabeça. Gostei de mais desse livro, dessa história. Sem dúvida um livro para minha vida
comentários(0)comente



Vanessa 26/06/2020

Livro gostoso, que me fez fazer inúmeras comparações do meu relacionamento com meu pai.
comentários(0)comente



Gabriela 08/12/2017

Primeiro, queria dizer que o projeto gráfico deste kit da TAG (o de setembro) ficou impecável. A caixa representa o embrulho que o narrador recebeu e que é toda a motivação da história do livro. A manga na capa também lembra o pai que tinha uma "tara" pela fruta a ponto de fazer o narrador passar a maior vergonha no seminário, ou pelo menos é o que ele nos diz.

Quanto à história, eu gostei bastante. Tudo começa quando o narrador/autor recebe um embrulho que só pode ter sido enviado pelo seu pai. Só tem um problema: o pai está morto há 10 anos! Então, o narrador vai nos contando porque ele tem tanta certeza de que o embrulho foi enviado pelo pai, apesar de: (1) o homem está morto e (2) não tem o remetente e ele ainda está reticente em abrir o pacote.

O narrador vai nos contando suas histórias sobre o pai no ritmo em que elas vão voltando à memória. Então, a narrativa não tem um fluxo linear. Uma hora ele fala de algo que ocorreu na adolescência, depois se lembra de algo da infância, então vai para outra memória de quando ele já era adulto... Eu achei esse recurso interessante, pois fica mais natural. É assim que uma pessoa se lembra das coisas: enquanto nós contamos uma lembrança, algo nela traz à tona outra lembrança que pode ser um tempo completamente diferente.

Dessa forma, a narrativa tem aquele jeito de conversa com o narrador. É uma leitura flui rapidamente, mas que nos faz refletir em alguns momentos, nos faz pensar na nossa relação com nossos pais e nesse nosso jeito imperfeito de amar. Percebemos o quanto o narrador amava (e ainda ama) o pai e quanto foi influenciado por ele. E também percebemos, por tudo que o pai fez, o quanto ele amava os filhos, nos pequenos gestos e surpresas que ele gostava de fazer para os filhos.

É um livro bonito e que eu recomendo a todos. Só fiquei doida para saber quais partes das lembranças são reais e o que foi inventado/incrementado pelo autor. Pois o narrador é ele mesmo, Carlos Heitor Cony, e o pai é o seu pai, Ernesto Cony, mas além do embrulho (que na vida real foi só um sonho) ele admite que inventou umas coisinhas a mais:

"Portanto, não deveria ser uma produção de memória, mas uma quase memória na qual eu poderia inventar mentiras, saudades e sonhos que nunca se realizaram." (o autor na dedicatória aos associados da TAG)

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Carol 27/08/2020

Uma obra prima
Um dos melhores livros brasileiros que já li. O autor brinca com suas memórias e situações fictícias de uma maneira brilhante em que constantemente nos questionamos a veracidade dos fatos.
comentários(0)comente



Ju 28/01/2019

A memória vive no cheiro
O que importa que levemos da vida? A única coisa que fica de quem já foi é a memória daqueles que ainda estão aqui. Quase memória é a intenção de reduzir um presente inesperado a sensações, sentimentos há muito vividos e de certa forma quase esquecidos, mas que voltam com cheiros, com nós, com o roxo... que viagem pela memória de Cony ... um livro de leitura fácil, envolvente a história de uma vida que muitas vezes se esbarra na minha.
comentários(0)comente



anahelena.blasilemos 22/09/2023

QUASE MEMÓRIA – de Carlos Heitor Cony
Meu pai nasceu em 1921 e faleceu em 1996. Muito cedo!
No dia em que completaria 100 anos, 30 de março de 2021, uma saudade maior do que a de todos os dias me fez escrever sobre ele, meu pai, maior exemplo, meu guru, meu tudo de bom.
Escrevi. Feito uma crônica.
Mais tarde, com os descendentes reunidos, foi lido o que eu havia escrito. Parafraseando meus pais, ‘quem não chorou, ficou bicudo’.
Ou seja, nos emocionamos todos. Rememoramos e celebramos a felicidade de termos convivido intimamente com aquele homem gigante. Tim tim, papai!
Agora, me caiu nas mãos esse livro do CHC, cujo mote - a partir de um acontecimento aleatório e surpreendente - é exatamente a reconstituição de lembranças de sua vida familiar, sempre a partir da figura central de seu pai, o também jornalista Ernesto Cony.
Um tipo de 'auto ficção', pois a recomposição desse tipo de acontecimentos pretéritos, quando amorosos, ganha nuances talvez fantasiosas, ‘quase’ romantizadas, bastante saudosistas.
Por isso se desconfia das autobiografias.
A leitura fácil e bem humorada despertou em mim uma nostalgia boa, ativou gatilhos (bons) de meus tempos de infância e juventude, a vida seguindo seu curso despreocupada, com alegrias e percalços, repleta de ‘causos’ deliciosos.
As histórias são diferentes e no entanto parecidas, memórias de meninice num tempo sem tanto alarido, casa com jardim, frutas colhidas da árvore, cozinhas desgourmetizadas, brincadeiras ao relento, mais família em volta da mesa, menos telas, telinhas, telões.
Cada época com seus prós e seus contras.
Diferente do meu, esse pai do livro é de espírito rebelde tendo pautado sua vida entre altos e baixos, barulhentamente.
O meu pai era uma pessoa extremamente afável, mas reservada e estável.
De comum há o que deveria haver em todas as casas: um marido e pai bom, presente, carinhoso, preocupado com o melhor para a família, respeitado e respeitador.
Fecho o livro com vontade de escrever minhas próprias ‘quase memórias’.
PERSONAGEM: Ernesto Cony
CITAÇÃO: “... amanhã será outro dia e o ontem se juntará a outros ontens. O que seria um amanhã agora? Tudo fora um amanhã e tudo já era ontem".
comentários(0)comente



Pandora 01/10/2017

Uma declaração de amor ao pai. Esta quase memória é um apanhado de fatos, personagens (alguns fictícios), situações, rituais, histórias - e são tantas! - que Cony presenciou, viveu ou ouviu de seu pai. E que pai! Singular, excêntrico, otimista, criativo, apaixonado, ele vivia cada dia de uma maneira única e emocionante!

"Amanhã farei grandes coisas!"

Curioso que este livro tenha tido como cenário inicial o hotel Novo Mundo, no Flamengo, onde me hospedei com meu pai, ele também um homem singular, do tipo ame-o ou deixe-o... que eu admirava e que me envergonhava ao mesmo tempo, porque parecia fazer o que queria o tempo todo, com uma alegria de viver invejável, mas que se colocava - e a nós também - em algumas situações embaraçosas. Com ele a vida era rica, havia sempre novidade, havia sempre alegria e havia excessos de humor. Por isso nas páginas finais eu senti uma identificação muito grande com estas memórias e comecei a me emocionar até chegar às lágrimas.

Um livro como a vida: a gente ri, a gente chora. E a gente agradece por ter vivido.
comentários(0)comente



Toni Nando 21/09/2017

Perfeito
Leitura fluiu maravilhadamente, faz com que relembremos nossos Arquivos pessoais; a memória de coisas boas é uma dádiva.
comentários(0)comente



68 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR