Quase Memória

Quase Memória Carlos Heitor Cony




Resenhas - Quase Memória


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Oseas.Carlos 04/11/2017

Quase memória, quase romance, quase crônicas...
Livro que registra a volta de Cony à escrita literária e remonta através de uma autificcao os relatos das ações pitorescas realizadas por seu pai. Livro bom mas que contrariando Ruy Castro não mudou em nada a minha vida, uma vez que capítulos que mais se assemelham à crônicas a cerca do pai do autor não trouxeram inovação nem propiciaram alteração no modo eu-leitor de ver e agir no mundo. Foi para mim uma quase autobiografia que nos insere em algum contexto histórico no Brasil, Rio, do século XX.
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Victor Vale 04/11/2017

Como resgate de lembranças o autor nos faz devagar na intimidade de sua memória em um fluxo inconsciente de memórias, ficção ou um misto dos dois. O irreal mistura-se ao real, pequenas coisas se tornam grandes e grandes coisas esquecidas. Termino o livro encanto pelo pai e conhecendo de perto o filho que expôs todos os tijolos de sua construção. A caixa não foi aberta, mas o conteúdo nos foi revelado.
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Andressa 12/11/2017

As quase memórias de um herói do cotidiano
O que você faria se recebesse um envelope direcionado a você, mas com a letra, o cheiro e o jeito que somente uma pessoa tem. Mas essa pessoa já morreu há 10 anos. É assim que começa Quase Memória, do jornalista Carlos Heitor Cony. A obra transita entre o romance, a memória e a biografia sem, no entanto, ter todas as características de nenhum desses gêneros literários.

A partir desse pacote, fechado com um nó que somente seu pai sabia fazer, e com uma perfeição que lhe era característica, Carlos Heitor Cony começa a rememorar a vida do pai. As lembranças são claras ao narrador, assim como é claro em sua memória o exagero do pai. Isso faz com que, muitas vezes, ele mesmo duvide da história que está contando, em detalhes, fazendo o leitor viajar nesse mundo imaginário.

A descrição das histórias é detalhada a tal modo que é quase como se o leitor estivesse lá, no início do século XX, sendo expectador privilegiado das façanhas do também jornalista Ernesto Cony Filho, o pai do Carlos Heitor. Caracterizado pelo próprio filho como um homem de gestos muito exagerados, ele sempre dizia, antes de dormir: ?amanhã farei grandes coisas?. Essas grandes coisas podiam ser uma viagem à Itália ? spoiler ? que nunca aconteceu, mas foi descrita em detalhes para os amigos e pessoas próximas de Ernesto, ou um balão de festa junina.

Os balões, aliás, eram sua marca registrada. Feitos com papel especial, comprado em resmas sempre na mesma loja, os balões de Cony pai tomavam proporções homéricas. O filho, sua plateia mais fiel e encantada, ajudava na confecção dos balões, desde os menores até o maior de todos. O rei dos balões. A cola devia ser sempre cola de trigo, já que as compradas não teriam a mesma aderência e durabilidade, segundo o pai.

O cheiro do embrulho lembra as mangas, que o pai roubava no cemitério. E lembra também a destreza com que ele se infiltrava nos lugares para estar sempre próximo do filho, dando sinal de sua presença ou colocando, sorrateiramente, um sanduíche no bolso da batina, quando este estudava no seminário. Em uma das passagens, no velório do cardeal, o pai surge ?magicamente? entre os túmulos, durante o momento mais solene, carregando um prato de botequim enrolado em guardanapo, para o filho.

As histórias do jornalista/professor/assessor/vendedor de rádios se misturam também com a história do Brasil. Ele desempenha sua função durante boa parte do século XX e passa por grandes momentos, como a ascensão de Vargas ao poder, crise econômica da década de 1930, tomada do poder e invasão do jornal pelos militares, mudança da capital Federal do Rio de Janeiro para Brasília e a mudança nas relações da imprensa com o poder. Tudo isso vai aparecendo no livro de forma sutil, como pano de fundo às memórias dos grandes feitos de Ernesto Cony.

O livro é leve, divertido e sagaz. Uma ode à figura paterna, que gera identificação imediata do leitor. Ao final das contas, o pai, pintado como um herói pelo filho, não é nada mais do que um brasileiro comum, que precisa se virar quando perde o emprego, e vai vender rádios. Um brasileiro que faz uma peregrinação até outra em busca da cura para um problema de saúde, quando soube dos milagres de padre Antônio, o Taumaturgo de Urucânia. E um brasileiro que faz grandes coisas para sobreviver, diariamente, sempre contando com o seu jeitinho especial de resolver os problemas dos cotidiano.
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Dib 26/11/2017

Quase memória
Uma viagem pelas memórias (nem sempre iguais aos fatos descritos) do autor sobre a vida e sua convivência como pai.
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Gláucia 30/11/2017

Quase Memória - Carlos Heitor Cony
É uma espécie de livro de memórias (ou quase), em que Cony é o narrador, tendo como foco a figura de seu pai, o também jornalista (obscuro) Ernesto Cony. Aliás, que figurinha carimbada. Pai amoroso e sempre presente, cheio de ideias mirabolantes, o autor traz ao leitor suas lembranças junto a ele, presença ostensivamente marcante.
O livro se inicia com a entrega de um misterioso pacote a Cony que, apesar de não ter identificação traz todos os sinais de ter sido deixado pelo pai. O inusitado é que ele havia falecido havia 10 anos. Ele então se fecha em seu escritório, frente a frente com esse embrulho e a partir daí essas doces (outras nem tanto) lembranças vão aflorando.
Esse livro é tão gostoso quanto manga roubada do cemitério, segundo Cony-Pai as mais saborosas. Quanto sentimento de nostalgia me despertou. Mesmo se tratando das recordações de outra pessoa a narrativa acabou despertando também as minhas...
Nem tudo aqui é real, há uma mistura de ficção e realidade e pode ser encarado como um desafio distinguir uma da outra. Mas isso não fez diferença pra mim, o importante da memória é o doce e amargo sentimento que a nostalgia nos desperta.

"Amanhã faremos grandes coisas."
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Colenci 30/09/2019

Começa bem. A ideia de pequenos detalhes num pacote inesperado suscitar memórias das mais hilárias às tristes é boa. No entanto, o autor abusa desse recurso, que perde força a partir da metade do livro. O erro aqui é criar diversas molduras narrativas e ignorar o primeiro plano. Uma pena...
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Fabricio.Pinto 16/05/2019

Viagem por lembranças ou criações
Quase Memória nos leva para o mundo de um garoto, hoje já em idade avançada, que admira e acompanha as peripécias de seu pai/herói/ídolo/motivo de constrangimentos. E nos permite utilizar de um simples pacote como âncora que nos leva para todas essas estradas mentais, muitas vezes fiéis, outras nem tanto... podendo reservar, ao autor, o direito de complementar lembranças muito antigas, ou mesmo, romantizar essas recordações. Nos trazendo uma história maravilhosa e cativante.
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Meirelles 03/01/2018

Fraquinho
Poderia ser melhor, esperava mais de quem tem esta fama
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Laís Suelem 16/07/2018

Biografia? Autobiografia? Crônica? Reportagem? Ficção? É um pouco de todo, e mais especificamente, é um ?quase romance?
?Um dos livros mais queridos da história da literatura brasileira. Depois que eu li Quase memória, nunca mais fui o mesmo? -Ruy Castro.
O narrador-personagem recebe um embrulho sem remetente, porém a caligrafia, os detalhes e até o cheiro, tudo indica que veio do seu pai, porém ele falecera há dez anos.. a partir daí começa uma viagem pela sua memória, e conta algumas das peripécias de seu pai um otimista exagerado que ?sempre viverá satisfeito, era do tipo que recebia um bom dia como uma homenagem, de tudo em que se metia dava um jeito de extrair prazer pessoal, era o sujeito que todo dia, ao dormir, pensava consigo mesmo: ?Amanhã farei grandes coisas!??.
Livro escrito de uma maneira brilhante que não se enquadra aos gêneros tradicionais, inova, é realmente uma quase memória.. Não sabemos o que é real e o que é ficção. Nos encantamos com o Pai do narrador-personagem, o seu entusiasmo pela vida é contagiante ?mesmo quando não fazia nada, para ele o viver, o chegar à outra noite e se prometer que no dia seguinte faria grandes coisas era, em si, uma grande coisa?
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Jefferson 04/01/2018

Quase memória
Boa narrativa. Interessante a forma como o autor trabalha suas lembranças e inspira a criação de um gênero literário híbrido e bem original.
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Maro.Paula 04/04/2018

Primeiro livro do Cony que eu li. Não me impressionou muito não, mas a leitura é agradável.
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Dany.Hostin 13/01/2018

Quase memória!
O autor explora suas memórias da infância e da vida adulta, que estão correlacionadas a convivência com seu pai.
Bem escrito, com partes emocionantes, e significativas a partir da metade do livro.
Quem não teve um pai ou uma mãe que marcou sua vida com suas histórias e contos, não entenderá o real significado do livro. Mas, como em toda boa família Brasileira, existe uma figura que cria situações e marca gerações com seus contos e causos, tornando a vida mais alegre, mais real e até mais emocionante. Apresentando o real gosto de se viver de verdade.
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Sayonnara 13/01/2018

Emotivo
Uma história em que você se vê compartilhando os momentos, é espectador, mas um em que as emoções vibram. Um dos melhores livros que já li.
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Valeska 10/03/2018

" El sueño de la razón produce monstros."
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